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* AMEBAS NÃO-PATOGÊNICAS, EVENTUALMENTE PATOGÊNICAS E PATOGÊNICAS PROFª MSC: GILMARA BEATRIZ * AMEBAS 1.1) INTRODUÇÃO: REINO PROTISTA FILO SARCOMASTIGOPHORA ORDEM AMOEBIDA Movimentação: PSEUDOPODES OU FLUXO DE CITOPLASMA - Flagelos: podem aparecer a depender da espécie e do ciclo de vida. * MAIORIA DAS ESPÉCIES DE VIDA LIVRE Algumas destas SÃO PARASITAS OCASIONAIS - EX: Naegleria fowleri OUTROS são PARASITAS OBRIGATÓRIOS IMPORTANTES Ex: Entamoeba histolytica * 1.2) ESPÉCIES DE INTERESSE: Entamoeba coli Entamoeba hartimani Entamoeba gingivalis Entamoeba dispar Entamoeba histolytica Iodamoeba butschlli Endolimax nana Acantamoeba polyphaga Naegleria fowleri * 1.3) DISTINÇÃO MORFOLÓGICA tamanho do trofozoíto e cisto e/ou, quantidade de núcleos nos cistos e/ou forma das inclusões citoplasmáticas (vacúolos e corpos cromatóides) * 1.4) Entamoeba coli (Grossi, 1879) Não patogênica, comensal Distribuição mundial Trofozoito grande com cariossoma grande e excêntrico Formas: - Trofozoíto - Cisto com até 8 núcleos (15-20µm) * 1.5) Entamoeba hartmanni (Von Prowazeck, 1912) Comensal no intestino grosso Fagocita bactérias e fungos Confundida com E.histolytica Distribuição mundial – predominando em reg. temperadas Formas: -Trofozoíto pequeno - Cisto pequeno com até 4 núcleos * 1.6) Entamoeba gingivalis - Forma: apenas Trofozoíto Se alimenta de bactérias, partículas de comida e células epiteliais da boca do homem, sem causar dano. Base dos dentes posteriores sem causar dano * 1.7) Iodamoeba Butschlii (Prowazeck, 1911) Comensal no intestino grosso Distribuição mundial Formas: -Trofozoíto pequeno - Cisto pequeno * 1.8) Endolimax nana (Wenyon & o´connor, 1917) Comensal no intestino grosso Formas: -Trofozoíto pequeno de lenta mobilidade com fungos e bactérias fagocitadas. - Cisto pequeno oval com núcleos refringentes (verde) * 1.9) Dientamoeba fragilis (Jepps & Dobell, 1988) Comensal no intestino grosso Forma: -Trofozoíto com dois núcleos * 1.10) Acanthamoeba polyphaga Distribuição mundial: lagos, lagoas, piscinas, esgotos, solos úmidos, etc. Eventualmente patogênica -Trofozoíto com pseudopodes finos - Cistos uninucleados - Isolada em fossas nasais e faringes - Invade o paciente pela pele lesionada seguindo via hematogênica - Isolada também em pacientes com ulceração da córnea aguda ou crônica (visão embaçada) - Acantamebíase: meningoencefalite amebiana ou encefalite granulomatosa amebiana. : alterações mentais->irritação meníngea->hipertensão intracraniana ->coma -> morte entre 2 e 6 semanas. - Incidência: 83% em crianças até 5 anos de idade. * * * 1.11) Naegleria Fowleri Cosmopolita Eventualmente patogênica - meningoencefalite Encontrada em fontes termais, águas servidas, lagoas, piscinas, etc. Trofozoito apresenta flagelo se em água destilada Isolado em suspensão de cérebro de casos fatais. Invade via olfativa doença súbita, cefaléia, febre, dor de garganta e rinite -> 3 dias de agravo -> rididez nucal -> coma e morte Diagnóstico: líquor purulento sem bactérias -> insistir para buscar amebas! Tratamento: anfotericina B Incidência: 7 a 20 anos de idade. * * 1.12) Entamoeba histolytica / dispar (Schaudinn, 1903) PATOGÊNICA a) Trofozoíto 20-40µm – fezes 60µm – tecidos - invasiva Emissão contínua e rápida de pseudópodes grossos e hialinos. Locomoção: deslizamento Podem ser encontradas hemácias fagocitadas – forma invasiva. * b) Cistos – presença de corpos cromatóides * c) Ciclo biológico - Monoxênico ESTÁGIOS: CISTO METACISTO TROFOZOÍTO PRÉ-CISTO HABITAT: luz do I.G. * * c) Contágio Direta: Sexual (anal-oral) Indireta: Água ou alimentos contaminados por cistos maduros Veiculação por baratas e moscas d) CICLO PATOGÊNICO Início ainda não elucidado Invasão da submucosa -> Trofozoíto invasivo ou virulento Colonização das úlceras e multiplicação Grande hematofagia -> presença de hemácias no endoplasma Migração para fígado, rins, pulmão e até cérebro e pele (formação de abscessos pela liberação de enzimas líticas) DOENÇA: AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL * e) PATOGENIA E VIRULÊNCIA Patogenia – Amebíase Virulência – Condicionada à imunidade do hospedeiro Condicionada à ação de bactérias (Ex: E.coli) Re-infecções sucessivas Processo de invasão: Forte adesão às células da mucosa intestinal Fagocitose Invasão da submucosa Colonização Formação de pequenas úlceras (“botão de camisa”) Encistamento apenas dos comensais! * * f) Amebíase intestinal assintomática 80 – 90% dos casos Encontro de cistos nas fezes Entamoeba dispar?! g) Amebíase sintomática – Colite não-disentérica Mais comum 4 evacuações diarréicas ou não Presença de sangue ou muco nas fezes - esporádica Cólicas na parte superior do abdome Períodos de diarréia e períodos de bom funcionamento Entamoeba dispar?! * h) AMEBÍASE OU AMEBOSE – COLITE DESINTÉRICA - Lesões anatomopatológicas: - inicialmente pontos avermelhados substituídos por ulcerações de bordos nítidos e material necrótico central - submucosa invadida – desprendimento do epitélio - formação de grandes lesões - Invasão bacteriana secundária - Perfurações intestinais descritas - Amebomas - Em indivíduos hipersensíveis - Ceco e reto - formações tumorais com reação inflamatória do tipo crônica - presença de amebas * * - Lesões hepáticas - Migração pelo sistema porta - Fenômeno inicial: hepatite amebiana (lesões nos sinusóides seguida de lesões nos hepatócitos) - formação de abscessos com “material achocolatado” - Maior incidência: lobo direito do fígado - Lesões pulmonares - Invasão do parênquima pulmonar pela migração através do sistema venoso ou por rompimento de abscesso hepático - Lesão cerebral - Raro e secundário pós abscesso hepatico e pulmonar. - Lesão cutânea - Geralmente peri-anal. - No caso de abscesso hepático rompido: invasão de parede abdominal. * * g) Sinais e Sintomas: - Fase aguda da colite desintérica: Cólicas Tenesmo Dor à palpação do trato intestinal ] Diarréia com muco e sangue Náuseas, vômitos Flatulências Astenia Nervosismo Insônia Perda de peso Desidratação grave Ao hemograma: leucocitose, em alguns casos * - Amebíase pulmonar: Dor torácica Tosse Escarro com puz e sangue Dispnéia Derrame pleural Febre - Amebíase hepática: - Dor na palpação do fígado, febre e hepatomegalia - Fraqueza - Febre - Perda de peso - Icterícia * - Ameboma: Localização mais comum: RETO Obstrução intestinal e sintomas associados h) DIAGNÓSTICO: Encontro de cistos nas fezes formadas ou pastosas Encontro de trofozoítos nas fezes diarréicas Retossimoidoscopia Raio X, cintilografia, ultrassom e tomografia! Testes imunológicos: ELISA, imunofluorescência, etc. I) TRATAMENTO: Metronidazol – oral ou injetável Emetina – quando não há resposta do tratamento * J) ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE FEZES: Coletar fezes sem urina em coletor próprio Não coletar fezes do solo Exame direto de fezes diarréicas l) PROFILAXIA ORIENTAÇÕES PARA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS: Verduras: 0,3g de permanganato de potassio/10l água 15 minutos lavar em água corrente COMBATE ÀS MOSCAS SANEAMENTO BÁSICO EDUCAÇÃO SANITÁRIA * l) PROFILAXIA ORIENTAÇÕES PARA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS: Verduras: 0,3g de permanganato de potassio/10l água 15 minutos lavar em água corrente COMBATE ÀS MOSCAS SANEAMENTO BÁSICO EDUCAÇÃO SANITÁRIA
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