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ANEMIA FALCIFORME E HEREDOGRAMA FAMILIAR ALAOR MARTINS DA SILVA Presidente Prudente – SP 2015 UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA BIOMEDICINA ANEMIA FALCIFORME 1. Introdução Uma doença de caráter hereditário cromossômica que afeta diretamente as hemoglobinas presentes no glóbulo vermelho do sangue, alterando a forma e o material genético, dando origem a doença. As hemácias, ou eritrócitos, consiste em um disco bicôncavo anucleado que tem como função a troca de dióxido de carbono por oxigênio na circulação pulmonar. Decorrente disso, elas perdem seu formato e passa a possuir outro denominado de foice, que causa alteração na membrana celular e se rompe com facilidade, diminuindo assim o transporte de oxigênio aos órgãos e tecidos. Segundo os estudos de Galiza Neto (2003) em 1927, Hanh e Gillepsie descobriram que a falcização dos eritrócitos ocorria como consequência da exposição das células a uma baixa tensão de O2. A doença afeta os genes presentes nas hemácias, ligados em parte do cromossomo 11, sendo responsável pela formação da hemoglobina S, com essa mutação é realizado a troca da valina por ácido glutâmico na posição 6 da cadeira da globina β. Ao termino, resulta-se na formação de polímeros que causam oclusão vascular. Durante as fases da fecundação, especificamente na fusão dos pronúcleos ocorrem os arranjos cromossômicos para a divisão mitótica e a primeira clivagem do zigoto, onde serão combinados os paternos com os maternos, resultando na formação de um zigoto com 46 cromossomos. Logo após, quando se recebe um gene defeituoso de um dos pais, denominamos como portadora de traços falciformes, mas quando, o casal possui os genes defeituosos, são caracterizados como anemia falciforme. O portador de traço falciforme não possui a doença e não precisa de tratamento especializado, mas deve ser bem informado que, se tiver filhos com outro portador de traço falciforme, terá grande probabilidade de gerar uma criança com ou sem a doença. Comumente na população negra e com descendentes do norte da África e do mediterrâneo, tendo como principais sintomas as dores causadas pela oclusão dos vasos sanguíneos, principalmente no tórax, abdômen e membros. Importante se salientar, que se houver oclusão decorrente em vasos maiores podem ter sérias complicações como AVE, infarto e isquemia dos membros, obstrução de vasos da retina que podem levar a cegueira. O baço é responsável pela retirada das hemácias defeituosas da circulação sanguínea e participa do sistema de defesa, sendo assim, um dos órgãos que mais sofre devido o congestionamento dessas células falciformes, que obstruem a chegada do sangue ocasionando deficiência na imunidade e favorece a infecções como pneumonia e meningite ou outras infecções generalizadas, sendo a principal causa de morte em pacientes com anemia falciforme. 2. Tratamento Seu tratamento ainda não é especifico, devido não se conhecer a cura desta doença, porém, os portadores precisam de acompanhamento médico constante para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. 3. Recomendações – Realização do teste do pezinho ao logo depois do nascimento, se for constatado ser portador de anemia falciforme, encaminhar para um médico especialista. – Caso o portador da doença tiver uma crise de dor, recomendável que ele seja levado ao médico para avaliação e se necessária. – A febre do portador de Anemia Falciforme como um sinal de alerta e nunca faça o uso de medicamentos sem prescrição medica. – Pode ocorrer alterações oculares, devido a isso, o portador deve ser avaliado periodicamente por um oftalmologista. 4. Heredograma Representação do registro gráfico dos membros de uma família, em conjunto, constituem a base genealogia da família portadora ou não da doença. 4.1 – Pai portador de Anemia Falciforme e Mãe Normal Legenda: R – Gene Normal / r – Gene Afetado Todos os filhos apresentaram traços falciformes 4.2 – Pai portador de Anemia Falciforme e Mãe portadora de Traços Legenda: R – Gene Normal / r – Gene Afetado 50% Anemia Falciforme – 50% Traço Falciforme 4.3 – Pai portador de Traços e Mãe normal Legenda: R – Gene Normal / r – Gene Afetado 50% Anemia Falciforme – 50% Traço Falciforme 4.4 – Pai e Mãe Portadores de Traços Falciformes Legenda: R – Gene Normal / r – Gene Afetado 25 % Normal – 50% Traço Falciforme – 25% Anemia Falciforme REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 1. ALBERT EINSTEIN (São Paulo). Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Anemia falciforme: fique atento aos sintomas e saiba como tratar. 2012. Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a- saude/Paginas/anemia-falciforme-fique-atento-aos-sintomas-e-saiba-como- tratar.aspx>. Acesso em: 19 set. 2015. 2. MEANS JR. R. T. Função das hemácias e distúrbios do metabolismo do ferro. Red blood cell function and disorders of iron metabolism. 2011. Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp- medicine/4935/funcao_das_hemacias_e_disturbios_do_metabolismo_do_ferro _%E2%80%93_robert_t_means_jr.htm?_mobile=off>. Acesso em: 19 set. 2015. 3. GALIZA NETO, Gentil Claudino de and PITOMBEIRA, Maria da Silva. Aspectos moleculares da anemia falciforme. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2003, vol.39, n.1, pp. 51-56. ISSN 1678-4774. http://dx.doi.org/10.1590/S1676- 24442003000100011 4. MINISTÉRIO DA SAÚDE (Brasília - DF). Secretaria de Atenção à Saúde e Departamento de Atenção Especializada. Manual da Anemia Falciforme para a População. 2007. Disponível em: < http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/manual_da _anemia_falciforme_para_a_populacao.pdf>. Acesso em: 19 set. 2015. 5. VALLERA, D. Doenças e sintomas. Anemia Falciforme. 2011. Disponível em: < http://drauziovarella.com.br/letras/a/anemia-falciforme/>. Acesso em: 19 set. 2015.
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