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POLÍTICA NACIONAL DE 
HUMANIZAÇÃO
Prof.ª Camilla Maria Ferreira de Aquino
Recife – 2017
O QUE É HUMANIZAÇÃO ?
Humanização 
É A VALORIZAÇÃO 
DOS DIFERENTES 
SUJEITOS 
IMPLICADOS NO 
PROCESSO DE 
PRODUÇÃO DE 
SAÚDE.
Usuários
Trabalhadores
Gestores
Resgata o respeito à vida humana, levando
em conta as circunstâncias sociais, éticas,
educacionais e psíquicas presentes em todo
relacionamento humano.
PNH – Política Nacional de Humanização
• PNH é uma produção do SUS - emerge da
experimentação/avaliação da política pública de saúde
• No curso de duas décadas o SUS enfrentou desafios,
superando-os
• Ao mesmo tempo, nossa experiência “susista” produziu
uma agenda político-sanitária cujo enfrentamento é
condição para a ampliação da sustentação política e
social do próprio SUS.
Movimento de criação do SUS
• Contexto de luta contra o autoritarismo
• Centripetismo, forças de exclusão
• Na saúde: hospitalocentrismo, modelo
médico-centrado
11ºCNS – Ano 2000
• Desafio de humanizar o SUS
• Mas o que seria humanizar o SUS?
• Humanizar, como orientação para o SUS, considerando 
quais críticas e de quem?
O Programa Nacional de Humanização 
da Assistência Hospitalar (PNHAH)
• O Programa Nacional de Humanização da 
Assistência Hospitalar (PNHAH)
do Ministério da Saúde de 2000, foi substituído
pela Política Nacional de Humanização (PNH) em
2003,com o objetivo de ampliar a humanização
dos serviços de saúde tanto nas relações quanto
nos atendimentos,a qualidade de vida do
trabalhador e a rejeição de qualquer tipo de
preconceito.
 Proposta de uma nova relação entre os usuários, os
profissionais que o atendem e a comunidade;
 Proposta de um trabalho coletivo para que o SUS
seja mais acolhedor, mais ágil, com locais mais
confortáveis;
 Defesa de um SUS que reconhece e respeita a
diversidade do povo brasileiro e a todos oferece o
mesmo tratamento, sem distinção;
 Luta por um SUS construído com a participação de
todos os envolvidos e comprometido com a
qualidade dos seus serviços e com a saúde integral
para todos.
O QUE É A PNH?
Princípios – Diretrizes - Dispositivos
COMO SE CONSTRÓI A PNH?
No plano das políticas públicas é o que causa ou força 
determinada ação, o que dispara o movimento.
 OS PRINCÍPIOS
Transversalidade Inseparabilidade Autonomia
Princípios Norteadores
1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as 
práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando 
processos integradores e promotores de 
compromissos/responsabilização.
2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de 
saúde e com a produção de sujeitos.
3. Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, 
estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade.
4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo 
cooperativo e solidário, em conformidade com as diretrizes 
do SUS.
5. Utilização da informação, da comunicação, da educação 
permanente e dos espaços da gestão na construção de 
autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos.
Marcas/Prioridades
1. Serão reduzidas as filas e o tempo de espera com ampliação 
do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo baseados 
em critérios de risco.
2. Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que 
cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se 
responsabilizarão por sua referência territorial.
3. As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, 
o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre 
escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS. 
4. As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos 
seus trabalhadores e usuários, assim como educação 
permanente aos trabalhadores.
COMO SE CONSTRÓI A PNH?
AS DIRETRIZES
Orientações gerais de determinada política. No caso da 
PNH, suas diretrizes expressam o método da inclusão. 
Clínica Ampliada Co-gestão Acolhimento
Direitos do Usuário Grupalidade
Saúde do 
Trabalhador 
Diretrizes Gerais de Implantação
1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os 
profissionais e a população, entre os profissionais e a 
administração, promovendo a gestão participativa.
2. Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de 
Humanização com plano de trabalho definido.
3. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o 
uso de medicamentos, eliminando ações 
intervencionistas desnecessárias.
4. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso 
com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes 
práticas terapêuticas e co-responsabilidade de 
gestores, trabalhadores e usuários no processo de 
produção de saúde.
Diretrizes Gerais de Implantação
5. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da 
violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à 
questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) 
na hora da recepção e dos encaminhamentos.
6. Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, 
respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência 
acolhedora e confortável.
7. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de 
saúde por meio de colegiados gestores.
8. Implementar um sistema de comunicação e de informação 
que promova o autodesenvolvimento e amplie o 
compromisso social dos trabalhadores de saúde.
9. Promover ações de incentivo e valorização da jornada 
integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação em 
processos de educação permanente que qualifiquem a ação 
e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
Diretrizes Específicas
Atenção Básica Urgência/Emergência
1. Elaborar projetos de saúde 
individuais e coletivos para usuários e 
sua rede social, considerando as 
políticas intersetoriais e as 
necessidades de saúde.
2. Incentivar práticas promocionais de 
saúde.
3. Estabelecer formas de acolhimento 
e inclusão do usuário que promovam a 
otimização dos serviços, o fim das 
filas, a hierarquização de riscos e o 
acesso aos demais níveis do sistema.
4. Comprometer-se com o trabalho em 
equipe, de modo a aumentar o grau de 
co-responsabilidade, e com a rede de 
apoio profissional, visando a maior 
eficácia na atenção em saúde.
1. Acolher a demanda por meio de 
critérios de avaliação de risco, 
garantindo o acesso referenciado aos 
demais níveis de assistência.
2. Comprometer-se com a referência e 
a contra-referência, aumentando a 
resolução da urgência e emergência, 
provendo o acesso à estrutura 
hospitalar e a transferência segura, 
conforme a necessidade dos usuários.
3. Definir protocolos clínicos, 
garantindo a eliminação de 
intervenções desnecessárias e 
respeitando as diferenças e as 
necessidades do sujeito.
Diretrizes Específicas
Atenção Especializada Atenção Hospitalar
1. Garantir agenda extraordinária em 
função da análise de risco e das 
necessidades do usuário.
2. Estabelecer critérios de acesso, 
identificados de forma pública, incluídos na 
rede assistencial, com efetivação de 
protocolos de referência e contra-
referência.
3. Otimizar o atendimento ao usuário, 
articulando a agenda multiprofissional em 
ações diagnósticas, terapêuticas que 
impliquem diferentes saberes e terapêuticas 
de reabilitação.
4. Definir protocolos clínicos, garantindo a 
eliminação de intervenções desnecessárias 
e respeitando as diferenças e as 
necessidades do sujeito.
1. Grupo de Trabalho de Humanização (GTH).
2. Garantia de visita aberta por meio da presença 
do acompanhante e de sua rede social, 
respeitando a dinâmica de cada unidade 
hospitalar.
3. Ouvidoria em funcionamento.
4. Equipe multiprofissional (minimamente com 
médico e enfermeiro) de atenção à saúde para 
seguimento dos pacientes.
5. Existência de mecanismos de 
desospitalização.
6. Garantia de continuidade de assistência com 
sistema de referência e contra-referência.
7. Conselho gestor local com funcionamento 
adequado.
8. Existência de acolhimento com avaliação de 
risco nas áreas de acesso.
9. Plano de educação permanente para 
trabalhadores com temas de humanização.
Diretrizes estabelecem rumos para 
criação/experimentaçãode dispositivos
Arranjos de trabalho que alterem a dinâmica da 
organização do trabalho
construção de novas realidade institucionais de
novos modos de gerir e cuidar 
COMO SE CONSTRÓI A PNH?
OBJETIVOS DO HUMANIZA-SUS 
Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os
princípios e as diretrizes da humanização;
Fortalecer iniciativas de humanização existentes;
Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das
práticas de gestão e de atenção;
Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de
apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção e de
gestão;
Implementar processos de acompanhamento e avaliação, 
ressaltando saberes gerados no SUS e experiências coletivas 
bem-sucedidas. 
MACRO-OBJETIVOS DO HUMANIZA-SUS 
Ampliar as ofertas da Política Nacional de Humanização aos gestores
e aos conselhos de saúde, priorizando a atenção básica/fundamental e
hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e universitários;
Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na
agenda dos gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da
sociedade civil;
Divulgar a Política Nacional de Humanização e ampliar os processos de
formação e produção de conhecimento em articulação com
movimentos sociais e instituições.
O que é acolhimento????
• “O acolhimento é uma ação tecno-assistencial que 
pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e 
sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos, 
humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário 
como sujeito e participante ativo no processo de 
produção da saúde” 
HumanizaSUS, 2004
Acolhimento também é:
• Processo constitutivo das práticas de produção e
promoção de saúde que implica responsabilização do
trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até
a sua saída.
• Ouvindo sua queixa, considerando suas preocupações e
angústias, fazendo uso de uma escuta qualificada que
possibilite analisar a demanda e, colocando os limites
necessários, garantir atenção integral, resolutiva e
responsável por meio do acionamento/articulação das
redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do
cuidado) e redes externas, com outros serviços de saúde,
para continuidade da assistência quando necessário.
Logo, acolhimento não é:
• Uma sala em que um profissional (geralmente enfermeiro) 
atende a demanda espontânea e encaminha para o 
médico;
• Restrito a um profissional de saúde;
• Igual a atendimento clínico centrado na doença. 
• LEIA AS PALAVRAS EM VERMELHO E REFLITA SOBRE 
ESTA FRASE!!

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