Buscar

Vigilância Sanitária

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Suellen da Silva Beraldo
Universidade de Cuiabá
Saúde Coletiva II
Vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde
Eventos gerais indicadores de risco
Consumidores e cidadãos expostos a muitos riscos e danos evitáveis relacionados à praticas negligentes ou criminosas de particulares e à deficiência de controle público no âmbito de atuação da vigilância sanitária.
Exemplos: produtos “naturais”, antidiarréicos, analgésicos, etc.
E no Brasil?
Objetivos & Funções 
Práticas com base no conceito de risco como possibilidade, perigo potencial ou ameaça de dano ou agravo;
A segurança sanitária como um conceito em formação;
Além do conceito ampliado de risco, a noção de qualidade em saúde conjugada com os conceitos de eficácia e segurança, constituem categorias operacionais nas ações de proteção da saúde no escopo da vigilância sanitária. 
Objetivos & Funções 
Conceitos vinculados às distintas características e finalidades dos diferentes serviços ou produtos (...) que são objetos de cuidado da vigilância sanitária. 
Qualidade e segurança como requisitos imprescindíveis de todos os objetos relacionados com a saúde, sejam produtos ou serviços. 
 A eficácia está vinculada à finalidade e à natureza do produto ou serviço.
 Noções de Nocividade
Nocividade positiva: reporta -se à ação criminosa que imprime à substancia medicinal ou alimentícia, destinada ao consumo, a capacidade de causar prejuízo direto à saúde.
Nocividade negativa: empregada para designar a ação que, embora não torne imediatamente nocivo o gênero medicinal ou alimentício, suprime ou diminui a sua eficácia conservadora ou restauradora da saúde ou reduz o seu valor nutritivo ou terapêutico.
Serviços de Vigilância Sanitária & suas Funções no Brasil
Normatização e controle sanitário de bens, da produção, armazenamento, guarda, circulação, transporte, comercialização e consumo de substancias e produtos de interesse da saúde, suas matérias primas, coadjuvantes de tecnologias, processos, equipamentos e embalagens.
Serviços de Vigilância Sanitária & suas Funções no Brasil
Normatização e controle sanitário de serviços direta ou indiretamente relacionados com a saúde, prestados pelo Estado e setor privado.
Normatização e controle sanitário de tecnologias médicas, sangue, tecidos e órgãos, procedimentos e quipamentos e aspectos da pesquisa em saúde.
Serviços de Vigilância Sanitária & suas Funções no Brasil
Normatização e controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras, contemplando meios de transporte, cargas e pessoas.
Normatização e controle sanitário de aspectos do meio ambiente, ambiente e processos de trabalho, e saúde do trabalhador.
Vigilância sanitária: Proteção e Defesa da Saúde
Instrumentos para a Ação em Vigilância Sanitária
Legislação Sanitária:
Crimes contra a saúde
publica definidos pelo
Código Penal (...).
Também constitui crime
o exercício ilegal das
profissões de saúde, o
anúncio de curas por
meio secreto ou infalível
e a pratica do curandeirismo.
Fiscalização Sanitária:
Verifica o cumprimento das normas estabelecidas para garantir a proteção da saúde.
Verifica também os requisitos legais e técnicos para exercício da atividade.
A fiscalização visa identificar, por meio da inspeção, falhas técnicas no processo de produção que podem alterar as características do produto e modificar os efeitos benéficos esperados. 
 
Instrumentos para a Ação em Vigilância Sanitária
Fiscalização Sanitária:
A fiscalização inclui o produto em si, suas matérias primas, coadjuvantes de tecnologias, condições gerais de produção, sistema de controle, condições de conservação, embalagens, rotulagem, etc.
Obs: Os profissionais e autoridades de vigilância sanitária dispõe de poder para aplicar as medidas necessárias, sejam preventivas ou repressivas, com imposição de sanções pela inobservância das normas de proteção à saúde.
Instrumentos para a Ação em Vigilância Sanitária
Laboratório: 
A fiscalização apóia-se no laboratório, que verifica a conformidade dos produtos com padrões estabelecidos e as características averbadas nos respectivos registros. 
Tendo em vista sua finalidade, os principais tipos de análises laboratoriais são: análises fiscais, de controle, prévias, de orientação e de estudo.
O laboratório central de referencia no país é o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) - possui o papel de fornecer padrões de referencia e métodos de análise de produtos.
Instrumentos para a Ação em Vigilância Sanitária
Estudos Epidemiológicos:
Elucidam associações entre fatores de risco relacionados aos elementos sob vigilância sanitária e determinadas doenças.
 
Monitorização: 
Acompanha, avalia e controla mediante acompanhamento, integrando serviços e laboratório para identificar risco iminente ou virtual de agravos e para garantia da qualidade de produtos, serviços e ambiente.
Instrumentos para a Ação em Vigilância Sanitária
Vigilância epidemiológica:
Permite acompanhar doenças veiculadas por alimentos, sangue e derivados, intoxicações, infecções hospitalares, efeitos adversos de medicamentos, etc.
Marketing social, Informação e Educação para a Saúde.
A Fármacovigilância ou Vigilância de Reações Adversas a medicamentos é o exemplo clássico da aplicação do conceito de vigilância sanitária.
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
A noção de sistema nacional de vigilância sanitária vem sendo referida em normas jurídicas no Brasil desde a década de 70. 
Propostas de sistemas de vigilância epidemiológica e de vigilância sanitária surgiram em meados dos anos 70, como resposta do governo militar ao agravamento da questão social, que se expressava de forma dramática na situação de saúde da população.
Apresentação juliana: 21,22,23,24,25,26,27,28,29
16
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
A Lei 6.259, de 1975, dispôs sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica e do Programa Nacional de Imunizações.
Em 1976, a organização institucional das ações de vigilância sanitária no plano federal foi contemplada com uma secretaria ministerial, unificou-se no mesmo espaço institucional, vários campos de práticas relacionadas ao controle de riscos.
 Sistema de Vigilância Sanitária
Integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS): a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), os órgãos de Vigilância Sanitária Estaduais, do Distrito Federal e dos municípios, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENS), o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INQS), a Fundação Oswaldo Cruz e os Conselhos de Saúde.
A ANVISA é caracterizada como uma entidade administrativa independente, uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde, administrada mediante um contrato de gestão.
Estrutura Político-institucional
Práticas da Vigilância Sanitária
Vigilância e controle sanitário de produtos de interesse da saúde:
O controle sanitário dos produtos de interesse da saúde, não é exclusivo da vigilância sanitária, havendo atuação dos setores da agricultura, do meio ambiente e da Comissão Nacional de Energia Nuclear no âmbito de suas competências.
Práticas da Vigilância Sanitária
Produtos zoossanitários, fitossanitários e agrotóxicos: O controle de produtos zoosanitários e fitossanitários é de competência do ministério da agricultura, os agrotóxicos Ministério da Saúde, Agricultura e Meio Ambiente.
Medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos: Elementos tais como embalagem e rotulagem, os estabelecimentos produtores de comercialização e armazenamento, os meios de transporte e a propaganda estão submetidos à vigilância sanitária em todas as etapas, desde a produção até o consumo.
Práticas da Vigilância Sanitária
Alimentos, Bebidas e Águas Minerais: Alimentos e bebidas o controle é partilhado pelos
setores da saúde, agricultura e o das águas minerais pelo setor de saúde e das minas e energia.
Produtos de origem animal: Esses produtos são de competência do setor de agricultura da produção à distribuição, cabendo ao setor saúde tão somente o controle no comércio varejista.
Práticas da Vigilância Sanitária
Vigilância Sanitária de serviços direta ou indiretamente relacionados com a saúde:
As ações desse setor devem proteger a saúde das pessoas contra iatrogenias – doenças relacionadas com séricos de saúde - que podem atingir não só usuários e trabalhadores da saúde como os circundantes. Também devem proteger o ambiente e a saúde humana de externalidades negativas resultantes de processo de produção de serviços, relacionadas aos resíduos, tais como produtos químicos, materiais pérfuro-cortantes e outros potencialmente infectantes e rejeitos radioativos, que necessitam de gerenciamento e deposição adequados.
Práticas da Vigilância Sanitária
Vigilância nos portos, aeroportos, fronteiras e Relações internacionais no âmbito da Vigilância Sanitária:
As ações da Vigilância Sanitária nos portos, aeroportos, fronteiras e nas migrações humanas, objetivam impedir que doenças infectocontagiosas e outros agravos se disseminem pelo país, através das fronteiras marítimas, fluviais, terrestres e aéreas. Também visam preservar as condições sanitárias nos meios de transporte, constituindo-se, portanto, função da Saúde Pública essencial à circulação de mercadorias e pessoas. Nas migrações, a ação de vigilância sanitária também tem por finalidade preservar a capacidade de trabalho das pessoas que pretendem ingressar no país.
Práticas da Vigilância Sanitária
Vigilância Sanitária do Meio Ambiente e Ambiente de Trabalho:
A questão ambiental e do ambiente de trabalho, espelha complexidades do mundo contemporâneo, que se defrontam com a ampliação do objeto que se tornou um problema global, requerendo intervenção que não interponha obstáculo ao desenvolvimento econômico e sustente a garantia de direitos e de futuras gerações.
Na realidade concreta do município, torna-se nítida a relação entre qualidade de vida e riscos ambientais, expandindo as possibilidades de uma atuação mais integradora da vigilância sanitária. As experiências crescentes de acidentes no espaço público devido à circulação de cargas com produtos perigosos e aos acidentes químicos ampliados, vêm obrigando as instituições dos setores de saúde, ambiente e transporte a desenvolver estratégias de ação articulada. Serviços de vigilância sanitária de vários estados vêm partilhando desse esforço.
Perspectivas para a Vigilância Sanitária
O debate em torno da noção de “vigilância da saúde” que se disseminou no país, tem sido positivo para a vigilância sanitária, observando-se um crescimento da percepção de sua importância como uma ação de saúde mais além da fiscalização.
A Vigilância da Saúde, entendida como uma proposta de redefinição das práticas e uma forma de pensar a saúde e a organização dos serviços na lógica da integralidade da atenção, poderá trazer, especialmente para os municípios, a possibilidade de recriação das praticas sanitárias, de modo a conferir a devida importância à proteção e à promoção da saúde.
Considerando-se que a vigilância sanitária constitui uma ação de saúde complexa e uma área de permanentes conflitos em face da diversidade de interesses, a multiplicidade de objetos e as incertezas da ciência, deve-se sempre interrogar sobre quem fiscaliza os fiscais e regula os reguladores. 
Perspectivas para a Vigilância Sanitária
Com a atuação da vigilância sanitária institucionalizada, a questão de fazer avançar as práticas avançar as práticas em consonância com as necessidades de saúde da população implicam uma radicalidade da ação comunicativa acerca dessas problemáticas, bem como a ampliação dos espaços e estratégias de participação social e controle público dos interesses da saúde representados no campo de atuação da vigilância sanitária.
Referências Bibliográficas
Rouquaryol, Maria Zélia; Almeida Filho, Naomar. Epidemiologia & Doença: desenvolvimento do trabalho. Rio de janeiro, 2003. Pg 357 - 387.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais