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História Medieval_aula11_

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História Medieval
Aula 11:
Bizâncio.
História Medieval
Aula 11:
Bizâncio.
“Bizâncio e o Ocidente” e “Bizâncio visto do Ocidente” in: LEGOFF, Jacques & SCHMITT, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, vol. I, Bauru: EDUSC, 2002, p. 119 – 138.
ANGOLD, Michael. Bizâncio: a ponte da Antiguidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
Blog: BIZANTINÍSTICA
Fragmentação do Império Carolíngio
“Há centenas e centenas de anos, a ave de Deus permanece na extremidade da Europa, perto dos montes de onde saiu e, à sombra de suas asas sagradas, daí governa o mundo, passando de mão em mão. Numa dessas mudanças, ela pousou sobre a minha. Eu fui César e sou Justiniano...”
Dante Alighieri, A Divina Comédia, “Paraíso”,
canto VI, vv. 4 – 10.
(século XIV)
 Primeira metade do século V a capital política do Império Romano deixa de ser a cidade de Roma e passa a ser Constantinopla (c. 325 d.C.).
 Constantinopla (“A Cidade de Constantino”).
 Início da dicotomia Ocidente x Oriente.
 “Bizâncio” ou “Império Bizantino”?
Bizâncio era o antigo nome da cidade de origem grega, reconstruída e reinaugurada pelo imperador Constantino como “Constantinopla”, atual Istambul (Turquia).
O último imperador a governar todo o Império Romano unido foi Teodósio I. Após sua morte, em 395 d.C., o império se divide em Império Romano do Ocidente (com a capital em Roma) e Império Romano do Oriente (capital em Constantinopla).
Até o século VIII, o Império Romano do Oriente, Bizâncio, desfruta de grande prestígio no Ocidente.
Por exemplo: as insígnias imperiais concedidas ao rei Clóvis, o reconhecimento da autoridade do imperador (basileus) pelos reis bárbaros.
A ocupação do Ocidente pelos bárbaros, em certa medida, contribui para o fortalecimento de Bizâncio como um poder soberano a influenciar o ocidente.
Até então, para o Ocidente, Bizâncio era (se não o herdeiro legítimo do antigo Império Romano) o próprio Império Romano ainda vivo após a “queda” de Roma.
O que explicaria a facilidade com que Justiniano submeteu as antigas regiões mediterrâneas do Ocidente ao poder de Constantinopla.
Justiniano I o Grande
(c. 527 – 565)
 Retomou (temporariamente) territórios do antigo Império Romano no Mediterrâneo.
 Uma das personagens importantes para o fortalecimento da fé cristã (a ideia de um império unido e uma única fé), e a repressão de outras religiões e cultos.
 Promoveu as artes, o ensino.
 Responsável principalmente pela reorganização e reforma das leis (Codex juris civillis):
 Codex Iustinianus
 Digestas ou Pandectae
Instituitiones
Novellae
Apesar do fim do Império Romano da Antiguidade, a autoridade ou o “fantasma” do império continua no Ocidente; tendo Bizâncio como exemplo.
Entretanto, a ideia de uma romanidade cristã unindo o Ocidente e o Oriente sob a autoridade do soberano de Constantinopla não resiste ao século VIII e às “invasões”:
Muçulmanos.
Carolíngios.
Na primeira metade do século VIII, Bizâncio deixa de ser uma figura tutelar, e a partir de então Bizâncio se torna cada vez mais estranho ao Ocidente.
A coroação de Pepino o Breve e mais tarde a coroação imperial de Carlos Magno.
A produção, em Roma, da “Doação de Constantino”.
Em 962, quando da “restauração do império” por Oto I (através do Sacro Império Romano), ocorre o desprezo de Bizâncio; que não reconhece a “autoridade imperial” ocidental.
Esse (o Sacro Império Romano) por sua vez recorre a sua autoridade romana (ocidental) não dependente do oriente.
 Religião: diversas rupturas provocam o afastamento entre o catolicismo romano e a ortodoxia de Constantinopla. Por exemplo: a incompreensão crescente do latim e do grego (em Roma poucos eram os especialistas a compreender bem o grego, enquanto em Bizâncio não havia grandes esforços em se entender o latim).
 Iconoclastia (contra o culto de imagens): O Papa Gregório II (715 – 731) excomunga o imperador Leão III, enquanto seu sucessor Gregório III condena a iconoclastia bizantina. 
Ao longo dos séculos IX – XI o estranhamento e rivalidades entre o Ocidente e Bizâncio só cresce: para o Ocidente o mundo grego bizantino se torna fonte de desconfianças e rivalidades (religiosas e territoriais/econômicas), e para Bizâncio o Ocidente se torna uma “grande terra de bárbaros”.
Em fins do século XII, Bizâncio é visto pelos ocidentais como “o homem doente da Europa”. Enfraquecido por conflitos militares, as Cruzadas e conflitos políticos internos.
Em contrapartida temos um Ocidente fortalecido, às vésperas do Renascimento italiano. 
Imperador João II (1118 – 1143), Maria e o Menino Jesus, Imperatriz Irene.
Análise de documento
Documento:
107. “A Doação de Constantino” (séc. VIII),
pg. 125.
In:
PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: UNESP, 1999.
Análise de documento
Do que se trata o documento e quem são as personagens envolvidas?
Há uma identificação clara, no texto, do papa com a imagem imperial? O que indicaria isso e qual sua importância?
É possível dizer que além do papa, outros elementos ou personagens da estrutura política imperial estão presentes no texto? Quais e de que forma são apresentados?
Qual é de fato a relação presente no texto entre o imperador e o papa?
Como podemos relacionar o texto com a história do Ocidente dos séculos V – VIII, especialmente em relação aos francos? E qual seria o impacto disso para o Ocidente, do ponto de vista político e religioso?

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