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PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL 2° SEMESTRE 2015/2

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
42.1	Microeconomia e macroeconomia	�
42.1.1	Estruturas de Mercado	�
52.1.2	A Estrutura de Oligopólio	�
52.1.3	O Oligopólio fraco, forte e dominante do setor supermercadista do Rio Grande do Sul	�
62.1.4	Brasil, o país dos Oligopólios	�
72.2	MÉTODOS QUANTITATIVOS aplicados a gestão empresarial	�
72.2.1	Medidas Descritivas	�
72.2.1.1	ROL	�
82.2.2	Medidas de Tendência Central	�
92.2.2.1	Média simples	�
92.2.2.2	Média ponderada	�
112.2.2.3	Mediana	�
112.2.2.4	Moda	�
122.2.3	Medidas de dispersão	�
132.2.3.1	Amplitude total	�
132.2.3.2	Variância	�
152.2.3.3	Desvio padrão	�
152.2.3.4	Coeficiente de variação	�
162.2.3.5	Frequência	�
172.2.4	Técnicas de Amostragem Probabilística	�
182.2.4.1	Técnicas probabilísticas aleatórias	�
182.2.4.1.1	Amostragem Aleatória Simples	�
192.2.4.1.2	Amostragem Estratificada	�
202.2.4.1.3	Amostragem Sistemática	�
212.2.4.1.4	Amostragem por Conglomerados	�
222.2.4.2	Técnicas não probabilísticas (não aleatórias)	�
222.2.4.2.1	Amostragem Acidental	�
222.2.4.2.2	Amostragem Intencional	�
222.2.4.3	Cálculo de tamanho das amostras	�
252.2.5	Números-Índices	�
252.2.5.1	Índices Relativos	�
282.2.5.2	Índice de Laspeyres	�
282.3	ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE	�
282.3.1	Capitalismo Monopolista, O desenvolvimento Industrial e a Concentração do Capital	�
302.3.2	Capitalismo Monopolista e Suas Implicações Sociais	�
343 CONCLUSÃO	�
35REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre a Estrutura de mercado no setor supermercadista e visa mostrar as estruturas de mercado predominante e destacar o oligopólio como a forte estrutura de mercado que domina a redes de mercado do Rio Grande do Sul. 
Neste trabalho vamos apresentar conteúdos das disciplinas aprendidas em sala de aula como microeconomia e macroeconomia; métodos quantitativos; Ética, Política e Sociedade, fundamentando teoricamente a fim de aprimorar os conhecimentos adquiridos ao longo desse período.
Este trabalho está organizado em três capítulos, onde no primeiro capítulo, será abordado sobre o oligopólio no setor supermercadista do Rio Grande do Sul, o segundo capítulo será abordado métodos quantitativos e conceitos estatísticos que são aplicados frequentemente à gestão empresarial e finalmente no terceiro capítulo trataram do capitalismo monopolista e as suas implicações sociais.
A metodologia utilizada para execução desse trabalho foi o uso constante de livros digitais disponíveis na internet, como livros físicos e artigos encontrados em algumas revistas e jornais onde pude aplicar meus conhecimentos e adquirir mais experiência na área de gestão.
desenvolvimento
Microeconomia e macroeconomia
Estruturas de Mercado
Quando pensamos na palavra mercado, logo imaginamos um lugar onde as pessoas possam comprar ou vender seus produtos, mais na verdade, mercado para economia está ligado a “[...] grupo de compradores e vendedores que têm potencial para negociar uns com os outros”.
Para Mendes (2004, p.124) “[...] o termo estrutura de mercado refere-se às características organizacionais de um mercado, as quais determinam as relações entre: vendedores no mercado; compradores no mercado; vendedores e compradores; vendedores estabelecidos e novos vendedores”.
Desta forma podemos reconhecer quatro estruturas de mercado: concorrência perfeita, concorrência monopolística, oligopólio e monopólio.
Por base no texto foi possível identificar um das quatro principais estruturas de mercado que é a estrutura oligopólio.
	A tabela a seguir conceitua cada tipo de estrutura de mercado conhecido:
Figura 1 – Resumo das estruturas de mercado
Fonte: Do autor (2015)
A Estrutura de Oligopólio
Dentro das estruturas citadas no texto capítulo acima o que se destaca é o oligopólio que segundo o conceito é uma estrutura de mercado que se situa entre concorrência perfeita e monopólios onde se verifica uma alta concentração do capital, ou seja, são caracterizados por grandes corporações que atendem os desejos e necessidades de um grande número de consumidores e têm a capacidade de controlar o preço dos bens e serviços ofertados.
A partir das ideias de Bain, Carvalho (2000) estabeleceu-se quatro tipos de oligopólio:
Oligopólio concentrado: tipo de oligopólio em que os produtos são essencialmente homogêneos e no qual a competição entre as firmas é essencialmente através dos investimentos realizados, e não através de preços.
Oligopólio diferenciado: Nessa categoria, enquadram-se os oligopólios em que as firmas competem através da diferenciação dos produtos, ou seja, os produtos são substituídos imperfeitos entre si.
Oligopólio diferenciado-concentrado: Combina características de oligopólio concentrado e do oligopólio diferenciado. Dessa forma, os produtos são diferenciados, e a competitividade requer uma escala mínima de eficiência.
Oligopólio competitivo: Esta estrutura tem como característica principal a elevada concentração, os produtos são pouco diferenciados.
O Oligopólio fraco, forte e dominante do setor supermercadista do Rio Grande do Sul
Logo no artigo estudado (Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração) citam-se três tipos de oligopólio: fraco, forte e dominante. Considera-se um oligopólio fraco aquela cujo market-share das quatro maiores empresas citadas no artigo não passar de 40% do mercado, o oligopólio forte é caso as quatro maiores firmas do mercado possuam mais de 60% do mercado e o oligopólio dominante é quando houver uma firma que detenha ao menos 40% do mercado, não possuindo um rival próximo, então ela será chamada de firma dominante. 
Com isso conclui-se que o setor supermercado gaúcho se enquadra melhor na situação de oligopólio fraco onde percebeu que apesar disso as grandes redes conseguem exercer o poder do mercado que detêm.
Brasil, o país dos Oligopólios
No nosso dia a dia quando vamos ao mercado não percebemos que alguns produtos que escolhemos são da mesma empresa um exemplo dessa concentração é quando um consumidor vai à seção de higiene pessoal de um estabelecimento comercial e pega nas gôndolas um aparelho de barbear Gilette, um pacote de absorventes Tampax e um pacote de fraldas Pampers, ele está comprando três marcas que integram o portfólio da gigante norte-americana Procter & Gamble – que também é dona dos produtos Oral-B, para dentes. 
Em uma pesquisa realizada por um jornal de Campinas (SP) 10 empresas dominam até 70% das vendas dos supermercados entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.
E algumas empresas brasileiras também concentram o mercado A BRF – nascida da união entre Sadia e Perdigão – é líder em vários segmentos das gôndolas: está presente em 28 das 30 categorias de alimentos perecíveis analisadas pelo instituto Nielsen, como massas, congelados de carne, margarinas e produtos lácteos. A BRF está na mesa de aproximadamente 90% dos 45 milhões de domicílios do Brasil. Ela é responsável por 20% do comércio de aves no mundo. Em pizzas, a empresa detém 52,5% do mercado e 60% do de massas congeladas no país.
Outra empresa brasileira com grande presença na mesa dos brasileiros e de outros países é a JBS, dona de várias marcas conhecidas, como Friboi, Seara, Swift, Maturatta e Cabana Las Lilas. Com essa variedade de produtos e a presença em 22 países de cinco continentes (entre plataformas de produção e escritórios), ela atende mais de 300 mil clientes em 150 nações.
O Governo brasileiro incentivou concentração empresarial, para alguns economistas, tem havido um aumento da presença do Estado na economiabrasileira, um movimento que ganhou força no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o BNDES passou a conceder financiamentos a juros mais baixos para promover as chamadas “campeãs nacionais”. Esse movimento de empresas brasileiras mais fortes no exterior cria gigantes, mas não necessariamente essa liderança traz vantagens para os consumidores brasileiros, que continuam com poucas opções quando vão ao supermercado.
MÉTODOS QUANTITATIVOS aplicados a gestão empresarial
Medidas Descritivas
As Medidas Descritivas ou também chamada estatística descritiva está presente em praticamente em todas as áreas do conhecimento humano na qual se descreve a informação advinda dos dados colhidos em uma pesquisa, essa é a finalidade das medidas descritivas. O primeiro passo para que se possa caminhar em direção à informação é o organizar os dados, em conformidade com a população e/ou com a amostra em estudo.
ROL
No aspecto descritivo da estatística, os dados brutos, ou seja, aqueles obtidos diretamente da pesquisa, não permitem uma análise direta, daí porque necessitam ser ordenados na forma de um rol.
ROL é a tabela obtida após a ordenação dos dados brutos (de forma crescente e decrescente), pode-se conceituar rol como o arranjo dos dados brutos em ordem crescente. A finalidade do rol é permitir, de maneira mais clara e concisa, a análise dos dados, de sorte a visualizar o maior e o menor valor, a amplitude dos dados e os elementos que se repetem. Nas figuras abaixo, a figura 2 representa os dados brutos e a figura 2 representa os dados organizados, ou seja o ROL.
Figura 2 – Dados brutos
Fonte: Do autor (2015)
Figura 3 – ROL
Fonte: Do autor (2015)
Medidas de Tendência Central
A média, assim como a mediana e a moda são medidas de tendência central, ou seja, são usadas para indicar um valor que tende a tipificar, ou a representar melhor, um conjunto de números, conforme ensina STEVENSON (p. 19). 
COSTA (p. 56), por seu turno, prefere conceituar as medidas de tendência central como estatísticas, cujos valores estão próximos do centro de um conjunto de dados. 
MEDRI (p. 22) prefere afirmar que as medidas de tendência central são aquelas que produzem um valor em torno do qual os dados observados se distribuem, e que visam sintetizar em um único número o conjunto de dados. 
 Essa última definição, que remete ao aspecto da distribuição dos dados, parece ser a mais correta, porque as medidas de tendência, não necessariamente representam melhor o conjunto, ao final de uma análise e porque a noção de centro, não significa, necessariamente, proximidade.
Média simples
Denomina-se como média simples ou média aritmética o resultado da divisão da soma de todos os n valores amostrados pelo número de elementos amostrados. 
Em termos numéricos, pode-se representar a média da seguinte forma:
Figura 4 – Média
Fonte: Do autor (2015)
STEVENSON (p. 20), discorrendo sobre a média apresenta suas propriedades, quais sejam: 
1. A média de um conjunto de números pode ser sempre calculada. 
2. Para um dado conjunto de números, a média é única. 
3. A média é sensível a (ou afetada por) todos os valores do conjunto. Assim, se um valor se modifica, a média também se modifica. 
4. Somando-se uma constante a cada valor do conjunto, a média ficará aumentada do valor dessa constante. Assim, somando-se 4,5 a cada valor de um conjunto, a média ficará aumentada de 4,5. Analogamente, subtraindo-se cada valor do conjunto uma constante, ou multiplicando-se ou dividindo-se por ela cada valor do conjunto, a média fica reduzida dessa constante, ou multiplicada ou dividida por ela. 
5. A soma dos desvios dos números dos números de um conjunto a contar da média é zero.
Média ponderada
Na apuração da média simples, cada elemento observado e constante do rol tem a mesma importância, ou, fazendo uma analogia com a média ponderada, a importância é unitária, ou seja, todos os elementos tem importância igual a 1. 
Ao contrário, quando os elementos constantes do rol têm importâncias diferentes há a necessidade de, primeiramente, ajustar os valores do rol, conforme suas respectivas importâncias. 
Essas importâncias diferentes são denominadas por SPIEGEL (p. 55) como fatores de ponderação ou pesos. A média ponderada é representada com o uso da seguinte fórmula:
Figura 5 – Fórmula média ponderada
 Fonte: Do autor (2015)
Exemplificando o uso da média ponderada, destacamos como exemplo um aluno que realizou quatro provas e um exame final, sendo que as provas 1 e 3 tem peso 1, as provas 2 e 4 possuem peso 2 e o exame final possui peso 3. Os dados estão representados na figura a seguir:
	Figura 6 – Média ponderada
 Fonte: Do autor (2015)
Mediana
A mediana é o ponto (ou elemento) e divide o rol em duas partes iguais. Caso o número de elementos do rol seja ímpar, a mediana será o elemento central do rol. Na hipótese do número de elementos serem par, a mediana terá dois valores centrais e corresponderá à média entre esses dois valores. Suponhamos o seguinte rol, constituído de 10 elementos:
Suponhamos o seguinte rol, constituído de 10 elementos:
 13,1 – 13,1 – 13,1 – 13,2 – 13,3 – 13,5 – 13,5 – 13,7 – 13,7 – 13,9
Os elementos centrais são os números 13,3 e 13,5, donde a mediana corresponde à média entre esses dois valores, ou seja, 13,4. Em outra situação, o rol anterior é acrescido de um elemento, qual seja o número 14,0, passando a ter 11 elementos e a compor-se da seguinte forma:
 13,1 – 13,1 – 13,1 – 13,2 – 13,3 – 13,5 – 13,5 – 13,7 – 13,7 – 13,9 – 14,0
	Verifica-se que, nesse caso, a mediana é, exatamente, o elemento central, no caso, 13,5. 
	São propriedades da mediana: 
	1. Existe somente uma mediana para um conjunto de dados. 
 	2. A mediana não é afetada pelos valores extremos como a média aritmética, por isso, se diz que a mediana é uma medida robusta. 
	 3. Sempre que o rol estiver constituído em progressão aritmética (PA), a média será equivalente à mediana.
Moda
Nesse aspecto, MEDRI (p. 23) e STEVENSON (p. 23) concordam na conceituação, definindo, simplesmente, que a moda é o valor que ocorre com maior frequência num conjunto. Consequência desse conceito é que se todos os elementos do conjunto forem diferentes entre si, não haverá moda.
A moda não é fruto de um cálculo, ela resulta de uma observação e, por essa razão, não se presta, diretamente, à análise matemática. Contudo, o valor da moda chama atenção sempre que estiver próximo ou coincidir com a média ou com a mediana, posto que reforce a tendência central da apuração.
Medidas de dispersão
Apurado um valor médio para os elementos de um rol torna-se necessário examinar as medidas de dispersão dos demais elementos em relação à tendência central, como meio de definir a variabilidade que os dados apresentam entre si. COSTA (p. 78) prefere chamar essas medidas como Medidas de Variabilidade.
Somente não haverá dispersão quando todos os elementos do rol forem iguais, como ensina MEDRI (p. 25). As medidas de dispersão, assim, apresentam o grau de agregação dos dados.
Tomemos um exemplo numérico proposto por MEDRI (p. 26) para destacar a importância da análise das medidas de dispersão ou de variabilidade.
	Figura 7 – Média Ponderada
Fonte: Do autor (2015)
Pode-se observar que enquanto a série A não apresenta qualquer variabilidade entre os seus elementos, as séries B e C apresentam dispersão, sendo que a da série C é maior que a da série B. Chamamos atenção para o fato de que, para as três séries, tanto a média quanto a mediana são iguais. 
Contudo, nem todas as séries analisadas terão situação clara como o presente, pelo que se torna necessário calcular outros elementos de apoio matemático para que se possa precisar, no mais das vezes, qual a série ou conjunto de dados mais estável, isto é, que apresenta a menordispersão entre os seus elementos. 
 As medidas descritivas mais comumente utilizadas são: amplitude total; variância e desvio padrão.
Amplitude total
De modo geral a amplitude total corresponde à diferença entre o maior e o menor elemento de um conjunto de observações ou de um rol. Como é lastreada apenas nos valores extremos, apresenta limitação em seu aspecto conclusivo, como alerta MEDRI (p. 26). 
No caso dos dados agrupados na figura 7, podemos calcular a Amplitude Total e sintetizar os dados como segue:
Figura 8 – Amplitude total
Fonte: Do autor (2015)
Variância
A variância tem como fundamento os desvios de cada elemento do rol em relação à média. Para evitar que a soma dos desvios seja igual a zero, posto que os desvios possam ser positivos ou negativos, a variância considera o quadrado de cada desvio, ou seja, (x1 − x)². 
A fórmula de cálculo da variância é a seguinte:
Figura 9 – Fórmula da variância
 Fonte: Do autor (2015)
	Tomando como exemplo os dados da figura 7, para as séries B e C, temos:
Figura 10 – Variância série B
 Fonte: Do autor (2015)
Figura 11 – Variância série C
Fonte: Do autor (2015)
Desvio padrão
	De modo sintético, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância, ou seja:
Figura 12 – Fórmula desvio padrão
 Fonte: Do autor (2015)
Para as séries A, B e C, indicadas na figura 7, teríamos os seguintes desvios padrões:
Figura 13 – Desvio padrão
Fonte: Do autor (2015)
Coeficiente de variação
Após calcular o desvio padrão a pergunta que segue é a seguinte: o desvio é grande ou pequeno. Essa questão é relevante quando se quer saber a precisão do método indicado em uma pesquisa.
Contudo, em valores nominais a questão não pode ser respondida posto que dependa da grandeza dos números envolvidos. Com efeito. Em uma base de observação com valores médios de 10.000 e moda e mediana nessa mesma faixa, um desvio de 10 é irrisório. Contudo, esse mesmo desvio para valores cuja observação média típica é 50 torna-se bastante elevado. 
Para responder a indagação primitiva é necessário utilizar o Coeficiente de Variação, que, conforme MEDRI (p. 27) é um número adimensional, isto é, um número puro e é usualmente expresso em porcentagem. Quanto menor o coeficiente de variação, mais homogêneo é o conjunto analisado. 
 A fórmula de cálculo do Coeficiente de Variação é a seguinte:
Figura 14 – Fórmula Coeficiente de variação
 Fonte: Do autor (2015)
Com relação às séries estudadas (A, B e C), indicadas na figura 7, teríamos os seguintes coeficientes de variação:
Figura 15 – Coeficiente de variação
 Fonte: Do autor (2015)
Frequência
SPIEGEL (p. 33) define que "um arranjo tabular dos dados por classes, juntamente com as frequências correspondentes, é denominado distribuição de freqüência ou tabela de freqüência". STEVENSON (p. 32) esclarece que "uma distribuição de freqüência é um método de grupamento de dados em classes, ou intervalos, de tal forma que se possa determinar o número, ou a porcentagem (isto é, a frequência) de cada classe".
Conquanto se possa adotar nessas situações em que se analisa um grande conjunto de dados, é imperioso observar, como lembra MEDRI (p. 28) que, "no agrupamento de dados acarreta alguma perda de informação. cada elemento perde sua identidade, por isso, sabem-se apenas quantos elementos há em cada classe". Para exemplificar uma distribuição de freqüência, utilizaremos a tabela criada por SPIEGEL (p. 33), que retrata as alturas de 100 estudantes do sexo masculino da Universidade XYZ.
Figura 16 – Distribuição de Frequência
 Fonte: Do autor (2015)
Técnicas de Amostragem Probabilística
É o estudo de um pequeno grupo de elementos retirado de uma população que se pretende conhecer. Esses pequenos grupos retirados da população são chamados de Amostras.
Como a amostragem considera apenas parte da população, diferentemente de um censo, o tempo para análise e o custo são menores, além de ser mais fácil e gerar resultados satisfatórios.
Quando o tamanho da amostra é grande em relação ao tamanho da população, ou quando se exige o resultado exato, ou quando já se dispõe dos dados da população, é recomendado realizar um censo, que considera todos os elementos da população.
Para realizar um estudo por amostragem, a amostra deve ser representativa da população estudada. Para isso, existem técnicas adequadas para cada tipo de situação.
Figura 17 – Amostragem
 Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info60/fig1.gif
Técnicas probabilísticas aleatórias
As técnicas probabilísticas garantem a possibilidade de realizar afirmações sobre a população com base nas amostras. Normalmente, todos os elementos da população possuem a mesma probabilidade de serem selecionados. Assim, considerando N como o tamanho da população, a probabilidade de cada elemento ser selecionado será 1/N. Estas técnicas garantem o acaso na escolha.
Amostragem Aleatória Simples
É o processo mais elementar e frequentemente utilizado. Pode ser realizado numerando-se os elementos da população de 1a n e sorteando-se, por meio de um dispositivo aleatório qualquer “X” números dessa sequencia que corresponderão aos elementos pertencentes à amostra.
Exemplo:
Obter uma amostra representativa, de 10%, de uma população de 200 alunos de uma escola.
1º Numerar os alunos de 1 a 200;
2º Escrever os números de 1 a 200 em pedaços de papel e colocá-los em uma urna;
3º Retirar 20 pedaços de papel, um a um, da urna, formando a amostra da população.
Nesta técnica de amostragem, todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de serem selecionados: 1/N, onde N é o número de elementos da população.
Amostragem Estratificada
Quando a população possui características que permitem a criação de subconjuntos, as amostras extraídas por amostragem simples são menos representativas. Nesse caso, é utilizada a amostragem estratificada.
Como a população se divide em subconjuntos, convém que o sorteio dos elementos leve em consideração tais divisões, para que os elementos da amostra sejam proporcionais ao número de elementos desses subconjuntos. Observe a figura abaixo:
Figura 18 – Amostragem Estratificada
Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info60/fig2.gif
Observemos o exemplo a seguir: Em uma população de 200 alunos, há 120 meninos e 80 meninas. Extraia uma amostra representativa, de 10%, dessa população.
Nesse exemplo, há uma característica que permite identificar 2 subconjuntos, a característica Sexo. Considerando essa divisão, vamos extrair a amostra da população.
Figura 19 – Extração da amostra de uma população
 Fonte: Do autor (2015)
Portanto, a amostra deve conter 12 alunos do sexo masculino e 8 do sexo feminino, totalizando 20 alunos, que correspondem a 10% da população.
Para selecionar os elementos da população para formar a amostra, podemos executar os seguintes passos:
1º Numerar os alunos de 1 a 200, sendo os meninos numerados de 1 a 120 e as meninas, de 121 a 200;
2º Escrever os números de 1 a 120 em pedaços de papel e colocá-los em uma urna A;
3º Escrever os números de 121 a 200 em pedaços de papel e colocá-los em uma urna B;
4º Retirar 12 pedaços de papel, um a um, da urna A, e 8 da urna B, formando a amostra da população.
São exemplos desta técnica de amostragem as pesquisas eleitorais por região, cidades pequenas e grandes, área urbana e área rural, sexo, faixa etária, faixa de renda, etc.
Amostragem Sistemática
Esta técnica de amostragem em populações que possuem os elementos ordenados, em que não há a necessidade de construir um sistema de referência. Nesta técnica, a seleção dos elementosque comporão a amostra pode ser feita por um sistema criado pelo pesquisador. Por exemplo:
Obter uma amostra de 80 casas de uma rua que contém 2000 casas. Nesta técnica de amostragem, podemos realizar o seguinte procedimento:
1º) Como 2000 dividido por 80 é igual a 25, escolhemos, por um método aleatório qualquer, um número entre 1 e 25, que indica o primeiro elemento selecionado para a amostra.
2º) Consideramos os demais elementos, periodicamente, de 25 em 25.
Se o número sorteado entre 1 e 25 for o número 8, a amostra será formada pelas casas: 8ª, 33ª, 58ª, 83ª, 108ª, etc.
Apesar de esta técnica ser de fácil execução, há a possibilidade de haver ciclos de variação, que tornariam a amostra não representativa da população.
Amostragem por Conglomerados
Esta técnica é usada quando a identificação dos elementos da população é extremamente difícil, porém pode ser relativamente fácil dividir a população em conglomerados (subgrupos) heterogêneos representativos da população global.
A seguir, é descrito o procedimento de execução desta técnica:
1º) Seleciona uma amostra aleatória simples dos conglomerados existentes;
2º) Realizar o estudo sobre todos os elementos do conglomerado selecionado.
São exemplos de conglomerados: quarteirões, famílias, organizações, agências, edifícios, etc. Um exemplo é:
Estudar a população de uma cidade, dispondo apenas do mapa dos quarteirões da cidade.
Neste caso, não temos a relação dos moradores da cidade, restando o uso dos subgrupos heterogêneos (conglomerados). Para realizar o estudo estatístico sobre a cidade, realizaremos os seguintes procedimentos:
1º) Numerar os quarteirões de 1 a n;
2º) Escrever os números de 1 a n em pedaços de papel e colocá-los em uma urna;
3º) Retirar um pedaço de papel da urna e realizar o estudo sobre os elementos do conglomerado selecionado.
Técnicas não probabilísticas (não aleatórias)
São técnicas em que há uma escolha deliberada dos elementos da população, que não permite generalizar os resultados das pesquisas para a população, pois amostras não garantem a representatividade desta.
Amostragem Acidental
Trata-se da formação de amostras por aqueles elementos que vão aparecendo. Este método é utilizado, geralmente, em pesquisas de opinião, em que os entrevistados são acidentalmente escolhidos. Um exemplo:
Pesquisas de opinião em praças públicas, ruas movimentadas de grandes cidades, etc.
Amostragem Intencional
De acordo com determinado critério, é escolhido intencionalmente um grupo de elementos que comporão a amostra. O pesquisador se dirige intencionalmente a grupos de elementos dos quais deseja saber a opinião. Um exemplo:
Em uma pesquisa sobre preferência por determinado cosmético, o pesquisador entrevista os frequentadores de um grande salão de beleza.
Cálculo de tamanho das amostras
Um passo importante antes de iniciar o cálculo do tamanho da amostra é definir qual o erro amostral tolerável para o estudo que será realizado.
Observemos a fórmula a seguir:
Figura 20 – Fórmula Erro amostral
 Fonte: http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info60/fig4.gif
Onde:
n0 é a primeira aproximação do tamanho da amostra
E0 é o erro amostral tolerável (Ex.: 2% = 0,02 )
N é o número de elementos da população
n é o tamanho da amostra
Observemos o exemplo a seguir: Em uma empresa que contém 2000 colaboradores, deseja-se fazer uma pesquisa de satisfação. Quantos colaboradores devem ser entrevistados para tal estudo?
Para resolvermos essa questão devemos:
N = 2000
Definindo o erro amostral tolerável em 2% 
E0 = 0,02
n0 = 1 / (E0)2 
n0 = 1 / (0,02)2 
n0 = 2500
n = (N . n0) / (N + n0) 
n = (2000 . 2500) / (2000 + 2500) 
n = 1111 colaboradores
Com o erro amostral tolerável em 2%, 1111 colaboradores devem ser entrevistados para a pesquisa.
Vamos repetir os cálculos, definindo o erro amostral tolerável em 4%.
N = 2000
E0 = 0,04
n0 = 1 / (E0)2 
n0 = 1 / (0,04)2 
n0 = 625
n = (N . n0) / (N + n0) 
n = (2000 . 625) / (2000 + 625) 
n = 476 colaboradores
Através deste segundo cálculo, é possível observar que, quando aumentamos a margem de erro, o tamanho da amostra reduz.
E se houvesse 300.000 colaboradores na empresa?
N = 300.000
E0 = 0,04
n0 = 1 / (E0)2 
n0 = 1 / (0,04)2 
n0 = 625
n = (N . n0) / (N + n0) 
n = (300.000 . 625) / (300.000 + 625) 
n = 623 colaboradores
Observamos que a diferença entre n e n0, neste último cálculo, é muito pequena.
Portanto: se o número de elementos da população (N) é muito grande, a primeira aproximação do tamanho da amostra já é suficiente.
Observamos ainda:
N = 2000 
E0 = 0,04 
n = 476 colaboradores = 23,8% da população
N = 300.000 
E0 = 0,04 
n = 623 colaboradores = 0,2% da população
Números-Índices
São indicadores estatísticos utilizados para descrever e comparar uma série de valores que tenham sido coletados ao longo de vários períodos.
Índices Relativos
Quando o número índice representa uma comparação para um bem ou produto individual, ele é chamado número índice simples ou relativo que pode ser aplicado sobre preço, quantidade e valor. Como seguem as definições abaixo:
Relativo de Preço: O relativo de preço em um mês para um determinado produto é dado como 120, tomando como base o mês anterior. Isso significa que o preço desse produto cresceu 20% em relação ao mês anterior. Se p1 indica o preço em dado período e p0 indica o preço no período-base, a fórmula para cálculo do índice relativo de preços é de Ip = p1£p0 x 100.
Relativo de quantidade: para um determinado produto, o relativo de quantidade em um mês é dado como 130, tomando como base o mês anterior. Isso significa que a quantidade desse produto cresceu 30% em relação ao mês anterior. Se q1 indica a quantidade em dado período e q0 indica a quantidade no período base, a fórmula para cálculo do índice relativo de quantidade é de: Iq = q1/q0 x 100.
Relativo de valor: para uma empresa, o valor de um produto em dado período é resultante da multiplicação do preço pela quantidade. O índice relativo de valor é, então, resultante da multiplicação do índice de preço pelo índice de quantidade.
Índice de valor = índice de preço x índice de quantidade Iv = Ip x Iq.
		Abaixo, segue um exercício resolvido para que se possa verificar a utilidade dessas relações na determinação de variações percentuais de preços e quantidades:
Cálculo dos relativos de preços, quantidades e valores de dois produtos, para dois períodos mensais, sendo o mês um considerado como base:
Figura 21 – Exercício Cálculo relativo de preços, quantidades e valores.
 Fonte: Do autor (2015)
Resolução:
Índices de preços:
Leite: 1,90 dividido por 1,70 x 100 = 111,76
Pão: 0,40 dividido por 0,30 x 100 = 133,30
Índices de quantidades
Leite: 35 dividido por 30 x 100 = 116,7
Pão: 70 dividido por 50 x 100 = 140,0
Índices de valores
Leite: 66,50 dividido por 51,00 x 100 = 130,4
Pão: 28 dividido por 15 x 100 =186,6
	Observe que multiplicando o índice de preços pelo índice de quantidade e dividindo por 100, você terá o índice de valor:
Índice de preços do leite x índice de quantidades do leite = índice de valor: 111,76 116,7 = 13.042,39 : 100 = 130,4
Índice de preços do pão x índice de quantidades do pão = índice de valor: 133,30 x 140,0 = 18.662: 100 = 186,6
	Dada essa propriedade, ou seja, conhecidos os dois índices, você pode determinar o terceiro. Como exemplo:
	Se o preço do pão subir 10% e a quantidade vendida não se alterar, o valor crescerá 10% também:
110 (índice de preços) x 100 (índice de quantidades) = 11.000 : 100 = 110 (índice de valor).
	Aplicação útil dessas relações é a possibilidade de você verificar as alterações necessárias em preços ou em quantidades para manter o valor de venda inalterado.
	Explicando em números: Suponha que houve uma queda de 10% no preço de determinadoproduto e, apesar dessa queda, pretende-se manter o valor inalterado.
	Uma queda de 10% é representada pelo número índice 90.
	Um valor inalterado entre dois períodos é representado pelo número índice 100.
	Resta saber em quantos por cento deve-se aumentar a quantidade para manter a igualdade da relação:
	Ip x Iq = Iv.
	90 x Iq = 100
	Iq = 100 dividido por 90 = 1,11 ou 111, significando que a quantidade deve aumentar em 	11% para que, dada a queda de preço de 10%, o valor não se altere.
	Observei que quando se trabalha com números índices, o importante é a definição de um período base, que passa a ser representado por 100. No exemplo acima, o mês um é a base para o cálculo. Então, quando se diz que o índice de preço do leite no mês dois é 111,76, é porque o preço do leite no mês um é a base, ou seja, 100, razão de se dividir R$ 1,90 por R$ 1,70 e multiplicar por 100, que resulta em 111,76. Isso significa que o preço do leite no mês dois é 11,76% mais alto que no mês um.
	Um número índice maior que 100 significa que houve aumento em relação à base.
	Um número índice igual a 100 significa que o valor não se alterou em relação à base.
	Um número índice menor que 100 significa que o valor diminuiu em relação à base.
Índice de Laspeyres
	O índice de Laspeyres constitui uma média ponderada de relativos, sendo os fatores de ponderação determinados a partir de preços e de qualidades da época básica, por conseguinte, no índice de Laspeyres, a base de ponderação é a época básica, dai a denominação método da época básica.
	O peso relativo ou fator de ponderação relativa para um dado bem i, componente do índice, é dado por; o numerador da expressão representa o valor do dispêndio com um dado bem i e o denominador a soma dos valores de todos os bens adquiridos na época básica. Assim sendo, w i0 equivale a participação relativa do valor do bem i, em relação ao valor de todos os bens transacionados, tendo como referenda a época básica.
ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE
Capitalismo Monopolista, O desenvolvimento Industrial e a Concentração do Capital
	A competição capitalista estimulou o cres​cimento de algumas empresas e eliminou muitas outras. As empresas mais fracas foram compradas ou simplesmente quebraram (fa​liram). As grandes ficaram maiores ainda. No final do século XIX, nos EUA e nos países mais industrializados da Europa Ocidental, como a Inglaterra, a França e a Alemanha, já existiam megaempresas capazes de dominar um setor inteiro da economia. Para você ter uma idéia, cerca de quatro empresas na Ale​manha produziam mais da metade de todo o aço fabricado naquele país. Ou seja, o setor de aço era quase todo monopolizado (isto é, controlado) por essas quatro empresas. Por isso dizemos que essas tais quatro megaem​presas eram monopólios.
	Nos países mais avançados, os “tubarões” econômicos chamados monopólios já engo​liam setores importantes como os de produ​ção do aço (siderurgia), de máquinas e mo​tores, locomotivas, navios e petróleo (ou se​ja, a tecnologia da Segunda Revolução Industrial). Essa nova etapa econômica em que entravam os países industriais era o cha​mado capitalismo monopolista.
	A primeira metade do século XIX foi caracterizada pelo capitalismo liberal e pelo "laissez-faire". A Inglaterra, pioneira no processo de industrialização, proclamou-se a "oficina do mundo", defendendo a liberdade de vender seus produtos em qualquer país, sem barreiras alfandegárias, bem como o livre acesso às fontes de matérias primas.
	A partir de meados do século, o desenvolvimento tecnológico levou ao surgimento de novos métodos de obtenção do aço, produzindo um material mais resistente e maleável, utilizado em máquinas, na construção civil, nos transportes e em objetos de uso corrente. Novas fontes de energia, como o gás e a eletricidade, substituíram gradativamente o vapor. Vários tipos de motor de combustão interna (a gás, a óleo ou a gasolina) possibilitaram o aperfeiçoamento dos meios de transporte (navio, trem, automóvel). Desenvolveram-se as siderúrgicas, a metalurgia a mecânica pesada, a indústria petrolífera, o setor ferroviário e de telecomunicações (telégrafo, telefone e rádio).
	O aumento da mecanização e da divisão do trabalho nas fábricas permitiu a produção em massa, reduzindo os custos por unidade e incentivando o consumo. A cada progresso técnico introduzido, os países industrializados alargavam o mercado interno e conquistavam novos mercados externos. A riqueza acumulava-se nas mãos da burguesia industrial, comercial e financeira desses países. Ela não representou o fim da miséria dos trabalhadores, que continuavam submetidos a baixos salários, mas contribuiu para a elevação geral do nível de vida.
	Os avanços técnico-científicos exigiam a aplicação de capitais em larga escala, produzindo fortes modificações na organização e na administração das empresas. As pequenas e médias firmas de tipo individual e familiar cederam lugar aos grandes complexos industriais. Multiplicaram-se as empresas de "sociedade por ações" ou "sociedade anônima" de capital dividido entre milhares de acionistas, permitindo a captação da poupança de pequenos investidores, bem como associações e fusões entre empresas.
	Esse processo ocorreu também nos bancos: um número restrito deles foi substituindo a multidão de pequenas casas bancárias existentes. Ao mesmo tempo, houve uma aproximação das indústrias com os bancos, pela necessidade de créditos para investimentos e pela transformação das empresas em sociedades anônimas, cujas ações eram negociadas pelos bancos. 0 capital industrial, associado assim ao capital bancário, transformou-se em capital financeiro, controlado por poucas grandes organizações.
	A expansão do sistema capitalista conviveu com crises econômicas que ocorreram com certa regularidade no século XIX e também posteriormente, sendo consideradas naturais pelos economistas liberais, Tais crises, de modo geral, obedeciam ao seguinte ciclo: a uma fase de alta de preços, salários, taxas de juros e lucros, aconteciam a falência de uma ou de várias empresas e bancos incapazes de saldar seus compromissos, devido a má administração, a especulação ou a qualquer outro fator.
	A falência afetava a confiança do público e dos acionistas de outras empresas e bancos, reduzindo o consumo e o investimento. As indústrias diminuíam o ritmo da produção, caía o emprego e o poder de compra da população, acarretando novas baixas de preços, lucros e mais falências. Quando os estoques de produtos esgotavam-se, a produção ré tomava lentamente o crescimento, com um menor número de empresas e maior concentração do capital, restabelecendo o equilíbrio do sistema.
Capitalismo Monopolista e Suas Implicações Sociais
	Ao definir os elementos que concretizam a sociedade do capitalismo monopolista, Braverman apresenta três etapas sucedâneas que desenvolveram e impuseram o sistema:
Na fase do capitalismo monopolista, o primeiro passo na criação do mercado universal é a conquista de toda a produção de bens sob forma de mercadoria; o segundo passo é a conquista de uma gama crescente de serviços e sua conversão em mercadorias; o terceiro é um “ciclo do produto”, que inventa novos produtos e serviços, alguns dos quais se tornam indispensáveis à medida que as condições da vida moderna mudam para destruir alternativas. Desse modo, o habitante da sociedade capitalista é enlaçado na teia trançada de bens-mercadoria e serviços-mercadoria da qual há pouca possibilidade de escapar mediante parcial ou total abstenção da vida social tal como existe. (BRAVERMAN, 1987, p.239).
	Quando Braverman diz: “a conquista de toda a produção de bens e a conversão de serviços em mercadorias”, está afirmando que o capital começa a entrar em setores sem caráter mercantil, empresarial. Exemplos disso são hospitais, escolas, prisões, etc. A influência e o papel do capital que “se lança freneticamente” a toda nova área possível de investimento reorganizou totalmente a sociedade e, ao criar a novadistribuição do trabalho, criou uma vida social amplamente diferente. (BRAVERMAN, 1987, p.238).
	No capitalismo monopolista, a estrutura familiar, individual e social são elementos coagidos e subordinados às determinações vigentes e, por isso, sofreram mudanças substanciais nas instituições familiares que, como afirma Braverman (1987, p.232), “eram a unidade econômica, e todo o sistema de produção baseava-se nela”.
É somente na era do capitalismo que o modo capitalista de produção recebe a totalidade do individuo, da família e das necessidades sociais e, ao subordiná-los ao mercado, também os remodela para servirem às necessidades do capital (BRAVERMAN, 1987, p.232).
	Braverman reforça o argumento de que a sociedade do capital monopolizado tem capacidade de criar fatores e condições emocionais e psicológicas que submetem as pessoas ao capital:
... Muitos outros fatores contribuem: a pressão do costume social, sobretudo sobre a geração mais jovem alternadamente pelo estilo, moda, publicidade e processos educacionais (tudo isto que transforma o “feito em casa” em menosprezo e o “fabricado” ou “comprado fora” em vanglória); a deterioração das especialidades (junto com a disponibilidade de materiais); e a poderosa necessidade de casa membro da família de uma renda independente, que é um dos sentimentos mais fortes instilados pela transformação da sociedade em um gigantesco mercado de trabalho e artigos, uma vez que a fonte de status já não mais é a capacidade de fazer coisas, mas simplesmente a capacidade de comprá-las. (...) Com o tempo, não apenas necessidades materiais e de serviço, mas também os padrões emocionais de vida são canalizados através do mercado.
Esse processo é apenas um aspecto de uma equação mais complexa: à medida que a vida social e familiar da comunidade são enfraquecidas, novos ramos da produção surgem para preencher a lacuna resultante; e à medida que novos serviços e mercadorias proporcionam sucedâneos para relações humanas sob a forma de relações de mercado, a vida social e familiar são ainda mais debilitadas (BRAVERMAN, 1987, pp.235-6).
	O autor conclui, a partir das consequências do desenvolvimento do capitalismo monopolizado citadas e de seus aspectos desumanos, que o mercado dominado pelas empresas gigantes, pelo capital e pela lógica do investimento lucrativo é hostil aos sentimentos de comunidade (BRAVERMAN, 1987, p.239).
	Baran e Sweezy também tratam das mudanças na estrutura social geradas pelo capitalismo monopolista, determinando novos valores que são produtos das novas relações impostas pelo sistema:
Resumindo: os negócios são um sistema ordenado que seleciona e recompensa segundo critérios bem compreendidos. O princípio orientador é aproximar-se o máximo possível da cúpula dentro de uma empresa que esteja o mais alto possível entre as empresas. Daí a necessidade de lucros máximos. Daí a necessidade de dedicar os lucros obtidos ao fortalecimento da posição financeira e da intensificação do crescimento. Tais coisas se tornam as finalidades e valores subjetivos do mundo dos negócios, porque são as exigências objetivas do sistema. O caráter desde determina a psicologia de seus membros, não o inverso (BARAN e SWEEZY, 1974, p.51). 
	Ainda sobre o desenvolvimento do capitalismo monopolista e as consequências desse processo para a sociedade, Lênin (2008, p.90) lança cinco características fundamentais:
1. A concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios, os quais desempenham um papel decisivo na vida econômica; 2. A fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse capital financeiro da oligarquia financeira; 3. A exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias, adquire uma importância particularmente grande; 4. A formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si; e 5. O termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes.
	Quanto à partilha do mundo, aqui como análise das relações entre países, Lênin lembra que muitas organizações que compunham os cartéis nacionais eram dominadas por capitais industriais e bancários que naturalmente avançaram sobre o mercado externo livre e as colônias – principais fontes de matérias-primas. Criaram-se aí esferas de influência entre as organizações e países que levaram à constituição de cartéis de âmbito internacional, que passam a formar um novo grau de concentração do capital e da produção, a criação de supermonopólios.
	Estes tinham uma extraordinária capacidade de influência política e econômica, e buscavam novos setores e territórios para expandir ainda mais seu capital. Por isso, acredita-se que muitos dos acontecimentos históricos como a partilha do mundo, a divisão e redistribuição das colônias que desencadearam a primeira guerra mundial de 1914 a 1918, tiveram por trás fatores de influência econômicos e políticos característicos do capitalismo monopolista. Braverman também reconhece esse processo histórico quando afirma que: 
Somado a isso, outros eventos começam a acontecer no mesmo período: rápida colonização pelo mundo, rivalidades internacionais, e conflitos armados pela divisão do globo em esferas de influência econômica ou hegemonia inauguram a era imperialista. (BRAVERMAN, 1987, p.216)
	Lênin (2008, p.75) assim explana esse processo: 
A época do capitalismo contemporâneo mostra-nos que se estão estabelecendo determinadas relações entre os grupos capitalistas com base na partilha econômica do mundo, e que, ao mesmo tempo, em ligação com isto, se estão estabelecendo entre os grupos políticos, entre os Estados, determinadas relações com base na partilha territorial do mundo, na luta pelas colônias, na luta pelo território econômico.
	Lênin e Braverman concordam que para assegurar o domínio e a influência das relações entre as potências pelas zonas de exploração econômica se faz necessário para cada uma delas aumentar continuamente as suas forças e gastos militares. Daí o destacado papel estatal no capitalismo monopolista.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos assuntos relevantes as disciplinas estudadas em sala de aula onde o oligopólio predomina nos setor supermercadista do Rio Grande do Sul e vimos que no dia a dia do administrador a importância de conhecimentos na área de métodos quantitativos e consequentemente entender como o mercado se posiciona atualmente em meio a crises políticas.
Foram cumpridos todos os objetivos do trabalho, onde os temas me ajudaram a adquirir experiência nesse semestre com conteúdos práticas e uma pesquisa bastante rica em detalhes e informações onde delas pude extrair situações e métodos para o trabalho e posteriormente para o meu futuro como administrador. 
Agradeço as professores que me acompanhou nesse semestre nas disciplinas tirando algumas dúvidas e também pelas excelentes orientações que foram disponibilizadas para a execução desse trabalho e me foi permitido desenvolver o trabalho com competência e muita criatividade.
REFERÊNCIAS
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FREUND, John E. Estatística Aplicada: Economia, Administração e Contabilidade. 11º ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
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LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística Aplicada. 2º ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
LEVIN, Jack; FOX, James Alan. Estatística para Ciências Humanas. 9º ed. São Paulo: Pearson, 2004.
MCCLAVE, James T; BENSON, P. George; SINCICH, Terry. Estatística paraadministração e economia. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009
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LÊNIN, Vladimir Ilitch, O imperialismo: fase superior do capitalismo. 4° Ed. Tradução Leila Prado. São Paulo: Centauro, 2008.
SWEEZY, Paul. Sobre a Teoria do Capitalismo Monopolista. In: MAGDOFF, Henry (Org.). Teoria e História do Capitalismo Monopolista. Porto: Firmeza, 1974.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
JOSIMAR MENDONÇA DE PAULA E SILVA
estrutura de mercado do setor supermercadista
Rio de Janeiro
2015
josimar mendonça de paula e silva
estrutura de mercado do setor supermercadista
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Microeconomia e Macroeconomia; Métodos Quantitativos; Ética, Política e Sociedade.
Orientador: Prof. Ronismere Tomeleri Calegari
		Prof. André Luis Menezes Lima
Rio de Janeiro
2015

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