Buscar

PROPRIEDADE INTELECTUAL, DIREITO E ÉTICA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Aula 1: Noções de Direito Constitucional
Aula1: Teletransmitida 
em todo estado de direito o poder mais relevante é o Legislativo.
Estado de direito = Sò pode trabalhar nos limites da lei.
o povo escolhe (o parlamento) as pessoas para o poder legislativo
O Executivo executa a vontade do povo pela lei.
As Leis limitam a atuação do executivo.
O executivo só pode atuar nas leis que já foram definidas.
jurisdição = dizer a justiça, a lei.
os poderes podem de auditarem.
Estado de direito,3 Poderes 
República - Todo poder emane do povo.
Federativa - Está dividida em federações
Democracia de integração das diferenças e das promoções das igualdades. 
demos= povo krato= poder
Democracia representativa = o povo escolhe os representantes
ATIVIDADE
d) os direitos fundamentais são limitadas. B) Deve cumprir função social, independente do 							 tipo de propriedade.
Aula 2 Noções de direito constitucional – Parte 2
Bem-vindo(a) à segunda aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Nesta aula, abordaremos os princípios jurídicos constitucionais da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem das pessoas, bem como da inviolabilidade domiciliar e de correspondência. Trataremos também do Direito de Propriedade e do Direito Autoral Constitucional.
Continuaremos nossa seqüência a partir do título 2 da Constituição, onde paramos na aula 1.
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Artigo 5º, X -  Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
Artigo 5º, XII - Inviolabilidade de correspondência
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
Artigo 5º, X -  Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas
Art. 5º ...
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
No caso de violação a um desses bens da pessoa, ocorre o que chamamos de indenização. A indenização poderá ser cumulativa, o que significa que poderá ser reconhecido o direito de indenização pelo dano material e moral.
Um exemplo é a situação da perda de um ente querido: a dor sofrida por esta perda, além de ser indenizável por danos materiais, também é indenizável a título de danos morais.
EM TEMPO!
Note, através do exemplo descrito, que a expressão “danos morais” não se restringe à ofensa à reputação, à dignidade e à imagem da pessoa.
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Artigo 5º, XI -  Inviolabilidade domiciliar
É importante ressaltar que esta inviolabilidade não alcança somente a “casa” (residência do indivíduo). Ela compreende, também, qualquer outro recinto fechado, não aberto ao público, ainda que de natureza profissional, como escritório de advocacia, consultório médico, dependências privadas de empresas e etc.
EM TEMPO!
Esse dispositivo colocou por terra a possibilidade de determinações administrativas de busca e apreensão de documentos, prática, hoje, absolutamente inconstitucional.
Artigo 5º, XII - Inviolabilidade de correspondência
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Vide Lei nº 9.296, de 1996).
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social.
Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade
ONTEM
Na época do Liberalismo, o direito à propriedade era visto como um direito absoluto, consubstanciado nos poderes de usar, fruir, dispor da coisa, bem como reivindicá-la de quem indevidamente a possuísse e oponível a todas as demais pessoas.
HOJE
Atualmente, não é mais cabível a concepção de propriedade como um direito absoluto. Nossa constituição consagra o Brasil como um estado Democrático Social de Direito. Então, a propriedade deve atender a uma função social. 
Exemplo: o proprietário de um terreno urbano não pode mantê-lo não edificado, ou seja, subutilizado – CF, Artigo 182, §4º.
EM TEMPO!
O direito de propriedade deverá ceder, quando for necessário, à tutela do interesse público, como ocorre nas hipóteses de desapropriação por utilidade ou necessidade pública, de aquisição administrativa – Artigo 5º, XXV - e de requisição de bens no Estado de Sítio –Artigo 139, VII, CF.
A Constituição Federal, no que se refere ao direito de propriedade, consagrou o Brasil como um Estado capitalista.
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas
Artigo 5º, XXVII e XXVIII -  Direitos Autorais Constitucionais
LEI 9610 DE 1998 
Art. 7º
São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro.
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.
LEI 9279 DE 1996 
Art. 2º
A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
Aula 3: Noções de Direito Penal
Bem-vindo(a) à terceira aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética.
Nesta aula, abordaremos as questões referentes ao Direito Penal e ao Direito Penal de Informática, fazendo com que você compreenda sua importância em relação aos dados e às informações e sua inviolabilidade. Durante toda a aula, estudaremos o Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal.
Continuaremos nossa sequência a partir do título 2 da Constituição, onde paramos na aula 01.
Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal
Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo)
Artigo 100, §1º e §2º  - Da ação penal
Artigos 138, 139 e 140  - Dos crimes contra a honra
Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio
Artigo 184 - Dos crimes contra a propriedade intelectual
Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo)
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Art. 18  Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
     I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
    II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
CRIME DOLOSO
Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela real consciência do que se quer pela decisão de realizar um ato. Conduta é um comportamento voluntário que tem como fim causar um resultado, sendo indispensável a verificação do conteúdo da vontade do autor do fato, ou seja, o fim que estava contido na ação.
CRIME CULPOSO
- Imprudência: caracteriza-se quando o agente atua com precipitação, afoitamente, sem as devidas cautelas.
- Negligência: é a inércia psíquica, a indiferença do agente, que, mesmo podendo tomar os cuidados e cautelas exigíveis, não o faz por displicência ou preguiça mental. 
- Imperícia: é a falta de conhecimento teórico ou prático no exercício de arte ou profissão.
Artigos 138, 139 e 140 - Dos crimes contra a honra
Calúnia
  Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
        § 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Difamação
        Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Injúria
     Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
        I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
        II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
        § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
- CALUNIA: Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, nada impedindo a coautoria ou participação. O sujeito passivo é o ser humano, pois apenas ele pode praticar fato definido como crime e a ele se imputar falsamente essa conduta delituosa. Dessa forma, não existe a possibilidade de se praticar o crime de calúnia contra pessoa jurídica.
Difamação: Crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa. O sujeito passivo é qualquer pessoa, inclusive menores e doentes mentais. O texto legal refere-se a “alguém”, porque não é abrangida pelo Código Penal a difamação contra a pessoa jurídica. Assim, não há crime de difamação quando a ofensa atinge pessoalmente dirigentes da pessoa jurídica.
Injúria: De todas as infrações penais que visam proteger a honra, é a considerada a menos grave. Porém, poderá se transformar na mais grave infração penal contra a honra quando consistir na utilização de elementos referentes à raça, à cor, à etnia, à religião, à origem ou à condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, tendo a denominação de “injúria preconceituosa”.
Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
SUJEITO ATIVO: o destinatário ou detentor, legítimo ou ilegítimo, da correspondência ou do documento.
SUJEITO PASSIVO: o remetente, o autor do documento, o destinatário.
CONDUTA TÍPICA: divulgar, por qualquer forma, o segredo inscrito no documento ou correspondência.
OBJETO MATERIAL: documento particular, qualquer escrito fixado por 
uma pessoa para transmitir algo juridicamente relevante.
Artigo 154 - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo
conhecimento gerais:
Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
CÓDIGO PENAL
Furto
     Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Roubo
     Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Artigo 184 - Dos crimes contra a propriedade intelectual
Aula 4: Noções de Direito do Trabalho e Direito Civil
Nesta aula, falaremos sobre as definições de empregado e empregador em relação ao contrato de trabalho, bem como sobre a questão referente à utilização do e-mail funcional e a análise dos tipos de contratos em geral, com ênfase no contrato de adesão.
Direito do Trabalho
Presidência da República 
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO-LEI N.º 5.452,
DE 1º DE MAIO DE 1943
       Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
DECRETO-LEI N.º 5.452 - Definição de empregador
Sociedade anônima limitada
Comandita
DESÍDEA -  Questões relativas ao e-mail funcional
NÚMERO ÚNICO PROC: AIRR - 1542/2005-055-02-40
PUBLICAÇÃO: DJ - 06/06/2008
A C Ó R D Ã O
7ª TURMA
IGM/lag/ss
PRELIMINAR DE NULIDADE DO JULGADO POR CERCEAMENTO DE DEFESA. PROVA ILÍCITA. ACESSO PELO EMPREGADOR À CAIXA DE E-MAIL CORPORATIVO FORNECIDA AO EMPREGADO. ÓBICE DA SÚMULA 126 DO TST.
6. A concessão, por parte do empregador, de caixa de e-mail a seus empregados em suas dependências tem por finalidade potencializar a agilização e eficiência de suas funções para o alcance do objeto social da empresa, o qual justifica a sua própria existência e deve estar no centro do interesse de todos aqueles que dela fazem parte, inclusive por meio do contrato de trabalho.
7. Dessa forma, como instrumento de alcance desses objetivos, a caixa do e-mail corporativo não se equipara às hipóteses previstas nos incisos X e XII do art. 5º da CF, tratando-se, pois, de ferramenta de trabalho que deve ser utilizada com a mesma diligência emprestada a qualquer outra de natureza diversa. Deve o empregado zelar pela sua manutenção, utilizando-a de forma segura e adequada e respeitando os fins para que se destinam. Mesmo porque, como assinante do provedor de acesso à Internet , a empresa é responsável pela sua utilização com observância da lei.
8. Assim, se o empregado eventualmente se utiliza da caixa de e-mail corporativo para assuntos particulares, deve fazê-lo consciente de que o seu acesso pelo empregador não representa violação de suas correspondências pessoais, tampouco violação de sua privacidade ou intimidade, porque se trata de equipamento e tecnologia fornecidos pelo empregador para utilização no trabalho e para alcance das finalidades da empresa.
DESÍDEA -  Questões relativas ao e-mail funcional
DESÍDEA
Falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência.
Prática de atos como comportamento inadequado, ausências ou produção imperfeita.
Excepcionalmente configura em um só ato culposo muito grave; se doloso ou querido, pertencerá a outra das justas causas.
VIOLAÇÃO DE SEGREDO
Segredo é todo fato, ato ou coisa que, de uso ou conhecimento exclusivo da empresa, não possa ou não deva ser tornado público, sob pena de causar um prejuízo.
É desnecessário que seja declarado como segredo, basta que assim possa ser deduzido.  
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Dos contratos em geral
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
CONTRATOS
A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição.
Princípio da propriedade:
conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas.
Princípio da boa-fé: reflete uma regra de conduta e consubstancia a eticidade orientadora da construção do Código Civil. 
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero.
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Dos contratos em geral
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
CONTRATOS
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero.
Não existe um contrato de adesão, existem contratos celebrados por adesão. 
O ofertante não pode privar o aderente de direito resultante da natureza do negócio ao qual este aderiu.
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Dos contratos em geral
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva
CONTRATOS
As partes podem ajustar os contratos, verificando, para esse fim, as normas que disciplinam os contratos típicos. 
A lei proíbe a estipulação de pacto sucessório, não se permitindo cogitar de sucessão futura.
LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. -  Da formação dos contratos
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
       Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
CONTRATOS
É uma declaração unilateral de vontade.
Assume caráter de obrigatoriedade, salvo cláusula expressa.
É a força que vai determinar uma série de movimentos por parte do solicitado.
 
Aula 5: Noções de Direito do Consumidor
Nesta aula, abordaremos as principais características do Direito do Consumidor, definindo consumidor, fornecedor, produto ou bem (material e imaterial), serviço, vício e defeito, publicidade enganosa e abusiva. Falaremos também sobre proteção contratual (direito de arrependimento ou reflexão).
Lei 8078, de 11 de setembro de 1990
Artigo 2º - Definição de consumidor
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
EM TEMPO!
O Legislador resolveu definir consumidor já nos primeiros artigos do Código de Defesa do Consumidor. É importante enfatizar que a opção, pelo Legislativo, por definir os conceitos em vez de deixar tal tarefa à Doutrina ou à Jurisprudência pode gerar problemas na interpretação, especialmente porque corre-se o risco de delimitar o sentido do termo.  
CONSUMIDOR
Pode ser pessoa física ou jurídica.
É tanto quem efetivamente adquire o produto ou contrata o serviço como aquele que, mesmo não o tendo adquirido, utiliza-o ou o consome.
ARTIGO 100 S1 E S2 - DA AÇÃO PENAL
Por exemplo: uma pessoa física ou jurídica adquire calças para revender. 
Essa relação jurídica não estará sob a égide da lei consumerista.
Artigo 2º - Definição de fornecedor
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
EM TEMPO!
Apesar de uma pessoa jurídica poder entrar em processo falimentar, existirão no mercado produtos e, eventualmente, resultados dos serviços que ela ofereceu e efetivou, e que continuarão sob a proteção da lei consumerista. Por exemplo: a  “quebra” de um fabricante de televisão não deve eliminar a garantia do funcionamento dos aparelhos (garantia legal ou contratual). 
 
FORNECEDOR
Pessoa física ou jurídica
Pública ou privada
Nacional ou estrangeira
Entes despersonalizados
ENTES DESPERSONALIZADO
Massa falida:
Empresa depois de declarada a falência pelo proprietário, 
e administrada por alguém nomeado pelo juiz que cuida do processo de falência.
Artigo 2º - Definição de fornecedor
Profissional liberal como prestador de serviços.
Aquele que desenvolve atividade eventual ou rotineira de venda de produtos, sem ter-se estabelecido como pessoa jurídica.  
RESUMINDO...
Fornecedor é o gênero ao qual o fabricante, o produtor, o construtor, o importador e o comerciante são espécies.
Importante lembrar que a lei consumerista determina que todos sejam obrigados e/ou responsabilizados de forma equidistante, em caso de prejuízo ao consumidor.
Artigo 2º - Definição de produto
Art. 3° 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
EM TEMPO!
O Código de Defesa do Consumidor definiu produto segundo o conceito contemporâneo, em vez de falar em bem ou coisa, como dita o Código Civil.
PRODUTO
Bem móvel ou imóvel
Material ou imaterial
Durável ou não durável
TIPOS DE PRODUTO
MATERIAL - Objeto físico.
Ex.: carro, mesa, sofá.
IMATERIAL - Objeto abstrato.
Ex.: conhecimento, música, vídeos, códigos.
DURÁVEL - Não se extingue com o uso.
Ex.: cadeira, martelo.
NÃO DURÁVEL - Extingue-se com o uso.
Ex.: alimentos, remédios, cosméticos.
GRATUITO OU AMOSTRA GRÁTIS - Objeto sem remuneração.
Ex.: amostra grátis de cosmético que está sendo lançado no mercado.
ARTIGO 3º $2º - Definição de Serviços
ATENÇÃO:
A amostra grátis diz respeito não só ao produto mas também ao serviço, que trataremos a seguir. Há uma única referência à amostra grátis no CDC, constante do parágrafo único do Artigo 39 que libera o consumidor de qualquer tipo de pagamento. É importante enfatizar que o produto entregue como amostra grátis está submetido a todas as exigências legais ligadas à qualidade, à garantia, à durabilidade, à proteção contra vícios e defeitos.
Artigo 2º - Definição de Serviço
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
SERVIÇO
Qualquer atividade prestada no mercado de consumo.
Artigo 37, §1º e §2º - Da publicidade enganosa ou abusiva
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
        § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
        § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
PUBLICIDADE ENGANOSA
Ato de induzir o consumidor a acreditar em alguma coisa que não corresponda à realidade do produto ou serviço em si; ou relativamente a seu preço e forma de pagamento, ou, ainda, a sua garantia.
PUBLICIDADE ABUSIVA
Não tem necessariamente relação com o produto ou serviço oferecido, mas sim com os efeitos da propaganda que possam causar algum constrangimento ao consumidor.
Artigo 49 - Da proteção contratual
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento
do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
DIREITO DE  ARREPENDIMENTO
Direito do consumidor de arrepender-se e voltar atrás em declarações de vontade que tenha manifestado celebrando relação jurídica de consumo. 
Não é necessária qualquer justificativa para esta atitude do consumidor.
Distinção entre vício e defeito do produto ou serviço
VÍCIO
Características de qualidade e quantidade que tornam os produtos ou contratação de serviços impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam e também lhe diminuam o valor.
Problemas que fazem com que o produto funcione mal, como uma televisão sem som, o automóvel que “morre” a toda hora etc.
DEFEITO
Vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço que causa um dano maior do que simplesmente o mau funcionamento.
Causa, além do dano  do vício, outro ou outros danos ao patrimônio jurídico material e/ou imaterial estético, e/ou à imagem do consumidor
Há vício sem defeito,
mas não há defeito sem vício.		
	Distinção entre vício e defeito do produto ou serviço
VÍCIOS OCULTOS	
São aqueles que só aparecem algum ou muito tempo depois após o uso e/ou que, por estarem inacessíveis ao consumidor, podem ser detectados na utilização ordinária.
	
Aula 6: Noções de Direitos Autorais
Nesta aula, abordaremos as questões relativas ao Direito de Autor, suas características e peculiaridades em relação a outros campos do Direito. 
Definiremos autor e os direitos conexos, os tipos de obra (artísticas, científicas e literárias), os direitos patrimoniais e morais das obras intelectualmente 
protegidas e contrafação.
Lei nº 9610, de 19 de Fevereiro de 1998.
Artigos 1º, 3º, 4º e 5º - Disposições preliminares
Artigo 5º, VII - Sobre a contrafação
Artigo 5º, VIII, alíneas “a” e “h”  - Sobre a obra
Artigo 7º, I, II, V, VI, VII, VIII, X, XI, XII, §1º - Das obras protegidas
Artigo 11, §1º e 18 - Da autoria e registro das obras intelectuais
Artigos 22 e 23 – Dos direitos de autor
Artigos 24 (I, II, III, IV, V, VI, VII) e 27 – Dos direitos morais do autor
Artigos 1º, 3º, 4º e 5º - Disposições preliminares
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.
Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
     I - publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo.
Artigo 2º - Definição de Serviço
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
VII - contrafação - a reprodução não autorizada
CONTRAFAÇÃO
É a usurpação ou violação dos direitos autorais.
É a reprodução ilícita de uma obra, ou parte dela, sem autorização do autor originário.
Artigo 5º, VIII, alíneas “a” e “h”  - Sobre a obra
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
        VIII - obra: 
        a) em co-autoria - quando é criada em comum, por dois ou mais autores;
        h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores, cujas contribuições se fundem numa criação autônoma.
OBRA EM CO-AUTORIA
Aqui temos autor e coautor.
Coautor é, de acordo com esse conceito, aquele que efetivamente criou, contribuindo de maneira íntima com sua criação intelectual para a consecução da obra.
OBRA COLETIVA
São obras criadas por várias pessoas que se encontram em uma relação de trabalho subordinadas a uma pessoa jurídica, via de regra, mas que também pode ser uma pessoa física.
ATENÇÃO
O inciso VIII, alínea “a”, substituiu colaboração por “coautoria” e produzida por criação. A noção de colaboração era imprecisa, o que levava constantemente à confusão no momento de determinar quem era autor/criador da obra e quem era mero ajudante, sem criação intelectual, mas que se confundia com a noção de colaborador. Com a supressão do termo “colaboração” e sua troca por “coautoria”, a possibilidade de o colaborador eventual aparecer como coautor de fato ficou bem menor. 
Com o novo texto, a pessoa  cujo  nome esta indicado na obra é a detentora e   responsável pela titularidade dos direitos autorais; dessa forma  elidi-se a autoria dos diversos autores, pessoas físicas, em detrimento de uma pessoa jurídica ou física.
São exemplos de obras coletivas: as enciclopédias, os jornais, a cinematografia etc.
Artigo 7º, I, II, V, VI, VII, VIII, X, XI, XII, §1º - Das obras protegidas
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas 
por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
III - as obras dramáticas e dramático-musicais;
V - as composições musicais, tenham ou não letra;
VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;
VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;
VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;
X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, 
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;
XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;
XII - os programas de computador;
  § 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis.
OBRAS PROTEGIDAS
A partir da definição de obra intelectual protegível, alarga-se a margem de possibilidades de utilização de diferentes suportes para fixação da obra.
Fica claro que o referido suporte pode ser tangível ou intangível (virtual).
Cria-se a possibilidade de contemplar novas formas de suporte que venham a ser constituídas.
Também fica clara a proteção estabelecida para os programas de computador.
Artigo 11, §1º e 18 - Da autoria e registro das obras intelectuais
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
        Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei.
§ 1º Não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio.
Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.
AUTORIA DAS OBRAS INTELECTUAIS
Para que haja o exercício pleno e satisfatório da titularidade sobre uma obra intelectual pela pessoa jurídica, é necessário que a pessoa física, autora original, tenha lhe transferido este direito mediante cessão de direitos autorais patrimoniais.
REGISTRO DAS OBRAS INTELECTUAIS
Basta ao autor a mera publicação justapondo seu nome junto ao título para ser identificada a autoria.
Artigos 22 e 23 – Dos direitos de autor
Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.
Art. 23. Os co-autores da obra intelectual exercerão, de comum acordo, os seus direitos, salvo convenção em contrário.
DIREITOS DO AUTOR
Muitas vezes, quem exerce a titularidade da obra é o editor pessoa jurídica (no caso dos publicados pela imprensa diária ou periódica), cabendo aos autores pessoas físicas o exercício dos direitos morais. 
Tudo o que for acordado entre os coautores em contrato próprio, regulamentando o uso da obra intelectual
(fruto da criação em coautoria), fica valendo com força de lei e deverá ser cumprido, desde que não seja contrário à própria lei.
Artigos 24 (I, II, III, IV, V, VI, VII) e 27 – Dos direitos morais do autor
Art. 24. São direitos morais do autor:
        I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
        II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
        III - o de conservar a obra inédita;
        IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;
        V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
        VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem;
        VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado.
Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.
Artigos 24 (I, II, III, IV, V, VI, VII) e 27 – Dos direitos morais do autor
São características fundamentais dos direitos morais do autor
São direitos de natureza pessoal, inserindo-se nessa categoria direitos de ordem personalíssima; são também perpétuos ou perenes, não se extinguindo jamais.
 São direitos inalienáveis, não podendo, pois, ingressar legitimamente no comércio jurídico. Mesmo se o criador quiser, deles não pode dispor.
 São direitos que comportam exigência por via judicial a qualquer tempo.
 São direitos impenhoráveis, não suportando constrição judicial.
ATENÇÃO
Surge uma nova modalidade de manifestação do significado dos direitos morais: assegura o legislador ao autor o direito ou acesso à obra de que ele não possua um exemplar, devendo, para tento, obtê-lo junto a terceiros que o detenham.
Aula 7: Noções de Direitos Autorais
Lei nº 9610, de 19 de Fevereiro de 1998.
Artigos 28, 29 (I e IV) e 41 - Dos direitos patrimoniais do autor e sua duração
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais
Artigos 28, 29 (I e IV) e 41 - Dos direitos patrimoniais do autor e sua duração
Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:
  I - a reprodução parcial ou integral;
  IV - a tradução para qualquer idioma;
Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.
DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR
Direito exclusivo sobre a criação.
A autonomia do editor está limitada e sob controle.
Necessidade de autorização prévia e expressa do autor para a utilização da obra.
Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
        I - a reprodução:
        a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
        b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;
        c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
        d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
        II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
        III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Art. 48. As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e procedimentos audiovisuais.
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais
 A autorização para reprodução legal da obra fornecida pelo legislador nos casos elencados neste artigo reflete a realidade de um direito autoral que ainda não consegue alcançar a proteção total da obra e do autor.
Enumera os vários casos em que a obra intelectual poderá ser livremente reproduzida. Em todos, pode-se observar um critério de lógica, razoabilidade de bom senso. Procura o legislador alcançar a realidade sem descaracterizar o direito de autor. 
O inciso II estabelece uma possibilidade de reprodução, desde que feita pelo copista para seu uso privado e sem intuito de lucro. Como o legislador não especificou com que meios tecnológicos suas mãos poderão reproduzir a obra, podemos compreender quaisquer meios dentre os inventados, ou que vierem a ser inventados no futuro (caneta, um notebook ou um scanner).
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais
 A liberação de paráfrases e paródias fica condicionada a que não sejam verdadeiras reproduções da obra originária, nem lhe implicarem descrédito; isto é, não podem ferir a integridade e honra do autor nem ridicularizar a obra.
Artigos 46, I, “a”, “b”, “c” e “d”, II, III, 47 e 48 - Das limitações aos Direitos Autorais
 Essa é, na verdade, mais uma licença legal fornecida
pelo legislador para permitir a fácil e desimpedida reprodução de obras de arte expostas em logradouros públicos.
O “permanente” parece indicar que a obra está em local público, sem restrição de acesso, para sempre, sem limite de tempo. Além disso, sua livre divulgação, sem possibilidade de controle quanto à sua reprodução com os recursos tecnológicos hoje disponíveis parece favorecer a liberdade que o legislador definiu nesse artigo em relação à criação alheia.
Aula 8: Noções da Proteção Intelectual de Programa de Computador
Nesta aula, falaremos sobre programas de computador, identificando seus tipos de proteção e definindo quando o programa de computador pertence ao empregado e quando pertence ao empregador. Além disso, abordaremos os prazos de garantia e de validade técnica, licença de uso, transferência de tecnologia, código fonte e as penalidades e infrações.
Lei nº 9609, de 19 de Fevereiro de 1998.
Artigo 1º - Disposições gerais
Artigos 2º, §1º, §2º e §3º  - Da proteção ao direito de autor e do registro
Artigo 4º, §1º - Programa pertencente exclusivamente ao empregador
Artigo 4º, §2º e §3º - Programa pertencente exclusivamente ao empregado
Artigos 7º, 8º, § único - Das garantias ao usuário de programa de computador 
Artigos 9º, 10º, §1º,  I e II, 11º, §único - Dos Contratos de Licença de Uso, de Comercialização e Transferência de Tecnologia
Artigo 12, §1º e
§2º- Das Infrações e das penalidades
Artigo 1º - Disposições gerais
Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.
PROGRAMA DE COMPUTADOR 
É um bem produzido pelo esforço de alguém que detém o conhecimento em um ou mais tipos de linguagens de programação.
É o resultado de uma série de escolhas feitas por seu criador.  
Sua criação é tarefa criativa que demanda altos custos, exigindo profissionais altamente especializados.
O CRIADOR DO PROGRAMA DE COMPUTADOR TEM DIREITO À SUA OBRA, DIREITO ESTE QUE RECEBE A PROTEÇÃO, A TUTELA DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
Atenção: A tentativa do legislador em definir “programa de computador” deixou bastante a desejar e poderia ter causado grande dificuldade para o enquadramento de sua proteção, visto que tem a característica de estar sempre em constante mutação, ou seja, sofrendo atualizações constantes.
No tocante ao artigo 1º, passamos a nos concentrar em algumas considerações. Quando o legislador definiu que o programa de computador é um conjunto de instruções que faz uma máquina trabalhar para fins determinados, correu o risco de tornar a definição inexata. O mesmo ocorre quando explicita que as instruções podem ser em linguagem natural ou codificada, ou ainda, que as instruções deverão conter um suporte físico de qualquer natureza. A característica relacionada a meio físico ou suporte físico nos reporta à Lei de Direitos Autorais – Lei 9610/98 – que tem relação com o “corpus mechanicus”, em analogia às pinturas, às fotografias, às obras literárias, musicais, filmes etc.
Artigos 2º, §1º, §2º e §3º  - Da proteção ao direito de autor e do registro
Art. 2º O regime de proteção à propriedade intelectual de programa de computador é o conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos vigentes no País, observado o disposto nesta Lei.
        § 1º Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito do autor de opor-se a alterações não-autorizadas, quando estas impliquem deformação, mutilação ou outra modificação do programa de computador, que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação.
        § 2º Fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de computador pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.
        § 3º A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.
PROGRAMA DE COMPUTADOR ]
Direito de reivindicar a paternidade do programa de computador.
Direito de opor-se a alterações não autorizadas.
 
Direito assegurado pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação.
Artigos 2º, §1º, §2º e §3º  - Da proteção ao direito de autor e do registro
PROGRAMA DE COMPUTADOR
Realizado junto ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Todo o procedimento tem de ser acompanhado por uma documentação técnica e outra formal, justamente com a petição de pedido de registro. 
A documentação formal consiste de formulário intitulado Pedido de Registro de Programa de Computador.
A entrega da documentação pode ser feita pessoalmente, por procuração ou pelo correio.
Artigo 4º, §1º - Programa pertencente exclusivamente ao empregador
Art. 4º Salvo estipulação em contrário, pertencerão exclusivamente ao empregador, contratante de serviços ou órgão público, os direitos relativos ao programa de computador, desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vínculo estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda, que decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
        § 1º Ressalvado ajuste em contrário, a compensação do trabalho ou serviço prestado limitar-se-á à remuneração ou ao salário convencionado
PERTENCE AO EMPREGADOR: Quando o programa de computador é desenvolvido por profissional com vínculo empregatício.
Artigo 4º, §1º - Programa pertencente exclusivamente ao empregador
      § 2º Pertencerão, com exclusividade, ao empregado, contratado de serviço ou servidor os direitos concernentes a programa de computador gerado sem relação com o contrato de trabalho, prestação de serviços ou vínculo estatutário, e sem a utilização de recursos, informações tecnológicas, segredos industriais e de negócios, materiais, instalações ou equipamentos do empregador, da empresa ou entidade com a qual o empregador mantenha contrato de prestação de serviços ou assemelhados, do contratante de serviços ou órgão público.
       § 3º O tratamento previsto neste artigo será aplicado nos casos em que o programa de computador for desenvolvido por bolsistas, estagiários e assemelhados.
PERTENCE AO EMPREGADO: Quando o programa de computador é desenvolvido por programador empregado que desenvolve software fora da sua relação de trabalho.
Artigos 7º, 8º, § único - Das garantias ao usuário de programa de computador
Art. 7º O contrato de licença de uso de programa de computador, o documento fiscal correspondente, os suportes físicos do programa ou as respectivas embalagens deverão consignar, de forma facilmente legível pelo usuário, o prazo de validade técnica da versão comercializada.
Art. 8º Aquele que comercializar programa de computador, quer seja titular dos direitos do programa, quer seja titular dos direitos de comercialização, fica obrigado, no território nacional, durante o prazo de validade técnica da respectiva versão, a assegurar aos respectivos usuários a prestação de serviços técnicos complementares relativos ao adequado funcionamento do programa, consideradas as suas especificações.
        Parágrafo único. A obrigação persistirá no caso de retirada de circulação comercial do programa de computador durante o prazo de validade, salvo justa indenização de eventuais prejuízos causados a terceiros.
PRAZO DE VALIDADE TÉCNICA Deverá ser especificado no contrato de licença, no documento fiscal correspondente, no suporte físico ou nas embalagens do produto.
Este prazo gera polêmica, devido à dificuldade de previsão.
Durante este prazo, fica o fornecedor ou criador do programa obrigado a corrigir os erros de concepção e programação contidos e a prestar manutenção, ou seja, assegurar os serviços técnicos complementares.
Artigos 9º, 10º, §1º,  I e II, 11º, §único - Dos Contratos de Licença de Uso, de Comercialização e Transferência de Tecnologia
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 9.609, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998
Art. 9º O uso de programa de computador no País será objeto de contrato de licença.
        Parágrafo único. Na hipótese de eventual inexistência do contrato referido no caput deste artigo, o documento fiscal relativo à aquisição ou licenciamento de cópia servirá para comprovação da regularidade do seu uso.
        Art. 10. Os atos e contratos de licença de direitos de comercialização referentes a programas de computador de origem externa deverão fixar, quanto aos tributos e encargos exigíveis, a responsabilidade pelos respectivos pagamentos e estabelecerão a remuneração do titular dos direitos de programa de computador residente ou domiciliado no exterior.
        § 1º Serão nulas as cláusulas que:
        I - limitem a produção, a distribuição ou a comercialização, em violação às disposições normativas em vigor;
        II - eximam qualquer dos contratantes
das responsabilidades por eventuais ações de terceiros, decorrentes de vícios, defeitos ou violação de direitos de autor.
Art. 11. Nos casos de transferência de tecnologia de programa de computador, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial fará o registro dos respectivos contratos, para que produzam efeitos em relação a terceiros.
        Parágrafo único. Para o registro de que trata este artigo, é obrigatória a entrega, por parte do fornecedor ao receptor de tecnologia, da documentação completa, em especial do código-fonte comentado, memorial descritivo, especificações funcionais internas, diagramas, fluxogramas e outros dados técnicos necessários à absorção da tecnologia.
Artigos 9º, 10º, §1º,  I e II, 11º, §único - Dos Contratos de Licença de Uso, de Comercialização e Transferência de Tecnologia
QUANTO AOS CONTRATOS O documento fiscal relativo à aquisição do produto servirá para comprovação da regularidade de seu uso. 
O criador transferirá a tecnologia ao titular do contrato – devidamente registrado no INPI – para que o contrato de “Transferência de Tecnologia” produza os regulares efeitos perante terceiros, protegendo o criador de certos atos do titular. 
No ato da contratação da transferência da tecnologia do programa de computador, deverá ser entregue ao titular receptor a documentação, em especial o código-fonte, memorial descritivo, especificações funcionais internas, diagramas, fluxogramas e outros dados técnicos necessários à absorção e à transferência de tecnologia integralmente.
Aula 9: Direito da Propriedade Industrial
Lei 9279, de 14 de maio de 1996.
Artigos 1º e 2º, I, II, III, IV e V  - Disposições preliminares
Artigos 6º, §1º, §2º, §3º, artigo 7º, 8º - Das patentes
Artigos 94, 95, 96, §1º, 97, 100, I e II - Desenhos industriais
Artigos 1º e 2º, I, II, III, IV e V  - Disposições preliminares
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 1º Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: 
        I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
        II - concessão de registro de desenho industrial;
        III - concessão de registro de marca;
        IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
        V - repressão à concorrência desleal.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Através destes artigos, é assegurada a:
concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
concessão de registro de desenho industrial;
concessão de registro de marca;
repressão às falsas indicações geográficas;
repressão à concorrência desleal.
Artigos 6º, §1º, §2º, §3º, artigo 7º, 8º, 61, 68, §3º - Das patentes
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei.
    § 1º Salvo prova em contrário, presume-se o requerente legitimado a obter a patente.
    § 2º A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade. 
    § 3º Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para ressalva dos respectivos direitos. 
Art. 7º Se dois ou mais autores tiverem realizado a mesma invenção ou modelo de utilidade, de forma independente, o direito de obter patente será assegurado àquele que provar o depósito mais antigo, independentemente das datas de invenção ou criação.
Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Art. 61. O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração.
            Os requerentes de pedido de patente e os titulares da patente poderão conceder licença para a sua exploração.
Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.
§ 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória:
        I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou
       II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado.
Artigo 18, I, II, III, Parágrafo único - Das patentes
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 18. Não são patenteáveis:
        I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
        II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
        III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
        Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.
Artigos 6º, §1º, §2º, §3º, artigo 7º, 8º - Das patentes
PATENTES
A obtenção da patente é um direito do autor, desde que preenchidos as condições legais previstas na lei. 
Pode ser reivindicada pelo próprio autor ou por terceiro devidamente qualificado.
Os legítimos requerentes de uma patente são:
- o autor;
- seus herdeiros;
- seus sucessores;
- seus cessionários ou outro titular dos direitos determinado pela lei ou por contrato de trabalho.
ATENÇÃO: Na hipótese de a patente ser concedida a quem não detenha efetivamente os direitos sobre a invenção ou modelo de utilidade, mesmo sendo ele o verdadeiro autor, a patente poderá ser declarada nula ou ter prioridade reivindicada pelo detentor legítimo dos direitos.
Já no caso de coautoria, a lei permite que apenas um ou parte dos autores requeira a patente.
Artigos 6º, §1º, §2º, §3º, artigo 7º, 8º - Das patentes
PATENTES
O artigo 7º estabelece o princípio do first-to-file (primeiro a depositar), já consagrado no direito brasileiro nas legislações anteriores e na grande maioria dos países, em oposição ao sistema norte-americano de first-to-invent (primeiro a inventar), segundo o qual o direito à patente, em caso de conflito, cabe ao autor que primeiro realizou a invenção, independente da data do registro. 
Já o artigo 8º estabelece que as invenções devem atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.
Artigos 94, 95 - Desenhos industriais
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 94. Ao autor será assegurado o direito de obter registro de desenho industrial que lhe confira a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei.
Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa
ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.
DESENHO INDUSTRIAL
O autor, seja ele pessoa física ou jurídica, pode requerer o registro de desenho industrial.
O autor de desenho industrial equipara-se ao inventor, ao escritor e ao artista.
Ele é movido pela indústria que visa a proteger o aspecto artístico de suas linhas de produtos, recriadas, muitas e repetidas vezes, a cada ano, motivada pela forte concorrência e o estímulo ao consumo de produtos sempre inovadores.
Artigos 96, §1º, 97, 100, I e II - Desenhos industriais
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 96. O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica.
        § 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido, no Brasil ou no exterior, por uso ou qualquer outro meio, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo e no art. 99.
Art. 97. O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores.
Art. 100. Não é registrável como desenho industrial:
        I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração;
        II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais.
NOVO - O desenho industrial deve preencher o requisito “novidade”, sendo diferente daquele que se encontra no estado da técnica.
ORIGINAL - Sua configuração usual deve ser percebida como distintiva. 
O desenho proposto não pode ser confundido com objetos conhecidos, quando colocados lado a lado.
Aula 10: Noções de Proteção a Propriedade Industrial das Marcas, Dos Crimes Contra Concorrência Desleal e Ética.
Lei 9279, de 14 de maio de 1996.
Artigos 122 e 123, I, II, III - Das marcas
Artigo 195 I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX - Dos Crimes Contra Concorrência Desleal
Artigos 122 e 123, I, II, III - Das marcas
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se:
        I - marca de produto ou serviço: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa;
        II - marca de certificação: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e
        III - marca coletiva: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade.
PROPRIEDADE INDUSTRIA
A lei proíbe o registro de sinais acessíveis apenas a outros sentidos humanos que não a visão, não abrangendo os conceitos de marcas olfativas, gustativas, sonoras e táteis.
Artigos 122 e 123, I, II, III - Das marcas
MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO - Utilizada para distinguir um produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem distinta.
MARCA DE CERTIFICAÇÃO - Utilizada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determi- nadas normas ou especificações técnicas, quanto à qualidade, natureza, mate- rial utilizado e metodologia empregada.
MARCA COLETIVA - Utilizada para identificar produtos ou serviços que provêm de membros de uma determinada entidade.
Artigo 195 I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX - Dos Crimes Contra Concorrência Desleal
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem:
I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem;
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem; 
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem;
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos; 
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências;
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento;
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve;
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui crime mais grave;
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione vantagem;
Artigo 195 I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX - Dos Crimes Contra Concorrência Desleal
Noções de Ética
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005
Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências.
Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
        I – sejam embriões inviáveis; ou
        II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
        § 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
       § 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
Apesar de todo o aparato jurídico, existirão sempre profissionais na busca de fama e prestígio apenas com intuito de conseguir vantagens econômicas, burlando normas proibitivas; assim, os criadores da legislação citada, tiveram o cuidado de determinar:
Art. 6o Fica proibido:
    III – engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano e embrião humano;
        IV – clonagem humana;
Dos Crimes e das Penas
        Art. 24. Utilizar embrião humano em desacordo com o que dispõe o art. 5o desta Lei:
        Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
        Art. 25. Praticar engenharia genética em célula germinal humana, zigoto humano ou embrião humano:
        Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
        Art. 26. Realizar clonagem humana:
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando