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ABORDAGEM ESTRUTURALISTA - TEORIA DA BUROCRACIA (Aula 9) Profª Fernanda Aguiar prof.nanda@hotmail.com DESDOBRAMENTO DA ABORDAGEM ESTRUTURALISTA TEORIA DA BUROCRACIA Baseou-se na obra do economista e sociólogo alemão, Max Weber, publicada no início do séc. XX, que tratava das grandes organizações da sua época as quais deu o nome de burocracia. Ênfase na Estrutura ORIGENS DA BUROCRACIA A fragilidade e a parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. A necessidade de um modelo de organização racional aplicável não somente à fábrica, mas a todos os tipos de empresa. A necessidade de organizar as empresas que cresceram em tamanho e complexidade. O ressurgimento da sociologia da Burocracia a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, após a sua tradução para o inglês na década de 40. TIPOS DE SOCIEDADE SEGUNDO WEBER SOCIEDADE TRADICIONAL – predomínio de características patriarcais e patrimonialistas (família, clã, etc.). SOCIEDADE CARISMÁTICA – predomínio de características místicas, arbitrárias e personalísticas (grupos revolucionários, partidos políticos, nações em revolução, etc.). SOCIEDADE BUROCRÁTICA – predomínio de normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins (grandes empresas, estados modernos, exércitos, etc.). AUTORIDADE Segundo Weber, a cada tipo de sociedade corresponde a um tipo de autoridade. Ter autoridade é ter poder. Mas nem sempre ter poder é ter autoridade. A autoridade depende da legitimidade. Quando aceita legitimamente a autoridade conduz a dominação. A dominação requer um aparato administrativo, isto é, pessoal administrativo para executar as ordens e servir como elo entre o líder e os liderados, principalmente quando exercida sobre um grande número de pessoas e um vasto território. TIPOS DE AUTORIDADE AUTORIDADE TRADICIONAL – Não é racional, pode ser transmitido por herança e é extremamente conservadora. Ex.: empresas familiares fechadas. AUTORIDADE CARISMÁTICA – Provém de características pessoais carismáticas do líder. Não é racional, não pode delegada, nem recebida em herança. Ex.: Hitler, Kennedy, Ford, Matarazzo, etc. AUTORIDADE BUROCRÁTICA – É o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. A obediência não é devida a uma pessoa em si, mas a um conjunto de regras legais previamente estabelecidas. CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA Caráter legal das normas e regulamentos – Definem como a organização deverá funcionar. Formalidade das comunicações – Decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito. Racionalismo e divisão do trabalho – Cada participante tem um cargo específico, funções específicas e uma esfera de competências e responsabilidades. Impessoalidade nas relações e hierarquia – A divisão das atividades é feita de forma impessoal, em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Os cargos são definidos com base na hierarquia. CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA Rotinas e procedimentos padronizados – As normas regulam a conduta dos funcionários, cujas atividades são exercidas de segundo as rotinas e procedimento. Competência técnica e meritocracia – A escolha de pessoas é baseada no mérito e na competência. Especialização da administração – A administrador não é o dono do negócio mas um profissional especializado. Profissionalização dos participantes – Especialista, assalariado, ocupante de cargo por tempo indeterminado, segue carreira, etc. Previsibilidade do seu funcionamento – Previsibilidade do comportamento de seus membros. VANTAGENS DA BUROCRACIA Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres. Rapidez nas decisões, pois cada um sabe o que deve ser feito. Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal afastado, a partir de seleção baseada na capacidade e na competência técnica da pessoa. Interpretação única garantida pela regulamentação específica e escrita. VANTAGENS DA BUROCRACIA Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, a redução de custos e erros. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece os limites de suas atividades. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas. Beneficia as pessoas que são treinadas para se tornarem especialistas e poderem encarreirar-se na organização em função do seu mérito e competência. RACIONALIDADE BUROCRÁTICA A racionalidade implica adequação dos meios aos fins –eficiência. Weber não previu nenhuma variação no comportamento humano dentro da organização. A burocracia se baseava numa visão padronizada do comportamento humano. A organização informal aparece como fator de imprevisibilidade das burocracias. Quanto mais racional e burocrática torna-se a organização, mais as pessoas tornam-se engrenagens de uma máquina. ESTUDOS DE MERTON Para Weber, a burocracia é uma organização cujas consequências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter maior eficiência. Segundo Merton, as consequências imprevistas da burocracia (não desejadas) levam à ineficiência. Merton deu o nome de disfunções da burocracia para designar as anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido pejorativo que o termo burocracia adquiriu junto aos leigos no assunto. Cada disfunção é uma consequência não prevista pelo modelo Weberiano. O MODELO BUROCRÁTICO DE WEBER A INTERAÇÃO DA BUROCRACIA COM O AMBIENTE Weber não previu a possibilidade de flexibilidade da burocracia para atender a duas circunstâncias: A adaptação da burocracia às exigências externas dos clientes. A adaptação da burocracia às exigências internas dos participantes. 15 DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA Internalização das regras e apego exagerado aos regulamentos. Excesso de formalismo e papelório – comunicação formalizada e documentada. Resistência às mudanças – o funcionário torna-se um executor de rotinas e procedimentos. Impessoalidade no relacionamento – enfatiza os cargos e não as pessoas. 16 DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA Categorização no processo decisório – hierarquização da autoridade. Exibição de sinais de autoridade – fardamento, tipo de mesa, localização da sala, do banheiro do estacionamento, do refeitório, etc. Dificuldade de atendimento ao cliente e conflitos com o público – o funcionário está voltado para a organização; para suas normas, rotinas e procedimentos; para o seu superior que avalia o seu desempenho. 17 APRECIAÇÃO CRÍTICA Excessivo racionalismo da burocracia. Mecanicismo e as limitações da “Teoria da Máquina”. Conservantismo da burocracia – não considerava a organização informal. Falta de flexibilidade e adaptabilidade a mudanças. Abordagem do sistema fechado. 18 COMPARAÇÃO DAS TEORIAS 19
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