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Trabalho_Fordismo

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
42.1 FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL	�
42.1.1 Princípios do fordismo nas organizações modernas	�
52.1.2 Fordismo informal	�
52.2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM	�
52.2.1 McDONALD’s – Cultura organizacional	�
62.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE	�
62.3.1 Cultura e ideologia	�
72.3.2 Da Rotina à flexibilização: análise das características do fordismo fora da indústria e sua relação com a resenha de “A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo Ideologia e cultura e sua relação com as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. ”	�
72.4 COMPORTAMENTO ORGANIZACONAL	�
93 CONCLUSÃO	�
10REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
As transformações no mundo do trabalho, a partir da caracterização no espaço produtivo, é um dos temas fundamentais das teorias da administração (ROSSÉS, 2014). Essas teorias evoluíram significativamente a partir do século XX, por isso são consideradas novas, mas de grande influência no desempenho das organizações (SILVA, 2014). 
A administração científica é um dos marcos histórico dos avanços teóricos da administração, que começa no final do século XIX sob influencia de Frederick Winslow Taylor. Para Taylor, com fins a alcançar a máxima produtividade, era preciso aplicar métodos da ciência positiva, racional e metódica aos problemas administrativos (MATOS & PIRES, 2006).
Fortemente influenciado pelas idéias de Taylor surgiu o sistema de produção denominado de fordismo. Levou esse nome em alusão ao seu criador, Henry Ford, que em 1913 implantou o sistema em sua empresa de automóveis. É um sistema de produção industrial baseado na fabricação em larga escala, na especialização do trabalho e na linha de montagem. É também chamado de Taylorista/fordista, porque foi criado por H. Ford, mas fortemente influenciado pelas idéias de Taylor. Esse modelo (taylorista/fordista) difundiu-se no mundo e influenciou fortemente todos os ramos da produção.
Tendo como pano de fundo esse modelo de produção, e com base no artigo “Da rotina à flexibilidade: analise das características do fordismo fora da industria (FRAGA, 2005), pretende-se apresentar e discutir informações no campo teórico abordado nas disciplinas do semestre, sendo elas: Fundamentos e Teoria Organizacional; Comunicação e Linguagem, Homem, Cultura e Sociedade; Comportamento Organizacional. Ao articular informações dessas disciplinas com base em aspectos e fundamentos de um dos modelos de produção (fordismo) que influenciou todos os ramos de produção, em todo o mundo, espera-se aprofundar conceitos fundamentais do campo da administração.
DESENVOLVIMENTO
FUNDAMENTOS E TEORIA ORGANIZACIONAL
Princípios do fordismo nas organizações modernas
	O sistema de Ford caracterizou-se pela aceleração da produção através de trabalho ritmado, coordenado e econômico. Ele adotou três princípios: Princípio da Intensificação, que consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria prima e a rápida colocação do produto no mercado; Princípio da Economicidade, que reduz ao mínimo o volume de estoque da matéria prima em transformação; Princípio da Produtividade, que consiste em aumentar a capacidade de produção de um homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. Assim, o operário pode ganhar mais, um mesmo período de tempo, e o empresário ter maior produção.
	O sistema produtivo é bem diferente na era contemporânea, principalmente com a influência do capitalismo que incorporou a tecnologia da informação no processo. Algumas das mudanças com essa influência foi o crescimento do setor de serviços, aumento das mulheres no mercado de trabalho, surgimento de novas formas de gestão industrial (substituindo o fordismo e o taylorismo). A reestruturação produtiva é outro aspecto importante, principalmente pela incorporação das tecnologias da informação. Podemos dizer que temos hoje um sistema organizacional caracterizado pela diferenciação integrada da organização da produção e do trabalho, sob uma trajetória de inovações tecnológicas rumo relações sociais nas organizações de forma mais democrática (TENORIO, 2011).
	Mas, ainda com essas mudanças, é possível verificar algumas características do fordismo no setor de serviços e no setor informal da economia. Um dos exemplos é o que é chamado de estilo “McDonald’s”. Homogeneidade dos produtos, rigidez das tecnologias, rotinas padronizadas de trabalho, desqualificação, homogeneização da mão-de-obra, trabalho em massa e a homogeneização do consumo. Nesse cenário McDonald’s também enxergamos uma tentativa de controle do tempo e uma produção e venda em massa.
	Segundo Fraga (2005), há um outro exemplo no meio da informação onde é possível ver característica do fordismo (chamado pelo autor de fordismo informal). O exemplo é a venda de balas e confeitos em sinais de trânsito. Nesse exemplo o destaque é a especialização, rotina e controle do tempo durante a venda, tudo com muita eficiência. 
2.1.2 Fordismo informal
	Outro exemplo, também associado à venda relacionada ao trânsito diário é o que acontece com vendedores ambulantes em veículos de transporte em massa (ônibus). Pelo menos a especialização, a rotina, desqualificação do vendedor e homogeneização do consumo são características associadas a essa pratica. A especialização porque sempre vendem o mesmo produto e com poucas opções de escolha; rotina porque sempre estão no mesmo nicho de venda (ônibus); desqualificação, não precisam mais do que saber fazer contas aritméticas, dispensando grau de escolaridade e especialização.
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
McDONALD’s – Cultura organizacional
É um estilo de cultura com grande influência de características do fordismo. Homogeneidade dos produtos, rigidez tecnológica, rotina de trabalho, desqualificação, homogeneização da mão-de-obra, trabalho em massa e homogeneização do consumo. Não podemos esquecer do controle do tempo e uma produção e venda em massa. Para exemplificar, o grupo McDonald’s estabelece metas de tempo para atender qualquer pedido. Todo esse cenário, da produção a venda final, é típico de cultura com forte influência do fordismo.
Esse padrão McDonald’s é um tipo exemplo de sucesso do Sistema Fast Food que foi rapidamente expandido pelo mundo com a globalização. A fórmula rápida, e quase mágica, de comer um simples conjunto com hambúrguer, batata frita e coca cola espalhou-se e se estabeleceu como uma nova forma de consumo em massa. Obviamente que essa mudança, em relação ao comer tradicional, trouxe impactos mais significativas nos hábitos e práticas alimentares dos americanos. 
HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
 Cultura e ideologia
Cultura e ideologia podem assumir as mais diversas interpretações. De forma básica, as primeiras tentativas de leituras sobre ideologia almejavam elaborar uma teoria sobre a relação dos sentidos dos homens com o meio ambiente, sendo que dessa relação resultariam em um conjunto de ideias. Ou seja, nesse sentido, podemos sugerir que as ideologias têm um determinado momento histórico.
Para Marx, as ideologias eram mais do que um conjunto de ideias de um determinado momento histórico. Na sua análise, Marx tentava compreender a estrutura do capitalismo para encontrar as origens das ideias que sustentavam uma sociedade. Isso significa que, para Marx, a materialidade social era a principal fonte da produção das ideias, ou seja, as origens da ideologia estão ligadas ao modo de organização da vida material de um determinado período histórico. Nesse contexto, a cultura está intimamente ligada à atividade material e ao comercio material dos homens, ou seja, suas representações são resultado da emanação direta do comportamento material.
Essa é uma visão associada à tradição teórica marxista onde a ideologia serve à dominação de classe e à
existência do Estado (SOUZA-FILHO, 2003). As ideias são usadas para legitimar a existência desse poder separado da sociedade. O Estado é tido como o órgão da dominação da classe econômica e politicamente dominante. A ideologia pode ter o papel de ofuscar a divisão da sociedade em classes e o domínio particular de uma dessas classes através do Estado.
Da Rotina à flexibilização: análise das características do fordismo fora da indústria e sua relação com a resenha de “A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo Ideologia e cultura e sua relação com as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo.”
	Em ambos os textos é possível notar a discussão sobre a flexibilidade, instabilidade e incerteza no mundo do trabalho. FRAGA (2005) aborda esses assuntos discutindo a mudança ou transição do “fordismo” ao “pós-fordismo”, ou, como diz o autor “da produção de massa para a produção flexível”. Já CARDOSO (2005) sumariza sua resenha com destaque para a flexibilização do capitalismo moderno sobre o mundo do trabalho. 
	FRAGA (2005) chama a atenção para a reestruturação produtiva com a inserção das tecnologias de informação, que exige maior empenho e grau de escolaridade dos funcionários. Isso condiciona o sucesso no mercado de trabalho, principalmente porque o trabalho formal oferece menos garantias e estabilidade aos trabalhadores. CARDOSO (2005) destaca que o mundo atual do trabalho exige dedicação intensa porque não há critérios de estabilidade. Ambos chamam a atenção para a flexibilização do emprego na forma legal (legislação trabalhista), com o incentivo a novas tarefas e desapego as leis formais, inclusive com apelo para o trabalho clandestino ou no setor informal ou terceirizado. Tudo isso contribui para a instabilidade trabalhista, aumento do desemprego, do trabalho informal, cria novas formas de controle e a cada dia impõe aos funcionários uma vida de constantes riscos e incertezas.
	
COMPORTAMENTO ORGANIZACONAL
2.4.1 Informacionalismo e os processos comunicacionais
O informacionalismo tem relação com a expansão do capitalismo e permitiu a integração de mercados globais com o uso de tecnologias da informação (TICs). A comunicação é parte importante desse processo, principalmente se considerarmos que é uma necessidade básica do ser humano como agente social. É através da comunicação que transmitimos ideias, mensagens e informações. 
No contexto atual do capitalismo o processamento e transmissão da informação é uma máxima do processo de globalização. Há uma mudança considerável na relação do espaço-tempo com a inserção das ferramentas das tecnologias de informação. Agora a capacidade global que essas tecnologias permitem, aumentam a capacidade local e mundial de comunicação. Isso resulta em um mundo com fontes dinâmicas de comunicação.
As transformações e processos ligados a reestruturação do modo capitalista foram seguidas também por mudanças nos processos comunicacional desenvolvidos pelas empresas. É uma ferramenta estratégica que auxilia e assessora a administração, tanto no âmbito da comunicação interna como externa.
CONCLUSÃO
A análise das características do fordismo a luz do texto “Da rotina à flexibilidade: análise das características do fordismo fora da indústria”, além de outras referências sugeridas, permitiu aprofundar nosso conhecimento teórico sobre vários aspectos da administração. De forma particular aspectos relacionados às disciplinas de Fundamentos e Teoria Organizacional; Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento Organizacional foram tratados nessa atividade. Além do modelo fordista, que influenciou todos os ramos de produção em todo o mundo, foi possível entender a evolução e transformação no mundo do trabalho influenciados pelo capitalismo moderno e suas influências no modo de trabalho atual. Aspectos de grande debate sobre o novo modelo, como a instabilidade e incertezas no campo de trabalho também foram evidenciados. Além disso, foi possível entender como as tecnologias da informação permitiram a expansão do capitalismo, diminuindo fronteiras e aumentando o dinamismo da comunicação global.
REFERÊNCIAS
HEADLEY, Samara Silva. Administração e Teoria das Organizações. Londrina: UNOPAR, 2014. 
MATOS, Eliane & Denise PIRES. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 15(3):508-14. 2006.
ROSSÉS, Gustavo. Fontinelli. Introdução à administração. Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria: Rede e-Tec Brasil. Santa Maria, RS. 112 p. 2014.
SOUSA FILHO, A. Cultura, ideologia e representações. In: Maria do Rosário de Carvalho; Maria da Conceição Passeggi; Moises Domingos Sobrinho. (Org.). Representações sociais: teoria e pesquisa. 1 ed. Mossoró: Fundação Guimarães Duque/Fundação Vingt-un Rosado. Volume 1376, p. 71-82. 2003.
TENORIO, Fernando G. A unidade dos contrários: fordismo e pós-fordismo. Rev. Adm. Pública. 2011, vol.45, n.4. pp. 1141-1172. 2011.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Administração 2º semestre
Do Fordismo ao Informacionalismo
Alagoinhas,
2015
Do Fordismo ao Informacionalismo
Trabalho de apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Fundamentos e Teoria Organizacional, Comunicação e Linguagem, Homem, Cultura e Sociedade, Comportamento Organizacional.
Orientadores: Profs. Márcio Ronald Sella/Grace Botelho/Karen H. Manganotti/Suzi Bueno de Almeida. Antônio Lemes Guerra Júnior. Wilson Sanches/Maria Eliza Pacheco/Edson Elias de Morais. Ana Céli Pavão.
Alagoinhas,
2015

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