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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 50 mente inercial (não existiria se a Terra não girasse) e se chama força de Coriolis em homena- gem ao engenheiro francês G. G. Coriolis que a deduziu, pela primeira vez, em 1844 (Blair e Fite, 1964). Na prática a existência da força de Coriolis pode ser facilmente demonstrada utilizando- se um disco de cartolina (com cerca de 20 cm de diâmetro). A partir do centro do disco (S) deve-se desenhar uma linha interrompida até um ponto qualquer (A) próximo da borda. Em seguida o centro (S) é atravessado por um alfinete e este espetado na superfície de uma mesa. Sustentando-se uma régua apoiada em um livro (Fig. I.21) e tocando no alfinete, faz-se girar o disco até que a linha tracejada fique exatamente sob a régua. A seguir, enquanto outra pessoa faz girar o disco no sentido horário (sentido de rotação da Terra para quem a observa do zênite do Pólo Sul), desenha-se um segmento de reta do centro para a periferia. Para um observador situado no referencial (A), considerado inercial, a trajetória do lápis foi indubitavelmente retilínea; para o outro observador (A'), que se move solidário ao disco, o lápis teria sido desviado para a esquerda (única maneira de justificar a curvatura do traço). Colocando-se a régua com diferentes orientações, seriam conseguidos resultados semelhan- tes. A simulação para o caso do Hemisfério Norte seria obtida fazendo-se girar o disco no sentido anti-horário. A S A’ A' S AA A Fig. I.21 - Simulação da força de Coriolis. Um observador imóvel em A diria que o lápis efe- tuou um movimento retilíneo. Para o observador situado no referencial rotativo (A'), o mesmo movimento parecerá curvo (desviado para a esquerda da trajetória esperada).
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