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TRABALHO DE HIJ - DIREITO DE PROPRIEDADE - DIREITO ROMANO x DIREITO CIVIL ATUAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE DIREITO
ARIANE SOARES DA FONSECA
DIREITO DE PROPRIEDADE:
DIREITO ROMANO E DIREITO CIVIL ATUAL
PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL
2013
ARIANE SOARES DA FONSECA
DIREITO DE PROPRIEDADE:
DIREITO ROMANO E DIREITO CIVIL ATUAL
	Trabalho comparativo entre as noções de propriedade do Direito Romano e do Direito Civil atual, para avaliação do segundo semestre na disciplina de História das Instituições Jurídicas, sobe responsabilidade da professora Maria das Graças.
PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL
2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
DAS NOÇÕES DE PROPRIEDADE ................................................................................. 4
DAS FACULDADES DO DIREITO DE PROPRIEDADE ............................................... 4
3.1 Jus utendi ....................................................................................................................... 4
3.2 Jus fruendi ..................................................................................................................... 4
3.3 Jus abutendi (ou jus disponendi) ................................................................................... 4
DO DOMÍNIO .................................................................................................................... 4
DOS LIMITES DA PROPRIEDADE ................................................................................ 5
5.1 No Direito Romano ....................................................................................................... 5
	5.1.1 Interesse Público .................................................................................................. 5 	5.1.2 Interesse Privado ................................................................................................. 5
5.2 No Código Civil Brasileiro ........................................................................................... 5
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 7
1 INTRODUÇÃO
A noção de propriedade vem sendo lapidada desde o início das sociedades romanas, onde a mesma efetivamente tomou forma e, sob a influência do Direito Romano, se estabeleceu na legislação brasileira o direito de propriedade. 
Nesta época já se tinha a noção de propriedade como o direito de usar (jus utendi), gozar (jus fruendi) e dispor (jus abutendi) de uma determinada coisa, além de ter garantido o domínio da mesma. O titular deste direito, no entanto, poderia abrir mão de uma ou duas dessas faculdades, ao locar seu imóvel ou entregá-lo em usufruto a alguém, mantendo, ainda, a propriedade sob seu poder.
Com o passar dos anos este conceito foi sendo aprimorado até chegar ao Código Civil, já com inúmeras limitações acerca do tema. Não se pode mais dizer que os poderes conferidos ao proprietário sejam absolutos, pois existem restrições, principalmente em face dos interesses públicos.
Pensar em propriedade nos dias atuais nos remete às propriedades privadas, bens de valor imensurável para muitos de seus possuidores e em grande parte, passadas hereditariamente através de heranças, patrimônios construídos a partir de lutas e/ou trabalho duro. Ainda existem as propriedades públicas, que estão acima da privatização, como patrimônios históricos pertencentes ao Estado.
2 DAS NOÇÕES DE PROPRIDADE
Como já dito anteriormente, têm-se por propriedade o direito do titular a usar, gozar e dispor (jus utendi, fruendi e abutendi ou disponendi) de determinado um bem.
No Código Civil Brasileiro, Art. 1.228, consta a seguinte definição:
"O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha."
3 DAS FACULDADES DO DIREITO DE PROPRIEDADE
3. 1 Jus utendi
Trata-se da posse do imóvel, direito inerente ao titular da propriedade ou a quem este o transmitir. O jus utendi compreende também o jus vindicandi, direito de reclamar o bem em questão, caso este seja possuído indevidamente por outrem.
3. 2 Jus fruendi
É o direito de gozar dos frutos e vantagens que o bem oferece.
3. 3 Jus abutendi (ou jus disponendi) 
Direito de dispor, vender ou destruir o imóvel em sua propriedade. O dono do imóvel tem direito de usufruir deste do modo que achar conveniente, desde que levando em consideração os limites existentes entre seus direitos e os direitos alheios e, assim, não prejudicando ninguém.
4 DO DOMÍNIO
O domínio sob um bem é obtido a partir das faculdades do direito de propriedade, não sendo dispensável nenhuma das três. Ao locar um imóvel ou entregá-lo em usufruto, o proprietário perde o domínio deste, pois passa uma (ou duas) das faculdades do direito de propriedade a outro indivíduo, mantendo como seu o direito de dispor do mesmo.
5 DOS LIMITES DA PROPRIEDADE
5.1 No Direito Romano, as limitações são classificadas em duas categorias: 
5.1.1 Interesse Público 
a) quando a via pública estiver em reparos, os proprietários dos terrenos vizinhos devem permitir a passagem por suas terras; 
b) nas margens de rios, os proprietários de terras deveriam permitir o uso das mesmas pelos cidadãos em geral, desde a atracação de embarcações até a secagem de redes dos barqueiros;
c) a altura máxima de uma edificação não poderia passar dos 70 pés na época de Augusto, e 60 pés na época de Trajano; 
d) não era permitida a cremação de cadáveres em propriedade urbana; 
e) não era permitida a demolição de edifício sem autorização do Estado, bem como a colocação de entulhos na via pública. 
5.1.2 Interesse Privado 
a) todo proprietário deveria suportar sem ação alguma que galhos de árvores de seu vizinho pendessem sobre seu terreno, desde que a uma altura de 15 pés; 
b) neste caso, o proprietário deveria permitir que seu vizinho entrasse em sua propriedade, dia sim, dia não, para recolher os frutos caídos de suas árvores; 
c) o proprietário de um terreno deveria deixar seu vizinho transitar pela sua propriedade, caso o terreno deste não tivesse acesso às vias públicas.
5.2 No Código Civil Brasileiro, as limitações seguem a seguinte divisão: 
a) Direito de vizinhança
b) Limite ao direito de construir
c) Convenções de condomínios e legalidade das limitações
d) Uso abusivo da propriedade
e) Condômino nocivo
f) Limites e parâmetros da perturbação sonora
6 CONCLUSÃO
Como vimos, as limitações do direito de propriedade foram aumentando em grau de complexidade ao longo dos anos. 
O Direito de propriedade, atualmente lapidado pelo princípio da função social da propriedade, se revela bastante relevante dentro do círculo das relações sociais. 
Com clara influência do Direito Romano, o Código Civil Brasileiro atual tem disposições análogas quanto às formas de aquisição da propriedade, que constituem um tema de extrema importância para que os indivíduos possam reivindicar seus direitos e, também, respeitar o direito alheio, do próximo.
REFERÊNCIAS 
ALVES, José Carlos Moreira. Direito Romano, Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
JUNIOR, Nelson Nery; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado, 8.ª ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. 
MARKY, Thomas. Curso Elementar de direito romano, 8.ª ed., São Paulo: Saraiva, 1995.
BARBOSA, Camilo de Lelis Colani; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Compreendendo os novos limites à propriedade: uma análise do art. 1228 do Código Civil brasileiro. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 679, 15 maio 2005 . Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/6725>. Acesso em: 18 set. 2013. 
PINTO, Davi Souza de Paula. Fundamentos e características gerais sobre o direito de propriedade romana e o direito de propriedade
atual no Brasil. Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 56, ago 2008. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5098>. Acesso em 18 set. 2013.

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