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Análise descritiva - Camila Reis e Clara Mariana 1

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MATÉRIA: Geomática e Geografia Física TURMA: 001EAMB5AN TURNO: Noturno PROFESSOR: Iran Sacramento SEMESTRE: 5° Semestre
ALUNAS: Camila Reis e Clara Brandão MATRÍCULAS:131004249 / 131002058
índice pluviométrico dos bairros de salvador
O clima da cidade de Salvador- BA é tropical e predominantemente quente, identificado por alta umidade, altas temperaturas e com precipitação ocorrente em todos os meses do ano, porém com índices elevados de precipitação no inverno que são entre os meses de abril e julho. As temperaturas máximas variam entre 30°C nos meses do verão que acontecem de dezembro a março e 26°C nos meses de inverno que ocorre de junho a agosto. Enquanto que as temperaturas mínimas médias variam entre 21°C no inverno e 24°C no verão. Referente aos aspectos físicos da região, trata-se de uma península pequena, que separa a Baía de Todos os Santos do Oceano Atlântico. Já quanto ao seu revelo é acidentado e interceptado por vales. Possui uma falha geológica em forma de degraus com altitudes variadas, e essa falha surge com a geração de dois blocos, que conhecemos por Cidade Baixa e Cidade Alta, e como contribuição para este fator, Salvador apresenta diferentes cenas geográficas no que diz respeito à situações microclimáticas.
Diante disso, a partir da distribuição geoespacial, com base na proposta do orientador e tendo como apoio os dados fornecidos para a produção de mapas temáticos no que tange índices pluviométricos das regiões, que anteriormente foram capturados pelos 15 pluviômetros semiautomáticos (instrumentos meteorológicos capazes de medir a quantidade de chuva em determinadas áreas) implantados em Salvador com o intuito de auxiliar a Defesa Civil e os próprios moradores no monitoramento das chuvas, realizaremos uma análise sob perspectivas reais e uma visão mais global e abrangente no que refere-se a tal tema.
Para nosso estudo de caso, esse tema será as fortes chuvas ocorrentes no mês de abril de 2015 apresentando como pontos de análise de distribuição: média (ANEXO 01), total (ANEXO 02) e do período semanal (de 26 a 30 de abril de 2015) (ANEXO 03). Sob o exposto, realizamos o tratamento dos dados e com os mapas devidamente gerados, pudemos compreender três bairros mais afetados e com os maiores índices pluviométricos para a cidade dentro das variáveis de pesquisa solicitados. Em primeiro lugar, o bairro da Liberdade apresentando 509,95mm totais no mês de abril, seguido do Cabula com 493,57mm e por fim o São Caetano com 472,32mm. A partir de um percurso investigativo para com as características físicas, morfológicas, geologias e climáticas sobre este primeiro colocado, pode- se verificar que o bairro da Liberdade apresenta uma área de platô, que em geral são parcialmente planas, apresentam médias altitudes, delimitações nítidas e geralmente compostas por escarpas e cercadas por regiões mais baixas. A Liberdade situa-se no alto deste platô. Onde tem como característica, interligar a cidade Alta a Baixa por meio de um plano inclinado. Essa diferença altimétrica gera consequentemente alterações microclimáticas para com este bairro. Com isso, buscando o auxílio de informações da Defesa Civil, órgão que tem por missão promover a segurança da população em circunstâncias de desastres e correlacionando os índices pluviométricos do maior bairro identificado com as ocorrências atuais diante das áreas de risco verificando assim acidentes e eventos neste locais.
Segundo a CODESAL, de um modo geral para dados estatísticos dos últimos 15 anos, o ano de 2015 apresenta altos índices de desastres, tendo em vista que até então o ano com maior atribuição de valores foi o ano de 2009 com 12.960 ocorrências, para uma avaliação feita em 12 meses. Em 2015 temos um geral de 11.669 ocorrências dentro de uma análise de 5 meses já que ainda estamos dentro do ano vigente. Analisando sobre as ocorrências na Liberdade, cita-se fatos como o Decreto de Emergência pelo Prefeito da cidade além de outros bairros igualmente atingidos divulgado pelo site do Jornal Correio da Bahia.
“O decreto não vale para toda a cidade, apenas as áreas mais atingidas pelas chuvas, isso facilita e acelera o apoio dos governos federal e estadual. O governo federal dispõe de dois tipos de ajuda, um em caráter emergencial por meio no Ministério da Integração Nacional e outra em caráter de prevenção através do Ministro das Cidades. O mais importante nesse momento é o levantamento que está sendo feito por três equipes da Defesa Civil, municipal, estadual e federal, das áreas de maior risco.” Explicou o prefeito. 
No dia 30 de abril, dentro da semana recorrente de análise, o Ministério da Integração Nacional reconheceu situação de emergência nos bairros da Liberdade, Cabula, São Caetano entre outros bairros de Salvador. Essas localidades teriam áreas de risco de deslizamento de terra, desabamentos e outros desastres, segundo o levantamento feito pela Prefeitura, foram detectados pelo menos doze áreas críticas, que corresponde diretamente aos bairros de coleta de dados feitos para esta análise. Para o bairro do Cabula, o segundo bairro mais afetado, os riscos de desabamentos decorre também de apropriações inadequadas entre outros aspectos, segundo reportagem do G1 (Emissora Globo), edição de 29 de abril, um prédio corre risco de desabar na Rua Rio Amazonas, neste bairro, e deixa moradores preocupados. Com o imóvel cheio de rachaduras, as quatro famílias que moram no local foram obrigadas a sair. O problema surgiu desde que um muro de contenção vizinho ao prédio desabou durante a forte chuva que atingiu a cidade na segunda-feira (27).
Mais um problema referente a essas ocorrências é a desapropriação dessas áreas, já que muitas famílias resistem para sair de suas casas, mesmo que estas estejam condenadas. Essa problemática envolve questões sociais de cunho maior, tendo em vista a realocação desses moradores fica sob a responsabilidade de emergência pública. E para o bairro de São Caetano, terceiro maior, a situação não é diferente, apenas por maiores índices de ocorrência de desastres segundo a CODESAL, Boa Vista do São Caetano, Capelinha do São Caetano, sub- bairros do mesmo, todas com informações citadas no histórico de risco do órgão (ANEXO 04). Sob o mesmo, apresentamos também, conforme pedido, um mapa gerado a partir de mais uma ferramenta de SIG, Google Earth. Referente a área mais afetada pelo escorregamento de encosta. (ANEXO 05). 
As áreas de risco, de acordo com a Defesa Civil de Salvador possui um grande contingente populacional com a ocupação de morros de forma irregular, gerando assim assentamentos urbanos de baixa renda, carentes de infraestrutura básica. Essas ocupações irregulares de encostam resultam num dos maiores problemas enfrentados pela administração do município que apresenta-se tanto pela dificuldade em fiscalizar a formação e ocupação do solo urbano como no que se refere a medidas mitigadoras decorrente da falta de infraestrutura, construções executadas sem critérios técnicos e precariedade do atendimento dos serviços públicos, fatores que são, ainda de acordo com os dados da CODESAL potencializados pelas chuvas sazonais de março a julho. 
Visando mitigar fatos como estes, devemos dentro da dinâmica do profissional de Engenharia Ambiental e Sanitária colaborar de modo a observar, utilizar de ferramentas conforme as dispostas aqui pelo geoprocessamento, além de outras como estudo do solo e socioambiental, analisar as possíveis causas para aspectos e impactos ambientais como estes, e apresentar, desde que possível, ações cabíveis para minorar estes.
 Diante do acréscimo de precipitação entre os anos, afetando assim em maior escala algumas áreas, podemos atribuir alguns fatores, como o aumento de temperatura global, acelerando o ciclo de vapor da água, emissão de poluentes, a falta de tratamento adequado a resíduos, falta de tratamento de efluentes e outros inúmeros impactos. Medidas educacionais ainda têm sido soluções que apresentam eficácia para
minimizar esses fatos, partindo do princípio de uma análise onde a ação antrópica continua sendo a mais nociva ao meio. Informar, educar, trabalhar na sob o conceito de mutualismo, fortalece o desenvolvimento sustentável. Além do essencial envolvimento dos órgãos competentes no que diz respeito a responsabilidades sociais, e disposição do uso e ocupação do solo também são medidas cabíveis para evitar ocorrências.
Quanto a medidas técnicas para evitar ocorrências, podemos citar a orientação aos moradores que evitem construir imóveis que não sejam de materiais seguros como alvenaria, que evitem que a construção esteja encostada no corte do talude ou na beira do talude, bem como evitar a emissão de resíduos e efluentes no próprio talude. 
 
REFERÊNCIAS 
[1] CODESAL. Defesa Civil Salvador. Disponível em: < www.defesacivil.salvador.ba.gov.br >. Acessado em: 15 de junho 2015.
[2] LIMA, Carlos César Uchôa de – O Neotectonismo na Costa do Sudeste e do Nordeste Brasileiro. Revista de Ciência e Tecnologia nº 15 – pp. 91-102. Piracicaba (SP): Unimep, 2000.
[3] O CORREIO. Correio da Bahia. Disponível em: < http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/prefeito-decreta-emergencia-em-regioes-mais-atingidas-pelas-chuvas-em-salvador/?cHash=5b598aa891fc5837c3ce41219d653e1b >.Acessado em 15 de junho de 2015. 
[4] A TARDE. Disponível em: < http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1679825-parte-de-casa-desaba-na-liberdade-chuva-causa-mais-estragos>. Acessado em 15 de junho de 2015.
[5] EMISSORA GLOBO. G1. Disponível em: < http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/04/predio-corre-risco-de-desabar-e-preocupa-moradores-do-cabula.html; http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/04/muro-desaba-em-sao-caetano-n-de-deslizamentos-de-terra-sobe-para-15.html >. Acessado em 15 de junho de 2015.
ANEXOS 
Média Pluviométrica dos bairros de Salvador – Abril 2015
Total Pluviométrico dos bairros de Salvador – Abril 2015
Índice Pluviométrico dos bairros de Salvador 26 a 30 de Abril de 2015
Histórico Registrado de Acidentes – CODESAL
Mapa em Google Earth

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