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Regime Jurídico Único - III

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REGIME JURÍDICO ÚNICO P/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL (INSS)
em Teoria e Exercícios
Aula 03
`Prof. Carlos Antônio Bandeira
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2
2. DEVERES DO SERVIDOR ............................................................................. 2
3. PROIBIÇÕES ............................................................................................... 7
4. REGRAS DE ACUMULAÇÃO ........................................................................ 13
4.1. POSSIBILIDADES EXCEPCIONAIS DE ACUMULAÇÃO ............................................... 13
4.3. REGRAS DA LEI NO 8.112 ........................................................................... 16
5. RESPONSABILIDADES .............................................................................. 17
5.1. RESPONSABILIDADE CIVIL E INDENIZAÇÃO AOS COFRES PÚBLICOS ............................ 18
5.2. RESPONSABILIDADE PENAL .......................................................................... 18
5.3. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ............................................................. 19
5.4. CUMULAÇÃO DE RESPONSABILIDADES ............................................................. 19
5.5. EFEITOS DE ABSOLVIÇÃO CRIMINAL ................................................................ 19
6. PENALIDADES .......................................................................................... 20
6.1. REGRAS GERAIS ....................................................................................... 20
6.2 ADVERTÊNCIA .......................................................................................... 20
6.3. SUSPENSÃO ........................................................................................... 21
6.4. DEMISSÃO ............................................................................................. 22
6.5. CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DA DISPONIBILIDADE DO INATIVO ....................... 23
6.6. DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO ........................................................... 24
6.7. CONSEQUÊNCIAS ACESSÓRIAS DE PENALIDADES ................................................. 24
6.8. COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DE PENALIDADES ............................................... 25
6.9. PRESCRIÇÃO ........................................................................................... 26
EXERCÍCIOS COMENTADOS .......................................................................... 28
EXERCÍCIOS REPETIDOS .............................................................................. 49
Aula 03
 
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GABARITO .................................................................................................... 59
RESUMO ....................................................................................................... 59
1. INTRODUÇÃO
Olá! Tudo bem contigo? Espero que sim! 
Hoje, na Aula 03, iremos falar basicamente sobre o seguinte assunto: 
⇒ Regime Disciplinar: contém regras de conduta dos servidores 
regidos pela Lei no 8.112, no âmbito do serviço público federal: 
• Deveres; 
• Proibições; 
• Regras de Acumulação; 
• Responsabilidades; e 
• Penalidades! 
 
Gosto muito de refletir sobre as seguintes palavras 
proferidas por JOHN WOODEN, ex-técnico e ex-jogador de 
basquete norte-americano: 
“Aquilo que você aprende depois do que já 
aprendeu é o que mais tem valor.” 
Vamos lá?! 
 
2. DEVERES DO SERVIDOR
Os DEVERES DO SERVIDOR compreendem regras gerais de 
comportamento comissivo: exigem que o servidor pratique determinadas 
ações. 
Esses deveres estão previstos no art. 116, da Lei no 8.112. Em matéria de 
concurso, as questões pedem a própria letra da lei, podendo conter alguma 
informação distorcida, na tentativa de confundir os candidatos. 
 
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DICA: é pouco provável que os concursos peçam algo mais 
aprofundado do que a própria letra da lei a respeito dos 
devedores do servidor, previstos no art. 116, da Lei no 8.112! 
ü Não obstante, fizemos esclarecimentos sobre cada inciso, para 
melhorar a compreensão da matéria! 
 
“I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo” 
Por essa regra, o serviço deve ser realizado com qualidade e interesse, 
não pode ser feito de qualquer jeito. No serviço público, deve-se evitar o 
desleixo e o desinteresse no exercício das atividades inerentes ao cargo e 
função pública. 
 
“II - ser leal às instituições a que servir” 
A qualidade de ser leal é própria de quem é sincero, franco, honesto e fiel 
aos compromissos assumidos, no caso, perante a Administração. 
 
“III - observar as normas legais e regulamentares” 
Com esse dever, o Estatuto deixou bem claro que o servidor precisa 
acatar as normas legais, em sentido amplo. Por normas legais, estão 
abrangidas as previstas na Constituição e em leis, propriamente ditas, bem 
como as infralegais, previstas em decretos, portarias, instruções normativas, e 
que possuam conteúdo regulamentador de alguma disposição da Constituição 
ou de lei). 
 
“IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais” 
As ordens emanadas de chefes no serviço público foram feitas para serem 
cumpridas. Exceção: a lei excepciona as hipóteses em que essas ordens 
forem manifestamente ilegais. Trata-se de “escudo da lei” em favor do 
servidor. 
 
“V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
 
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b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.” 
Atender com presteza significa atender com agilidade, energia e 
velocidade. A preocupação demonstrada nesse inciso é com o rápido 
atendimento às solicitações, notadamente para evitar prejuízos ou perecimento 
de direitos: 
⇒ do público em geral (alínea “a”) 
⇒ de terceiros (alínea “b”); ou 
⇒ da própria Administração (alínea “c”). 
ATENÇÃO: As informações guardadas por sigilo 
(confidencialidade) não podem ser veiculadas livremente! 
ü Informações dessa natureza são regidas pelo Decreto no 
4.553, de 27 de dezembro de 2002. 
 
Decreto no 4.553: 
“Art. 1o Este Decreto disciplina a salvaguarda de dados, 
informações, documentos e materiais sigilosos, bem como das 
áreas e instalações onde tramitam. 
Art. 2o São considerados originariamente sigilosos, e serão 
como tal classificados, dados ou informações cujo conhecimento 
irrestrito ou divulgação possa acarretar qualquer risco à 
segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles 
necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida 
privada, da honra e da imagem das pessoas. 
Parágrafo único. O acesso a dados ou informações sigilosos é 
restrito e condicionado à necessidade de conhecer. 
Art. 3o A produção, manuseio, consulta, transmissão, 
manutenção e guarda de dados ou informações sigilosos 
observarão medidas especiais de segurança. 
Parágrafo único. Toda autoridade responsável pelo trato de dados 
ou informações sigilosos providenciará para que o pessoal sob 
suas ordens conheçaintegralmente as medidas de segurança 
 
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estabelecidas, zelando pelo seu fiel cumprimento.” 
 
“VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do cargo” 
O servidor deve comunicar o conhecimento de irregularidade, que tiver 
conhecimento em razão do serviço público, para a autoridade superior. 
 
“VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio 
público” 
Evitar desperdício e manter em boas condições os bens que pertencem ao 
Poder Público é uma obrigação de todo servidor para gerar uma boa 
administração! Esse assunto está ligado ao princípio da eficiência (art. 37, 
caput, da CF). Ao lecionar sobre esse princípio, o Professor Celso Antônio 
Bandeira de Mello diz que a eficiência é “algo mais do que desejável”. 
 
“VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição” 
Qualquer tipo de assunto interno não pode ser livremente veiculado. 
A propósito, a revelação de segredo que saiba em razão do serviço 
público é motivo de demissão de servidor (art. 132, inciso IX, da Lei no 
8.112). Detalhe importante: toda aplicação de penalidade necessita passar por 
um processo prévio, com defesa do acusado e produção de provas. 
 
“IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa” 
Como diziam os romanos, “nem tudo o que é legal é honesto”. Pela 
moralidade administrativa, além de seguir as normais legais e regulamentares, 
o servidor deve ainda distinguir, no exercício de suas funções, o que é honesto 
e o que é desonesto, o que é justo ou injusto, o que é bom e o que não. 
 
“X - ser assíduo e pontual ao serviço” 
Se descumprido esse dever, pode caracterizar motivo para demissão por: 
→ abandono de cargo: quando houver ausência superior a 30 dias 
consecutivos; ou 
→ inassiduidade habitual: faltas interpoladas de 60 dias, no período de 
12 meses. 
 
 
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“XI - tratar com urbanidade as pessoas” 
É o dever de agir com fineza, cordialidade, consideração. Opõe-se ao 
tratamento com grosseria, estupidez contra o próximo. 
 
“XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder” 
Esse inciso deixa bem claro que é dever para o servidor formular o que 
chamamos de representação, que é uma formalização de caráter 
administrativo contra atos de ilegalidade, omissão ou abuso de poder, que 
tomar conhecimento por intermédio do serviço público. Trata-se de dever que 
faz de todo servidor público federal um fiscal do cumprimento da lei. 
 
“Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior 
àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa.” 
Sobre esse parágrafo, vejamos os conceitos pertinentes: 
a. representação: comunicação formal que aponta a ocorrência de 
uma ilegalidade, omissão ou abuso de poder praticados na 
Administração Pública; 
b. Representante: o servidor que fizer a reclamação torna-se 
praticamente um fiscal da legalidade das condutas administrativas; 
c. Representando (ou Representado): o servidor que vai ser 
indicado, na representação, como suposto autor de ato que constitua 
ilegalidade, omissão ou abuso de autoridade; 
d. encaminhamento: a representação deve ser apresentada por 
intermédio do superior hierárquico do Representante (não pode o 
servidor fazer a representação diretamente ao chefe do 
Representando). 
e. destinatário da representação: o superior hierárquico do 
Representando. 
 
 
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3. PROIBIÇÕES
As PROIBIÇÕES são regras gerais que exigem comportamento 
omissivo (exigem que o servidor se abstenha de certas condutas) ou de 
impõem certas condições para a prática de determinados atos. 
Estão previstas no art. 117, da Lei no 8.112. Aqui, as bancas de concursos 
normalmente tentam distorcer a letra da lei nas alternativas de prova. 
Dica: procurem discernir e encontrar regras que imponham condutas 
omissivas ou condições que respeitem a lei e a ordem necessária para o 
serviço público ser bem prestado. 
A diferença é que no art. 116 são requeridas ações do servidor e, no art. 
117, as condutas exigidas são omissivas ou condicionadas. 
ATENÇÃO: também acho pouco provável que os concursos 
peçam algo mais aprofundado sobre o art. 117! 
ü Da mesma forma, fizemos esclarecimentos sobre cada inciso, 
para melhorar a compreensão da matéria! 
 
“I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição” 
Esses incisos impõem condição de controle por parte da chefia, para 
autorizar ou não o servidor a se ausentar ou retirar algum tipo de objeto da 
repartição. 
 
“III - recusar fé a documentos públicos” 
Fé pública: relaciona-se com a presunção de veracidade que gozam os 
documentos públicos, os quais são considerados verdadeiros até que se 
comprove o contrário. 
Documentos públicos: são os originados da Administração Pública de 
qualquer dos Poderes, de qualquer das esferas da Federação (União, Estados, 
Municípios e Distrito Federal). 
 
 
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“IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço” 
Esse inciso trata de qualquer tipo de documento, público ou particular. 
Documentos particulares: os documentos não originados da 
Administração devem ser devidamente examinados para o fim solicitado pelo 
interessado. Não podem ser desprezados esses documentos, mas devem ser 
apuradas a veracidade de suas informações, já que não gozam de fé pública. 
Processo ou execução de serviço: as atividades administrativas são 
feitas a pedido ou de ofício (espontaneamente pela própria Administração), 
formando ou não um processo. Essas atividades não podem ser procrastinadas 
(ficar paradas) pelo servidor público encarregado, sem uma justificativa. 
 
“V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição” 
São exigidas dos servidores a conduta discreta, a seriedade e a 
impessoalidade durante a prática do serviço público. É vedada a expressão de 
sentimentos e emoções, tanto de admiração quanto de ódio, dentro do espaço 
do órgão público. 
 
“VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos 
em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade 
ou de seu subordinado” 
O servidor foi contratado e é remunerado para exercer diretamente as 
funções do cargo público que exerce, só podendo delegá-las a outro servidor 
do órgão que atuar ou, nos casos previstos em lei, a pessoa que seja estranha 
ao mesmo órgão. 
Ex.: pela lei que regula o processo administrativo federal (Lei no 9.784, 
de 29 de janeiro de 19991) é possível a delegação de competência de um 
órgão para outro! 
Lei no 9.784: 
“Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não 
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a 
outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam1 “Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.” 
 
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hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão 
de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação 
de competência dos órgãos colegiados aos respectivos 
presidentes.” 
 
“VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político” 
Coagir é forçar. Aliciar pode ser interpretado como atrair pessoas com 
promessas ilusórias, com engodo (engano). 
Importante: o detalhe é que essa proibição é direcionada apenas para 
os superiores em relação a seus surbordinados. Nesses casos, a lei 
protege a liberdade de filiação dos subordinados, quando “convocados” por 
superiores. Esse tipo de vedação não existe entre servidores de mesma 
hierarquia. 
 
“VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil” 
Trata-se da famosa proibição do nepotismo. Mas, a regra vale somente 
para a ocupação de cargo ou função de confiança (exoneráveis a qualquer 
tempo, sem necessidade de justificativa). Essa regra não vale para cargo 
efetivo! 
Na contagem de graus, conta-se pessoa a pessoa, desconsiderando o 
ponto de partida, que é o próprio servidor. Vamos citar exemplos, lembrando 
que a vedação para manter sobre a chefia imediata alcança somente até 
o 2o grau. 
Em linha reta: 
a) servidor; 1o grau: pai; 2o grau: avô; 3o grau: bisavô; 
b) servidor; 1o grau: filho; 2o grau: neto; 3o grau: bisneto; 
c) servidor; 1o grau: pai do cônjuge; 2o grau: avô do cônjuge; 3o grau: 
bisavô do cônjuge. 
Em linha colateral (chega até o tronco comum e desce ou sobe 
contando): 
 
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a) servidor; 1o grau: pai (tronco comum); 2o grau: irmão; 3o grau: filho 
do irmão (sobrinho); 
b) servidor; 1o grau: pai do cônjuge; 2o grau: irmão do cônjuge; 3o grau: 
sobrinho do cônjuge. 
Não podemos confundir a vedação prevista nesse inciso com a regra de 
nomeação para cargo em comissão, decorrente de orientação do Supremo 
Tribunal Federal (STF), que alcança até o terceiro grau! 
ATENÇÃO: está em vigor regra para nomeação de cargo em 
comissão, decorrente de da 13a Súmula Vinculante do STF, 
publicada no dia 29 de agosto de 2008, que proíbe o nepotismo 
nas Administrações direta e indireta de qualquer dos Poderes 
de todos os entes Federação (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios)! 
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal.” 
 
“IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública” 
O delito funcional de valimento do cargo é a utilização do cargo para 
conseguir algum proveito ilícito para si mesmo ou para outra pessoa, o que 
traz manchas para a imagem da função pública. 
Essa conduta é muito grave, pois caracteriza hipótese de demissão (art. 
132, inciso XIII, da Lei no 8.112). 
 
“X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário” 
 
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O servidor pode participar de sociedades, adquirindo ações ou cotas, 
todavia, não pode gerenciá-las ou administrá-las, sob pena de demissão (art. 
132, inciso XIII, da Lei no 8.112). O servidor pode apenas participar dos 
resultados (lucro ou prejuízo), mas não pode gerenciar ou administrar as 
referidas atividades. 
 
“XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro” 
O servidor não pode representar interesses particulares dentro de 
qualquer órgão público, sob pena de demissão (art. 132, inciso XIII, da Lei no 
8.112), salvo se se tratar de assuntos de benefícios previdenciários ou 
assistenciais das pessoas relacionadas no inciso. 
 
“XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições” 
O recebimento dessas vantagens, que podem ser diretamente em dinheiro 
($$$) ou não (ex.: viagens, hospedagens, jantares, etc.), são ilícitas ao 
servidor e passíveis pena de demissão (art. 132, inciso XIII, da Lei no 8.112). 
 
“XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro” 
O recebimento de vantagens, em forma pecuniária ou em forma de 
trabalho, originadas de Estado estrangeiro, também são vedadas, sob pena de 
demissão (art. 132, inciso XIII, da Lei no 8.112).. 
 
“XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas” 
Quem pratica cobrança de juros, cobrando-os como forma de 
remuneração de dinheiro emprestado, p. ex., está sujeito à demissão (art. 
132, inciso XIII, da Lei no 8.112). 
 
“XV - proceder de forma desidiosa” 
A lei simplesmente não define o que é ser desidioso. Mas, a Lei no 8.112 
não fornece parâmetros objetivos para a aferição dessa conduta. Nos 
dicionários, vemos que ser desidioso é ser negligente, preguiçoso ou 
desleixado. 
 
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Na prática, já observei que a desídia sempre estará relacionada com a 
omissão da prática de algum dever (art. 116, da Lei no 8.112). A penalidade 
prevista para a desídia no serviço público é a demissão (art. 132, inciso XIII, 
da Lei no 8.112). 
 
“XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços 
ou atividades particulares” 
Usar bens da repartição para fins particulares é passível de demissão 
(art. 132, inciso XIII, da Lei no 8.112). 
 
“XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que 
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias” 
Um superior hierárquico não pode fazer um subordinado se desviar 
das funções próprias de seu cargo, ou seja, obrigá-lo a desempenhar 
atribuições estranhas do cargo público para o qual foi nomeado, salvo em 
situações urgentes e em caráter não permanente. 
 
“XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho” 
Esse inciso proíbe que o próprio servidor se desvie de suas funções, 
por qualquer motivo, ou que as exerça em horário de trabalho incompatível 
com seu cargo ou função. 
 
“XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado” 
Todo servidor deve informar seus dados pessoais quando no serviço 
público. E deve atender aos pedidos de atualização cadastral, sempre que 
que solicitado pela Administração.“Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste 
artigo não se aplica nos seguintes casos: 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas 
ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, 
participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída 
para prestar serviços a seus membros; e 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma 
do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de 
interesses.” 
 
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Servidor pode participar de: 
→ conselhos de administração e fiscal: são órgãos de sociedades 
anônimas ou sociedades de economia mista, desde que essas 
sociedades tenham participação da União na constituição do seu 
capital; 
→ sociedades cooperativas: desde que tenham sido constituídas para 
prestar benefícios aos servidores públicos. 
Cessação da proibição: enquanto for servidor público federal, a 
proibição para o exercício de atividades empresariais (comerciais) prevista no 
inciso X cessa durante a licença para tratar de assuntos particulares 
(sem remuneração e com duração de até 3 anos consecutivos). 
4. REGRAS DE ACUMULAÇÃO
REGRAS DE ACUMULAÇÃO é um conjunto de regras que regulam a 
possibilidade excepcional de: 
⇒ Acumulação remunerada de cargos públicos; ou 
⇒ Remuneração de cargo com recebimento de proventos de 
aposentadoria. 
Essas regras estão previstas nos arts. 118 ao 126, da Lei no 8.112. Mas, 
recomendo estudar as disposições constitucionais a respeito! 
4.1. POSSIBILIDADES EXCEPCIONAIS DE ACUMULAÇÃO
A regra é a PROIBIÇÃO de acumulação remunerada de cargos públicos, 
salvo nas seguintes situações: 
a. compatibilidade de horários; 
b. 2 cargos de professor; 
c. 1 cargo de professor + 1 técnico ou científico; 
d. 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas. 
Tenham muito cuidado com a regra do art. 37, inciso XVI, alínea 
“b”: para que o “cargo técnico" seja acumulável com um de professor 
 
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(magistério), a ocupação desse cargo técnico deve ser necessário possuir 
conhecimento especializado, científico ou artístico ou sujeito a princípios e 
regras sistemáticos, adquirido mediante estudo ou prática comprovado. Nesse 
caso, podem ser considerados cargos técnicos os de: 
⇒ nível técnico especializado (p. ex., técnico em contabilidade, 
técnico em informática); e 
⇒ nível superior. 
Portanto, estão fora da concepção de cargo técnico os de nível 
técnico comum (ex., Técnico Administrativo do Tribunal Regional Federal). 
Situação de acumulação de aposentadoria com remuneração de 
cargo: é vedada a percepção de vencimento de cargo ou emprego público 
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que 
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. Ex.: é o 
caso do aposentado que passa em concurso público ou é nomeado para ocupar 
cargo em comissão. 
CF: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
................................................ 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer 
caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades 
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo poder público;” 
 
 
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4.2. SERVIDOR INVESTIDO EMMANDATO ELETIVO 
Agora vamos falar de mais situações especiais, relativas a servidor 
investido em mandato eletivo! Regras assim é que são boas para questões 
de concurso! Por isso recomendo a memorização do art. 38, da CF, também! 
CF: 
“Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e 
fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes 
disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, 
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, 
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade 
de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não 
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de 
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os 
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, 
os valores serão determinados como se no exercício estivesse.” 
Em resumo, ao ser investido em mandato eletivo, o servidor ficará 
afastado do cargo e sem a remuneração do cargo público, salvo se assumir 
mandato de: 
⇒ Prefeito: poderá optar pela remuneração do cargo público; 
⇒ Vereador: se houver compatibilidade, poderá cumular o mandato 
com o cargo e respectivas remunerações; se não houver 
compatibilidade, poderá optar pela remuneração do cargo público. 
 
 
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4.3. REGRAS DA LEI NO 8.112
Além das regras constitucionais sobre o assunto, quero sugerir o estudo 
das situações a seguir descritas. 
Ocupação de mais de um cargo em comissão: é vedada, salvo na 
situação prevista no art. 9o, parágrafo único, da Lei no 8.112. 
Lei no 8.112: 
“Art. 9o ................................................................................ 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de 
natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
........................................ 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em 
comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem 
ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.” 
Remuneração pela participação em órgão de deliberação coletiva: 
é vedada. Explico: na esfera federal, é muito comum que determinados cargos 
tenham assento assegurado em determinados conselhos ou comissões, sem 
prejuízo das outras funções do cargo. Todavia, não podem receber 
remuneração por essas participações “extra”. 
Exceções para os órgãos de deliberação coletiva: é possível receber, 
cumulativamente com a do cargo público, a remuneração pela participação em 
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de 
economia mista, suas subsidiáriase controladas, bem como quaisquer 
empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha 
participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação 
específica. 
Lei no 8.112: 
“Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em 
 
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comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem 
ser remunerado pela participação em órgão de deliberação 
coletiva. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à 
remuneração devida pela participação em conselhos de 
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia 
mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas 
ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha 
participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser 
legislação específica.” 
Situação de 2 cargos efetivos + cargo em comissão: será afastado 
dos 2 cargos efetivos, salvo se houver compatibilidade de horário e local com o 
exercício de 1 deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou 
entidades envolvidos. 
Lei no 8.112: 
“Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de 
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos 
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário 
e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades 
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.” 
 
5. RESPONSABILIDADES
A Lei no 8.112 regula as formas de responsabilização do servidor 
público, pela prática de ato ilícito, no exercício do serviço público (arts. 
121/126, da Lei no 8.112). 
As consequências desse tipo de ato ilícito podem ocorrer em três esferas 
de responsabilidade: 
⇒ Civil: o servidor que praticar de um ato omissivo ou comissivo, de 
forma dolosa (praticado intencional, maldosa ou conscientemente) 
ou culposa (sem a intenção, mas desprovido as cautelas 
necessárias, acidentalmente), no exercício de função pública, e que 
 
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causar dano ao erário (cofres públicos) ou a terceiros, gera 
responsabilidade civil para si (dever de indenizar); 
⇒ Penal: o servidor também pode ser condenado na justiça penal 
por ter cometido um ato ilícito contra a administração ou contra 
terceiro, no exercício do serviço público federal; e 
⇒ Administrativa: um ato irregular praticado pode gerar uma 
aplicação de penalidade ao servidor. 
5.1. RESPONSABILIDADE CIVIL E INDENIZAÇÃO AOS COFRES PÚBLICOS
A RESPONSABILIDADE CIVIL é apurável em ação judicial. 
Cálculo de prejuízos dolosamente causados ao erário (cofres 
públicos): se não houver outros bens que assegurem a execução do débito 
pela via judicial, serão apurados (liquidados) pelo procedimento de desconto 
em folha de pagamento, previsto no art. 46, combinado com o art. 122, da Lei 
no 8.112: 
a. a dívida pode ser parcelada, a pedido do interessado; 
b. a parcela não pode ser inferior 10% da remuneração, provento ou 
pensão; 
Dano causado a terceiros: se a Fazenda Pública for condenada, o 
servidor será responsabilizado em ação regressiva, a ser promovida pelo Poder 
Público (art. 122, § 2o, da Lei no 8.112). 
Responsabilidade dos sucessores (herdeiros): podem ser executados 
para cumprir a obrigação de reparar o dano do servidor falecido que tenha 
praticado ato ilícito e causado dano. Nesse caso, os sucessores respondem até 
o limite do valor da herança recebida (art. 122, § 3o, da Lei no 8.112). 
 
5.2. RESPONSABILIDADE PENAL
RESPONSABILIDADE PENAL: é apurada pelo Poder Judiciário, de 
acordo a legislação penal e processual penal, para efeitos de apuração por 
crime ou contravenção de servidor nessa qualidade (art. 123, da Lei no 8.112). 
 
 
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5.3. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA: é apurada pela própria 
Administração, pelas regras da Lei no 8.112, em processo que seja assegurada 
a ampla defesa e contraditório ao servidor. 
5.4. CUMULAÇÃO DE RESPONSABILIDADES
A cumulação de sanções das três esferas é possível: as sanções 
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si (art. 125, da Lei no 8.112)! 
5.5. EFEITOS DE ABSOLVIÇÃO CRIMINAL
Em caso de absolvição criminal: a responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou sua autoria. 
ATENÇÃO: absolvição criminal meramente por insuficiência 
de provas contra o servidor não acarreta sua reintegração 
no serviço público! 
A reintegração somente ocorre por absolvição que: 
→ negue a existência do fato; ou 
→ negue a autoria do acusado. 
Lei no 8.112: 
“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria.” 
Muito bem! Já falamos sobre os deveres e proibições (arts. 116 e 117), 
destacando os casos específicos de demissão (art. 132, inciso XIII). Agora 
vamos falar sobre as penalidades disciplinares cabíveis na esfera federal. 
 
 
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6. PENALIDADES
As PENALIDADES são as sanções administrativas previstas para o 
servidor que comprovadamente praticou infração de natureza disciplinar (arts. 
127/142, da Lei no 8.112). Elas são consequências de atos de descumprimento 
de dever ou proibição, praticados por um servidor no exercício de cargo público 
efetivo, cargo em comissão ou função de confiança, e são assim enumeradas 
pela lei: 
⇒ Advertência; 
⇒ Suspensão; 
⇒ Demissão; 
⇒ Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
⇒ Destituição de cargo em comissão; 
⇒ Destituição de função comissionada. 
Vamos falar sobre a forma como devem ser aplicadas, a escolha da 
penalidade e até quando podem ser aplicadas (prescrição). 
6.1. REGRAS GERAIS
Fundamentação: a imposição da penalidade sempre deve mencionar o 
fundamento legal e os motivos da aplicação. 
Por escrito: não existe aplicação verbal na Lei no 8.112 (tudo deve ser 
registrado em documentos, que devem fazer parte de um processo), nem no 
caso de advertência. 
Escolha das penalidades: na aplicação das penalidades devem ser 
consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que 
dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes funcionais. 
6.2 ADVERTÊNCIA
Cabimento: 
 
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a. violação das proibições previstas no art. 117, incisos I a VIII e XIX; 
b. violação de inobservância de dever funcional previsto em lei, 
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de 
penalidade mais grave (trata-se de violação de deveres previstos em 
outros atos normativos!); 
Cancelamento dos registros nos assentamentos funcionais do 
servidor: após 3 anos de efetivo exercício, caso o servidor não houver 
praticado nova infração disciplinar (esse cancelamentonão produz efeitos 
retroativos). 
6.3. SUSPENSÃO
Cabimento: 
a. nas hipóteses de reincidência das faltas punidas com advertência; 
b. nas violações das demais proibições que não tipifiquem infração 
sujeita a penalidade de demissão; 
Extensão da pena: 
a. máximo de 15 dias: por recusa a ser submetido a inspeção médica 
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da 
penalidade uma vez cumprida a determinação. 
b. máximo de 90 dias: nos demais casos. 
Conversão em multa: é possível converter pena de suspensão em 50% 
por dia de vencimento ou remuneração, em casos de conveniência 
administrativa, obrigando o servidor a permanecer em serviço. 
ATENÇÃO: a conversão da pena de suspensão em multa não é 
uma espécie de penalidade disciplinar! 
ü Não existe penalidade disciplinar de multa (art. 127 da Lei 
no 8.112! 
ü Isso pode cair em prova! 
Cancelamento dos registros nos assentamentos funcionais do 
servidor: após 5 anos de efetivo exercício, caso o servidor não houver 
 
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praticado nova infração disciplinar (o cancelamento não produz efeitos 
retroativos). 
6.4. DEMISSÃO
A DEMISSÃO enseja a expulsão do infrator do serviço público federal, 
nas hipóteses relacionadas no art. 132, incisos I a XIII, da Lei no 8.112. Vejo 
muitas questões perguntando sobre esse artigo! 
Hipóteses de cabimento: 
a. crime contra a administração pública: deve decorrer de 
condenação judicial transitada em julgado (quando a condenação não 
puder mais ser desfeita por recurso); 
b. abandono de cargo: ausência ao serviço por mais de 30 dias 
consecutivos (prazos como esses são importantes para serem 
guardados!), devendo a penalidade de demissão ser precedida de 
procedimento sumário (arts. 133 e 140); 
c. inassiduidade habitual: ausência ao serviço por mais de 60 dias, 
interpoladamente (não precisam ser consecutivos), dentro do período 
de 12 meses, devendo a penalidade de demissão ser precedida de 
procedimento sumário (arts. 133 e 140); 
d. improbidade administrativa: para tipificar esse tipo de infração, o 
servidor deve praticar algum tipo de desonestidade que constitua 
violação ao dever de ser probo (honesto) e, normalmente, essa 
infração é acompanhada de algum outro tipo de infração, como a de 
valimento do cargo em proveito próprio ou de outrem, em detrimento 
da dignidade da função pública; 
e. incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição: é a 
conduta exagerada e vergonhosa do servidor, dentro da repartição; 
f. insubordinação grave em serviço: é o ato de desobediência ou 
indisciplina em relação às suas obrigações como servidor; 
g. ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem: são as chamadas “vias de 
fato”, que podem ser cometidas contra qualquer pessoa, salvo em 
legítima defesa próprio ou de outrem; 
 
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h. aplicação irregular de dinheiros públicos: aplicação dolosa e 
irregular de recursos do erário é passível de demissão; 
i. revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo: é 
uma quebra do dever de sigilo de informação específica para assuntos 
confidenciais; 
j. lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional: 
gerar um desperdício de dinheiro do erário ($$$) ou destruir algum 
bem do patrimônio público nacional é causa de demissão; 
k. corrupção: embora a Lei no 8.112 não define essa conduta, ela é 
prevista como crime no art. 317, do Código Penal: “solicitar ou 
receber, para si ou para outros, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”; 
l. acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas: é a 
violação da proibição específica de acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas (nesse caso, a demissão somente será 
aplicável depois que o servidor se recusar a fazer uma opção, e for 
concluído o processo administrativo disciplinar previsto no art. 133, a 
seguir comentado); 
m. transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117: a violação de 
qualquer dessas proibições, já comentadas, também é causa de 
demissão. 
 
6.5. CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DA DISPONIBILIDADE DO
INATIVO
Cabimento: trata-se de penalidade aplicada ao servidor aposentado que 
houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. A 
APOSENTADORIA NÃO É UM “ESCUDO” para atos puníveis com demissão 
que FORAM PRATICADOS DURANTE A ATIVIDADE. 
 
 
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6.6. DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO
Cabimento: 
a. aplicável a servidor que não seja ocupante de cargo efetivo (ocupante 
de cargo em comissão), nos casos de cometimento de infração 
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão; 
b. se o servidor já tiver sido exonerado, será convertida a exoneração 
em destituição de cargo em comissão. 
ATENÇÃO: EXONERAÇÃO de ocupante de cargo em comissão 
não é penalidade! 
ü Mas, a DESTITUIÇÃO de cargo em comissão é 
penalidade! 
6.7. CONSEQUÊNCIAS ACESSÓRIAS DE PENALIDADES
Consequências (arts. 136 e 137, da Lei no 8.112): 
a. indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário (sem 
prejuízo da ação penal cabível): em casos de demissão ou 
destituição de cargo em comissão, por alguma das infrações do 
art. 132, incisos IV, VIII, X e XI; 
b. incompatibilização para nova investidura em cargo público 
federal, pelo prazo de 5 anos: em casos de demissão ou 
destituição de cargo em comissão, por alguma das infrações do 
art. 117, incisos IX e XI; 
c. impossibilidade de retorno ao serviço público federal: em casos 
de demissão ou destituição de cargo em comissão, por alguma 
das infrações do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
DICA: segue resumo de informações relevantes para mais um 
“decoreba”! Sei que já há muitas regrinhas para estudar, mas esse 
tópico pode ser uma boa questão de prova! 
 
DEMISSÃO OU DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO + 
 
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INDISPONIBILIDADE DOS BENS E O RESSARCIMENTO AO 
ERÁRIO, SEM PREJUÍZO DA AÇÃO PENAL CABÍVEL: 
⇒ improbidade administrativa; 
⇒ aplicação irregular de dinheiros públicos; 
⇒ lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
⇒ corrupção. 
 
DEMISSÃO OU DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO + 
INCOMPATIBILIZAÇÃO DO SERVIDOR DEMITIDO, PARA 
NOVA INVESTIDURA EM CARGO PÚBLICO FEDERAL, POR 5 
ANOS: 
⇒ atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários 
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de 
cônjuge ou companheiro; 
⇒ valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, 
em detrimento da dignidade da função pública. 
 
DEMISSÃO OU DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO + 
IMPEDIMENTO DE RETORNO DO SERVIDOR PÚBLICO 
DEMITIDO AO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL: 
⇒ crime contra a administração pública; 
⇒ improbidade administrativa; 
⇒ aplicação irregular de dinheiros públicos; 
⇒ lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
⇒ corrupção. 
6.8. COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DE PENALIDADESAutoridades competentes para aplicar penalidades (art. 141, da 
Lei no 8.112): 
 
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a. demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade: 
Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo e 
dos Tribunais Federais, e Procurador-Geral da República, para servidor 
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
b. suspensão superior a 30 dias: autoridades administrativas de 
hierarquia imediatamente inferior às acima mencionadas; 
c. advertência ou de suspensão de até 30 dias: chefe da repartição e 
outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou 
regulamentos; 
d. destituição de cargo em comissão: autoridade que houver feito a 
nomeação. 
6.9. PRESCRIÇÃO
A PRESCRIÇÃO é o decurso de tempo sem que tenha sido aplicada, pela 
Administração, a penalidade cabível ao servidor infrator. 
Uma vez prescrita a ação disciplinar, não será possível a aplicação de 
penalidade ao servidor. Isso cai em concurso? Sim, cai! Já vi várias 
questões sobre esse tema. 
Prazos: 
a. em 5 anos: para infrações puníveis com demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
b. em 2 anos: para suspensão; 
c. em 180 dias: para advertência. 
Início da contagem: a prescrição começa a correr da data em que o fato 
se tornou conhecido. 
Prazos prescricionais para infrações disciplinares também 
capituladas como crime: quando a infração disciplinar também constituir 
crime previsto na lei penal, o prazo prescricional para a penalidade 
administrativa será o da lei penal. 
Interrupção de prazo prescricional: a abertura de sindicância ou 
instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final 
proferida por autoridade competente (essas interrupções se dão com a 
 
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publicação do ato que constituir a comissão que conduzirá as 
investigações). 
Reinício da contagem: havendo a interrupção do prazo, ao ser 
reiniciado, começará a correr do “zero” novamente, e somente a partir do dia 
em que cessar a interrupção. 
Ex.: quando uma sindicância for aberta, o prazo somente começa a contar 
novamente após a decisão da sindicância pela autoridade que a abriu. 
Extinção da punibilidade pela prescrição: a autoridade julgadora 
determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Por 
isso, ao contrário do que muitos pensam, o processo com aplicação de 
penalidade prescrita deve ir até o final, para que seja apurada a possível 
inocência do acusado! 
 
Vamos aos EXERCÍCIOS?! 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS
Regime disciplinar. Direito de Petição. 
 
QUESTÃO 1: FGV - PC-AP - DELEGADO DE POLÍCIA (2010) 
Com relação à responsabilidade civil, penal e administrativa decorrente do 
exercício do cargo, emprego ou função pública, analise as afirmativas a seguir: 
I. O funcionário público, condenado na esfera criminal, poderá ser absolvido na 
esfera civil e administrativa, prevalecendo a regra da independência entre as 
instâncias. 
II. A absolvição judicial do servidor público repercute na esfera administrativa 
se negar a existência do fato ou excluí-lo da condição de autor do fato. 
III. A Administração Pública pode demitir funcionário público por corrupção 
passiva antes de transitado em julgado da sentença penal condenatória. 
IV. A absolvição do servidor público, em ação penal transitada em julgado, por 
não provada a autoria, implica a impossibilidade de aplicação de pena 
disciplinar administrativa, porém permite a ação regressiva civil para 
ressarcimento de dano ao erário. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários: 
Item “I”: errado. Se condenado por crime contra a administração 
pública, repercutirá na esfera administrativa (demissão, art. 132, inciso I, 
da Lei no 8.112) e cível (dever de indenizar o erário se causou danos). 
Penso que a questão poderia ter informações um pouco mais detalhadas. 
Primeiro, porque não mencionou o trânsito em julgado, depois, nem sempre 
 
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um crime será causador de danos para repercutir na esfera cível. Pode haver 
infração a princípios sem resultados materiais. Ótima questão par recurso! 
De qualquer forma, o gabarito da FGV apontou-a como verdadeira. 
Item “II”: CORRETO. É a hipótese do art. 126, da Lei no 8.112. 
CUIDADO: absolvição criminal meramente por insuficiência de 
provas contra o servidor não acarreta sua reintegração no 
serviço público! 
 
Lei no 8.112: 
“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou 
sua autoria.” 
Item “III”: CORRETO. O gabarito da FGV considera que a Administração 
não precisa aguardar a decisão judicial para demitir servidor por corrupção, 
basta valer-se do art. 132, inciso XI, da Lei no 8.112, como causa de demissão. 
Item “IV”: errado. A absolvição criminal por “não provada a autoria” é 
porque as provas do processo judicial não foram suficientes para o Judiciário 
se convencer que o servidor é culpado pelo crime. Mas, veja bem que essa 
expressão não equivale a dizer que foi “negada a autoria”! A negativa de 
autoria implica dizer que foi comprovado, pela prova dos autos, que o servidor 
não participou da atividade criminosa! 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 2: FGV - SENADO FEDERAL - ADMINISTRADOR (2008) 
Em relação ao servidor estatutário federal, assinale a afirmativa correta. 
a) Não se considera punido quando lhe é aplicada a medida de destituição de 
cargo em comissão. 
b) Tem direito à recondução quando é invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial. 
c) É sujeito a demissão se pratica ato de improbidade administrativa. 
Comentários: 
 
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Alternativa “A”: errada (art. 127, inciso V, da Lei no 8.112). 
Alternativa “B”: errada. O art. 128, da Lei no 8.112, fala em reintegração 
de servidor estável. Logo, essa regra não se aplica a ex-ocupantes de cargos 
em comissão. 
Alternativa “C”: CORRETA (art. 132, inciso IV, da Lei no 8.112). 
Resposta: alternativa “C”. 
QUESTÃO 3: CESPE - ANCINE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO (2012) 
( ) Nos termos da Lei no 8.112, nenhum servidor poderá ser 
responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à 
autoridade superior de informação relativa à prática de crimes ou atos de 
improbidade de que tenha conhecimento. 
Comentários: 
CORRETA! Exatamente a descrição da lei! 
Lei no 8.112: 
“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, 
penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade 
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, aoutra 
autoridade competente para apuração de informação concernente à 
prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, 
ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função 
pública.” 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 4: FGV - SENADO FEDERAL - ADVOGADO (2008) 
( ) No regime estatutário federal, constituem causas de demissão, entre 
outras, a inassiduidade habitual, a oposição injustificada ao andamento de 
processo e a insubordinação grave em serviço. 
Comentários: 
Errada. Pelo enunciado, somente correspondem a condutas passíveis de 
demissão a inassiduidade habitual e a insubordinação grave em serviço (art. 
 
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132, incisos III e VI, da Lei no 8.112). As condutas de demissão estão referidas 
no art. 132. Recomendo uma boa lida nessa parte! 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 5: CESPE - FUB - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (2011) 
( ) A abertura de sindicância e a instauração de processo disciplinar 
interrompem a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade 
competente. 
Comentários: 
CORRETA! 
Às vezes, o CESPE muda uma ou outra palavra com o intuito de tentar 
confundir o candidato! Veja bem, na leitura do § 3o do art. 142, da Lei no 
8.112, que o termo “OU” possui a função de “E”. 
Lei no 8.112: 
“Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, 
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo 
em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. 
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se 
tornou conhecido. 
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às 
infrações disciplinares capituladas também como crime. 
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida 
por autoridade competente. 
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a 
partir do dia em que cessar a interrupção.” 
Resposta: Verdadeira. 
 
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QUESTÃO 6: CESPE - TJ-SE - JUIZ (2008) 
A absolvição criminal só afastará a persecução no âmbito da administração no 
caso de 
a) ficar provada na ação penal a inexistência do fato ou a negativa de autoria; 
b) insuficiência de provas para demonstração da participação do servidor no 
ilícito. 
Comentários: 
A resposta correta é a alternativa “A”! 
Lei no 8.112: 
“Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua 
autoria.” 
Resposta: alternativa “A”. 
QUESTÃO 7: FGV - OAB (2010) 
Determinado servidor público foi acusado de ter recebido vantagens indevidas 
valendo-se de seu cargo público, sendo denunciado à justiça criminal e 
instaurado, no âmbito administrativo, processo administrativo disciplinar por 
ter infringindo seu estatuto funcional pela mesma conduta. Ocorre que o 
servidor foi absolvido pelo Poder Judiciário em razão de ter ficado provada a 
inexistência do ato ilícito que lhe fora atribuído. 
Nessa situação, é correto afirmar que 
a) a decisão absolutória não influirá na decisão administrativa do processo 
administrativo disciplinar, por serem independentes. 
b) haverá repercussão no âmbito do processo administrativo disciplinar, não 
podendo a administração pública punir o servidor pelo fato decidido na esfera 
penal. 
c) em nenhuma hipótese a decisão penal surtirá efeito na esfera 
administrativa, mesmo que a conduta praticada pelo servidor seja prevista 
como ilícito penal e ilícito administrativo. 
 
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d) a punição na instância administrativa nunca poderá ser anulada, caso tenha 
sido aplicada. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “B”! Ocorreu a absolvição do 
acusado por NEGATIVA DO FATO, na esfera criminal, caso que repercute na 
esfera administrativa (art. 126, da Lei no 8.112). 
Resposta: alternativa “B”. 
QUESTÃO 8: FGV - MEC - ANALISTA DE SISTEMAS (2009) 
Assinale a opção que apresenta com exatidão as penalidades disciplinares 
previstas na Lei 8.112/90 a que está sujeito o servidor: 
a) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função 
comissionada; prisão domiciliar. 
b) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função 
comissionada. 
c) advertência; suspensão; demissão; destituição de cargo em comissão; 
destituição de função comissionada. 
d) advertência; admoestação verbal pública perante os funcionários da 
repartição; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função 
comissionada. 
e) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função 
comissionada; diminuição dos vencimentos básicos. 
Comentários: 
As penalidades disciplinares estão previstas nos 6 incisos do art. 127, da 
Lei no 8.112: 
“Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
 
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IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada.” 
 
Alternativa “A”: errada, por ter incluído a prisão domiciliar. 
Alternativa “B”: CORRETA! 
Alternativa “C”: errada. Faltou a indicação prevista no inciso IV (cassação 
de aposentadoria ou disponibilidade). 
Alternativa “D”: errada, por ter incluído a admoestação verbal pública 
perante os funcionários da repartição. 
Alternativa “E”: errada, por ter incluído a diminuição dos vencimentos 
básicos. 
Resposta: alternativa “B”. 
QUESTÃO 9: FGV - MEC - ANALISTA DE SISTEMAS (2009) 
Não será aplicada a pena de demissão do servidor público, de acordo com as 
previsões da Lei 8.112/90, na seguinte hipótese: 
a) crime contra a administração pública. 
b) abandono de cargo. 
c) inassiduidade habitual. 
d) insubordinação grave em serviço. 
e) não atingimento das metas estabelecidas pelo superior hierárquico. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “E”! A única descrição que está 
fora do art. 127, da Lei no 8.112, é a proposição que menciona “não 
atingimento das metas estabelecidas pelo superior hierárquico”. 
Resposta: alternativa “E”. 
QUESTÃO 10: CESPE - ANCINE - TÉCNICO ADMINISTRATIVO (2012) 
( ) A remoção, a suspensão e a demissão são exemplos de penalidades 
disciplinares previstas na lei em apreço. 
 
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Comentários: 
Errada. REMOÇÃO NÃO É PENALIDADE DISCIPLINAR! 
Sugiro que você memorize o art. 127, da Lei no 8.112, o qual prevê as 
ESPÉCIES DE PENALIDADE. 
Lei no 8.112:“Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
.............................. 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de 
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por 
modalidades de remoção: 
I - de ofício, no interesse da Administração; 
II - a pedido, a critério da Administração; 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse 
da Administração: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público 
civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da 
Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento 
funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o 
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo 
 
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com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles 
estejam lotados.” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 11: FCC - TRE-CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO (2012) 
Liliane e Teresa são técnicas judiciárias do Tribunal Regional Eleitoral do 
Estado do Ceará. No exercício do cargo, Liliane praticou usura e Teresa 
procedeu de forma desidiosa. Considerando que ambas não possuem qualquer 
infração administrativa constante nos seus prontuários, segundo a Lei no 
8.112/1990, Liliane e Teresa estão sujeitas a penalidade de 
a) advertência. 
b) suspensão. 
c) demissão. 
d) demissão e suspensão, respectivamente. 
e) suspensão e demissão, respectivamente. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “C”! Pela USURA e pela 
DESÍDIA, cabe DEMISSÃO (arts. 117, incisos XVI e XV, e 132, inciso XIII, da 
Lei no 8.112). 
Resposta: alternativa “C”. 
QUESTÃO 12: FCC - TRE-CE - TÉCNICO JUDICIÁRIO (2012) 
Considere: 
I. Cleópatra, técnica judiciária do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do 
Ceará foi demitida em razão da prática de ato de improbidade devidamente 
comprovado. 
II. Afrodite, auxiliar judiciária do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Ceará 
foi demitida por incontinência pública e conduta escandalosa na repartição. 
III. Minotauro, funcionário público no exercício de cargo em comissão no 
Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Ceará foi destituído do cargo pela 
prática de crime contra a administração pública. 
 
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De acordo com a Lei no 8.112/1990, NÃO poderá retornar ao serviço público 
federal 
a) Minotauro, apenas. 
b) Cleópatra, Afrodite e Minotauro. 
c) Cleópatra, apenas. 
d) Cleópatra e Minotauro, apenas. 
e) Cleópatra e Afrodite, apenas. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “D”! 
Para resolver essa questão, devemos ter em mente o art. 137, da Lei no 
8.112, que diz que a demissão ou a destituição de cargo em comissão, por 
infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o servidor punido 
para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos. 
Já pelo parágrafo único do art. 137, não poderá retornar ao serviço 
público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão 
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
Vejamos o art. 132: 
“Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; (Minotauro) 
..................................... 
IV - improbidade administrativa; (Cleópatra) 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;” 
(Afrodite) 
Então, não poderão retornar ao serviço público os demitidos pelo art. 132, 
inciso I e IV, da Lei no 8.112). 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 13: FCC - TRT 11a REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO (2012) 
Manoel, servidor público federal, foi punido com a penalidade de suspensão por 
sessenta dias. Nos termos da Lei no 8.112/1990, após o decurso de 
determinado período de efetivo exercício, Manoel terá a sanção cancelada de 
 
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seus registros, desde que, nesse período, não tenha praticado nova infração 
disciplinar. O lapso temporal a que se refere o enunciado é de 
a) 2 anos. 
b) 4 anos. 
c) 3 anos. 
d) 5 anos. 
e) 1 ano. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “D”! O prazo é de 5 ANOS DE 
EFETIVO EXERCÍCIO, para o cancelamento dos registros da penalidade de 
suspensão aplicada (art. 131, da Lei no 8.112). 
Se tivesse sido a penalidade de advertência, o prazo seria menor: 3 
anos. 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 14: CESPE - FUB - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (2011) 
( ) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base de 50% 
por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o 
servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando houver 
conveniência para a prestação do serviço. 
Comentários: 
CORRETA, de acordo com o art. 130, § 2o, da Lei no 8.112, que diz: 
“Quando houver conveniência para o serviço, a PENALIDADE DE 
SUSPENSÃO PODERÁ SER CONVERTIDA EM MULTA, na base de 50% 
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o 
servidor obrigado a permanecer em serviço. 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 15: CESPE - IFB - PROFESSOR DE DIREITO (2011) 
( ) A obrigação de reparar dano causado por servidor público ao erário 
estende-se aos sucessores, e contra eles será executada, até o limite do valor 
da herança recebida. 
 
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Comentários: 
CORRETA: “A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores 
e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida” 
(art. 122, § 3o, da Lei no 8.112). 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 16: CESPE - TRE-ES - ANALISTA - ESTATÍSTICA (2011) 
Em 2000, João ingressou no serviço público federal como médico concursado 
de um hospital público. Desde 2008, João é o diretor desse hospital e, em 
2010, ele foi aprovado em concurso e nomeado para o cargo de professor em 
uma universidade federal. Em virtude do grande volume de trabalho nos dois 
cargos, João sai, habitualmente, da universidade, durante as aulas, para 
atender chamados urgentes do hospital. Nos momentos em que se ausenta da 
universidade, João comunica a ausência a um colega professor, que, então, o 
substitui. A filha de João ocupa cargo de confiança, como sua assessora, na 
direção do hospital, o que o deixa à vontade para se ausentar do hospital com 
frequência, pois sabe que o deixa em boas mãos. 
( ) Eventual procedimento administrativo disciplinar para apurar as faltas 
de João ao hospital deve se dar por procedimento sumário. 
Comentários: 
CORRETA. O procedimento sumário ou rito sumário é o adequado para 
apuração de inassiduidade habitual (art. 140, caput, da Lei no 8.112). 
Resposta: Verdadeira. 
QUESTÃO 17:CESPE - MMA - ANALISTA AMBIENTAL (2011) 
( ) Os deveres dos servidores públicos civis federais incluem a observância 
das normas legais e regulamentares, o cumprimento incondicional das ordens 
superiores e o exercício, com zelo e dedicação, das atribuições do cargo. 
Comentários: 
Errada. Não devem ser obedecidas as ordens manifestamente ilegais: 
“Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
.................................... 
 
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III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais;” 
Resposta: Falsa. 
QUESTÃO 18: ESAF - CVM - ANALISTA DE TIC (2010) 
Relativamente aos servidores públicos regidos pela Lei n. 8.112, de 1990, 
assinale a opção correta. 
a) No tocante a atos também sujeitos à responsabilidade penal, as 
responsabilidades civil e administrativa do servidor dependem de sentença 
penal condenatória transitada em julgado. 
b) Embora as responsabilidades civil, penal e administrativa sejam 
independentes entre si, elas não são cumulativas. 
c) As responsabilidades civil, penal e administrativa são cumulativas, mas são 
dependentes entre si. 
d) A absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria afasta a 
responsabilidade administrativa do servidor. 
e) A absolvição penal por falta de provas impede a responsabilização do 
servidor na esfera administrativa. 
Comentários: 
Alternativa “A”: errada, pois as esferas de responsabilidade civil, 
administrativa e penal são independentes entre si. (art. 125, parte final, da Lei 
no 8.112). 
Alternativa “B”: errada, pois as sanções das três esferas civil, 
administrativa e penal (art. 125, primeira parte, da Lei no 8.112). 
Alternativa “C”: errada, pelos mesmos motivos das alternativas 
anteriores. 
Alternativa “D”: CORRETA (art. 126, da Lei no 8.112). 
Alternativa “E”: errada. O art. 126, da Lei no 8.112, exige que a 
absolvição criminal negue a autoria ou a existência do fato, para que possa 
repercutir na esfera administrativa. 
Resposta: alternativa “D”. 
 
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QUESTÃO 19: ESAF - CVM - ANALISTA (2010) 
Analise os itens a seguir e marque com V se a assertiva for verdadeira e com F 
se for falsa, de acordo com o regime disciplinar da Lei n. 8.112/90. Ao final, 
assinale a opção correspondente. 
( ) Caso infração funcional punível com demissão tenha sido cometida por 
servidor inativo antes de sua aposentadoria, enquanto estava na atividade, a 
penalidade aplicável ao infrator será a cassação de aposentadoria. 
( ) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de 
cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de 
suspensão e de demissão. 
( ) A penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 
50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o 
servidor obrigado a permanecer em serviço. 
( ) Quando a conduta do servidor for punível com advertência ou 
suspensão, poderá a penalidade ser relevada caso o servidor infrator opte por 
firmar termo de ajustamento de conduta perante a Comissão de processo 
administrativo disciplinar. 
a) V, V, V, F 
b) F, F, F, V 
c) V, V, V, V 
d) V, F, F, V 
e) V, V, F, F 
Comentários: 
Primeira afirmação: CORRETA. Será cassada a aposentadoria ou a 
disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com 
a demissão (art. 134, da Lei no 8.112). 
Segunda afirmação: CORRETA. A destituição de cargo em comissão 
exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de 
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. (art. 135, 
caput, da Lei no 8.112). 
Terceira afirmação: CORRETA. Quando houver conveniência para o 
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na 
 
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base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor 
obrigado a permanecer em serviço (art. 130, § 2o, da Lei no 8.112). 
Quarta afirmação: falsa. Não existe acordo por termo de ajustamento de 
conduta perante a Administração, por infração disciplinar. 
Resposta: alternativa “A”. 
QUESTÃO 20: ESAF - CVM - ANALISTA (2010) 
É vedada a acumulação remunerada de cargo público de professor de 
universidade estadual com: 
a) cargo público de professor da rede de ensino municipal. 
b) cargo técnico ou científico em órgão público federal. 
c) cargo público em autarquia estadual, para o qual se exige formação 
específica de nível superior e cujas atribuições são de elevadas 
responsabilidade e complexidade. 
d) cargo público em órgão integrante da Administração Pública Direta, de nível 
médio, para o qual não se exige formação específica e cujas atribuições são de 
natureza eminentemente burocrática. 
e) cargo de professor em universidade federal. 
Comentários: 
A resposta do gabarito é a alternativa “D”! 
Vejamos o que diz a Constituição Federal: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
................................................. 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado 
em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
 
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c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas;” 
Para que o “cargo técnico" seja acumulável com um de professor 
(magistério), deve tratar de conhecimento especializado, científico ou artístico 
ou sujeito a princípios e regras sistemáticos, adquirido mediante estudo ou 
prática comprovado. 
Nesse caso, podem ser considerados cargos técnicos os de: 
• nível técnico especializado (p. ex., técnico em contabilidade, 
técnico em informática); e 
• nível superior. 
Portanto, estão fora da concepção de cargo técnico os de nível 
técnico comum (ex., Técnico Administrativo do Tribunal Regional Federal). 
Resposta: alternativa “D”. 
QUESTÃO 21: ESAF - CVM - ANALISTA (2010) 
Servidor público ocupante de cargo de provimento efetivo na Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM) é investido no mandato de Vereador. Nessa situação, 
é correto afirmar que: 
a) o servidor, se houver compatibilidade de horários, não será afastado do 
cargo por ele ocupado na CVM e perceberá as vantagens de seu cargo, sem 
prejuízo da remuneração do cargo eletivo. 
b) o servidor, se houver compatibilidade de horários, não será afastado do 
cargo por ele ocupado na CVM e optará pelo recebimento da remuneração do 
cargo efetivo ou pelo subsídio de Vereador. 
c) o servidor ficará afastado do cargo ocupado na CVM durante o mandato e 
perceberá apenas o subsídio de Vereador. 
d) o servidor ficará afastado do cargo ocupado na CVM e cumulará sua 
remuneração com

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