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Geografia 
 
Modelos produtivos: Fordismo e a produção em massa 
Teoria 
Fordismo ou Taylorismo 
A Revolução Industrial, ocorrida no final do século XVIII e ao longo do século XIX, foi um período 
marcado por uma transformação significativa nas formas de produção. Antes dessa revolução, a 
produção de bens era predominantemente artesanal, com trabalhadores realizando todas as etapas 
do processo manualmente. No entanto, com o advento de máquinas a vapor e a introdução de novas 
tecnologias, a produção em massa tornou-se possível. 
Essa mudança abrupta na forma de produzir resultou em uma série de desafios para as indústrias 
da época. A demanda por bens estava crescendo rapidamente, e as empresas precisavam 
encontrar maneiras mais eficientes de produzir em larga escala para atender a essa demanda e 
obter maior lucratividade. Foi nesse contexto que surgiram duas abordagens de produção 
importantes: o Fordismo e o Taylorismo. Eles estão intimamente ligados, mas são abordagens 
diferentes, se liga só: 
Taylorismo (divisão das tarefas) 
O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915), visando a aumentar a eficiência 
produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus 
estudos foram reunidos e publicados nos seus livros, “Shop management” (1903) e “Princípios de 
Administração Científica” (1911). Posteriormente, tais conhecimentos ficaram conhecidos como 
Taylorismo. Alguns autores denominam o Taylorismo como modelo de produção e outros o 
definem o como uma ciência da organização do trabalho. 
 
Fotografia de Frederick Taylor. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki. 
Uma das grandes inovações propostas pelo Taylorismo foi o pagamento de prêmios e 
remunerações extras pelo desempenho do operário. Se ele conseguisse aumentar a produtividade, 
recebia mais. Taylor acreditava também que quanto mais simples fosse a tarefa mais fácil o 
trabalhador conseguiria reproduzi-la sem a necessidade de grande qualificação para a tarefa. Para 
 
 
Geografia 
 
alcançar esse objetivo era necessário fragmentar a produção em etapas mais simples possíveis e 
dessa forma, seria possível obter grande produtividade de qualquer trabalhador. É nesse contexto 
que surgiu a ideia de uma mão de obra especializada em uma única tarefa, característica máxima 
do Fordismo. Taylor defendia que a indústria deveria adotar princípios da racionalidade no uso de 
ferramentas e matérias-primas para reduzir os custos de produção. 
Fordismo 
Henry Ford (1862-1947) já desenvolvia sua linha de montagem para aumentar sua produção, 
quando ouviu falar das ideias de Taylor. Impressionado, Ford contratou o engenheiro para trabalhar 
na sua fábrica. O Fordismo nasce dessa associação entre as ideias de Taylor e a prática de Ford. 
 
Fotografia de Henry Ford. 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki. 
Aqui é possível observar a combinação perfeita entre redução dos custos de produção pela adoção 
das práticas tayloristas e o aumento do consumo pela elevação dos salários dos trabalhadores. 
Muitas vezes, o Fordismo também é chamado de Fordismo-Taylorismo. 
Todavia, o Fordismo transcende como principal modelo, pois sua ideia parte do princípio de que 
toda a população poderia se constituir como consumidores de produtos produzidos em massa, 
incluindo seus veículos automotores. Logo, ele não se limita a ditar as regras na fábrica, mas 
impõem uma lógica de consumo a toda uma sociedade. 
Características do Fordismo 
• Linha de montagem: é a famosa esteira de produção retratada no filme Tempos Modernos. Foi 
uma inovação central no sistema de produção fordista. Basicamente, a linha de montagem 
consiste em uma sequência de estações de trabalho ao longo de uma linha, em que cada 
estação é responsável por uma etapa específica do processo de produção. Lembra das ideias 
de Taylor? Elas combinaram perfeitamente com a invenção de Ford e possibilitou produzir em 
massa como nunca. Os produtos são movidos ao longo dessa linha de forma contínua, 
passando de uma estação para outra até que estejam completamente montados. Nesse 
sistema, os trabalhadores desempenham tarefas especializadas e repetitivas em suas 
estações, com a finalidade de realizar uma única etapa do processo de montagem. Dessa 
 
 
Geografia 
 
forma, cada funcionário se torna especializado em sua tarefa específica, o que aumenta a 
eficiência e a velocidade de produção. 
• Trabalho especializado (repetitivo): é a pura aplicação das ideias de Taylor. Quanto mais 
fragmentada fosse a tarefa, isto é, quanto mais simples, mais fácil seria executada pelo 
trabalhador. A repetição dessa ação faria o trabalhador se tornar um especialista naquela 
tarefa. Por isso, a mão de obra desse período é denominada especializada. Ao mesmo tempo, 
isso gerava grande dependência daquela indústria, pois o trabalhador só sabia fazer aquela 
tarefa e desconhecia as outras etapas produtivas. Nesse sentido, esses trabalhadores eram 
considerados alienados, pois o trabalhador executava apenas uma tarefa e não conhecia todo 
o método de produção, apenas aquela etapa. Dessa forma, os trabalhadores se sentiam 
desconectados com o que produziam, desvalorizados e subjugados, pois como não possuem 
controle sobre o processo de produção, são tratados como meros instrumentos para a 
realização de tarefas repetitivas e monótonas. Ao longo do tempo essa característica 
• Padronização: a repetição das tarefas que aumentava a produtividade do trabalhador exigia 
uma padronização da produção. Não era possível toda hora alterar o que o trabalhador 
executava, pois isso diminuiria sua produtividade, lembra de Taylor? Uma tarefa de forma 
simples! Dessa forma, Ford padronizou todos os métodos de trabalho e treinamento dos 
funcionários, mas a padronização produtiva era aplicada de várias maneiras. Ela também foi 
implementada a partir de um conjunto de especificações rigorosos para cada componente e 
processo de produção. Isso significava que cada peça do produto e cada etapa do processo de 
montagem seguiam um padrão predefinido, garantindo que todas as unidades produzidas 
fossem idênticas em termos de qualidade e funcionalidade. 
• Produção concentrada: espacialmente, a fábrica fordista era concentrada em um local, 
produzindo e armazenando (estoques lotados) tudo no mesmo espaço. Essa característica 
também está associada à tese de Ford que uma empresa deveria adotar a verticalização 
produtiva, controlando toda a produção, da matéria-prima até os transportes de seus produtos. 
Assim, a concentração espacial reunia no mesmo espaço milhares de trabalhadores, o que 
facilitava a ação de sindicatos; por isso, a pressão sindical era muito forte. 
 
Ilustração da linha de montagem do Ford T. 
Disponível em: https://cargocollective.com/ 
https://cargocollective.com/
 
 
Geografia 
 
A Crise de 1929 
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi uma crise econômica nos Estados Unidos que resultou 
em uma crise mundial. Com o otimismo pós-Primeira Guerra Mundial, durante a década de 1920, 
observou-se o aumento da produção possibilitada pelo Fordismo e pelas inovações tecnológicas 
do pós-guerra. Os Estados Unidos tornaram-se uma hegemonia econômica, uma vez que não foi 
afetado pela guerra e a produção só aumentava. Do outro lado do Atlântico, as potências europeias 
enfrentavam diversas dificuldades, como a falta de trabalhadores e inúmeras pessoas 
desamparadas pelo conflito. Tal condição, fortalecia ainda mais a economia americana. É nesse 
momento que a bolsa de valores de New York passou a ser maior que a bolsa de Londres. 
A economia americana crescia tanto que era muito comum nos Estados Unidos obter empréstimos 
a juros baixos para comprar ações. Com a rápida valorização das ações era possível vendê-las, 
pagar o empréstimo e ainda sobrava muito dinheiro. Porém, essa alegria não durou muito. Durante 
esse período, os europeus foram gradativamente reconstruindo suas economiasao mesmo tempo 
que incorporavam as inovações produtivas. 
Tal condição aumentou a competitividade internacional, diminuindo a força econômica americana, 
que aliada a especulação financeira resultou em uma rápida queda das ações nos Estados Unidos. 
O produto interno bruto (PIB) americano caiu pela metade e 15 milhões de pessoas ficaram 
desempregadas. Esse momento se configura na Crise de 1929. 
 
Fila de desempregados para conseguir um café e uma sopa grátis. 
Fonte: https://investidornojapao.com/ 
Ascensão do Keynesianismo e o auge do Fordismo 
O Keynesianismo, assim como o Liberalismo, é uma doutrina econômica. Ela reúne as ideias do 
cientista econômico, John Maynard Keynes, que já vinha apontando para um perigo econômico. Ele 
argumentava que o aumento da produtividade precisava ser acompanhado de uma melhor 
distribuição dos ganhos. Sem isso, não seria possível vender o que era produzido e a economia 
entraria em crise. 
 
 
 
Geografia 
 
Após 1929, as ideias de Keynes passaram a ser o referencial na economia. Ele defendia que o 
Estado deveria ser mais atuante (forte) para ajudar o capitalismo nos momentos de dificuldades, 
naturais desse sistema. Inspirado nas ideias de Keynes, Franklin Delano Roosevelt, presidente dos 
Estados Unidos, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933. Um novo acordo para recuperar a 
economia americana a partir do aumento do consumo. 
Nesse sentido, a lógica fordista de produção e consumo em massa foi perfeita para tal projeto. Os 
anos seguintes foram caracterizados por um grande crescimento econômico do mundo, 
principalmente após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). Tais condições levaram o Fordismo 
até seu auge nas décadas de 1950 e 1960. Todavia, as características do Fordismo não se 
sustentaram por mais tempo e, com outros fatores econômicos, levaram a uma crise do modelo 
produtivo na década de 1970. 
Crise do Fordismo 
Essa crise refere-se a um período de desafios e mudanças que afetou o sistema de produção 
fordista, principalmente a partir das décadas de 1960 e 1970. Essa crise foi resultado de uma 
combinação de fatores econômicos, sociais e tecnológicos que questionaram a eficiência e a 
sustentabilidade do modelo fordista de produção em massa. 
A crise do petróleo de 1973 e 1979 são exemplos desses fatores que passaram a exigir mudanças 
produtivas que o Fordismo não conseguia acompanhar. A crise do petróleo foi basicamente um 
aumento generalizado do preço dessa matéria-prima e teve um impacto direto na produção 
industrial, uma vez que o petróleo é uma fonte de energia crucial para muitos setores econômicos. 
O aumento dos preços do petróleo levou a um aumento significativo nos custos de produção, 
especialmente para as indústrias intensivas em energia, como a indústria automobilística. O setor 
de manufatura também foi afetado, uma vez que muitos produtos dependem do petróleo como 
matéria-prima ou como parte integrante do processo de produção. É importante lembrar das 
principais características do Fordismo, como a padronização, durabilidade, estoques lotados e 
rigidez. O momento pedia mudanças que o Fordismo não conseguia fornecer. 
Dessa forma, a década de 1970 marca uma crise do Fordismo e do Keynesianismo ao mesmo 
tempo que alternativas, como o Toyotismo (modelo produtivo) e Neoliberalismo (modelo 
econômico) emergiam com força no horizonte. Entre as razões da crise do Fordismo podemos 
destacar: 
Razões para a crise do Fordismo 
• Welfare States e os gastos públicos: como dito, foi o período de forte intervenção estatal na 
economia que garantiu o consumo, e o Fordismo permaneceu em alta. Porém, os ganhos de 
direitos trabalhistas encareciam os gastos públicos, o que causava a consequente diminuição 
dos lucros. O lucro se dá a partir da diferença entre o gasto da produção e o ganho bruto. Os 
direitos trabalhistas encareceram o valor da mão de obra, reduzindo o lucro das empresas. 
• Desenvolvimento tecnológico: a inserção de tecnologia no processo produtivo também 
aumentava os custos de produção, assim como permitia maior conexão dos mercados 
internacionais. Com estados endividados, foram necessárias medidas de abertura comercial e 
maior autonomia à iniciativa privada. O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e 
transporte que conectou os mercados gerou também novas organizações produtivas, como o 
 
 
Geografia 
 
Toyotismo, que superava vários problemas apresentados pelo Fordismo, que foi se tornando 
obsoleto no cenário competitivo. 
• Regime rígido e pouco adaptável: o caráter rígido e pouco adaptável do modelo de produção 
nas linhas de montagem não dinamizava a superação dos problemas. O custo da produção 
aumentava, enquanto os estoques ficavam cheios, o que barateava o produto pela alta 
disponibilidade já produzida. O Fordismo, no entanto, não alterava o perfil de produção, nem 
tampouco as relações trabalhistas, mesmo diante das mudanças que surgiam. A produtividade 
se manteve alta, mas o custo aumentou. 
• Ampliação do mercado e padronização produtiva: com as maiores conexões de mercado entre 
países do mundo, as exigências diante do cenário competitivo demandavam diversificação. 
Novas demandas de produtos, que antes não existiam, surgem. Como o Fordismo produzia em 
massa, havia uma padronização. A propaganda moderna passou a vender a ideia de produtos 
cada vez mais específicos, de acordo com a necessidade de cada cliente. Atualmente, dentro 
da lógica toyotista de produção sob demanda, ou produção Just in Time, a criação de novas 
necessidades antecipa a criação do produto. 
• Durabilidade dos produtos e estoques lotados: a durabilidade dos produtos fordistas e sua 
padronização, necessária para a produção em massa, gerava uma estagnação do consumo. Os 
estoques permaneciam lotados, mas os produtos tinham alta durabilidade, o que postergou a 
necessidade de compra. 
• Maior pressão sindical: facilitada pelo fato de a fábrica estar espacialmente concentrada. 
Muitos trabalhadores moravam nas vilas operárias, e o debate sobre a exploração trabalhista 
era inevitável. 
O Fordismo não desapareceu 
É importante pontuar que o Fordismo não desaparece do mundo e que na verdade ele foi sendo 
substituído, em grande parte, pelo Toyotismo. Sobretudo em indústrias mais simples e países mais 
pobres, podem-se identificar estruturas produtivas e organizacionais típicas do modelo fordista. Em 
diversos empregos, a produção contínua fragmentada, não demandando qualificação da mão de 
obra, como o caso dos “Mc Empregos”. Além disso, muitas empresas de tecnologia possuem 
características toyotistas, como a produção por demanda ou a exigência de mão de obra 
qualificada; por outro lado, também utilizam linhas de montagem fordistas para trabalhos mais 
simples e baratos. 
 
 
 
 
 
. 
 
 
Geografia 
 
Exercícios de fixação 
1. Qual a diferença entre Taylorismo e Fordismo? 
2. Estabeleça a relação entre mão de obra especializada, padronização da produção e rigidez do 
modelo fordista. 
3. Por que a combinação entre Fordismo e New Deal foram positivas para a economia 
americana? 
4. A ________________ do fordismo deriva da adoção de uma mão de obra ________________ que, 
por sua vez, limitava as alterações na linha de montagem. Assim, a fábrica fordista tinha 
pouca capacidade para atender às demandas de ________________ que o mercado passava a 
exigir. 
(A) Rigidez – qualificada – automação. 
(B) Flexibilidade – especializada – produção. 
(C) Rigidez – especializada – inovação. 
5. Entre as razões para a crise do Fordismo é possível destacar: 
(A) Encarecimento da produção e estoques lotados. 
(B) Diversificação da produção e aumento dos lucros. 
(C) Intervencionismo na economia e crise econômica. 
 
 
 
 
 
 
Geografia 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. (Enem – 2ª aplicação, 2016) 
 
THAVES. Jornal do Brasil, 19 fev. 1997 (adaptado). 
A forma de organização interna da indústria citada geraa seguinte consequência para a mão 
de obra nela inserida: 
(A) Ampliação da jornada diária. 
(B) Melhoria da qualidade do trabalho. 
(C) Instabilidade nos cargos ocupados. 
(D) Eficiência na prevenção de acidentes. 
(E) Desconhecimento das etapas produtivas. 
2. (Enem PPL, 2014) A introdução da organização científica taylorista do trabalho e sua fusão 
com o fordismo acabaram por representar a forma mais avançada da racionalização 
capitalista do processo de trabalho ao longo de várias décadas do século XX. 
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009 
(adaptado). 
O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o alcance da eficiência máxima no 
processo produtivo industrial que, para tanto, 
(A) adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando as terceirizações. 
(B) requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para as oscilações da demanda. 
(C) procede à produção em pequena escala, mantendo os estoques baixos e a demanda 
crescente. 
(D) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas, complementares na 
construção do produto. 
(E) outorga aos trabalhadores a extensão da jornada de trabalho para que eles definam o 
ritmo de execução de suas tarefas. 
 
 
 
Geografia 
 
3. (UEL, 2004) “No tempo em que os sindicatos eram fortes, os trabalhadores podiam se queixar 
do excesso de velocidade na linha de produção e do índice de acidentes sem medo de serem 
despedidos. Agora, apenas um terço dos funcionários da IBP [empresa alimentícia norte-
americana] pertence a algum sindicato. A maioria dos não sindicalizados é imigrante recente; 
vários estão no país ilegalmente; e no geral podem ser despedidos sem aviso prévio por seja 
qual for o motivo. Não é um arranjo que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A velocidade 
das linhas de produção e o baixo custo trabalhista das fábricas não sindicalizadas da IBP são 
agora o padrão de toda indústria.” 
SCHLOSSER, Eric. País Fast- Food. São Paulo: Ática, 2002. p. 221. 
No texto, o autor aborda a universalização, no campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs 
“McEmprego”, comuns em empresas fast-food. Assinale a alternativa que apresenta somente 
características desse tipo de emprego. 
(A) Alta remuneração da força de trabalho adequada à especialização exigida pelo processo 
de produção automatizado. 
(B) Alta informalidade relacionada a um ambiente de estabilidade e solidariedade no espaço 
da empresa. 
(C) Baixa automatização num sistema de grande responsabilidade e de pequena divisão do 
trabalho. 
(D) Altas taxas de sindicalização entre os trabalhadores aliadas a grandes oportunidades de 
avanço na carreira. 
(E) Baixa qualificação do trabalhador acompanhada de má remuneração do trabalho e alta 
rotatividade. 
4. (UEA, 2003) Nas primeiras décadas do século XX, o engenheiro Frederick Taylor desenvolveu 
os princípios de administração científica, que consistiam, basicamente, no controle dos 
tempos e dos movimentos dos trabalhadores para aumentar a eficiência do processo 
produtivo. Ao adotar estes princípios em sua fábrica, Henry Ford criava um novo método de 
produção. A inovação mais importante do modelo fordista de produção foi: 
(A) a fragmentação da produção. 
(B) o trabalho qualificado. 
(C) a linha de montagem. 
(D) a produção diferenciada. 
(E) a redução dos estoques. 
 
 
 
 
Geografia 
 
5. (Seduc, 2014) Os trabalhadores que construíam seus carros Modelo N, predecessor do 
Modelo T, dispunham as peças e partes numa fileira no chão, punham-nas em trilhos 
deslizadores e arrastavam-nas, ajustando umas às outras. Mais tarde, o dinamismo do 
processo tornou-se mais sofisticado. Ford dividiu a montagem do Modelo T em 84 passos 
discretos, por exemplo, treinando cada um de seus operários em executar apenas um dos 
passos. Contratou também o especialista em estudos de movimento, Frederick Taylor, para 
tornar a execução ainda mais eficiente. Nesse meio tempo, construiu máquinas que poderiam 
estampar as partes automaticamente e muito mais rapidamente do que o mais ágil dos 
trabalhadores. 
Com base no texto, a produção fordista tem por característica a 
(A) flexibilização da produção. 
(B) produção padronizada. 
(C) produção por demanda. 
(D) utilização de trabalho escravo. 
(E) valorização do trabalho artesanal. 
 
6. As inovações na organização do processo de produção, desenvolvidas a partir do fim do 
século XIX e início do XX, ficaram conhecidas a partir da derivação dos nomes de seus 
principais expoentes, Frederick Winslow Taylor e Henry Ford. Além disso, o taylorismo e o 
fordismo caracterizam, respectivamente, dois princípios de organização do trabalho, 
denominados: 
(A) empirismo e produção artesanal. 
(B) administração científica e linhas de produção. 
(C) administração científica e células de produção. 
(D) administração empírica e linhas de produção. 
(E) administração emotiva e produção dispersa. 
 
 
 
Geografia 
 
7. (UEL, 2014) No início do século XX, o desenvolvimento industrial das cidades criou as 
condições necessárias para aquilo que Thomas Gounet denominou "civilização do 
automóvel". Nesse contexto, um nome se destacou, o de Henri Ford, cujas indústrias 
aglutinavam contingentes de trabalhadores maiores que o de pequenas cidades com menos 
de 10.000 habitantes. O nome de Ford ficou marcado pela forma de organização de trabalho 
que propôs para a indústria. 
Com base nos conhecimentos sobre a organização do trabalho nos princípios propostos por 
Ford, assinale a alternativa correta. 
(A) A organização dos sindicatos de trabalhadores dentro da fábrica transformou-os em 
colaboradores da empresa. 
(B) A implantação da produção flexível de automóveis garantiu uma variedade de modelos 
para o consumidor. 
(C) A produção em massa foi substituída pela de pequenos lotes de mercadorias, a fim de 
evitar estoques de produtos. 
(D) O método de Ford potencializou o parcelamento de tarefas, largamente utilizado por 
Taylor. 
(E) Para obter ganhos elevados, a organização fordista implicava uma drástica redução dos 
salários dos trabalhadores. 
8. (Enem PPL, 2012) Outro importante método de racionalização do trabalho industrial foi 
concebido graças aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick 
Winslow Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a 
capacidade produtiva dos homens e das máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto, 
ele acreditava que estudos científicos minuciosos deveriam combater os problemas que 
impediam o incremento da produção. 
Taylorismo e Fordismo. Disponível em www.brasilescola.com. Acesso em: 28 fev. 2012. 
O Taylorismo apresentou-se como um importante modelo produtivo ainda no início do século 
XX, produzindo transformações na organização da produção e, também, na organização da 
vida social. A inovação técnica trazida pelo seu método foi a 
(A) utilização de estoques mínimos em plantas industriais de pequeno porte. 
(B) cronometragem e controle rigoroso do trabalho para evitar desperdícios. 
(C) produção orientada pela demanda enxuta atendendo a específicos nichos de mercado. 
(D) flexibilização da hierarquia no interior da fábrica para estreitar a relação entre os 
empregados. 
(E) polivalência dos trabalhadores que passaram a realizar funções diversificadas numa 
mesma jornada. 
 
 
 
Geografia 
 
 
9. (Uerj, 2001 – adaptada) Utilize as informações abaixo para responder à questão 
Taylorismo 
● separação do trabalho por tarefas e 
níveis hierárquicos 
● racionalização da produção 
● controle do tempo 
● estabelecimento de níveis mínimos de 
produtividade. 
Fordismo 
● produção e consumo em massa 
● extrema especialização do trabalho 
● rígida padronização da produção 
linha de montagem 
Pós-fordismo 
● estratégia de produção e consumo 
em escala planetária 
● valorização da pesquisa científica 
● desenvolvimento de novas 
tecnologias● flexibilização dos contratos de 
trabalho 
 
Pelas características dos modelos produtivos do momento da Segunda Revolução Industrial, 
é possível afirmar que o fordismo absorveu certos aspectos do taylorismo, incorporando 
novas características. Essa afirmação se justifica, dentre outras razões, porque os objetivos 
do fordismo, principalmente, pressupunham: 
(A) elevada qualificação intelectual do trabalhador ligada ao controle de tarefas sofisticadas. 
(B) altos ganhos de produtividade vinculada a estratégias flexíveis de divisão do trabalho na 
linha de montagem. 
(C) redução do custo de produção associada às potencialidades de consumo dos próprios 
operários das fábricas. 
(D) máxima utilização do tempo de trabalho do operário relacionada à despreocupação com 
os contratos de trabalhos. 
(E) racionalização dos estoques, diminuindo a disponibilidade dos produtos e a possibilidade 
de crises econômicas. 
 
 
 
Geografia 
 
10. Em seus Princípios de Administração Científica, Frederick Taylor desenvolvia um sistema de 
organização dos processos de produção que poderia ser aplicado em todo o tipo de empresa, 
mesmo que os experimentos tenham ocorrido em empresas industriais. Taylor apresentava 
algumas formas de organização do trabalho que incluem várias características, como: 
(A) O estímulo da produção através da qualificação da mão de obra. 
(B) A divisão do processo de fabricação em gestos complexos. 
(C) A medição e racionalidade no uso de matérias-primas e ferramentas de trabalho. 
(D) A liberdade para os trabalhadores escolherem a forma de trabalho. 
(E) A mensuração da produtividade final e não do tempo para a execução das atividades. 
 
 
 
 
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Geografia 
 
Gabaritos 
Exercícios de fixação 
1. Taylorismo corresponde a um conjunto de ideias criadas por Frederick Taylor, que buscava 
melhor organizar o trabalho dentro da fábrica para aumentar a produção. O Fordismo 
compreende um modelo produtivo mais complexo que, além de adotar esses preceitos de 
Taylor, ficou famoso por melhor incorporar a linha de montagem na produção. Assim, muitos 
afirmam que o Fordismo vai além do Taylorismo, pois também gera impactos na sociedade, 
devido à lógica de produção e ao consumo em massa, enquanto as ideias de Taylor se limitam 
a questões internas da fábrica. 
2. A concepção adotada na época era de fragmentar ao máximo as etapas produtivas. Essa 
simplificação possibilitava a qualquer trabalhador ser empregado em uma fábrica fordista. Por 
isso, a mão de obra era denominada especializada. Nesse sentido, a produção precisava ser 
padronizada, para que aquele trabalhador executasse sempre a mesma tarefa. Qualquer 
mudança na linha de produção era complicada, pois exigia que o trabalhador aprendesse algo 
novo. Tais limitações explicam a rigidez do modelo. 
3. Após a crise de 1929, o Estado americano iniciou um programa de reformas para recuperar a 
economia, denominado New Deal. Tal programa foi pautado na ideia de pleno emprego e de 
Estado interventor. Assim, a lógica de produção e consumo em massa possibilitava um grande 
crescimento econômico das empresas e a venda de seus produtos gerando emprego e 
garantindo a produção. Com as melhorias salariais, foi possível criar uma sociedade de 
consumo, aumentando a necessidade de produção e gerando mais empregos. Um ciclo 
positivo da economia. New Deal e Fordismo formaram um casamento perfeito, no qual se 
observou grande crescimento econômico nos anos seguintes. 
4. C 
O fordismo era conhecido como um modelo rígido. Essa característica, em parte, tem relação 
com a utilização de uma mão de obra especializada, que, acostumada com uma ou outra tarefa, 
dificultava a alteração da linha de montagem e a respectiva diversificação produtiva. Após a 
Segunda Guerra Mundial, o grande desenvolvimento técnico e científico deu início à Terceira 
Revolução industrial. Todas as inovações criadas nesse período não eram incorporadas tão 
facilmente pelo fordismo, o que dificultava mais ainda sua sobrevivência como modelo 
produtivo. A alternativa A está incorreta, pois a mão de obra não é qualificada, e a alternativa B 
está incorreta, pois o fordismo não é flexível. 
5. A 
O aumento dos custos produtivos e a diminuição da margem de lucro das empresas, 
juntamente com a possibilidade de grandes perdas econômicas com os estoques lotados, 
ajudam a explicar a crise do Fordismo. 
Exercícios de vestibulares 
1. E 
A organização interna da indústria e do trabalho fordista/taylorista é caracterizada pela adoção 
da linha de montagem, produção em massa, grandes estoques e especialização do trabalho. 
Um dos impactos da divisão e especialização do trabalho é que o operário não conhece a 
totalidade ou o conjunto das etapas produtivas. 
 
 
 
Geografia 
 
2. D 
A racionalização da produção em larga escala levou à criação de um modelo produtivo 
altamente fragmentado, em que os trabalhadores executavam atividades repetitivas dentro de 
uma cadeia de produção. 
3. E 
Os fast-foods são um bom exemplo das heranças fordistas e demonstram como a 
sobreposição dos tempos traz a historicidade nos novos modelos. Alta rotatividade, baixa 
qualificação e má remuneração são características desse tipo de trabalho. 
4. C 
A linha de montagem foi a concretização material das ideias de Taylor, que buscava uma maior 
produtividade do trabalho e, consequentemente, lucratividade. Foi a partir da linha de 
montagem que se definiu o recorte temporal do Fordismo, sendo um componente fundamental 
desse modelo. A fragmentação da produção, escrita dessa forma, significa espalhar a 
produção pelo mundo. Cada país irá fabricar a parte de um produto e, portanto, é uma 
característica do Toyotismo. Cuidado para não confundir com fragmentação das tarefas, que 
aí sim seria característica de Taylor. 
5. B 
As principais características do Fordismo são a linha de montagem e a produção padronizada. 
6. B 
Os preceitos científicos de Taylor (reduzir tempo de produção, simplificar tarefas, diminuir 
desperdício de matéria-prima) publicados em seu livro Princípios de Administração Científica, 
juntamente com a prática de Ford (linhas de produção), fizeram um modelo eficiente de 
exploração e produção em massa. A letra D está incorreta, pois Taylor defendia a administração 
científica e não empírica. A alternativa E está incorreta, pois não é a administração das 
emoções do trabalhador que irá aumentar a produção. 
7. D 
O Fordismo apoiou-se na concepção de Taylor, caracterizando-se pela divisão do trabalho nas 
fábricas, cuja produção é gerenciada pelo sistema Just-in-case, que buscava ampliar o estoque 
dos produtos. 
8. B 
O Taylorismo compreende um sistema de organização industrial desenvolvido no século XX 
com o objetivo de maximizar a produção. Seus objetivos são: utilização de métodos de 
padronização da produção para evitar o desperdício produtivo, adoção de métodos para evitar 
a fadiga dos trabalhadores e disciplina da distribuição das tarefas. 
9. C 
A exploração do trabalhador assalariado presume o aumento da lucratividade, a mais-valia com 
que o patrão lucra. Ao mesmo tempo, em um sistema que busca a máxima produção, é preciso 
que os trabalhadores tenham dinheiro para consumir seu produto, a fim de movimentar os 
estoques. 
 
 
 
Geografia 
 
10. C 
O engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor (1856-1915), visando a aumentar a eficiência 
produtiva, estudou tempos e movimentos de operários e máquinas na linha de produção. Seus 
estudos foram reunidos e publicados no seu livro Princípios de Administração Científica. Taylor 
defendia que a indústria deveria adotar princípios da racionalidade no uso de ferramentas e 
matérias-primas, para reduzir os custos de produção, o que explica o gabarito da letra C. Além 
do que, astarefas deveriam ser simplificadas ao máximo. Quanto mais fragmentada fosse a 
tarefa, isto é, quanto mais simples, mais fácil seria executada pelo trabalhador. A repetição 
dessa ação o tornaria um especialista naquela tarefa. Por isso, a mão de obra desse período é 
denominada especializada. Tais indústrias não buscavam a qualificação da mão de obra, e a 
divisão do processo se resumia a gestos simples, o que explica o erro das alternativas A e B. A 
esteira de produção e sua posição nela é que definiria a tarefa a ser executada. Você não 
poderia decidir apertar um parafuso se na posição da esteira você fosse responsável por pintar 
uma peça. Isso explica o erro da D. Por fim, a produtividade do trabalhador é medida a partir da 
velocidade com que ele executa as tarefas, podendo ser promovido de cargo. Se o trabalhador 
fosse lento, seria demitido.

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