Memoria_Cap

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Profa. Msc. Renata Vale 
 
Sternberg (2010) 
Definição de memória 
 Mecanismos dinâmicos associados à retenção e à 
recuperação de informações acerca da experiência 
passada. 
 Usar experiência passada para responder ao presente; 
 Os exemplos desse uso referem-se às mais variadas 
situações: conhecimentos gerais, conhecimentos 
formais (escola), comparações com Ss ausentes, 
acontecimentos da própria vida, Rs motoras, etc. 
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Estudo da memória 
 
 Estrutura: maneira como o sistema de memória 
está organizado (de curto prazo, de trabalho, de 
longo prazo). 
 
 Processo: atividades que ocorrem dentro do 
sistema de memória (codificação, armazenamento, 
recuperação). 
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Operações ou estágios da memória 
 (i) codificação – eventos que ocorrem durante a apresentação 
da informação a ser lembrada 
 dados sensoriais são transformados em representações mentais; 
 (ii) armazenamento – conservar a informação codificada; e 
 (iii) recuperação – usar/extrair informação armazenada 
 
 Os processos de codificação determinam o que será “armazenado”, e 
as condições na hora do teste de retenção determinam que 
informações poderão ser “resgatadas ou recuperadas” 
posteriormente 
 Tulving e Thomson (1973, p. 359) :“apenas aquilo que foi armazenado 
pode ser recuperado, e (...) a maneira em que pode ser recuperado 
depende de como foi armazenado.” 
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Tarefas utilizados nos estudos 
 Evocação/recordação versus reconhecimento 
 Produzir um item versus identificar um item como já 
visto; 
 Implícita versus explícita 
 Lembrança que não envolve conhecimento consciente 
ou intenção versus lembrança consciente 
 Conhecimento declarativo versus de procedimento 
 conhecimento declarativo (saber que); 
 conhecimento de procedimento (saber como). 
 
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Experimento de memória implícita 
 As pessoas são solicitadas a realizar tarefas de 
complementação de palavras. 
 É dado um texto ou é falado algo antes da tarefa e 
depois é apresentada palavras que faltam letras e a 
pessoa deve completar: 
 
 IM_ _ Í_ _ T_ ME_ ÓR_ _ 
 
 Geralmente palavras presentes antes da tarefa 
funcionam como dicas para responder corretamente. 
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Experimento de memória de 
procedimento 
 O indivíduo é colocado diante de uma plataforma na 
qual ele pode ver um desenho abstrato através de um 
espelho. Ele é solicitado a reproduzir esse desenho 
vendo sua mão e o próprio desenho através do espelho. 
 Nas primeiras tentativas, o indivíduo comete muitos 
erros, ultrapassando os limites do contorno do 
desenho. 
 Com o treino, ele é capaz de fazer o desenho com mais 
eficiência e menos erros. 
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Modelo Tradicional de Memória 
 Waugh e Norman (1965), baseados em William James: 
 Memória primária – armazena informações temporárias 
 Memória secundária – armazena informações por maior 
tempo 
 Atkinson e Shiffrin (1968) – receptáculos (hipotéticos): 
 Armazenamento sensorial – informações momentâneas 
 Armazenamento de curto prazo – tempo maior, mas 
limitado 
 Armazenamento de longo prazo – longo prazo ou 
durante toda a vida 
 
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Tipos de receptáculos 
Armazenador 
sensorial 
Armazenador 
de curto prazo 
Armazenador 
de longo 
prazo 
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Atenção Treino 
Armazenamento sensorial 
 O armazenamento sensorial ou icônico (visual) é um 
registro de sensações com duração muito breve (segundos) 
 Muitos estímulos que chegam aos nossos sentidos não 
recebem nenhuma atenção. 
 Visão e audição são as modalidades sensoriais mais 
estudadas. 
 Se você vê um flash ao tirar uma foto, você terá a sensação da 
luz por alguns segundos em sua visão. 
 Armazenamento ecóico. 
 Ex: uma pessoa lendo um jornal e a outra lhe pergunta algo. A 
que está lendo o jornal pergunta: “o que você disse?” E logo 
em seguida, antes da repetição, ela já responde. 
 
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Armazenamento sensorial 
 Experimento de Sperling (1960): estudou sobre a 
quantidade de informações que podemos codificar em 
um único e breve olhar de relance a um conjunto de 
estímulos. 
 Mostrou 4 letras, em 3 linhas, em 50 mseg (p. 160). Os 
sujeitos relatavam apenas 4 ou 5 letras. Entretanto, eles 
alegavam que tinham visto mais do que foram capazes 
de relatar. 
 Quando eram solicitados a dizer as letras de uma das 
linhas, cerca de 0,1 seg após, eles conseguiam dizer até 9 
de 12 itens. Após 1 seg, diziam de 4 a 5 itens. 
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Armazenamento de curto prazo e 
longo prazo 
 Assemelham-se às memórias primária e secundária propostas 
por William James (1890). 
 Memória Primária: refere-se à informação que permanece na 
consciência após ter sido percebida e que faz parte do “presente 
psicológico” (informações temporárias em uso) 
 Tentar lembrar um número de telefone por alguns segundos é um 
exemplo do armazenador de curto prazo ou memória primária. 
 Duas características são importantes: (1) capacidade extremamente 
limitada; e (2) fragilidade da armazenagem, já que a menor 
distração geralmente faz com que esqueçamos do número. 
 Memória Secundária: contém informações sobre os eventos que 
já saíram da consciência e fazem parte do “passado psicológico” 
(informações permanentes ou por longo prazo) 
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Armazenamento de curto e longo 
prazo 
 Curto prazo – também denominado de memória imediata. 
Mantém a informação por alguns segundos e, 
ocasionalmente, por até alguns minutos. 
 Em geral a capacidade das pessoas de armazenamento gira em 
torno de 7 itens (de 5 a 9) 
 Há variações em relação ao tipo de item (tamanho, 
significado, modalidade) e às interferências sobre a 
aprendizagem. 
 O efeito da recência no livre recordar refere-se ao fato de que 
os últimos itens de uma lista geralmente são lembrados com 
maior facilidade na recordação imediata do que itens do meio 
da lista. 
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Armazenamento de curto e longo 
prazo 
 Longo prazo – armazenamos uma quantidade bastante 
extensa de informações e por um grande período de 
tempo. 
 Quanta informação podemos guardar? 
 Quanto tempo a informação dura? 
 Uma distinção básica entre os armazenadores de curto e 
longo prazo é que a capacidade do de curto prazo é 
limitada enquanto, para o de longo prazo, não se 
conhecem limites ainda. E nem se sabe como definir 
quais são os limites. 
 
 
 
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Níveis de processamento 
 Proposta de Neisser que rejeita a ideia de três 
receptáculos de memória. 
 A memória dependeria dos diferentes níveis de 
processamento (codificação) da informação. Haveria 
uma variação contínua em termos de profundidade de 
codificação. 
 Quanto mais profundo for o nível de processamento, 
maior probabilidade desse item ser recuperado. 
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Níveis de processamento 
(baseado no experimento de Craik e Tulving, 1975) 
Nível de processamento Base para o 
processamento 
Exemplo 
Físico Características 
visualmente claras das 
letras 
Palavra: MESA 
Pergunta: A palavra está 
escrita em letras 
maiúsculas? 
Fonológico Combinações de sons 
associados com as letras 
(por exemplo, rimas) 
Palavra: GATO 
Pergunta: A palavra rima 
com MATO? 
Semântico Significado da palavra Palavra: NARCISO 
Pergunta: A palavra 
significa um tipo de 
planta? 
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Níveis de processamento 
 Efeito de autorreferência - Em experimentos que o 
participante era solicitado a falar sobre conceitos sobre 
si mesmo, em geral eram observados níveis elevados de 
rememoração. 
 Quando as informações sobre o próprio indivíduo 
eram negativas as pessoas lembravam menos do que 
quando as informações eram positivas. 
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Níveis de processamento 
 Críticas: 
 Definição circular – a profundidade do nível de 
processamento é medida pelo quanto os indivíduos 
conseguem lembrar e o quanto conseguem lembrar é 
determinado pela profundidade do processamento. 
 Há evidências de que palavras memorizadas utilizando o 
processamento fonológico (por exemplo, rimas) foram 
mais lembradas do que quando memorizadas utilizando 
o processamento semântico (significado). 
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Memória de Trabalho Baddeley e Hitch (1974) sugeriram um modelo 
integrador que inclui a noção de receptáculos e níveis 
de processamento – é a memória de trabalho. 
 memória transitória breve: abrange a memória de curto 
prazo e a parte mais recentemente ativada da memória 
de longo prazo; 
 enfatiza funções dessa memória no controle dos 
processos de armazenamento e recuperação. 
 
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Memória de trabalho 
 Componentes: 
 Esboço visuo-espacial – retém brevemente algumas 
imagens visuais. 
 Circuito fonológico – retém brevemente a fala interior 
para compreensão verbal e ensaio acústico. 
 Quando somos apresentados a alguém e repetimos o nome da 
pessoa, em voz alta ou subvocalmente, isso funciona como um 
ensaio para que a informação seja retida. 
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Memória de trabalho 
 Componentes: 
 Executivo central – que coordena as atividades de atenção e 
controla as respostas. Decide se a informação deve ser 
processada e como será esse processamento. 
 Se a pessoa que acabamos de conhecer é uma pessoa importante e 
seu nome deve ser lembrado, o executivo central irá processá-lo para 
que seja retido. 
 Anteparo episódico – integra informações de diferentes partes 
da memória a fim de que façam sentido ao indivíduo. 
 União de informações sobre aquele indivíduo que preciso lembrar o 
nome, como por exemplo o som do nome, o rosto dele, a roupa que 
veste, etc. 
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Sternberg , R. J. (2010). Psicologia 
cognitiva. São Paulo: Cengage Learning. 
(cap. 5). 
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