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Metodologia Cientifica - EAD ESTACIO

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Teletransmitida1:
o conhecimento como processo é inacabado e em constante transformação.
- O conhecimento cientifico não é único, engessado, devemos continuar pesquisando para buscar respostar para as novas perguntas q surgirão,como cura de doenças ou outras contestação.
Cada pesquisa da sua pequena contribuição para aquele tema, teoria. é um processo inacabado e leva tempo e com muitas pessoas envolvidas.
O homem transforma o mundo da mesma forma que é transformado. 
A pesquisa ve o homem de forma muito natural, a partir de observações diárias.
A ciência é uma das formas de conhecimento: 
Pq existem outras formas de buscar conhecimentos (conhecimento científico)
Na idade média, a ciência era exclusiva para algumas pessoas e controlada pela igreja. ciência para poucos.
A ciência revela caminhos 
O que é uma ciência confiável? 
Chás de camomila - conhecimento popular ou conhecimento cientifico?
confiabilidade cientifica - ligada ao fato de que as pesquisam trazer um grau de confiabilidade maior para o tema pesquisado. 
Confiabilidade de ciência e avaliação por pares : quando faz mestrado ou doutorado o cidadão e é avaliado por pares da suas profissão, pessoas que trabalham na mesma área q você. quem faz graduação. cientistas ao colocar pesquisas em revista de ciência, está fazendo avaliação por pares
Estado da arte:
Para iniciar novas pesquisas, devemos sabe o estado da arte daquela pesquisa, daquela área.
se estou fazendo umas pesquisa sobre branco de dados, devo ler tudo que já foi publicado a respeiro do assunto para que possamos dá um passo a frente.
revisão teórica dq está sendo feito por outro pesquisadores o q já foi pesquisado 
Atividades1:
Aula 2: teletransmitida.
práticas e observações geram conhecimento.
várias realidades
em qualquer prática há duas dimensões:
Efetividade: duas qualidades: a eficácia e a eficiência.
Inferencial: 
Esquema geral da inferências = SILOGISMO
Ciência Construtivas:
 As matemáticas, q desenvolve seus argumentos uns sobre os outros a partir de axiomas ou hipóteses.
Ciência Reconstrutivas: 
Todas as demais ciencias, nesta, se procura reconstruir ou reconstituir os fenômenos para os explicar.
 faz coisas 
eficientes
 e 
eficazes
.
O 
método científico
 é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Os métodos de abordagem são constituídos de procedimentos gerais, que norteiam o desenvolvimento das etapas fundamentais de uma pesquisa científica, permitindo, por isso, seu emprego em várias ciências, sendo os principais: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético, e fenomenológico
No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
 O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão.
O método dedutivo parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, ou seja, unicamente em razão da lógica.
 
Aula 3: Metodologia aplicada à pesquisa
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos:
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil 
É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar.
Classificação da pesquisa
A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa:
Pesquisa Pura: 
Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
 Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Exemplo: A origem do universo.
Pesquisa Aplicada:
É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
 Envolve verdades e interesses locais.
Exemplo:  A busca de uma vacina contra a AIDS.
Abordagem da pesquisa:
Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em:
Qualitativa: 
Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal.
Quantitativa
Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. 
 Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
Objetivo da pesquisa
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. 
 Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais.
 Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los.
Veja alguns exemplos: 
 características de um grupo social; 
 nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço;
 levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; 
pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
 Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. 
 Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
 A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
Pesquisa Exploratória
aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
 Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. 
 Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. 
 Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle.
Procedimentos da pesquisa
Pesquisa bibliográfica
É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  
 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. 
 
Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica
Há dois tipos de fontes:
- Primárias: Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão.
- Secundária: Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo
investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa documental: 
Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. 
Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença:
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.
Pesquisa de campo:
É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
 
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. 
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123)
Pesquisa Histórica:
Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? 
Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica.
Pesquisa Comparada:
A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias.
Estudo de Caso:
É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. 
 
O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
 
Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação.
A ciência deve ser exposta a todos da sociedade para conhecimento geral.
devem-se divulgar as pesquisas.
afinidade, observação e interesse = pesquisa.
levantar a pergunta da pesquisa. o problema que sera sanado ou mitigado?
atividade3:
pesquisa = suposições Resposta: C)
pesquisa não trás a verdade
Quantitativa, que é o método de pesquisa que recorre a diferentes técnicas estatísticas para quantificar opiniões e informações e a qualitativa que é uma pesquisa descritiva que explora as particularidades e os traços subjetivos considerando a experiência pessoal do entrevistado
pesquisa quantitativa: Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
Aula 4: Diferentes técnicas de estudo
A leitura e as atividades academicas.
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!”
Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém tem tempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é?
Vamos descobrir nesta aula que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmica
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. 
Carlos Drummond de Andrade
“A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita exatidão”. 
Francis Bacon
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”. 
René Descartes
“A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar”.
Albert Einstein
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― inclusive a sua própria história”. 
Bill Gates
“(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. 
Manoel de Barros
#@#
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso.
E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise.
Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. 
Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico.
Por isso, vamos começar com a escolha deles.
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro...
1. Título
Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do autor. 
Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma crítica.
O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. 
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos.
RESENHA
Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura:
Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.
Etapas para elaborar uma resenha
•Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento;
•Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento;
•Desvelar os pressupostos  que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor;
•Comparar as ideias do texto com ideias afins;
•Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição.
O que uma resenha deve conter? 
 • Referência da obra;
 • Informações sobre o autor; 
• Nome do resenhista e titulação; 
• Perspectiva teórica da obra;
• Breve síntese e principais argumentos do autor;
• Reflexão crítica da obra.
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa.
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos
na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha.         
RESUMO
Mas, afinal, o que significa resumir?
Seria copiar frases do texto?
Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105).
Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser:
Parte de um trabalho técnico-cientifico
Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré-textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira.
Um trabalho acadêmico:
Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada.
Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor.
 
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas:
 • Qual é o tema?  
• Qual a perspectiva da abordagem? 
• Como o assunto foi problematizado?
• Como o autor responde ao problema? 
• Que posição assume? 
• Que ideia defende? 
• O que quer demonstrar? 
• Como o autor comprova sua tese?
Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos.
aula4 teletransmitida:
todo trabalho cientifico parte de uma pergunta(problemas) de pesquisa.
devemos traçar o caminho
A ciência evolui. não só de descoberta é feita a ciência, quantas teorias estão sendo complementadas pq novas descobertas estão sendo feita nas áreas
nada é fixo. 
a Área intelectual não pode ser separada do cotidiano pq é a parte desse cotidiano que nos identificamos diversos problemas e que vão levantar questionamentos para o nossos problemas de pesquisa.
Atividade 4:
O Resumo, como técnica de estudo, pode ser descrito como
Uma síntese sob forma de redação ordenada com as idéias centrais do texto lido;
a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma
Crítica
 Ficha Catalográfica = título, autor e assunto.
É o tipo de trabalho que toma por base obras de autores, copiando ou resumindo seus conceitos ou idéias.
Fichamento
FICHAMENTO
 
a)fichamento de transcrição:  é a reprodução fiel de trechos do texto. Exige:
Colocação de aspas no início e no final do texto
Caso haja expressões com aspas, no interior do texto, estas devem ser transformadas em aspas simples '
Indicação da página de onde foi tirado o texto e autor
Que a supressão de palavras seja indicada por [...]
Que a supressão de parágrafos intermediários seja indicada por linha pontilhada
Aula 5: Planejamento e Tipos de trabalho científico
Nesta aula, estudaremos os aspectos relacionados ao planejamento de uma pesquisa e à estrutura  e tipos de trabalhos acadêmicos e científicos.
Você aprenderá também a construir hipóteses que ajudarão na definição da pesquisa e a identificar as variáveis de um problema científico.
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. 
 Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada.
 Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo.
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc.
Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho.
Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos:
1. Escolha do tema 
 O que vou pesquisar? 
A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. 
A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos.
2. Originalidade
 Precisa ser original? 
Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito.
3. Revisão de Literatura
 Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? 
É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão.
Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. 
Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
4. Justificativa
 • Por que estudar esse tema? 
• Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? 
• Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? 
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras
 Que questões estou disposto a responder? 
Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
6. Determinação de objetivos 
O que pretendo alcançar com a pesquisa? 
É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. 
Os objeivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores.
Tema: Liderança autoritária e a motivação
 Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ?
 Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ.
 Objetivos específicos: 
Definir o conceito de liderança autoritária;
Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ;
Definir o conceito de motivação;
Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações.
  Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior?
 Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema?
 Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos.
Planejar e pesquisar são o lema
 
Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?
Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele.
 Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! 
 O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo? 
 Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza!
Problematizar, eisa questão
Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. 
Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? 
Mas, no nosso caso,
o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento.
 Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. 
A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa.
Por que elaborar problemas científicos?
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. 
 É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. 
Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. 
Veja estes três exemplos:
as variáveis podem ser de três tipos:
 • Independente
Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência.
 Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”.
 
 • Dependente
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente.
 Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”.
  
• Interveniente
É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra. 
 Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.”
Cada problema científico formulado conta com duas variáveis.
Então, em ordem de importância, arraste os botões com o motivo das variáveis para as áreas correspondentes em branco:
Dos problemas às hipóteses
 Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. 
 
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. 
 
A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas.
Coordenador: Os Debatedores são todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.
O Organizador é representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo.
O Relator será o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala de aula.
O Secretário será representado pelo integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates.
Os Comentadores são os escolhidos pelo professor para o aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais participantes.
Os Debatedores são todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.
Aula 6: Estrutura e Formatação
Evitando o caos
Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o organizasse como bem entendesse?
Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, não é mesmo?
É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto. 
Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos acadêmicos.
E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e organização de nossas produções científicas.
E sabe quem dita as regras? Vamos descobrir!
A famosa ABNT
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Mas você deve estar se perguntando:
No que ela interfere no meu trabalho acadêmico?
Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos.
Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT.
Vamos começar pela estrutura
Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo.
Esses elementos devem apresentar uniformidade gráfica e seguir a seguinte estrutura:
pré-textuais
textuais
pós-textuais 
Você reparou que alguns elementos foram classificados como obrigatórios?
Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho:
Obrigatório:
• Capa • Folha de rosto • Folha de aprovação • Resumo na língua vernácula • Resumo na língua estrangeira • Sumário
Opcionais;
• Lombada • Ficha catalográfica • Errata • Agradecimento • Dedicatória • Epígrafe • Lista de lustrações • Lista de tabelas • Lista de abreviaturas e siglas • Lista de símbolos
O que é Formatação?
Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto.
É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. 
Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido.
Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos
FONTE: Recomenda-se utilizar em  todo o trabalho a fonte Arial ou Times New  Roman, normal, tamanho 12.  A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma. 
Nas  legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11.
Espaço
O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. 
Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. 
Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas  à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples.
MARGEM
Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). 
As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm.
CAPA
A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do traalho (ABNT, NBR 14724). 
 A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. 
Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida:
  1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta);
 2º - Identificação do curso (caixa alta);
 3º -  Tipo de trabalho (caixa alta);
 4º -  Nome do acadêmico (caixa alta);
 5º -  Título do projeto (caixa alta);
 6º -  Cidade, ano (caixa alta).
FOLHA DE ROSTO
A folha de rosto é um complemento
da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador. 
 Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. 
Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução). 
 O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. 
SUMARIO
Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado quando criado manualmente.
Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo?
 
Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista ao vídeo e veja o passo a passo que mudará a sua vida!
CITAÇÕES
Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. 
A citação pode ser direta ou indireta
direta								indireta
Referência bibliográfica
Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte.
Aula 7: Citação
Qual é o propósito de um texto científico?
Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. 
 
Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. 
 
Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto.
Antes de tudo...
 Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. 
 Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico. 
 Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações-chave que utilizará, caso seja necessário.
Mas o que significa citar? Como devo organizar uma citação?
As citações são trechos transcritos ou informações extraídas de publicações consultadas e devem ser inseridas em um texto com a finalidade de esclarecer ou complementar as ideias.
Em todas as hipóteses, a fonte deve ser mencionada.
Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002)
Elas estão divididas em três tipos:
Citação direta
As citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. 
 
Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”.
 
É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando o pensamento expresso pelo autor consultado é efetivamente significativo, claro e necessário à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas, gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de comunicação, comprometendo o trabalho.
Citação indireta
 As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. 
Nesta hipótese, então, não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho. 
 
A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor.
 
João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando outras palavras. 
E explicar as ideias que encontramos no texto original é muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? 
Por isso, parafrasear é muito melhor do que a citação direta.
Veja um exemplo:
 
Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa.
 No exemplo acima vemos que a ideia de Israel Belo de Azevedo foi apresentada e que foi informado o ano em que encontramos a publicação dela. 
Porém, o trecho que contém o conceito foi reescrito por quem está elaborando o trabalho. Assim, não houve a necessidade de utilizar as aspas duplas.
 
O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usam as aspas. Essa é uma forma também de você explicar ao seu leitor, com as suas palavras, a ideia do autor que você estudou.
Citação da citação
 
Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita para nós também.
Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada por ele. 
Como resolver isso?
 
Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud que significa citado por. 
 
Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor. 
 
Não abuse deste recurso. Ele é apenas uma solução emergencial. Devemos sempre que possível recorrer à obra original.
Agora que você já sabe como apresentar citações em seus trabalhos, arraste o número da regra da ABNT que deve ser aplicada para os exemplos abaixo:
Regras das notas e citações diretas 
Existem algumas regras para compor citações diretas e notas. Veja:
Acréscimos ou interpolações
Significa a inserção de expressões que não constam do original ― entre colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto citado, para torná-lo mais compreensível. 
Exemplo: 
 
“Envolve uma redação simplificada do texto [estudado], substituindo a linguagem do autor por expressões diretas e com sentenças inteligíveis. A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
Supressões
Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das ideias.  
Para suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre colchetes/parênteses: (...) ou [...]. 
Exemplos: 
“A física moderna (...) considera a lei da inércia sua lei mais fundamental.” (KOYRÉ, 1982, p. 182)
“[...] A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
Incorreções
Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente incorreta ou equívoco gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico.
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p. 48)
A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é pra mim [sic] fazer!”
Quais são os erros mais comuns?
 • Excesso ou escassez de citações diretas. O melhor é reescrever o texto estudado, creditando a passagem ao seu autor;
• Uso de bibliografia inadequada;
• Presença no texto de informações que deveriam estar em notas de rodapé;
• Citações sem discussão;
• Não há necessidade de se citar frases ou parágrafos completos, longos demais.
Transcreva apenas a unidade de pensamento que realmente interessa. Para tanto, use a supressão;
• Inserir os títulos das obras citadas no texto sem colocá-las em itálico.
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema numérico ou autor-data. 
 Qualquer que seja o sistema adotado, este deve ser seguido ao longo de todo o trabalho.
Conheça um pouco mais sobre eles:
Sistema numérico
No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos;
• Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
• A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
• Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
• Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
	Quando escolhemos o sistema numérico não devemos usar notas explicativas em rodapé para informações adicionais.
	Elas são aquelas que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas e servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto.
Sistema Autor-data
Autor-data: consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses. 
Vejamos alguns exemplos de citação direta pelo sistema autor-data:
 Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 
Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 
Você observou que no sistema de chamada autor-data o nome do autor pode ser incluído na sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes próprios ou entre parêntesis com todas as letras do último sobrenome em maiúsculas. Já comentamos sobre isso nesta aula, inclusive.
Aula 8: Referência, bibliografia e referências bibliográficas
E quando a fonte foi publicada em meio eletrônico?
As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do meio ou suporte.
 
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre <brackets>, precedido da expressão: “Disponível em:” 
 
A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve conter o dia, o mês abreviado  e o ano (04 abr. 2010.).
Veja também outras formas de referência.
Dicionários e enciclopédias
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. Local: Editora, data.  
Exemplo: FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
Artigo de Jornal
OBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do jornal, local, dia, mês e ano. Título do caderno, seção ou suplemento, página inicial e final.
Exemplo: NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, Maio de 2009. Caderno 8, Folha Turismo, p. 20.
Monografias, Dissertações e Teses
SOBRENOME, prenome. Título: subtítulo. Ano de entrega. Total de folhas. Tipo de trabalho (grau e área) – instituição, Local, Ano de defesa.  
Exemplo: SILVA, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) –  Faculdade de Odontologia, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 1990.
CD-ROM e DVD
AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, data. Tipo de mídia. 
Exemplo: PIZZOTT, R. Enciclopédia básica da mídia eletrônica. São Paulo: SENAC, 2003. 1 DVD.
Entrevista
ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da Entrevista. 
Exemplo: CRUZ, Joaquim.  A Estratégia para Vencer. São Paulo, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J. A. Dias Lopes.
Site Institucional
INSTITUIÇÃO.Título. Disponível em < endereço eletrônico>. Acesso em: data.
Exemplo: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso em: 30 mar. 2010.
Artigo de Revista
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano.
Exemplo: SEKEFF, Gisela. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n. 1344, p. 30-36, 3 fev. 2002.
Aula 9: A Construção do Conhecimento na Universidade
Você sabe o significado da palavra “Universidade”?
Essa palavra provém do latim universitate e significa universalidade, totalidade, conjunto, corpo, companhia, corporação e comunidade.
Porém, seu significado se expandiu e também serve para indicar o lugar de construção do conhecimento e da cultura.
Configurando, assim, uma instituição que tem a tarefa de promover a reflexão crítica da sociedade.
Formadora de recursos humanos para ciência e tecnologia.
Como surgiram as Universidades?
O surgimento da Universidade marcou um momento de transição na história da humanidade. Com o começo da vida urbana, do pensamento racional e da busca de novos paradigmas foi necessário criar espaços destinados à reflexão.
 Levando esse fato em consideração podemos afirmar que a Universidade encontra suas raízes na Europa medieval, por volta do século XII e XIII, tornando-se o lugar de debates e polêmicas, sofrendo intervenções reais e eclesiásticas.
Apesar de uma única história, cada parte do mundo, desenvolveu um modelo específico. 
Vamos conhecer agora um pouco do surgimento das Universidades e alguns destes modelos.
Conforme vimos, foi a partir do final do século XII que começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras Universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica.
Mas que função especial a Universidade desempenha na vida das pessoas?
Sua função primordial é educar pessoas para trabalhar com o saber, fornecendo as condições para que estas pessoas sejam capazes de utilizar o conhecimento em um mundo complexo que não raras vezes é pensado de maneira simplificada ou ingênua. 
 
É nesse aspecto que podemos afirmar que o debate entre estudantes e as pesquisas realizadas e apresentadas em espaços acadêmicos fortalecem a sua razão de ser.
O que podemos entender por uma construção crítica do conhecimento?
Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante.
Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa. 
O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
Assista ao vídeo do escritor, palestrante, professor e consultor de comunicação estratégica e marketing, Mário Persona, para saber mais sobre o assunto.
A produção científica estimulada nas universidades tem como objetivo o exercício da nossa capacidade de pensar e discernir, direcionados para análises de ambientes, dados e situações diversas. O que exige procedimentos intelectuais e técnicos (Gil, 1991).
Mas o que podemos entender por produção científica?
Podemos entender como o conjunto de atividades acadêmicas desenvolvidas por docentes e discentes nas instituições de ensino superior. 
 
Tais atividades são divulgadas através de publicações especializadas e/ou fóruns para debate público que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas áreas de saber.
Agências de Fomento
As agências de fomento  CAPES e CNPq, bem como as fundações  de amparo à pesquisa, assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.  
 
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior), por exemplo, foi criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. 
 
Assim, oferecem bolsas de estudos para iniciação científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Além de auxílios à pesquisa, à participação em reuniões científicas, à editoração, entre outros.
Acesse o site do CAPES e do CNPq, para conhecer melhor essas agências de fomento.
A Plataforma Lattes
A Plataforma Lattes  é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios, selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira.
 
Esse sistema é utilizado por várias instituições de ensino superior e também pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais. 
 
A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje, elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentam projetos de pesquisa às Agências de Fomento.
 
Para isso, os bolsistas de pesquisa, em diferentes níveis — Mestrado, Doutorado e Iniciação Científica —, os orientadores e outros membros da comunidade devem estar cadastrados na Plataforma Lattes.
Qual é o principal objetivo das agências de fomento, como CAPES e CNPq?
As agências de fomento, bem como as fundações de amparo a pesquisa, têm como principal objetivo incentivar a produção científica. 
Esse incentivo muitas vezes vem através da concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos.
Concluindo...
 
Podemos dizer que falar de pesquisa é, na verdade, refletir sobre o papel da Universidade e seu compromisso com a sociedade, com o conhecimento e desenvolvimento da cultura, porque as ações realizadas no interior das instituições de ensino podem gerar mudanças sociais significativas. 
 
E você faz parte desse processo!
  Como ensina João Álvaro Ruiz (2008, p. 19): 
 
Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo proveito do curso que vai fazer. Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.
Aula 10: Projeto Político Pedagógico
O que significa a palavra PROJETO?		
Projeto vem do latim projectu, particípio passado do verbo projecere, que significa lançar para diante ou, conforme coloca Moacir Gadotti (2001), lançar-se para frente, denotando o sentido de movimento ou mudança. 
O termo, então, assume o sentido de plano ou descrição escrita e detalhada de um empreendimento.
Na verdade César Vasconcellos, ao falar de instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano, estava se referindo ao PPP — Projeto Político Pedagógico.
Mas você sabe o que é isso?
Toda instituição de ensino (principalmente as escolas) tem “objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político Pedagógico ― o famoso PPP.” (LOPES, 2013).
Perceba que as palavras que compõem o nome do documento já dão muitas pistas sobre ele:
É Projeto Político Pedagógico ou Projeto Pedagógico?
Vamos encontrar documentos que usam os dois termos. Segundo alguns autores, os nomes projeto pedagógico ou projeto político pedagógico não apresentam diferenças.
São duas formas que podemos usar para designar o mesmo sentido de projetar, de lançar, de orientar, ou dar sentido a uma ideia.
A colocação da palavra político ressalta que não há ação pedagógica sem o compromisso com uma ação transformadora, formando para o exercício da cidadania. 
Assim, em sua construção são observadas as seguintes questões (BAFFI, 2002):
• Concepção de homem e mundo;
• Concepção de sociedade;
• Concepção de educação;
• Concepção de universidade;
• Concepção de cidadão;
• Concepção de profissional;
• Concepção de conhecimento;
• Concepção de currículo;
• Relação teoria e prática.
E no Ensino Superior, qual é o papel do Projeto Pedagógico?
O processo de globalização, o avanço da tecnologia e da ciência, o cuidado na utilização de novas linguagens na construção do conhecimento exige muito mais das instituições de ensino em todos os níveis, concorda? 
Por isso, todos os profissionais que atuam no ensino vêm se preocupando com a melhor maneira de adequar-se aos novos tempos e em mudar a cara da educação. 
É nesse sentido que precisamos pensar na visão de mundo subjacente às nossas ideias e práticas.  
Assim, o ensino superior assume o papel de articulador da sociedade que contribui de maneira efetiva para a formação de profissionais capazes de pensar e agir criticamente. 
E, para que isso ocorra, não basta a simples ideia, mas um processo para torná-la realidade através de um planejamento.
Até aqui você viu o que significa projeto pedagógico e observou que este apresenta a concepção de sua identidade quando define padrões referenciais, conceituais e estruturais.
Mas o que são padrões referenciais?
Padrões referenciais são aqueles que expressam a visão de sociedade, da instituição, bem como a determinação e análise das necessidades e problemas prioritários da área de estudo no país. 
 
Quando se pensa em padrões conceituais, focaliza-se no perfil baseado nas competências do profissional a ser formado. 
Nessa ótica, quando observamos os padrões estruturais, repensamos conteúdos, métodos e sistema de avaliação em sintonia com as concepções construídas nas etapas anteriores. Sem desconsiderar a relação entre ensino, pesquisa e extensão.
No que consiste um perfil baseado em competências?

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