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UNIPAM – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS DISCIPLINA: Microbiologia Zootécnica TURMA: Zootecnia – 4º período 2º semestre de 2015 AULA 4 MICROBIOLOGIA do SOLO Por que estudar microbiologia do solo em Zootecnia?? 2 - formação dos solos - degradação da matéria orgânica do solo nutrientes - associação com raízes de plantas forrageiras - vetor de microrganismos (poeira, terra silagem, mastite) Introdução 3 Solo: maior reservatório de microrganismos do planeta direta ou indiretamente recebe todos os dejetos dos seres vivos local de transformação da matéria orgânica em substâncias nutritivas com grande abundância e diversidade de microrganismos 1 hectare de solo pode conter até 4 t de microrganismos Responsáveis por diversas reações no solo Disponibilidade de nutrientes A BIOTA DO SOLO A BIOTA DO SOLO Em cada kg de solo fértil tem-se em torno de: • 500 bilhões de bactérias --- 10 bilhões de actinobactérias • 1 bilhão de fungos --- 0,5 bilhão de invertebrados microscópicos • Numerosos vertebrados macroscópicos Não são estáticos e sim muito dinâmicos São bons aliados São ignorados devido ao caráter microscópico São mais conhecidos pelos efeitos deletérios Garantem a qualidade do solo 4 5 Formação do Solo Solo = f (material de origem, clima, organismos, relevo e tempo) Material de origem (rochas) PROCESSOS (intemperismo) TEMPO CLIMA ORGANISMOS 6 Perfil do solo Centenas de anos 7 8 Minerais: sílica (SiO2), Fe, Al, Ca, Mg, K P, S, Mn, Na, N ... Matéria orgânica: origem vegetal, animal e microbiana – insolúvel (húmus): melhora a estrutura, libera nutrientes • efeito tampão, retenção de água – solúvel: produtos da degradação de polímeros complexos • Açúcares, fenóis, aminoácidos Constituintes do solo 9 Água livre: poros do solo adsorvida: ligada aos colóides (argilas) Gases: CO2, O2, N2 ... – composição variável em função dos processos biológicos Sistemas biológicos: plantas e animais Microrganismos: grande diversidade e abundância Dependendo de: nutrientes; umidade; aeração temperatura; pH; interações Constituintes do solo Parte sólida Poros 25% 25% 45% 5% Composição de um Solo Hipotético 10 11 Realizam a decomposição e mineralização da M.O. O solo como hábitat microbiano: mais de 4000 espécies de bactérias em 100 g de solo • Principais fatores que afetam a população microbiana: - Umidade - Status nutricional 12 O efeito rizosférico Rizosfera • Região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato 13 Maior quantidade de microrganismos RIZOSFERA Hiltner (1904): zona de influência das raízes 0,01 a 3 mm da superfície 14 Rizosfera: o paraíso dos microrganismos do solo (Antagonistas e Patógenos) Rizosfera Maioria são benéficos O Efeito Rizosférico 15 16 Profundidade (cm) Umidade (%) Matéria orgânica (%) Bactérias (x 106/g solo) Fungos aeróbias anaeróbias 0 – 8 18,2 4,4 24 2,7 280 8 – 20 10,0 1,5 3,1 0,4 43 20 – 40 11,5 0,5 1,9 0,4 0 40 – 60 13,5 0,6 0,9 0,04 0 60 – 80 7,9 0,4 0,7 0,03 0 80 – 100 5,3 0,4 0,1 0,01 0 Presença de microrganismos nas várias profundidades do solo Fonte: Lindegreen & Jensen (1973). Camada arável (0 a 20 cm): maior quantidade de microrganismos 17 Constituída por bactérias, fungos, algas, vírus e protozoários A microbiota do solo 18 Bactérias: grupo mais numeroso e mais diversificado 3 x 106 a 5 x 108 por g de solo seco heterotróficos são mais facilmente detectados Gêneros mais frequentes: Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas (encontrada na rizosfera): protege plantas contra infecção por fungos Streptomyces, Micromonospora, Rizóbios Nocardia: patogênico no úbere Cianobactérias: pioneiras, fixação de N2 A microbiota do solo Streptomyces BACTÉRIAS 19 20 Fungos: 5 x 103 - 9 x 105 por g de solo seco limitados à superfície do solo favorecidos em solos ácidos ativos decompositores de tecidos vegetais melhoram a estrutura física do solo Gêneros mais freqüentes: Penicillium, Mucor, Rhizopus, Fusarium, Aspergillus, Trichoderma A microbiota do solo FUNGOS 21 22 Algas 103 - 5 x 105 por g de solo seco abundantes na superfície acumulação de matéria orgânica: solos nus, erodidos Protozoários e vírus equilíbrio das populações predadores de bactérias parasitas de bactérias, fungos, plantas, ... A microbiota do solo MICORRIZAS: simbiose mutualística entre fungos e raízes de plantas superiores 23 Planta nicho ecológico + fonte de carbono Fungo ajuda absorver nutrientes do solo – principalmente o P NODULAÇÃO 24 Associação simbiótica rizóbios-leguminosas 25 Associação simbiótica rizóbios-leguminosas 26 MACROFAUNA 27 Processos Biológicos do Solo: Suas Inter-relações e Funções no Ecossistema Siqueira & Trannin (2003) 29 Decomposição da matéria orgânica (ciclagem de nutrientes – pastagens*) Produção de húmus Controle biológico de patógenos Biodegradação de compostos químicos tóxicos Alteração das características físicas do solo (agregação) Produção de metabólitos: antibióticos, ácidos orgânicos, hormônios, alelopáticos Decomposição de xenobióticos Nutrição vegetal fixação biológica de N2 Soja no Brasil: economia de US$ 3.0 bilhões anual Funções dos Microrganismos 30 Compostos químicos sintéticos, não existentes naturalmente no ambiente. Solo como uma Máquina Decompositora Disponibilização de Nutrientes - Mineralização - Imobilização - Oxi-redução S0 + H2O + 1,5O2 → H2SO4 → 2H + + SO4 2- MnO2 + 4H + → Mn2+ + 2H2O - Solubilização Ca5OH(PO4)3 + H + → 5Ca2+ + H2O + 3PO4 3- AlPO4 + 2H + → Al3+ + H2PO4 - - Fixação Biológica de Nitrogênio - Micorrizas: fungos + raízes 31 Contribuição dos Microrganismos para a Formação ou Estabilização de Agregados do Solo Modificado de Rillig & Mummey (2006), Miller & Jastrow (1992) 32 Microrganismos e Agregação do solo Fungos filamentosos Polissacarídeos e hifas de fungos como agentes agregantes de partículas do solo (Robert & Chenu, 1992) 33 Microrganismos e os ciclos da matéria 34 Mudanças no estado químico produzindo uma grande diversidade de compostos. Ciclo carbono Ciclo nitrogênio Ciclo do enxofre Ciclo do nitrogênio 35 Bactérias com capacidade de fixar o N atmosférico – FBN - Clostridium spp.; Spirillum spp.; Azotobacter spp. - Bradyrhizobium spp.; Rhizobium spp. Fotossensibilização 36 Intoxicação causada pela toxina do fungo Pithomyces chartarum Acomete bovinos, ovinos, caprinos e equinos Mantidos exclusivamente em pastagem de B. decumbens Brachiaria decumbens contaminada com o fungo Brachiaria decumbens FOTOSSENSIBILIZAÇÃO Fungo: Phitomyces chartarum Micotoxina: Esporodesmina Lesão nos ductos biliares Retenção da filoeritrina Dermatite 37 Princípios tóxicos presentes na própriaplanta Pigmento fluorescente formado no rúmen, condições normais é eliminado na bile. Mastite 38 Inflamação da glândula mamária causada principalmente por bactérias e fungos Agentes ambientais: presentes na terra e esterco Alimentar animais após a ordenha: evita contato com terra e fezes Animais em pé após a ordenha: evita contato dos tetos com terra e fezes redução na incidência de mastite 39 Locais: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão Na época chuvosa, em solos com drenagem deficientes 1°) reboleiras restante da pastagem 40 MORTE SÚBITA: Brachiaria brizantha cv. Marandu Excesso de H2O no solo ⇑ susceptibilidade à fungos patogênicos Mudanças morfológicas e fisiológicas Superpastejo Deficiência nutricional “Solução”: substituição do capim-marandu 41 MORTE SÚBITA: Brachiaria brizantha cv. Marandu
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