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direito civil I

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 1 
 
Direito Civil 
 
Ramos do Direito: São os seguintes. 
 
Privado: Civil e Comercial; 
Público: Todos os demais ramos. São aqueles que interessam a sociedade, ao 
governo e aos Estados. 
Estados não poderão recusar fé aos documentos públicos; criar distinção entre 
brasileiros de um estado ou criar preferências entre si; não deverá nos 
municípios intervir, salvo se deixar de pagar, por dois anos consecutivos as 
devidas contas, na forma da lei - não aplicar o mínimo exigido, da receita 
municipal, no ensino e nas ações de serviço público. Os estados deverão 
obedecer a esses princípios, sob pena de ação direta de inconstitucionalidade. 
 
Contrato: Todo ato praticado pelas pessoas com outras pessoas ou 
prestadores de serviços. 
 
Direito: Conjunto de normas gerais e positivas que regulam a vida social. 
 
Direito Positivo: É um conjunto de normas ou o ordenamento jurídico num 
determinado país e numa determinada época, ou seja, são as leis regidas pelo 
Estado. 
 
Direito Natural: Ele simboliza a perfeita justiça, ou seja, são os direitos que 
nascem com as pessoas. 
 
Princípios do Direito Natural: Viver honestamente; dar a cada um o que é seu 
e não lesar o próximo. 
 
Direito Objetivo — Norma Agendi: É o conjunto de normas disciplinadoras 
das regras humanas. É o direito enquanto regra, igual lei, igual direito positivo. 
 
Direito Subjetivo — Facultas Agendi: É faculdade das pessoas, a 
prerrogativa das pessoas, ou o direito das pessoas. É a possibilidade de se 
poder invocar a lei e a faculdade de se obter direitos jurídicos de outras 
pessoas, ou poder ver satisfeita, a seu favor, determinada regra jurídica. 
 
O Direito e a Moral: O direito dita regras para a convivência social, 
comportamento e conduta baseados numa regra. O direito se preocupa com os 
atos não com as intenções ou pensamentos. O direito tem sanção e a moral 
não tem. A sanção é a forma de coagir a pessoa a se comportar de acordo com 
o direito. 
No processo civil, a punição é caracterizada pelo ressarcimento, podendo ser 
pela reparação moral ou mesmo pela reparação de danos. 
O campo da moral abrange os deveres do homem com Deus. Do homem 
consigo mesmo e do homem para com o seu semelhante. 
 
Fontes do Direito: Os meios pelos quais se formam as normas jurídicas. As 
fontes do direito são. 
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 2 
 
Diretas ou Imediatas: Leis - Por si só formam o direito; 
Costume: Comportamento da sociedade; 
Indiretas ou Mediatas: Doutrina - Livros publicados sobre a matéria do direito; 
Jurisprudência: São as decisões reiteradas dos tribunais que vão formando o 
espírito do legislador para ele criar a lei. 
 
Definição de Lei: Preceito comum e obrigatório do poder competente e provido 
de sanção, sendo. 
 
Preceito: Normas e regras; 
Comum: Geral para todos; 
 
Poder Competente: Legislativo que é o Congresso Nacional formado pela 
Câmara e Senado Federal. 
 
Poder Executivo: O Executivo participa da elaboração das leis da seguinte 
forma. 
 
Sanção: Ato em que o executivo manifesta aquiescência à lei elaborada pelo 
legislativo, diferentemente do veto que é discordância. 
Veto: Ato em que o Executivo manifesta a discordância à lei elaborada pelo 
legislativo. 
Promulgação: Ato pelo qual o Chefe do Estado atesta à sociedade a 
existência da lei, torna a lei executória. 
Aplicação: Meio utilizado para tornar a lei obrigatória. 
Decretos: São atos do poder Executivo de fazer nomeações, outorgar 
privilégios e, por último, conceder naturalização. 
Regulamentos: Os regulamentos são atos do poder Executivo com a 
finalidade de facilitar a lei. 
 
Classificação das Leis Quanto a Natureza 
 
Substantivas: Leis de fundo — Leis do Código Civil e Penal; 
Adjetivas: Leis de forma — Leis processuais dos códigos. São normas de 
forma de distribuição na justiça. 
 
Quanto à origem: Podem ser editadas pelos entes políticos Federais, 
Estaduais e Municipais. 
 
Hierarquia das Leis 
 
Constituição Federal; 
Leis Federais Ordinárias; 
Constituição Estadual; 
Leis Estaduais Ordinárias; 
Leis Municipais. 
 
Conflito Entre as Leis: Surgindo conflitos entre elas, observar-se-á essa 
ordem de precedência quanto à sua aplicação, seguindo procedimentos de. 
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 3 
 
Com Relação às Pessoas Que Se Dirigem 
 
Gerais: CPC, CC, CP, CPP; 
Especiais: CDC, Comercial, CLT; 
Individuais: Casos específicos – Ex.: CLT. 
 
Com Relação aos Efeitos 
 
Imperativas: Determinam o comportamento; 
Proibitivas: Proíbem o comportamento; 
Facultativas: Facultam o comportamento; 
Punitivas: Punem o descumprimento legal da lei. 
 
Com Relação à Constituição Federal 
 
Constitucionais: De acordo com a Constituição; 
Inconstitucionais: Em desacordo com a Constituição. 
 
Com Relação às Partes 
 
Impositivas ou cogentes: São leis acima da vontade privada, que não as 
pode modificar. São leis de ordem pública; 
Dispositivas ou Facultativas: São leis suscetíveis de derrogação (revogação). 
 
Quanto ao Processo de Elaboração 
 
Leis Ordinárias e Leis Complementares: A iniciativa dessas leis cabe a 
qualquer membro, conforme dispõe o art. 61 da Constituição Federal; 
Leis Delegadas: Elaboradas pelo Presidente da República que solicitará a 
delegação ao Congresso Nacional. 
 
Lei de Introdução ao Código Civil – Decreto lei nº 4.657 de 4.9.1942: É uma 
lei sobre as outras leis reunidas. 
 
Sistema de Obrigatoriedade da Lei 
 
Simultânea: Entra em vigor imediatamente em todo do país; 
Progressiva: Primeiramente nas localidades mais próximas. 
 
Vacatio Legis: Espaço de tempo entre a publicação da lei e sua entrada em 
vigor. 
 
Presunção legal: Presume-se que o autor tinha conhecimento da lei, pois 
ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
Ficção: Mesmo sabendo que nem todos conhecem a lei, agimos como se à 
conhecessem. 
 
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 4 
Ignorantia legem neminem excusat: Significa que a ignorância da lei não ser 
desculpável. 
 
Exceções: leis das contravenções penais, art. 8º, que no processo penal 
servirá de atenuante. 
 
Revogação da lei: È igual a supressão da força obrigatória da lei. Pode ser. 
 
Expressa: A lei nova taxativamente declara revogada a lei anterior; 
Tácita: Quando a lei nova é incompatível com a anterior, isto é, a lei nova 
regula inteiramente a matéria tratada pela anterior; 
Ab-rogação: Revogação integral da lei; 
Derrogação: Revogação parcial da lei. 
 
Retroatividade das leis: Condição em que se aplica a lei em casos pretéritos. 
É uma exceção e ocorre quando o legislador aplica a irretroatividade para 
permitir segurança nas relações jurídicas, garantindo o cumprimento da 
constituição. A lei volta para regular relação jurídica iniciada na lei anterior, mas 
somente quando a lei determinar. 
 
Irretroatividade 
 
Lei Nova: Não retroage para reger situações passadas, ela só se aplica para o 
futuro. 
Leis de Ordem Pública: Essas retroagem aos contratos em andamento. Ex.: 
Lei do consumidor. 
 
Princípio da irretroatividade: Destina-se para proteger ato jurídico perfeito, 
mesmo aquele que começou e terminou na vigência da mesma lei. 
 
Direito adquirido: É aquele em que o titular ou alguém por ele já pode exercer 
pois já existe a coisa julgada, ou seja, uma decisão judicial imutável. 
 
Coisa julgada: Situação que não cabe mais recursos. Foram esgotados todos 
os recursos até as estâncias superiores – STF. 
 
Norma de ordem pública: Tem relevante interesse sociale por isto é de 
aplicação imediata aos contratos em curso. Ex.: Lei do inquilinato, do 
consumidor. 
 
Da Integração da Norma Jurídica – Hermenêutica jurídica: São as regras de 
interpretação das leis, podendo ser: quanto às fontes; quanto aos meios e 
quanto aos resultados. 
 
Interpretação da lei: A interpretação da lei é a ciência jurídica inteira, pois toda 
lei é norma abstrata. Interpretá-las é a necessidade básica do jurista para 
determinar o seu verdadeiro sentido. A tarefa deste será fácil se a lei for clara; 
difícil, porém, se a norma a ser interpretada é obscura ou formulada de modo 
ambíguo. A interpretação se faz das seguintes maneiras: 
 
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 5 
Autêntica: Através de outra lei que vem explicar a nova lei; 
Gramatical: Pela lógica da própria gramática; 
Histórica: Época histórica que a lei foi editada; 
Sistemática: Compara-se a lei nova com a anterior. 
 
Conflitos Com a Lei Nova: São resolvidos pelas disposições transitórias. A lei 
nova traz regras (artigos, incisos, parágrafos) abordando como solucionar o 
conflito, regulando as situações que começaram na lei velha que ainda estão 
em curso na nova lei. 
 
Conflitos das leis no tempo: A lei se aplica aos contratos iniciados na 
vigência de uma lei e continuam na vigência da lei nova que revogou a 
primeira. 
 
Classificação das leis sob o aspecto intertemporal 
 
Retroativas: Atingem relações jurídicas perfeitas e acabadas; 
Irretroativas: Dispõe sobre relações nascidas a partir de sua entrada em vigor. 
Aplicação imediata: Relações nascidas sob o império de outra lei, mas ainda 
não aperfeiçoadas. A lei processual tem sempre a aplicação imediata. A lei 
nova preserva as medidas anteriores, não revoga. 
 
Quanto aos resultados 
 
Declarativa: Quando a lei diz claramente ao legislador; 
Extensiva: Quando a lei é mais ampla que o legislador; 
Restritiva: Quando a lei é menos que a vontade do legislador. 
 
Integração da Norma Jurídica: A integração da norma se dá quando a lei 
apresenta lacunas, omissões sobre caso concreto. Nessas ocasiões o juiz faz a 
complementação — Lei de Introdução ao Código Civil, art. 4º. Divide-se pela 
ordem. 
 
Analogia: Aplica-se a hipótese não prevista na lei, disposição relativa a caso 
semelhante (regras), que por sua vez se divide em. 
 
Analogia Legis (legal): É tirada da própria lei quando é extraída de outra 
disposição legislativa (legal = semelhante); 
Analogia Iuris (jurídica): Extraída filosoficamente dos princípios gerais que 
disciplinam determinado instituto jurídico, a norma é tirada do inteiro complexo 
da legislação vigente, ou do sistema legislativo; 
Costumes: Aplicação das normas de acordo com os usos e costumes. 
 
Princípios gerais de direito: Regras que emanam da consciência dos povos e 
que são universalmente aceitas, mesmo não escritas. Ex.: ninguém pode ser 
condenado sem ser ouvido — Direito de devesa. Ninguém pode invocar a 
própria malícia. Enriquecimento sem causa à custa de outros. 
 
Eqüidade: Eqüidade é igualdade de direitos — ideal ético de justiça (CC art. 
1456). 
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 6 
 
Relação jurídica: Relações sociais reguladas por normas jurídicas, ou seja: 
regulam o comportamento das pessoas. É um vínculo entre pessoas pelo qual 
uma pode exigir da outra uma prestação. 
 
Elementos da relação jurídica 
 
Sujeito ativo: Titular do direito subjetivo de exigir a prestação do outro; 
Sujeito passivo: Sujeito do dever de cumprir a prestação; 
Objeto: A prestação devida pelo sujeito passivo. 
 
Fato que produz conseqüência jurídica 
 
Fato jurídico: Acontecimento que não depende da vontade humana (chuva, 
terremoto, maioridade); 
Ato jurídico: Ato de vontade humana (voluntário); 
Negócio jurídico: Ato de vontade dirigido a um fim. 
 
Das Pessoas: Sujeito de direitos e obrigações. Na acepção jurídica, pessoa é 
o ente físico ou moral, suscetível de direito e obrigações. Sendo. 
 
Pessoa Física: O ser humano; 
Pessoa Jurídica: Agrupamentos de pessoas com fim comum. 
 
Personalidade Jurídica: Aptidão para adquirir direitos e obrigações. A 
personalidade civil do homem começa do nascimento com vida. É a 
capacidade para figurar numa relação jurídica. 
 
Capacidade Jurídica 
 
Capacidade de gozo: Personalidade jurídica; 
Capacidade de fato: Aptidão para exercer por si só os atos da vida social; 
Legitimação: Aptidão para certos atos apenas. 
 
Incapacidade: Restrição legal do exercício dos atos da vida civil, sendo: 
 
Absoluta: Tem um representante que pratica o ato em seu nome. A lei 
determina quem são os representantes. Sem representante o ato é nulo. 
Relativa: Devem ser acompanhados por um assistente que a lei determinar 
nos atos da vida civil. Ato praticado sem assistência é anulado. 
 
Ato Nulo: Ato nulo não produz nenhum efeito jurídico, não precisa de ação 
judicial para o juiz declarar a nulidade do ato. 
 
Ato Anulável: Ato anulável produz efeito até que seja declarado pelo juiz. 
 
Relativamente Incapaz: Não possui ainda discernimento a certos atos ou a 
maneira de exercê-los, são eles. 
 
Maiores de 16 e menores de 21 anos; 
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 7 
Pródigos: que dilapidam o próprio patrimônio; 
Silvícolas: sujeitos a tutela do Estado, Funai-lei 6001. 
 
Absolutamente Incapaz: Não obstante a incapacidade, o incapaz, conforme 
os ditames da lei, responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes. 
 
Impúberes: Menores de 16 anos; 
Os loucos de todo o gênero; 
Os surdos-mudos, que não puderem exprimir a sua vontade; 
Toxicômanos; 
Ausente declarado pelo juiz, ou seja, aquele que se afasta do seu domicílio 
sem dar notícia e deixar representante. 
 
Final da Incapacidade: Quando a pessoa completa 21 anos ou pela 
emancipação. 
 
Emancipação: É a aquisição da maioridade da capacidade civil antes da idade 
legal. 
 
Começo da Personalidade Jurídica: Começa com o nascimento com vida. A 
lei protege os direitos do nascituro desde a concepção. A aquisição da 
personalidade do nascituro está acondicionada ao nascimento com vida, que 
acontece quando se corta o cordão umbilical e dê ainda sinais inequívocos de 
vida. 
 
Direito de Personalidade 
 
Direito subjetivos: Direitos de defender os bens imateriais; 
Fim da Personalidade: A existência da pessoa natural termina com a morte, 
cuja prova será o atestado de óbito ou justificação: morte presumida, ausência. 
 
Conseqüência da Morte Real: Cessação de todos direitos e obrigações do de 
cujus. Ex.: Dissolução do vínculo conjugal, abertura da sucessão e extinção 
dos contratos. 
 
Comoriência: Morte de duas ou mais pessoas na mesma ocasião, por força do 
mesmo evento, sendo elas reciprocamente herdeiras umas das outras. 
Presumem-se simultaneamente mortas se não se puder averiguar qual morreu 
primeiro. 
 
Conseqüência: Não há transferência de bens entre os comorientes. Cada um 
transmite a herança a seus próprios herdeiros. 
 
Do Nome: Um dos mais importantes atributos da pessoa natural, ao lado da 
capacidade civil e do estado. A pessoa recebe-o ao nascer e conserva-o até a 
morte. Serve para individualizá-la na vida e após a morte. Tão notório é a sua 
utilidade, que seu uso se estendeu às firmas comerciais, às coletividades, aos 
navios, às cidades etc. 
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 8 
 
Definição do Nome: Nome é atributo pelo qual a pessoa se identifica, isto é, 
sinal exterior pelo qual a pessoa se identifica na sociedade e família, sendo.Aspecto Público: O que interessa ao Estado, por isso a lei prevê a 
imutabilidade; 
Aspecto Privado: Interessa a cada pessoa para uso e proteção do seu nome; 
Imutabilidade: Não é comerciável, por ser atributo da personalidade; 
Imprescritibilidade: Não se perde pelo desuso do tempo nem pelo não uso; 
Natureza Jurídica: O nome é um direito da personalidade, sinal distintivo e 
revelador da personalidade e direito subjetivo e extra patrimonial. 
 
Elementos Atuais do Nome: O nome da pessoa compõe-se de um prenome e 
do respectivo apelido de família. 
 
Prenome: O prenome é individual, podendo ser simples, duplo, triplo etc, 
porém não pode expor ao ridículo os seus portadores. (art. 5º. Da Lei 6.015 de 
31.12.1973); 
Patronímico ou Apelido de Família: É o sobrenome da pessoa e sinal 
revelador da procedência, servindo para indicar a filiação. Pode ser simples ou 
composto, provir de sobrenome paterno ou materno, e também da fusão de 
ambos; 
Agnome: Sinal distintivo acrescido ao nome completo para diferenciar pessoas 
da mesma família que tem o mesmo nome. Ex.: júnior, filho, sobrinho, neto etc. 
 
Títulos de nobreza: Títulos honoríficos, eclesiásticos e alcunhas, não fazem 
parte do nome. Ex.: Conde, Duque, Comendador: Cardeal, Monsenhor, Xuxa, 
Pelé. 
 
Possibilidade de Alteração: Pode se alterar quando expuser a pessoa em 
ridículo, acrescentar apelidos públicos notórios. Pode, também, no primeiro ano 
após ter atingido a maioridade civil, alterar o nome, desde que não prejudique o 
sobrenome. Outras alterações dependerá de autorização do Ministério Público. 
Em caso de adoção por terceiro, a lei permite que o adotado altere o 
sobrenome para o dos pais de sangue, e a mulher pode assumir, pelo 
casamento, os apelidos do marido. Não o perde, todavia com a viuvez, desde 
que não contraia segundas núpcias. 
 
Nome do Estrangeiro: Será o constante em seus documentos de viagem, 
entretanto, poderá ser alterado quando comprovadamente estiver errado, tiver 
sentido pejorativo ou expuser o titular ao ridículo. 
 
Nome Comercial: O nome comercial tem valor pecuniário, rigorosamente 
apreciável em dinheiro. O nome civil é inalienável e só tem valor moral, 
enquanto o comercial tem conteúdo estritamente patrimonial, sendo, pois, um 
valor, é transmissível inter vivos ou mortis causa. O nome civil não é exclusivo, 
ao passo que o comercial o é, cabendo ação ordinária com pedido cominatório 
para forçar o réu a abster-se de utilizar determinada denominação, pertencente 
ao autor, ou suscetível de confundir-se com a deste. 
 
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 9 
Individualização da Pessoa Física 
 
Nome: Qualificação da pessoa; 
Estado: Soma das qualificações da pessoa na sociedade. É o modo particular 
de a pessoa existir. Há três tipos de estado. 
a) Familiar: Indica a situação da pessoa na família (casado, solteiro, viúvo, 
separado); 
b) Individual: É a maneira de ser da pessoa, quanto a idade, sexo, saúde 
mental. Diz respeito a capacidade; 
c) Político: Indica a posição da pessoa na sociedade política. Se a pessoa é 
nacional ou estrangeira. 
 
Características do Estado da Pessoa 
 
Indivisibilidade: A pessoa não pode ser ao mesmo tempo casada e solteira, 
maior ou menor; 
Indisponibilidade: O estado da pessoa é indisponível. Não pode ser objeto de 
comércio ou seja, é irrenunciável mas não é imutável, pode se alterar pelo 
casamento, viuvez; 
Imprescritível: Não se perde pelo não uso no decurso do tempo. O estado é 
um elemento integrante da pessoa física. 
 
Domicílio: É o lugar onde a pessoa estabelece residência com ânimo 
definitivo. Onde a pessoa prática habitualmente seus atos e negócios jurídicos. 
Local onde a lei presume que a pessoa esteja presente ou seja encontrada. 
 
Elementos do Domicílio 
 
Objetivo: Relação de fato entre a pessoa e o lugar onde reside com ânimo 
definitivo; 
Subjetivo: Ânimo/Vontade de morar no local definitivamente; 
Habitação Moradia: É onde a pessoa permanece acidentalmente sem ânimo. 
Ex.: reforma de imóvel. 
 
Pluralidade de Domicílios: Por regra, considerar-se-á qualquer lugar, 
residência ou centro de ocupação. 
 
Domicílio Necessário: Resulta da imposição legal, sendo. 
 
Originário: Adquirido ao nascer; 
Legal: Presumido ou fixado por lei. 
 
Domicílio Voluntário 
 
Geral: Escolhido pela pessoa; 
Especial: Determinado por contrato. 
 
Mudança/Perda de Domicílio 
 
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 10 
Por Determinação Legal: Quando a lei determina a transferência da 
residência da pessoa; 
Por Contrato: Pelo término/vencimento do contrato; 
Por Intenção: Vontade espontânea da pessoa em se mudar. 
 
Da Pessoa Jurídica: Unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa 
a um fim, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direito e obrigações. 
 
Teoria da Natureza Jurídica das Pessoas Jurídicas 
 
Ficção Legal — ( SAVIGNY): Como só o homem é capaz de direito e 
obrigações, a pessoa jurídica é uma criação artificial da lei para facilitar o 
exercício das funções de certas entidades, como por exemplo, de algumas 
sociedades. Segundo esta teoria a pessoa jurídica só existe no pensamento do 
legislador, não existe na realidade. Trata-se de uma teoria falsa porque o 
Estado também é pessoa jurídica. O Estado não pode ser uma ficção, senão o 
direito que dele emana, também será. 
 
Teoria da Equiparação: A pessoa jurídica é um patrimônio que a lei equipara 
com as pessoas físicas. Também é uma teoria que não se sustenta, haja vista 
que o patrimônio nunca pode ser sujeito de direito. 
 
Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica: As pessoas jurídicas são 
organismos sociais (diferente de organismos físicos) com existência e vontade 
própria diferente das dos seus membros. Também está fora da realidade por 
ser igual a teoria da ficção. 
 
Teoria da Realidade das Instituições Jurídicas: A personalidade jurídica é 
um atributo que o direito atribui às pessoas físicas e também a agrupamento de 
pessoas físicas (que são as pessoas jurídicas). Esse atributo não é fictício e 
sim real. 
 
Classificação das Pessoas Jurídicas Quanto às Funções 
 
Direito Público Interno: Da administração Direta. 
a) União; 
b) Estados; 
c) Municípios; 
d) Distrito Federal. 
 
Direito Público Interno:Da administração Indireta. 
a) Fundações Públicas; 
b) Autarquias. 
 
Direito Público Externo 
a) Estados Estrangeiros; 
b) Organismos Internacionais; 
c) Santa Sé. 
 
Pessoa Jurídica de Direito Privado 
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 11 
a) Fundações particulares; 
b) Associações; 
c) Sociedades civis e comerciais; 
d) Partidos políticos (C.F 17 § 2º); 
e) Empresas públicas/sociedades de economia mista. 
 
Quanto a Nacionalidade 
 
Nacional ou estrangeira: A nacionalidade da pessoa jurídica difere da de seus 
membros. LICC, 11. A pessoa jurídica é nacional ou estrangeira, conforme o 
Estado em que se constituiu. A constituição ocorre com o registro do ato 
constitutivo no cartório. 
 
Quanto a Estrutura Interna 
 
Corporações: (Universitas Personarum) 
a) Sociedades civis e Comerciais; 
b) Associações. 
 
Fundações: (Universitas Bonorum) 
Corporações: Conjuntos de pessoas reunidas para a realização de fins 
internos voltados para o bem dos sócios. O patrimônio é elemento secundário. 
 
Tipos de Corporações 
 
Sociedades: São corporações com fins lucrativos; 
Sociedades Civis: São sociedades constituídas de sócios que são 
profissionais da mesma área. Sua atividade principal é civil, mesmo que 
pratique algum ato de comércio. Ex.: escritório de advocacia; 
Sociedades Comerciais: São sociedades voltadas à práticahabitual de atos 
de comércio. São atos praticados de acordo com o código civil. Podem ser Ltda 
ou S/A; 
Associações: São corporações que não têm fins lucrativos, apenas 
filantrópico, educacional, religioso ou recreativo; 
Fundações: São patrimônios (bens) destinados a realização de fins externos 
estabelecidos pelo seu fundador. O patrimônio é o elemento essencial das 
fundações, fornecido pelo seu fundador. O fim das fundações é imutável e 
sempre civil. 
 
Criação das Fundações: Cria-se uma fundação através de uma escritura 
pública ou por testamento do seu instituidor, assentando no documento a 
finalidade da fundação. O instituidor reserva alguns bens livres para a fundação 
que serão usados para este fim. 
 
Corporações e Fundações 
 
Nas corporações os sócios são elementos principais - Nas fundações o 
patrimônio é o elemento principal. 
Nas corporações os fins são mutáveis – Nas fundações os fins são imutáveis. 
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As corporações têm fins internos para o bem dos sócios – As fundações têm 
fins externos. 
 
Representação da Pessoa Jurídica As pessoas jurídicas serão representadas 
ativas e passivamente nos atos judiciais ou extrajudiciais, por quem os 
estatutos designarem, ou, se não houver designação, pelo seu Diretor. A 
representação da pessoa jurídica é diferente da representação dos incapazes, 
porque o representante substitui o incapaz na prática do ato, enquanto que o 
representante das pessoas jurídicas apenas exterioriza a sua vontade na 
prática do ato. 
 
Representação da Pessoa Jurídica de Direito Público: A União, os Estados, 
o Distrito Federal e Territórios (os Territórios não são pessoas jurídicas de 
direito público) serão representados por seus procuradores. 
 
Nascimento da Pessoa Jurídica de Direito Público: O início da pessoa 
jurídica se dá por um fato jurídico ou fato histórico, sendo. 
 
Quanto às funções e as Capacidades 
 
Direito Público: Da administração direta. 
a) União; 
b) Estados; 
c) Municípios; 
d) Distrito Federal. 
 
Direito Público:Da administração Indireta. 
 
Fundações Públicas: São órgãos descentralizados criados por lei com 
personalidade jurídica própria para o exercício de atividade de interesse 
público. São patrimônios individualizados de bens pertencentes a uma pessoa 
de Direito Público para realização de um fim administrativo. Ex.: Funabem. 
Autarquias: Dec. Lei 200/67: Serviço autônomo criado por lei com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividades 
típicas da administração pública. A autarquia é um serviço estatal 
descentralizado com personalidade jurídica reconhecida por lei. Ex.: Banco 
Central, conselhos de classe. 
 
Pessoa Jurídica de Direito Privado 
a) Fundações Particulares; 
b) Associações; 
c) Sociedades Civis e Comerciais; 
d) Partidos Políticos: Têm natureza de associações civis. Para o direito, os 
partidos políticos têm o mesmo tratamento das associações, conforme art. 17 
da C.F; 
e) Empresas Públicas: Têm tratamento jurídico igual as das empresas 
privadas. São pessoas jurídicas de direito. Empresa pública é entidade com 
personalidade jurídica de direito privado, com capital próprio exclusivo da 
União, criada para exploração de atividade econômica exercida pelo governo; 
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f) Sociedades de Economia Mista: São entidades dotadas de personalidade 
jurídica de direito privado, criado por lei para exploração de atividade 
econômica na forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
pertencem em sua maioria à União, ou entidades da administração indireta. 
 
Nascimento da Pessoa Jurídica de Direito Privado: Nascem através de 
duas fases. 
 
a) Ato constitutivo (escrito = contrato social); 
b) Registro no órgão competente (cartório ou junta). 
 
Ato Constitutivo 
 
Fundações 
a) Ato jurídico inter vivos; 
b) Testamento (ato jurídico-causa mortis). 
 
Corporações: Para as corporações é ato jurídico bilateral ou plurilateral, que é 
o contrato social ou estatuto social. 
a) Associações; 
b) Sociedades. 
 
Elementos do Ato Constitutivo 
 
Material 
a) Atos de associação – agrupamentos dos sócios (mínimo de dois); 
b) Bens (patrimônio); 
c) Fins (lícitos e determinados). 
 
Formal 
a) Documento escrito (o ato constitutivo deve ser escrito); 
b) Aprovação do governo (somente para algumas pessoas jurídicas). 
 
Registro: Registro no órgão competente dá a existência legal a pessoa 
jurídica. A partir do registro ela passa ter personalidade jurídica e patrimônio 
próprio e muitos direitos. A capacidade plena decorre da sua personalidade e 
direito personalístico da pessoa jurídica é o nome e a nacionalidade. 
 
Domicílio da Pessoa Jurídica: Lugar onde funciona a sua diretoria e 
administração, ou lugar eleito pelo seu estatuto para ser o seu domicílio. A 
pessoa jurídica pode ser demandada (acionada judicialmente) no domicílio da 
Agência ou no estabelecimento onde se praticou o ato (súmula 363 do STF). 
 
Pluralidade de Domicílio da Pessoa Jurídica: Se a pessoa jurídica possuir 
vários domicílios em várias comarcas, elas serão demandas onde ocorrer o 
ato. (art. 35 § 3º C.C). 
 
Conceito de Bens: São coisas materiais e imateriais suscetíveis de valor 
econômico de uma relação de direito. O conjunto de bens de uma pessoa é o 
seu patrimônio, sendo. 
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Bens Materiais Suscetíveis: Bens corpóreos. Ex.: carro, prédio, semoventes, 
mercadorias, livros etc. 
Bens imateriais Insuscetíveis: Bens incorpóreos. Ex.: honra, direitos de 
autoria. 
 
Prestações Humanas: Comportamento do outro que o sujeito da relação 
jurídica tem direito de exigir. Ex.: pagamento de uma dívida. 
 
Classificação dos Bens 
 
Imóveis: São coisas que não podem ser removidas de um lugar para outro 
sem destruição, dano ou fratura. 
 
Classificação dos Imóveis 
 
Pela Natureza: Ex.: solo e seus acessórios, as árvores e frutos, subsolo, 
espaço aéreo etc. 
Por Acessão Física ou Artificial: Junção de uma coisa com outra. Tudo que o 
homem incorpora permanentemente ao solo, sem poder retirar sem destruição. 
Ex. Sementes, edifícios etc. 
Por Acessão Intelectual: Tudo o que o proprietário do imóvel quiser empregar 
para exploração industrial ou comodidade. Ex.: piscina, galpão etc. 
Por Determinação Legal: Consideram-se imóveis para os efeitos legais, os 
direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor agrícola, as apólices da dívida 
pública e o direito à sucessão aberta. 
 
Os bens móveis: são aqueles que podem ser deslocados sem que sofram 
avarias/destruição. 
 
Classificação dos Móveis 
 
Por Natureza: Coisas corpóreas que podem ser removidas sem dano por força 
própria ou alheia Força própria; semoventes — Força alheia; carro, cadeira, 
são objetos inanimados. 
Por Antecipação: São as árvores, os frutos, as pedras, os materiais separados 
pelo homem. 
Por Determinação Legal: Direitos reais sobre objetos móveis e as ações 
correspondentes (penhor). Os direitos de obrigação e as ações respectivas 
(obrigacionais). 
 
Distinção Entre Bens Móveis e Imóveis: Os bens imóveis só podem ser 
transferidos mediante o registro da escritura no registro de imóveis. Os móveis 
se transferem pela tradição. 
 
Demais Classes de Bens 
 
Bens Fungíveis: São as coisas que podem ser substituídos por outros da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Bens Infungíveis: São os móveis que não podem ser substituídos. 
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Bens Divisíveis: São as coisas que se podem partir em porções reais e 
distintas,formando cada qual um todo perfeito. 
Bens Indivisíveis: São as coisas que não comportam fracionamento, ou que, 
fracionadas, perdem a utilidade que oferecia. 
Bens Singulares: São coisas que quando, embora reunidas, se consideram 
independentes das demais. 
Bens Coletivos ou Universais: São as coisas que quando se encaram 
agregadas em todo. 
Bens Principais: São as coisas que existe sobre si, abstrata ou 
concretamente. 
Bens Acessórios: São as coisas cuja existência supõe a da principal. Ex.: solo 
(principal) – árvore (acessório). 
 
Universalidades de Direito: São o patrimônio e a herança. Patrimônio é o 
conjunto de bens de uma pessoa. Salvo disposições em contrário, a coisa 
acessória segue o principal. Os frutos pertencem ao dono do solo e não do 
dono. 
 
Distinção Entre Principal e Acessório 
 
a) Se o principal é imóvel o acessório também o é; 
b) Se a obrigação principal acabou, termina o acessório; 
c) O proprietário da coisa principal, também o é do acessório. 
 
Classes de Coisas Acessórias 
 
Frutos: Utilidades que a coisa principal periodicamente produz, sem acarretar 
a sua destruição. Ex.: frutas, queijo, leite, crias, aluguel. 
 
Tipos de Frutos 
 
Naturais: Originam-se da natureza, das aves, dos animais. 
 
Industriais: Surgem da ação do homem sobre a natureza. Transformação da 
matéria prima natural em produtos acabados. 
Civis: Rendas produzidas pela coisa em razão de sua utilização que não seja o 
proprietário. Ex.: juros, aluguel etc. 
Pendentes: Unidos a coisa que o produz. Ex.: leite, cria, frutas. (art. 511 C.C). 
Colhidos ou Percebidos: São os frutos já colhidos. (art. 510 C.C). 
Estantes: Frutos já colhidos e armazenados para venda. 
Percepiendos: Que deveriam ser colhidos mas não foram. 
Consumidos: Que não mais existem e já se extinguiram. 
Benfeitorias: Obras ou despesas realizadas sobre uma coisa móvel ou imóvel 
já existente. Pode ser para embelezar a coisa, aumentar a vida útil ou para 
conservá-la. 
Acessões Naturais: São as benfeitorias e os melhoramentos sobrevindos a 
coisa sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Acessões artificiais: São as plantações e construções feitas pela mão do 
homem. 
Tipo de Benfeitorias 
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Voluptuárias: Para mero deleite e recreio que não aumentam o uso habitual 
da coisa. Ex.: jardim, piscina, fonte etc. 
Úteis: Que aumentam ou facilitam o uso da coisa. Ex.: banheiro, garagem etc. 
Necessárias: As que têm por fim conservar a coisa ou evitar que se deteriore. 
Classificação dos Bens Quanto ao Titular do Domínio 
Público: São os bens que pertencem a União, Estados e Municípios. 
Privados: São todos os demais. 
Classificação dos Bens Públicos 
Uso Comum do Povo: Bens utilizados pela população. Ex.: praças, rios, 
estradas, ruas. Não podem ser alienados. 
Uso Especial: São os edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou 
estabelecimento federal, estadual ou municipal. Podem ser alienados. 
Dominicais: São os que integram o patrimônio da pessoa jurídica de direito 
público interno, como terrenos de marinha, terras devolutas, estradas de ferro 
etc. Podem ser alienados. 
 
Bens Fora do Comércio: São coisas fora do comércio as insuscetíveis de 
apropriação e as legalmente inalienáveis. 
 
Inalienáveis: São os bens públicos, bens de família, de menores e fundações. 
Também os inalienáveis pela própria vontade humana, ou seja, o próprio 
proprietário coloca cláusula de inalienabilidade no contrato de compra e venda 
ou doação. 
 
Bens de Família: Os chefes de família (pai ou mãe) podem destinar um prédio 
para domicílio desta, com cláusula de ficar isento de execução por dívidas, 
salvo as que provierem de impostos relativos ao mesmo prédio, pensão 
alimentícia e fiança por contrato de locação - (lei 8009/90, art. 1º). 
 
Fatos Jurídicos/Atos Jurídicos 
 
Fatos Naturais 
Ordinários:Nascimento, morte, casamento. 
Extraordinários: Incêndio, terremoto, maremoto. 
 
Fatos Humanos 
Lícitos: De acordo com a ordem jurídica; 
Ilícitos: Em desacordo com a ordem jurídica. 
 
Atos jurídicos em sentido estrito (strictu sensu 
 
Negócios jurídicos: Os efeitos do negócio são visados para ambas as partes 
e estão em conforme a lei. No código, todo ato lícito, que tenha por fim 
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos 
(atos/negócios jurídicos são a mesma coisa). Os efeitos no ato jurídico não são 
necessariamente desejados pelas partes. 
Regras na Aquisição de Direitos 
a) Adquirem-se os direitos mediante ato do adquirente ou por intermédio de 
outrem; 
b) Pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros; 
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c)Dizem-se atuais os direitos completamente adquiridos, e futuros os cuja 
aquisição não se acabou de operar. 
 
Elementos do Negócio Jurídico 
 
Essenciais: São imprescindíveis a realização do negócio. O agente que pratica 
o ato tem que ser capaz. 
Acidentais: São cláusulas que as partes acrescentam ao negócio, sem serem 
essenciais (prazo, condições, preço etc). 
Naturais: São efeitos do negócio jurídico previsto na lei. (transferência, 
pagamento, locação, retribuição etc). 
 
Objeto Lícito e Possível: A possibilidade física ou jurídica tem que estar em 
consonância com a lei e é válido quando praticado por pessoa capaz, o objeto 
lícito abrange também a moral. 
 
Forma Prescrita: A forma é o meio pelo qual o negócio se exterioriza. 
Normalmente a forma de negócio jurídico é livre. Alguns atos exigem forma 
especial e se não observados, o ato é nulo (casamento, venda de imóveis). 
 
Manifestação Válida de Vontade: O querer íntimo do agente deve 
corresponder a manifestação de vontade exarada no negócio jurídico. A 
manifestação de vontade válida não tem vício do consentimento. 
 
Elementos Acidentais dos Negócios Jurídicos: Os elementos acidentais são 
os contrários dos essenciais, ou seja, não são essenciais para a existência ou 
validade do negócio. Negócios jurídicos que não admitem elementos 
acidentais: casamento, reconhecimento de filho, adoção, aceitação ou renúncia 
de herança. 
 
Classificação das Condições 
 
Possíveis: As realizáveis, ou que podem acontecer, segundo as leis da 
natureza, ou de acordo com as disposições legais. Subdividem-se assim em 
fisicamente possíveis e juridicamente possíveis. 
Impossíveis: São as que não têm possibilidade de se concretizar, seja por 
empecilho da natureza, seja por obstáculo de ordem legal. Subdividem-se em 
condições fisicamente impossíveis e condições juridicamente impossíveis. 
Fisicamente Impossíveis: Não são válidas e inexiste a possibilidade. Ex. Dar-
te-ei o um carro, se tocares o céu com o dedo. 
Juridicamente Impossíveis: Invalidam o negócio todo por contrariar as leis e 
os bons costumes. Ex. Dar-te-ei tal quantia se renunciares ao trabalho. 
Casuais: São as que dependem de um acontecimento fortuito, desvinculado da 
vontade das partes. Ex. Dar-te-ei algo se chover amanhã. 
Potestativas: São as subordinadas à vontade de um dos contratantes. Ex. 
Pagarei a coisa adquirida quando a revender. 
Mistas: São produtos refletidos da vontade humana combinada a fato casual. 
Ex. Dar-te-ei esta casa se casares com tal pessoal. 
Lícitas: Estão em conformidade com a lei 
Ilícitas: Não estão em conformidade com a lei. 
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Necessárias: São as inerentes à natureza do ato. 
Voluntárias: São as que constituem acréscimos apostos aos atos pela vontade 
das partes. 
Positivas: São as que o evento futuro e incerto consiste num fato afirmativo 
(se eu me casar). 
Negativas: São as que o evento importa numaabstenção (se não me casar). 
Suspensivas: Quando as partes protelam temporariamente a eficácia do ato 
até a realização do acontecimento futuro e incerto. Ex. Dar-te-ei meu 
apartamento se te casares. 
Resolutivas: São as condições que tenham por fim extinguir, depois do 
acontecimento futuro e incerto, o direito criado pelo ato. Ex. Constituo uma 
renda em teu favor, enquanto estudares. 
 
Termo: É o dia que começa ou termina a eficácia do negócio jurídico. O termo 
suspende o exercício do direito, mas mantêm a aquisição do direito. 
 
Certo: É quando ele se constitui numa da especifica. 
Incerto: Quando se refere a acontecimento, mas que se verificará em data 
indeterminada. 
Inicial: Quando começa a eficácia do negócio jurídico. 
Final: Quando termina a eficácia do negócio jurídico. 
 
Modo ou Encargos: É a cláusula acessória pela qual se impõe obrigação a 
quem se faz uma liberalidade. Ex. Dôo o terreno à municipalidade para nele ser 
edificado um hospital. A não realização da prestação/encargo não suspende a 
aquisição, nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no 
ato. Se o encargo não é satisfeito, tem que mover ação judicial para revogar o 
ato. Além disso, o encargo é coercitivo, o que não sucede com a condição. 
 
Defeitos dos Negócios Jurídicos: Os defeitos dos negócios jurídicos estão 
relacionados a Erro, Dolo, Coação, Simulação e Fraudes Contra Credores. São 
vícios de consentimento ou assentimento, isto é , a vontade manifestada pelo 
agente no negócio jurídico não corresponde ao seu querer íntimo. 
 
Simulação ou Fraude: A vontade do agente manifestada no negócio é igual ao 
seu querer interno, contudo visa lesar terceiro ou fraudar a lei. Ex. Doação de 
imóvel a concubina através de venda fictícia. Escritura exarada com valor 
abaixo da aquisição, visando redução do imposto. 
 
Erro: É a falsa idéia da realidade do negócio jurídico. O erro é cometido pelo 
agente sozinho. 
Ignorância: É o completo desconhecimento acerca de um objeto. 
Erro ou Ignorância: Para o Código Civil, o erro e a ignorância tem a mesma 
conseqüência, ou seja, o ato jurídico é anulável. Para anular o ato jurídico, o 
erro deve ser: 
Erro Essencial: É o erro sobre aspectos relevantes do negócio jurídico, que 
são: sobre a natureza do negócio, objeto principal e qualidade essencial do 
objeto ou da pessoa envolvida no negócio. 
Erro Escusável: É o erro que qualquer pessoa de inteligência mediana 
cometeria. 
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Erro Real: É o erro que de fato ocorreu, é o erro possível. 
Erro Acidental: É o erro das qualidades secundárias da pessoa ou do agente. 
Não anulam o negócio jurídico. 
Erro de Fato: É aquele que recai sobre uma circunstância. Ex. Qualidades 
essenciais da pessoa ou coisa. 
Erro de Direito: É aquele que diz respeito à existência de norma jurídica, 
supondo-se, por exemplo, que está em vigor quando, em verdade, foi 
revogado. 
A ignorância da lei não se pode alegar, mas o erro de direito na interpretação 
poderá ser alegado. 
Erro de Falsa Causa: Este erro não anula o negócio jurídico, a não ser que 
aquela causa seja determinante para a realização do negócio. 
 
Dolo: O dolo significa o induzimento malicioso de alguém à prática de um ato 
que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. 
 
Tipos de Dolo 
 
Dolus Bônus: É o dolo que não tem intenção de causar prejuízo a terceiros. 
Ex.: exagerar nas qualidades do objeto. 
Dolus Malus: É o dolo que tem a intenção de prejudicar terceiros. 
Dolo Principal: É o dolo que sem ele o negócio não seria realizado. 
Dolo Acidental: É o dolo que sem ele o negócio seria realizado (art. 93 CC). 
Dolo de Terceiro: É o dolo que pode ser anulado se uma das partes o souber 
(art. 95 CC). 
Dolo Negativo: É o dolo praticado por omissão intencional sobre uma 
circunstância do negócio que a outra parte não sabe, mas se soubesse não 
realizaria. 
Dolo Bilateral: É o dolo praticado por ambas as partes. Não é anulável (art. 97 
CC). 
 
Coação: Coação é a pressão física ou moral exercida sobre alguém para 
induzi-lo à prática de um ato. 
 
Tipos de Coação 
 
Coação Física ou Absoluta – Vis Absoluta: É a coação que suprime 
totalmente a vontade da pessoa. Neste caso não existe o ato jurídico e é nulo 
de direito. Ex.: A mão da vítima é conduzida a assinar ou subscrever um 
documento. 
Coação Moral ou Relativa –Vis Compulsiva: A vontade da pessoa não é 
completamente eliminada. A vítima conserva relativa liberdade, embora a 
vontade declarada se oponha a real. 
 
Requisitos da Coação 
a) Deve ser a causa determinante do ato; 
b) Deve causar a vítima em temor justificado; 
c) Esse temor deve dizer respeito a dano iminente; 
d) Esse dano deve ser considerável/grave; 
e) O dano deve referir-se à pessoa do paciente, à sua a família ou a seus bens. 
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Nestes casos o ato é anulável. 
 
Casos de Exclusão: Quando se está exercendo um direito subjetivo, não se 
caracteriza a coação. Ex.: credor que ameaça o devedor por dívida não paga. 
 
Temor Reverencial: Se entende por receio de desgostar pai, mãe, superior 
hierárquico ou a outra pessoa, a quem se deve respeito. Neste caso não há 
coação. 
 
Coação de Terceiro: A coação de terceiro anula o ato mesmo que as partes 
não sabem. A parte que sabe da coação responderá por todas as perdas e 
danos. 
 
Vícios Sociais — Simulação: Declaração falsa de vontade visando aparentar 
negócio diverso do efetivamente desejado. É o produto do conluio entre os 
contratantes para lesar terceiros e é diferente do dolo, porque no dolo uma 
parte engana a outra, neste caso não. 
 
Simulação Absoluta: As partes não realizam nenhum negócio, apenas fingem 
fazê-lo. 
Simulação Relativa: As partes simulam um negócio e realizam outro. 
Simulação Inocente: Não visa prejudicar ninguém e nem infringir a lei. Não 
anula o ato. 
 
Formas de Simulação: Os contratantes do negócio não podem alegar a 
simulação, portanto, não podem anular o ato. São consideradas. 
a) por interposição de pessoas; 
b) por ocultação da verdade; 
c) por falsidade de data. 
 
Fraude Contra Credores: O patrimônio do devedor garante o credor. A fraude 
contra credores ocorre quando o devedor desfalca maliciosamente o seu 
patrimônio, a ponto de tornar-se insolvente, a fim de não mais poder garantir o 
pagamento de seus credores. Por isso que a fraude contra credores é um vício 
social. 
 
Insolvência: A insolvência significa que as dívidas do devedor são maiores 
que o seu patrimônio. A insolvência é requisito, além disso, é necessário 
proteger o adquirente de boa fé, que não sabia da insolvência. Portanto, a 
ciência do adquirente dos bens sobre a insolvência do devedor é requisito legal 
da fraude contra credores. 
 
Elemento Subjetivo da Fraude — Ponsilium Fraudis: A ciência do 
adquirente quanto à insolvência do devedor, anterior ou posterior ao negócio, 
caracteriza conluio entre as partes e o negócio é anulável. 
Elemento Objetivo da Fraude — Eventus Damnis: Refere-se ao prejuízo 
para o credor decorrente da insolvência do devedor. 
 
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Presunção da Má Fé do Adquirente: Não precisa ser provada pelo credor na 
ação para anular o negócio. Aplica-se quando a insolvência for notória ou 
quando houver motivo para que seja conhecida do adquirente. Ex.: parentesco, 
preço baixo etc. 
 
Requisitos: Necessário o elemento subjetivo, ou seja, o que o devedor deve 
provar na ação para poder anular o negócio realizado. 
 
Ação Pauliana ou Revogatória: É a ação que o credor move contra o devedor 
para anular o negócio. 
 
Autor da Ação: É o credorquirografário (credor sem garantia real). Ex. 
Penhor, hipoteca e anticrese. 
Réus da Ação: É o devedor e o adquirente de má fé. 
Prova: Consilium Fraudis e eventus damni. 
 
Tipos de Negócios Atingidos Pela Fraude 
a) Transmissões onerosas (ex. Compra e venda); 
b) Transmissões gratuitas (ex. Doação); 
c) Confissões de dívida; 
d) Pagamento antecipado de dívida não vencida; 
e) Remissões (perdão de dívidas. 
 
Presunção de Consilium Fraudis — Má Fé do Adquirente 
a) Nas transmissões gratuitas; 
b) Nas remissões (perdão) de dívida; 
c) Quando o devedor já for ou se tornar insolvente em razão do negócio. 
 
Fraude a Execução: Quando após o ajuizamento de uma execução o devedor 
se desfaz do seu patrimônio tornando-se insolvente. A fraude é declarada na 
mesma execução e não é necessário ação pauliana ou revogatória. Não 
precisa provar consilium fraudis (má fé do adquirente) pois ela não é requisito 
dessa fraude. 
 
Ineficácia dos Negócios Jurídicos 
 
Inexistência: Quando falta um elemento essencial para a sua existência. Ex. 
Falta da manifestação de vontade. 
Nulidade Absoluta: É nulo o negócio que ofende a ordem jurídica por faltar 
agente capaz, for ilícito, objeto impossível etc. 
Nulidade Relativa: É anulável quando atinge interesse particular. Ex. 
Capacidade relativa do agente, vício resultante de erro, dolo etc. 
 
Nulidade e Anulabilidade 
 
Nulidade 
a) Negócio atinge interesse público; 
b) Não pode ser sanada mesmo que as partes queiram; 
c) Declaração de oficio pelo juiz; 
d) Tem efeito ex-tunc retroage à data do negócio; 
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 22 
e) O ato jamais produz efeitos; 
f) Alegada para qualquer interessado ou Ministério Público. 
 
Anulabilidade 
a) Negócio atinge interesse particular; 
b) Pode ser sanadas se as partes concordarem; 
c) Só pode ser declarada pelo juiz a pedido das partes; 
d) A anulabilidade tem efeito ex-nunc e só produz efeito após a declaração do 
juiz; 
e) O ato produz efeito até a sua declaração de nulidade pelo juiz; 
f) Alegada só pela parte prejudicada. 
 
Direito das Obrigações: Refere-se aos vínculos jurídicos de natureza 
patrimonial, que se formam entre sujeitos determinados para a satisfação de 
interesses tutelados pela lei, se acha sistematizada num conjunto de noções, 
princípios e regras. 
O Direito das Obrigações é separado do Direito das Coisas, do Direito de 
Família e do Direito das Sucessões, o qual compreende as relações jurídicas 
que constituem as mais desenvoltas projeções da autonomia privada na esfera 
patrimonial. 
Enquanto que o Direito das Coisas se esgota em reduzido número de figuras, 
rigidamente delineadas na lei, e submetidas à disciplina uniforme. O Direito das 
Obrigações não tem limites senão em princípios gerais que deixam à vontade 
individual larga margem à provocação de efeitos jurídicos consoantes aos mais 
variados interesses que tutela. 
 
Obrigação: Trata-se das relações entre pessoas físicas/jurídicas em todos os 
atos de negócios, onde a parte credora pode exigir da parte devedora uma 
prestação de serviço ou negocial. 
 
Fato Jurídico: É todo acontecimento que pode repercutir na sociedade 
juridicamente, porém precisa ter relevância, senão pode ser uma fato ético, 
moral ou religioso. Definindo, fato jurídico é tudo que retira, altera ou modifica 
uma situação jurídica. 
 
Obrigação Pessoal: A obrigação pessoal é um vínculo jurídico em virtude do 
qual uma pessoa fica obrigada a satisfazer uma prestação em proveito da outra 
e que não pode ser transferida. 
 
Prestação: É o objeto da relação obrigacional, que pode consistir em dar, fazer 
e não fazer alguma coisa. A prestação sempre tem conteúdo patrimonial, caso 
contrário, seria impossível reparar perdas e danos, no caso de descumprimento 
obrigacional. 
 
Obrigações Reais "In Rem, Ob Rem ou Propter Rem": Obrigação real é 
aquela que tem por objeto os bens de raiz ( as servidões, o usufruto, de 
habitação e as hipotecas ). Portanto, a obrigação real existe 
independentemente do proprietário da coisa. Se o direito de que se origina é 
transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o título translativo e o adquirente 
do direito real não pode recusar-se a assumi-la. 
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Obrigações Com Eficácia Jurídica: As obrigações com eficácia jurídica são 
oponíveis (contrapõe o interesse da outra parte) a terceiros o direito correlato, 
se houver anotação preventiva no registro imobiliário, como nos casos de 
locação e compromisso de venda. 
 
Ônus: Ônus é a obrigação de dar, fazer ou abster-se, voluntariamente ou em 
virtude da lei, pode ser: 
Pessoal: Quando a pessoa deve cumprir a obrigação independentemente da 
coisa (caso dos impostos). 
Real: Quando grava diretamente a coisa (Ex. hipoteca). 
 
Tipos de Obrigações: São os seguintes tipos de obrigações. 
Líquida e Certa: É a obrigação certa quanto a sua existência e determinada 
quanto ao seu objeto. 
Ilíquida: É a obrigação que precisa ser liquidada, ou seja, necessita apurar o 
seu valor. 
Meio: É aquela em que o devedor se obriga tão-somente a usar de prudência e 
diligência normais na prestação de certo serviço para atingir um resultado, 
sem, contudo, se vincular a obtê-lo. 
Resultado: É aquela em que o credor tem o direito de exigir do devedor a 
produção de um resultado, sem o que se terá o inadimplemento da relação 
obrigacional. 
Uma: Só tem um credor e um devedor. 
Plurima: Possui mais de um credor ou devedor. 
Facultativa: O devedor se obriga a entregar uma coisa, mas no cumprimento 
entrega outra que era acessória. Se desaparecer o objeto principal, o acessório 
também desaparece, isto é, a parte acessória acompanha o principal. Só o 
devedor pode exercer a escolha. 
Alternativa: O devedor pode escolher o objeto com que irá quitar a obrigação, 
conforme anteriormente acordado. 
De fazer (positivas): O devedor é obrigado a dar ou fazer algo ao credor. Se 
referem à obrigação de prestar um serviço, como fazer uma pintura. 
De não fazer (negativas): Se referem a uma abstenção obrigatória, ou seja, o 
devedor não pode fazer algo. 
Instantâneas: Extinguem no momento do cumprimento que foi previamente 
acordado 
Periódicas: O cumprimento obrigacional se dilata pelo tempo. Ex. contrato de 
obras de construção obedecendo ao cronograma físico. 
Singular: É aquela que possui apenas uma prestação para cumprir. 
Cumulativa: É aquela que possui mais de uma prestação para cumprir. 
Alternativa: É aquela que possui um objeto principal e um secundário, 
podendo o devedor escolher com qual irá cumprir a obrigação. 
 
Perdas/Danos e Lucros Cessantes: Efeito danoso, indireto e mediato, de um 
ato ilícito. É conseqüência do dano emergente e salvo as exceções previstas, 
de modo expresso, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do 
que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
 
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Moral e Psíquico: Dano é o que acarreta a pessoa um trauma de difícil 
tratamento. A indenização por injúria ou calúnia consistirá na reparação do 
dano que delas resulte ao ofendido. 
 
Obrigação das Garantias 
 
Empresas de Segurança: Na obrigação de guarda, trata-se de obrigação de 
meio e não de resultado, porém em se tratando de transportes será de 
resultado; 
De Restituir: A parte tem obrigação de conservar o bem de modo não haver 
prejuízo a outra parte. Desobriga-se em caso da perda ocasionada por força 
maior ou fortuito, porém se houve culpa/dolo, restituirá com as cominações 
legais. 
 
Modalidade das Obrigações: O objeto da prestação pode ser coisa divisível 
ou indivisível, mas o credor não pode serobrigado a receber, por partes, 
podem ser. 
Singela: Possui um só devedor e um só credor; 
Complexa: Possui vários devedores e vários credores; 
 
Definição das Obrigações 
 
Divisíveis: São obrigações que podem ser cumpridas fracionadamente. A 
divisibilidade ocorre quando a coisa, apesar de fracionada, mantém suas 
propriedades (não se transforma em outra coisa). 
Indivisíveis: São obrigações que só podem ser cumpridas por inteiro.A 
indivisibilidade pode decorrer da natureza da coisa (um carro é um carro, 
cavalo é cavalo, etc. Esse tipo de indivisibilidade é chamado material, mas a 
indivisibilidade pode ser jurídica (uma casa não pode ser dividida, na zona 1, o 
módulo de um sítio não pode ser partido. 
 
Outras definições das obrigações divisíveis/indivisíveis 
a) A obrigação de dar tem por objeto coisa divisível e indivisível; 
b) A obrigação de fazer pode ser divisível ou indivisível; 
c) A obrigação de não fazer, geralmente é indivisível. 
 
Solidariedade: Quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigação ou à dívida toda. Pode 
ser. 
Ativa: Trata-se do concurso de credores e qualquer um deles pode cobrar a 
dívida por inteiro a qualquer dos devedores. 
Passiva: Trata-se do concurso de devedores, facultando a qualquer um dos 
devedores poder pagar a prestação a qualquer um dos credores, e exigir a 
quitação da dívida. 
 
Força Jurídica da Obrigação Solidária: A solidariedade reforça o vínculo da 
obrigação entre devedores e credores. 
Devedor Solidário: É aquele que pode sofre a ação por inteiro. 
 
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Utilidade da Solidariedade: Facilitar o cumprimento da obrigação e reforçar o 
vínculo obrigacional. A obrigação é solidária quando o seu objeto pode ser 
relacionado integralmente por qualquer credor contra qualquer devedor. 
 
Características da Solidariedade: 
a) Unidade de prestação: seja qual for o número de credores, a dívida é 
sempre única; 
b) Pluralidade e independência do vínculo: o fato da prestação ser una não 
descaracteriza a pluralidade do vínculo; 
c) Uma das características das obrigações solidárias é a co-responsabilidade 
entre os interessados. Assim, se um devedor pagar a dívida, pode cobrar os 
co-devedores; 
d) A solidariedade não se presume: depende da lei ou da vontade das partes. 
Na dúvida, interpreta-se contra a solidariedade. 
 
Obrigações Fungíveis: A obrigação é fungível quando o devedor é 
substituível. Ex.: Contrata-se um pedreiro para levantar um muro. Qualquer 
pedreiro pode substituí-lo. 
 
Obrigação Principal: É a obrigação independente e cuja existência não 
depende de outra, ou seja, o principal é a coisa que existe sobre si, abstrata ou 
concretamente. 
 
Obrigação Acessória: É aquela que só existe porque existe a obrigação 
principal. A obrigação acessória segue a principal e a acessoriedade pode 
decorrer: 
a) da vontade das partes; 
b) da lei. 
 
Característica da Acessoriedade: A acessoriedade pode ser instituída 
quando do nascimento da obrigação principal, isto é, no mesmo instrumento 
que instituiu a principal ou em separado. Ex.: juros de empréstimos. 
A obrigação acessória segue o destino da principal, conseqüentemente se a 
principal desaparecer, a acessória também desaparecerá. Assim, a cláusula 
acessória é apenas uma cláusula no contrato, ela não cria uma obrigação 
nova. Ex.: Cláusula de irretratabilidade contratual. 
 
Obrigação Líquida: Considera-se líquida a obrigação certa, quanto à sua 
existência e determinada quanto ao seu objeto. Ex.: Pago 1000 quilos de 
milho. 
 
Obrigação Ilíquida: Quando deve ser apurada, a fim de se saber seu exato 
objeto. Ex.: o devedor deve entregar um valor correspondente ao de um carro. 
 
Liquidação de Sentença: Em se tratando de liquidação de uma sentença, ela 
pode ser feita de três modos: 
a) por cálculo; 
b) por arbitramento; 
c) por artigos. 
 
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Obrigações Condicionais: As obrigações condicionais são aquelas que têm 
uma condição futura e incerta, sendo: 
a) fisicamente possíveis; 
b) fisicamente impossíveis; 
c) lícitas; 
d) contestativas simples. 
 
Condição: Considera-se condição a cláusula que subordina o efeito do ato 
jurídico a evento futuro e incerto. Assim, o efeito do negócio jurídico só se 
verificará se no futuro acontecer determinada coisa. 
 
Requisitos Condicionadores: São necessários. 
a) aceitação voluntária; 
b) futuridade; 
c) incerteza do acontecimento. 
 
Características das Condições 
 
Condições Lícitas: São lícitas em geral todas as condições que a lei não 
vedar expressamente, sendo aquela cujo evento que a constituiu não fere ou 
viola a lei. 
Condições Ilícitas: PerplexasSe retirarem todo efeito do ato negocial (ex. 
vendo-lhe um carro, mas você não pode entrar nele). 
Potestativas: São as que se revelam como sendo simples arbítrio de uma das 
partes (ex. instituo uma pensão em favor de uma mulher desde que ela só se 
vista de roxo). 
 
Condição Fisicamente Impossível: As condições fisicamente impossíveis, 
bem como as de não fazer coisa impossível, tem-se por inexistentes. As 
jurídicas impossíveis invalidam os atos a elas subordinados. 
As condições físicas impossíveis não podem ser validadas pelo direito, porque 
contrariam a natureza. São todas como não escritas, portanto, contrariam a 
ordem legal. Ex. faço uma doação, desde que você renuncie os direitos de mãe 
sobre um filho. 
 
Condição Fisicamente Possível: Não se considera condição a cláusula que 
não derive exclusividade da vontade das partes, mas decorra necessariamente 
da natureza do direito a que acende. A condição é voluntária quando provém 
ao desejo das partes por livre manifestação de vontade. 
 
Obrigações Modais: É a que se encontra onerada com um modo ou encargo, 
isto é, por cláusula acessória, que impôs um ônus a pessoa (física/jurídica) 
contemplada pelo benefício. 
O encargo só se aplica aos negócios gratuitos porque é uma obrigação 
acessória imposta àquele que foi beneficiado com a liberalidade. Ex. O 
donatário fica obrigado a dar uma cesta básica, se não o cumprir, o instituído 
poderá revogar. Os encargos ilícitos ou contra os bons costumes não são 
considerados. 
 
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Obrigações a Termo: Termo significa tempo, ele é final ou inicial, suspensivo 
ou resolutivo. 
 
Inicial: Data do início da obrigação. 
Final: Data do vencimento da obrigação. 
Suspensivo: É o lapso de tempo em que a obrigação não pode ser exigida. 
Resolutivo: Limita o direito em um prazo. 
Convencional: Acordado entre as partes. 
Legal: De acordo com as normas. 
Prazo Certo: Constitui o devedor, de pleno direito, em mora. A constituição em 
mora dispensa sua notificação ou interpelação. 
Prazo Incerto: Exige que a constituição em mora seja antecedida de uma 
notificação ou interpelação, 
 
Obrigações de Juros: Juros é a remuneração e os frutos civis do capital. 
Trata-se de uma obrigação acessória que segue a principal. Os juros são 
fixados numa porcentagem, mas podem ser em quantia certa. Espécies de 
juros. 
 
Convencionais: Decorrem de um acordo entre as partes. 
Legais: Estão em conformidade com a lei. 
Moratórios: Pena imposta ao devedor que não cumpriu a obrigação. 
Compensatórios: Compensa o credor pelo fato de ter sido privado de seu 
capital, independente da culpa do devedor. 
Anatocismo: Contagem de juros sobre juros, prática proibida pelo DL. 
22626/33. 
 
Obrigações Pecuniárias: É aquela cujo objeto é dinheiro e a obrigação deve 
ser paga moeda corrente nacional. O pagamento em outra moeda não libera o 
devedorda obrigação pecuniária. 
 
Cláusula Penal: Trata-se de uma obrigação acessória e consiste numa multa à 
parte que retardar ou descumpri-la. Por ser acessória, seguirá o destino da 
principal, se esta desaparecer ou for anulada, a cláusula penal deixa de ter 
validade. Considera-se como pré-fixação das perdas e danos e sua vantagem 
é de que o credor tem apenas o ônus de provar o inadimplemento do devedor 
para poder receber o quantum das perdas e danos. 
 
Tipos de Cláusulas Penais 
 
Compensatória: Em caso de inadimplemento total, parcial ou mora do 
contrato. 
Moratória: Instituída para hipótese de cumprimento retardado da obrigação 
(que ainda é útil para o credor). 
 
Vantagem da Cláusula Penal 
a) fixa, antecipadamente, as perdas e danos; 
b) incentiva o cumprimento da obrigação. 
 
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Aplicação da Cláusula Penal: A cláusula penal só pode ser aplicada em caso 
de culpa do devedor e é, em princípio, irretratável. Assim, o devedor não pode 
eximir-se de cumpri-la, mas o valor da cláusula não poderá superar o da 
obrigação principal. 
 
Pagamento da Obrigação Penal: Pagamento é a execução voluntária e exata, 
por parte do devedor, devida ao credor, no tempo, forma e lugar previstos no 
título constitutivo. 
 
Requisitos Extintivos da Obrigação Pelo Meio Direto 
a) Existência de vínculo obrigacional, oriundo de lei ou de negócio jurídico que 
o justifique; 
b) Intenção de solver tal vínculo ou animus solvendi, pois o pagamento é 
execução voluntária da prestação; 
c) Satisfação exata da prestação que constitui o objeto da obrigação; 
d) O devedor somente se desvinculará se satisfazer exatamente a prestação 
devida; 
e) O devedor não poderá exigir que o credor receba por partes um débito que 
deve ser pago por inteiro; 
f) O devedor deverá satisfazer a prestação pelo modo devido, pontualmente e 
no lugar determinado; 
g) Presença da pessoa que efetua o pagamento – quem deve pagar; 
h) Presença da pessoa que recebe o pagamento – a quem se deve pagar. 
 
Requisitos Extintivos da Obrigação Pelo Meio Direto Indireto 
 
Consignação: É o meio de o devedor exonerar-se do liame obrigacional, 
consistente no depósito judicial da coisa devida, nos casos e formas legais. 
Sub-rogação: É a substituição nos direitos creditórios, daquele que solveu 
obrigação alheia ou emprestou a quantia necessária para o pagamento que 
satisfez o credor. 
Compensação: É um meio especial de extinção de obrigação, até onde se 
equivalerem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedoras e credoras 
uma da outra. 
Dação: É um acordo liberatório feito entre credor e devedor. O credor consente 
em receber uma coisa diversa da avençada. 
Novação: É o ato que cria uma nova obrigação destinada a extinguir por 
completo a anterior com todos os seus acessórios. 
Remissão: Significa o perdão, tácito ou expresso, da dívida pelo credor e não 
mais podendo reclamar o adimplemento da obrigação. 
Prescrição: É a impossibilidade, sem culpa de o devedor cumprir a obrigação 
em decorrência de força maior ou caso fortuito. 
Bônus Pater: Firmada com pessoa responsável que irá honrá-la. 
 
Lugar do Pagamento da Obrigação: É o local indicado no contrato, acordado 
livremente entre as partes, para o cumprimento da obrigação, sendo: 
 
Dívida “Quérable”: É a que é paga no domicílio do devedor e é o credor que 
deve procurar o devedor a fim de receber. 
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Dívida “Portable”: O devedor é quem deve procurar o credor no seu domicílio 
ou no local por ele indicado, para efetuar o pagamento. 
 
Tempo do Pagamento da Obrigação: Não tendo sido ajustada época para o 
pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente, sendo. 
Puras: Obrigações sem prazo determinado para pagamento; 
A Termo: Obrigações com prazo determinado para pagamento. O credor não 
pode exigir pagamento antes do vencimento do prazo e se o devedor pagou 
antes, não pode arrepender-se e querer de volta o que pagou. 
 
Pagamento Indevido da Obrigação: O pagamento indevido é uma das formas 
de enriquecimento sem causa, pois diminui o patrimônio de quem paga e 
aumenta o de quem recebe. O enriquecimento sem causa legitima o 
prejudicado, mediante prova do prejuízo, a ajuizar uma ação a fim de obter a 
restituição de um prejuízo. 
 
Pagamento Ilícito da Obrigação: Quem pagou com a finalidade torpe ou 
ilícita, não pode dispor, se arrepender, pretender recobrar o que pagou. Não 
tem ação para repetição do que pagou aquele que deu alguma coisa para obter 
fim ilícito, imoral ou proibido por lei. 
 
Mora: Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento, e o 
credor que não quiser receber no tempo, lugar e forma convencionados. A 
mora é o retardamento culposo da obrigação. A culpa é o elemento 
indispensável na mora e o simples atraso sem culpa não é mora. 
 
Mora do devedor: Configurar-se-á a mora do devedor quando este não 
cumprir, por culpa sua, a prestação devida na forma, tempo e lugar estipulados. 
 
Mora do Credor: É a injusta recusa de aceitar o adimplemento da obrigação 
no tempo, lugar e forma devidos. 
 
Inadimplemento Absoluto: Ocorre quando o devedor não cumpre a obrigação 
e depois, não tem mais condições de cumpri-la. Ex.: Contrato uma viagem e a 
empresa determinada não manda o avião para pegar os passageiros. 
 
Liquidação de Danos: A "oestimatio damni" tem por objetivo tornar líquida a 
obrigação. A liquidação é a fixação da prestação pecuniária e pode ser feita: 
a) por acordo; 
b) por arbitramento. 
 
Fixação da Liquidação de Danos: A liquidação consiste na fixação da 
prestação pecuniária que constitui o objeto de cada obrigação de indenizar. 
Esta indenização é regida pelo princípio de que ela deverá ser cabal, isto é, 
total e deverá compreender o "dammum emerges” e o lucro “cessans”, mas há 
indenizações que estão previstas em lei. É o caso da indenização resultante de 
homicídio, lesão corporal, injúria, calúnia, violência sexual etc. A indenização 
poder ser. 
a) Legal; 
b) Convencional; 
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 30 
c) Judicial - dependendo do caso. 
 
Reparação de Danos: A reparação pode constituir na reposição material ou 
em indenização. Na reparação pecuniária a dificuldade reside na fixação do 
"quantum". A forma de pagamento pode ser: 
a) Pagamento de capital: No pagamento de capital o ofensor deve entregar ao 
ofendido uma determinada soma em dinheiro, extinguindo-se com a entrega a 
obrigação. 
b) Pagamento de renda: No pagamento de renda a obrigação desdobra-se em 
prestações periódicas. 
c) Misto: Sistema pelo qual o ofensor outorga o capital necessário a produção 
de uma renda em favor do ofendido. 
 
Ação de indenização: A ação de indenização se autoriza no momento em que 
se consuma o ato ilícito. Legitimado para propor a ação de indenização é quem 
foi diretamente prejudicado. Assim, em princípio, terceiros não estão 
legitimados. Mas há exceções, como por exemplo; os herdeiros da vítima, as 
pessoas as quais a vítima prestava alimentos. 
A ação indenizatória transmite-se aos sucessores da vítima e o sujeito passivo 
da ação indenizatória é o autor do ato ilícito. Extingue-se a ação indenizatória 
por: 
a) renúncia; 
b) prescrição; 
c) transação. 
 
Responsabilidade Decorrente: Responsabilidade decorrente da falta de 
cumprimento do dever de guarda e controle. Trata-se de responsabilidade pelo 
fato da coisa. Ela decorre de uma lesão causada por uma coisa sobre a qual se 
tem o dever de guardar ou de controle. 
Observa-se que a coisa (um objeto inanimado) em si mesmo não tem como ser 
responsabilizada pelo dano que causar. Entretanto, o dono da coisa pode serresponsabilizado se, por culpa sua (do dono), ela causou algum tipo de dano. 
Como se vê, a responsabilidade, neste caso, depende da prova da culpa do 
dono da coisa. Em síntese, se a coisa causar um dano, porque seu dono foi 
imprudente, negligente ou imperito, ele (o proprietário ou o simples possuidor) 
deverá indenizar a vítima pelo prejuízo que sofreu. 
O dano, no caso de ter sido causado pela coisa, pode ter decorrido: 
a) De um prolongamento do dano - Exemplo: O automóvel causa dano, logo o 
proprietário é responsável pela reparação. 
 
b) Não é um prolongamento, mas causa dano - Exemplo: Caso uma pedra se 
solta de um terreno, cai e causa dano, o proprietário do terreno tem de 
indenizar; 
c) A coisa não é um prolongamento, mas, assim mesmo, deve ser guardada - 
Exemplo: Um barril de pólvora explode na loja e causa dano, o dono da loja 
tem de indenizar. 
 
Culpa na Guarda: Quem guarda uma coisa deve cuidar para que ela não 
cause dano a terceiros. Deve ser cuidadoso, enfim. Assim, se a coisa causar 
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 31 
dano, porque que a tinha sob guarda se descuidou, a vítima faz jus à 
indenização por descumprimento do dever de guarda. 
 
Responsabilidade Pelo Dever de Controle: O homem utiliza-se de máquinas 
e isso é uma decorrência do progresso, mas, a máquina, em si mesma, oferece 
risco de danos a terceiro. Assim, o dono tem de controlá-la, de forma que ela 
não cause dano. É o caso do proprietário de automóvel, que deve controlar sua 
máquina quando a dirige. Assim, se ela se descontrola e causa dano, deverá 
indenizar a vítima. Trata-se de responsabilidade subjetiva, onde a culpa deve 
ser privada. 
 
Responsabilidade Sem Culpa: Às vezes a responsabilidade indenizatória 
independe da prática dos atos ilícitos. O ato, para ser considerado ilícito, 
depende de uma ação ou omissão voluntária, decorrente de negligência, 
imprudência ou imperícia. É por causa disso que, quando o dano não resultou 
de um desses três fatores, não se fala em ato ilícito gerador de 
responsabilidade indenizatória. 
A responsabilidade sem culpa não tem vínculo com a ocorrência de ato ilícito, 
exclusivamente da lei. A lei é a sua fonte. A responsabilidade resultou da 
constatação de que: 
a) Certas atividades humanas, por si sós, pelo simples fato de existir, causam 
riscos a terceiros; 
b) O simples fato de exercer certos direitos impõe a necessidade de se 
indenizar o prejuízo resultante desse mesmo exercício de direitos. 
No primeiro caso (certa atividade), a responsabilidade está prevista no código 
civil e em leis especiais. Por exemplo: 
a) - Ruína de edifícios; 
b) - Queda de coisas de uma casa ou edifício; 
c) - Atuação culposa do preposto do farmacêutico; 
d) - Acidentes de trabalho, estradas de ferro e aeronáuticos. 
 
Caracterização da Responsabilidade Decorrente do Exercício de Certos 
Atos 
a) O dano resultou de um ato praticado em um estado de necessidade ou de 
legítima defesa; 
b) O dano resulta de um ato praticado no exercício do direito real, notadamente 
no direito de vizinhança. 
 
Dano: Sem a prova do dano, ninguém pode ser responsabilizado civilmente. A 
inexistência de dano torna sem objeto a pretensão à sua reparação. 
Às vezes a lei presume o dano, como acontece na Lei de Imprensa, que 
presume haver dano moral em casos de calúnia, injúria e difamação praticados 
pela imprensa. Acontece o mesmo em ofensas aos direitos da personalidade. 
Pode ser lembrado, como exceção ao princípio de que nenhuma indenização 
será devida se não tiver ocorrido prejuízo, a regra obriga a pagar em dobro ao 
devedor quem demanda divida já paga, como uma espécie de pena privada 
pelo comportamento ilícito do credor, mesmo sem prova de prejuízo. 
 
Tipos de Dano 
 
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Patrimonial - Material: Os prejuízos econômicos sofridos pelo ofendido. A 
indenização deve abranger não só o prejuízo imediato (danos emergentes), 
mas também o que o prejudicado deixou de ganhar (lucros cessantes); 
Extra-Patrimonial - Moral: É o oposto de dano econômico, é dano pessoal. A 
expressão tem duplo significado: (veja que a expressão não é adequada, mas 
é assim consagrada) 
Em Sentido Próprio ou Estrito: Refere-se ao abalo dos sentimentos de uma 
pessoa provocando-lhe dor, tristeza, desgosto, depressão, perda da alegria de 
viver etc. 
Em Sentido Impróprio ou Amplo: Abrange também a lesão de todos e 
quaisquer bens ou interesses pessoais (exceto os econômicos), como a 
liberdade, o nome, a família, a honra, e a própria integridade física (a lesão 
corporal é um dano moral, no sentido técnico do termo). 
Dano Contratual: Decorre pelo descumprimento da obrigação contratual, no 
seu todo ou em parte. 
Dano Direto: É aquele que causa um prejuízo imediato ao patrimônio da 
vítima, que pode ser previsto ou o que é previsível. Ex.: colisão de automóvel. 
Dano Indireto: Não tem vinculação direta com a lesão, mas é uma 
conseqüência dela. É o dano que não foi previsto ou aquele que é imprevisível. 
Dano Ricochete: É aquele que atinge a vítima como conseqüência do dano 
infligido a outrem. 
Dano Atual: É o dano que já existe ou o que já existiu. 
Dano Emergente: É o que efetivamente se perdeu em decorrência do dano. 
Dano de Lucros e Cessantes: É o que, comprovadamente, deixou-se de 
lucrar em razão do dano. 
Dano Futuro: É aquele que se tem certeza que vai acontecer. 
Dano Infecto: É o dano que não aconteceu. Há o direito de demandar para 
remover um perigo iminente. 
Dano Ex-Delicto: É o dano resultante de infração penal. Consiste num 
malefício inescusável, doloso ou culposo, causado à vítima pelo agente, em 
decorrência do fato de ele ter infringido uma lei naquilo que ela considera crime 
ou contravenção. 
Dano Certo: É o dano que efetivamente já ocorreu, está ocorrendo ou vai 
ocorrer. 
Dano Coletivo: É aquele que prejudica uma comunidade que permite a sua 
identificação. 
Dano Difuso: É o que, pelo seu alcance, prejudica um número de vítimas não 
identificadas. 
 
Ação ou Omissão: A responsabilidade por derivar de ato próprio ou de ato de 
terceiro que esteja sob a guarda do agente e ainda de danos causados por 
coisas ou animais que lhe pertençam. 
Para que se configure a responsabilidade por omissão é necessário que exista 
o dever jurídico de praticar determinado dano (de não se omitir) e que 
demonstre que, com a sua prática, o dano poderia ter sido evitado. O dever 
jurídico de não se omitir pode ser imposto por lei ou resultar de convenção 
(dever de guarda, de vigilância, de custódia) e até da criação de alguma 
situação especial de risco. 
 
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Culpa ou Dolo do Agente: Para que a vítima obtenha a reparação do dano, 
exige o referido dispositivo legal que prove dolo (é a violação deliberada, 
intencional, do dever jurídico) ou culpa stricto sensu (aquiliana) do agente 
(imprudência, negligência ou imperícia). 
 
Relação de Causalidade: É a relação de causalidade (nexo causal ou 
etiológico) entre a ação ou omissão do agente e o dano verificado. Se houver o 
dano mas sua causa não está relacionada com o comportamento do agente, 
inexiste a relação de causalidade e, também, a obrigação de indenizar. 
As excludentes da responsabilidade civil, como a culpa da vítima e o caso 
fortuito e a força maior, rompem o nexo de causalidade, afastando a 
responsabilidade do agente. 
 
CONTRATOS 
 
Definição de Contrato: Contrato é a convenção estabelecida entre duas ou 
mais pessoas para constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação 
jurídica patrimonial. 
 
Princípios Gerais dos Contratos: A validade do contrato exige acordo de 
vontades, agente capaz, objeto lícito, determinado

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