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Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 1 Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) do CFC A numeração das Normas brasileiras tem como referência as normas internacionais; assim por exemplo a NBC TA 300 se refere a ISA 300. Com relação aos tipos de conclusões tem-‐se que: Na Asseguração Razoável é do tipo Conclusão Positiva. Exemplo: “Em nossa opinião, as demonstrações representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial, financeira...” Na Asseguração Limitada é do tipo Conclusão Negativa. Exemplo: “Com base em nossa revisão, não temos conhecimentos de nenhuma modificação relevante que deva ser feita nas informações contábeis...” É também conhecida como Asseveração Negativa, ou conclusão em termos negativos. Para a aceitação de um trabalho de asseguração as condições preliminares são: Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 2 a) Objeto apropriado: identificável e passível de avaliação ou mensuração, apresentação e divulgação. b) Critérios apropriados e disponíveis (adequados): práticas contábeis adotadas, relevância, completude, e atender à necessidade – integridade. c) Acesso irrestrito às informações necessárias: evidências apropriadas (qualidade) e suficientes (quantidade). d) Relatório escrito (apropriado): observando as normas técnicas; direto ou indireto. e) Propósito racional do trabalho: relacionamento entre três partes – responsável, usuários previstos e auditor. Objeto e suas informações • Desempenho ou condição não financeira (as informações podem indicar a eficiência e eficácia). • Características físicas (documento sobre um equipamento). • Sistemas e processos (controle interno de uma entidade). Características do Objeto • Qualidade quantidade • Objetiva / subjetiva • Histórica / prospectiva • Data base / período (BP / DRE) Exigências Éticas Relevantes (princípios da ética profissional): Integridade; Objetividade; Competência profissional e zelo; Confidencialidade; Comportamento profissional. Dentro desses parâmetros tem-‐se: Exemplo de liderança; Educação e treinamento; Atividades de monitoramento; formas e processos para tratar as não conformidades. Execução do trabalho – Subelementos: 1. Consulta: não erre sozinho, principalmente no que diz respeito a assuntos complexos e controversos. 2. Aprender a lidar com diferenças de opiniões 3. Revisão do controle de qualidade do trabalho: políticas e procedimentos que determinem a natureza, época e extensão da revisão. 4. Documentação do trabalho (NBC TA 230) a. Conclusão dos arquivos finais do trabalho b. Confidencialidade, custodia, integridade, acessibilidade e recuperabilidade da documentação do trabalho c. Retenção da documentação do trabalho Ferramentas para execução do trabalho: • Preparação de manuais • Impressos ou eletrônicos • Ferramentas em softwares • Questionários • Programas de trabalho padrão CONTROLE INTERNO Conforme o CFC (2000) – compreende o plano de organização e o conjunto integrado de método e procedimentos adotados pela entidade na proteção do seu patrimônio, Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 3 promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros e demonstrações contábeis, e da sua eficiência operacional. O Institut Français des Experts Comptables define: “Controle Interno é formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficácia e assegurar a boa aplicação das instruções da direção.” Na prática, o que se quer conhecer é a eficiência da “vigilância” e da “proteção” aos bens, para se saber se o que se investe e o que se obtém de recursos efetivamente oferece lucratividade, economicidade ou adequada colimação dos fins procurados ou programados. Responsabilidade do Controle Interno Segundo as NBC o sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração da entidade; porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. Importância do Controle Interno Torna possível conceber uma entidade que disponha de controles que passam a garantir a continuidade do fluxo de operações e informações proposto. Deve-‐se considerar: • Quanto maior a entidade, mais complexa é a sua organização estrutural • A responsabilidade pela salvaguarda dos ativos, prevenção ou descoberta de erros e fraudes é da administração • Sistema de C.I. eficiente é a melhor proteção contra fraquezas humanas. Objetivos do Controle Interno • O avaliação do sistema contábil e de controles internos da entidade tem como base, determinar a Natureza, Oportunidade e Extensão da aplicação dos procedimentos de auditoria.• Os sistemas de controles internos consideram: 0 Cumprimento das políticas e normas da empresa; 0 Informações adequadas, confiáveis, de qualidade e em tempo tempestivo; 0 Veracidade de informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; 0 Proteção dos ativos da entidade; 0 Prevenção de erros e fraudes; 0 Estímulo constante à eficiência do pessoal; 0 Legitimidade dos passivos da empresa; 0 Observância e estrito cumprimento da legislação em vigor. Avaliação do Controle Interno 0 Para emissão do parecer deve ser observado: • Verificação dos procedimentos de controle interno da empresa, operacionais e contábeis são satisfatórios • Verificação do grau de confiança que se possa determinar em relação aos saldos apresentados nas demonstrações financeiras; • Consideração das áreas de maiores riscos, as mais importantes, que podem afetar o sistema de C.I. E ainda: – Tipos de erros e irregularidades que poderiam ocorrer; – Determinar os procedimentos de controle contábil que devam prevenir ou detectar esses erros e irregularidades; – Determinar se os procedimentos necessários são estabelecidos e estão sendo seguidos satisfatoriamente; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 4 – Avaliar quaisquer falhas, não cobertas pelo procedimento de controle existente. – Emitir relatório-‐comentário dando sugestões para o aprimoramento do sistema de controle interno da empresa. O processo de avaliação do sistema de controle interno compreende 03 etapas: – REALCE DO SISTEMA – AVALIAÇÃO PROPRIAMENTE DITA DO SISTEMA – REALIZAÇÃO DE TESTES DE CUMPRIMENTO DE NORMAS INTERNAS Realce do Sistema • Durante a etapa de planejamento do exame. • Objetiva obter informação se supõe que o sistema funcione e pode-‐se alcança-‐lo mediante discussão (pessoal de alto nível hierárquico) com as pessoas responsáveis pelo controle interno. • Obter evidências – confirmar o conhecimento, executar procedimentos de reconstituição ou recapitulação dos controles de fluxo de documentação – documentar a análise do C.I. nos papéis de trabalho. Avaliação • Avaliação crítica do C.I. para determinar sua eficácia e pontos passíveis de melhoria. • Identificar os controles-‐chaves do sistema: – Assegura que um sistema administrativo produza informação fidedigna; – Serve de base para satisfação dos objetivos de auditoria. Enquanto a administração interessa por todos os aspectos do sistema de controle interno, o auditor volta-‐se para os controles relevantes à consecução de seus objetivos (controles-‐chaves). Testes de Cumprimento das Normas Internas • Etapas: a) Determinar os objetivos do teste. Confirmar que os controles previamente identificados como “controles-‐chaves” funcionaram durante todo o período submetido a exame; b) Definir o universo (conjunto de transações homogêneas submetidas ao sistema de controle e registro que se testa) Questionário de Avaliação do Controle Interno • Auxilia a avaliação da eficiência ou adequação dos C.I. (operacionais e contábeis) do cliente: • São divididos em seções em função da natureza de cada atividade ou operação. • As seções contém uma lista dos controles internos que deverão ser confrontados com as respostas dadas às questões durante os trabalhos de avaliação dos controles. • Usar técnica de fluxogramas. Princípios do Controle Interno a. Responsabilidade b. Rotinas Internas c. Acesso aos Ativos d. Segregação de funções Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 5 e. Confronto dos ativos com os registros f. Amarrações do sistema g. Auditoria Interna h. Custos do Controle x benefícios i. Limitações do controle interno a. Responsabilidade Segundo as NBC o sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração da entidade; porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. b. Rotinas Internas A empresas deve definir no Manual de Organização todas as suas rotinas internas. Exemplo de formulários: • Requisição de aquisição de material ou serviços; • Formulários de cotação de preços; • Mapa de licitação; • Ordem de compra • Fichas de lançamentos contábeis; • Pedido de vendas; • Adiantamento para viagem (relatórios de prestação de contas) c. Acesso aos Ativos Deve ser limitado aos funcionários, estabelecer controles físicos sobre esses. Representa: • Manuseio de numerário recebido antes de ser depositado em conta corrente bancária; • Emissão de cheque sozinho; • Manuseio de envelopes de dinheiro de salários; • Custódia de ativos (dinheiro em caixa, estoques, imobilizados…) d. Segregação de Funções Consiste em estabelecer que uma mesma pessoa não pode ter acesso aos ativos e aos registros contábeis, em virtude de essas funções serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno. e. Confronto dos ativos com os registros Detectar desfalque de bens ou registros inadequadosde ativos. Exemplos: • Contagem de caixa e comparação com o saldo do razão geral; • Contagem física de títulos e comparação com o saldo da conta de investimentos do razão geral; • Conciliações bancárias; • Inventário físico dos bens do estoque e do ativo imobilizado, confronto com os registros individuais e comparação do somatório dos saldo desses registros com o saldo da respectiva conta do razão geral. f. Amarração do sistema Sistema de controle interno deve ser conhecido, de maneira que sejam registradas apenas as transações autorizadas, por seus valores corretos e dentro do período de competência. Exige providências como: Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 6 i. Conferência independente do registro das transações contábeis (transporte dos valores dos documentos para os registros contábeis, transp. valores dos registros finais para o razão geral…) ii. Conferência independente dos cálculos (cálculo das depreciações, cálculos das provisões – IR, férias, 13o…) iii. Conferência da classificação contábil de todos os registros finais (ficha de lançamento ou voucher) por um contador experiente. iv. Estabelecimento de controles sequenciais sobre as compras e vendas de forma a assegurar que essas transações sejam contabilizadas na época devida. v. As rotinas internas de controle devem ser determinadas de modo que uma área controle a outra. è Como o exemplo a seguir: Setor requisitante à setor de compra à setor de recepção à setor de contabilidade à setor de processamento de dados à setor de contas a pagar à setor financeiro à setor de contabilidade… • Setor requisitante: informa ao setor de compras, por meio de um formulário de requisição, que necessita de determinado bem. • Setor de compras: verifica se a requisição do setor requisitante foi aprovada segundo os limites de competência estabelecidos nas normas internas da empresa, seleciona possíveis fornecedores, faz cotação de preços, seleciona o fornecedor com melhores condições e efetua a compra. • Setor de recepção: recebe os bens e a nota fiscal do fornecedor e confere quantidades e estado dos bens. • Setor de contabilidade: recebe a nota da recepção e efetua lançamentos contábeis e envia-‐o para processamento no setor de computador. • Setor de computador: processa o lançamento contábil e remete os relatórios contábeis para o setor de contabilidade. • Setor de compras a pagar: recebe do setor de contabilidade a nota, verifica se foi certificada pelo setor de recepção, confronta com ordem de compra, e habilita-‐a para pagamento. • Setor financeiro: recebe do setor de contas a pagar a nota fiscal, verifica se foi devidamente habilitada pro esse setor e processa o pagamento. Setor de contabilidade: recebe o processo de pagamento do setor financeiro, verifica se todos os documentos estão em ordem, faz o lançamento contábil e envia para processamento no setor de computador. Há possibilidade de setores colocarem documentos falsos no sistema? • Setor requisitante: não tem acesso à nota fiscal do fornecedor no processo normal de compra e pagamento. • Setor de compras: igual ao requisitante. • Setor de recepção: detectável pelo setor de contas a pagar (existiria uma nota fiscal sem que o setor de compras tivesse enviado o instrumento formalizador da aquisição) • Setor de contabilidade: igual setor recepção. • Setor de computador: igual setor requisitante. • Setor de contas a pagar: o documento falso poderia até ser pago, entretanto, o setor de contabilidade descobriria essa irregularidade por ocasião da análise da conta de fornecedores, já que não existiria o crédito (registrado pela contabilidade quando do recebimento do bem) para eliminar o débito pelo pagamento. Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 7 • Setor financeiro: a mesma situação do setor de contas a pagar. Informações sobre o Controle Interno 0 São obtidas: • Leitura dos manuais internos de organização e procedimentos; • Conversa com funcionários da empresa; • Inspeção física desde o início da operação (compra, venda, pagamento, etc) até o registro no razão geral. 0 São registradas pelo auditor: • Memorandos narrativos; • Questionários padronizados; • Fluxogramas. Antes de elaborar o plano ou programa que guiará o auditor, é necessário observar como se encontram os controles da empresa: -‐ quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho; -‐ quanto menor o controle, mais cuidado será exigido na execução das tarefas. Classificação do controle interno: a) operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade; b) contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das demonstrações contábeis; c) normativo – relacionado à observânciada regulamentação pertinente. Estrutura e componentes do controle interno: Estrutura de controle interno compreende ambiente de controle; mapeamento e avaliação de riscos; procedimentos de controle; informação e comunicação; e monitoramento. O ambiente de controle deve demonstrar o grau de comprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto. Mapeamento de riscos é a identificação dos eventos ou das condições que podem afetar a qualidade da informação contábil. Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos identificados, incluindo: a) a avaliação da probabilidade de sua ocorrência; b) a forma como serão gerenciados; c) a definição das ações a serem implementadas para prevenir a sua ocorrência ou minimizar seu potencial; e d) a resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, a partir de uma abordagem geral e estratégica, considerando as hipóteses de eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento. Entende-‐se por riscos ocorrências, circunstancias ou fatos imprevisíveis que podem afetar a qualidade da informação contábil. Procedimentos de controle são medidas e ações estabelecidas para prevenir ou detectar os riscos inerentes ou potenciais à tempestividade, à fidedignidade e à precisão da informação contábil, classificando-‐se em: a) procedimentos de prevenção – medidas que antecedem o processamento de um ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 8 b) procedimentos de detecção – medidas que visem à identificação, concomitante ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil. Monitoramento compreende o acompanhamento dos pressupostos do controle interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos. O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e no período do determinados, a fim de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar a tomada de decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir para a realização de todos os objetivos de controle interno. Tipos de Controles: Contábeis e Administrativos Os controles contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que compõem. Compreendidos por: -‐ segregação de funções: cria independência entre as funções de execução operacional, custodia dos bens patrimoniais e sua contabilização; -‐ sistema de autorização: controla as operações através de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos; -‐ sistema de registro: compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura formal de contas, existência de um plano de contas que facilita o registro e preparação das demonstrações contábeis, e a utilização de um manual descritivo para o uso das contas. Os controle administrativos compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da empresa, bem como a seus registros financeiros. Compreendidos: -‐ normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses da empresa no cumprimento dos deveres e funções; -‐ pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades bem instruído e supervisionado por seus responsáveis. Limitações do Controle Interno • As limitações do C.I. são principalmente com relação a: – Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa; – Instrução inadequada dos funcionários com relação às normas internas; – Negligência dos funcionários na execução de suas tarefas diárias. Exemplos de Desfalques Temporários: • Funcionário apodera-‐se do dinheiro recebido de clientes, proveniente de vendas a prazo, antes do registro contábil do recebimento… • Funcionário assenhoreia-‐se do dinheiro recebido de clientes, após registro contábil do recebimento… • Funcionário apoderou-‐se de um ativo da empresa (dinheiro de caixa, cautelas de títulos, estoques, imobilizado, etc)… Desfalques Permanentes: • Funcionário desvia bens da empresa e modifica os registros contábeis. Necessário que funcionário tenha acesso aos ativos e registros contábeis: – Debitar despesa ou receita e creditar um ativo; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 9 – Subavaliar os débitos ou superavaliar os créditos na conta do ativo correspondente; e subavaliar os créditos em conta de receita ou superavaliar os débitos em conta de despesa ou provisão. Exemplos de Desfalques Permanentes: • Funcionário responsável pelos recebimentos de clientes epelo preparo dos registros contábeis de vendas e recebimentos desvia um recebimento de vendas a prazo e baixa a duplicata correspondente contra vendas; • Funcionário responsável pelas matérias-‐primas e pela elaboração de lançamentos contábeis rouba uma matéria-‐prima e baixa o bem correspondente para despesa; • Funcionário responsável pelos recebimentos de vendas a prazo e pelo registro contábil das vendas desvia recebimento de $1.000 e registra as vendas do mês; • Funcionário responsável pelos recebimentos e pela baixa das duplicatas incobráveis desvia recebimentos de $5.000 e registra as duplicatas incobráveis baixadas, acrescidas desse valor. Responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude • Principal responsável à responsáveis pela Governança da entidade e da sua administração. – Enfatizar a prevenção da fraude; – Criar cultura de honestidade e comportamento ético; – Consideração do potencial de burlar controles ou de influências indevidas sobre o processo de elaboração de informações contábeis. Princípios e Fundamentos do Controle Interno Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 10 Categorias de Controles Internos • Segundo sua finalidade os Controles Internos se classificam em: a) Controles Organizacionais, inclusive segregação de funções; b) Controles de Sistemas de Informação; c) Controles de Procedimentos. a) Controles Organizacionais Refere-‐se ao controle obtido por meio da maneira de designar responsabilidades e delegar autoridade. a. Pela impossibilidade de administrar e supervisionar todas operações à estabelece-‐se uma Estrutura Organizacional Adequada. É conveniente documentar a definição de linhas e instrumentos de operação por manuais, organogramas e descrições de cargos. b) Controles de Sistemas de Informação Planejamento . Execução . Controle à eficácia Considera-‐se: • Atribuição de responsabilidades e delegação de autoridade claramente definidas; • Segregação de funções incompatíveis para evitar que sejam controladas por qualquer indivíduo ou departamento da organização; • Fornecimento de recursos, inclusive pessoal competente com quantidade suficiente; • Existência de sistemas de medição e avaliação do desempenho. • Referem-‐se ao controle obtido mediante a prestação de informações aos níveis adequados da administração. • Planejamento e Controle Operacional à dependerá (maior/menor grau) do Sistema de Informação. Características de um bom sistema de informação: • Informação suficientemente detalhada à permitir identificar falhas e problemas; • Relatórios com informações relevantes aos usuários; • Destaque de informações de maior importância; • Distribuição da informação conforme responsabilidade atribuída; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 11 • Tempestividade, Utilidade e Compreensibilidade c) Controles de Procedimentos • Referem-‐se ao controle obtido mediante a observação de políticas e procedimentos dentro da organização. • Funções e responsabilidades do pessoal à Normas de procedimentos documentadas. • Implantação para alcance da eficiência operacional e eficácia empresarial. Estes controles devem ser: – Adequados à estrutura organizacional; – Bem definidos e documentados; – Fáceis de interpretar e aplicar. Tipos de Controles de Procedimentos: 1 – Procedimentos do fluxo de documentação -‐ Exemplos: revisão de cálculos e somas em contratos de financiamentos; endosso restritivo de cheques de administrativos. 2 – Procedimentos de controle independentes -‐ Exemplos: conciliações de saldos bancários; controle dos saldos segundo os razões subsidiários se de acordo com razão geral; proteção física. PROCEDIMENTOS EM AUDITORIA No trabalho da Auditoria Interna, quando aplicável, deve ser examinada a observância dos Princípios de Contabilidade, das Normas Brasileiras de Contabilidade e da legislação tributária, trabalhista e societária, bem como o cumprimento das normas reguladoras a que estiver sujeita a entidade. TESTES DE AUDITORIA • Constituem o processo pelo qual o auditor reúne elementos comprobatórios. • Pode ser aplicado em todas as transações ou uma amostra representativa adequada. • Amostragem • Análise da natureza e extensão da verificação necessária (objetivos, variáveis e risco) Teste de Observância Visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. à Procedimentos do Teste de Observância: a. inspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; b. observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; e c. investigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Teste Substantivo Visam à obtenção de evidênciaquanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 12 • EVIDÊNCIAS: informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna. Devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. EVIDÊNCIAS DE AUDITORIA É o conjunto de fatos comprovados, suficientes, competentes e pertinentes, e por definição, mais consistentes que os achados, em função de determinadas características: • Suficiência: a evidência deve ser convincente à pessoas leigas, permitindo-‐as chegar às mesmas conclusões do auditor. • Validade: deve dar credibilidade e suporte à conclusão do auditor. • Relevância (Pertinência): deve ter relação com os objetivos da auditoria. • Objetividade (Fidedignidade): deve ser objetiva e respaldar as conclusões do auditor de forma mais profunda do que a simples aparência. Classificação das Evidências de Auditoria A classificação se dá segundo os procedimentos que a originaram. Assim, temos: § Evidência física: Obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de pessoas, bens ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos, memorandos descritivos, mapas, amostras físicas etc. § Evidência documental: É aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas, etc.) e informações prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência obtida de fontes externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria organização sob auditoria. § Evidência testemunhal: É aquela decorrente da aplicação de entrevistas e questionários. § Evidência analítica: Decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises feitas pelo auditor, dentre outras. Processo de Obtenção e avaliação das informações – compreende: I -‐ Para obtenção de informações devem ser observado que: a. a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-‐la da mesma forma que o auditor interno; b. a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna; c. a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna; d. a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. II -‐ a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação de procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as circunstâncias assim o exigirem. TÉCNICAS DE AUDITORIA o Exame Físico: Procedimento para se determinar se os registros contábeis estão corretos e de acordo com a existência física do item examinado. Ex.: caixa, estoque, imobilizado Deve conter as características: • Quantidade: apuração das quantidades reais existentes fisicamente; • Existência física • Identificação Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 13 • Autenticidade (fidedgnidade) • Qualidade (estar em uso, não deteriorado) o Confirmação: Obtenção de declarações formalizadas de dados por intermédio de pessoas independentes da companhia. Deve ter consentimento da administração. Comunicação realizada diretamente do auditor para o terceiro. O texto e seus valores deve ser revisado, juntamente com o endereçamento. • Cuidados para assegurar a eficácia da técnica de circularização: – Conferência do nome da fonte externa, endereço, valores e outros detalhes, para evitar respostas incorretas; – Auditor coloca no correio com seu endereço para eventuais devoluções por incorreção; – Anexar ao pedido de confirmação um envelope de porte pago; – Após respostas, conciliar as informações; – Insistir o pedido na falta de resposta, e com autorização do cliente visitar pessoalmente; – Circularizações de passivos não devem trazer indicações do valor ou natureza, devendo solicita-‐los a fonte externa Tipos de circularização • Circularização Positiva: aquela que o auditor espera receber uma resposta, confirmando ou não o saldo ou posição demonstrada. • Circularização Negativa: somente prevê resposta em caso de discordância da fonte externa em relação ao saldo ou posição informada. Utilizada para testar eficiência do sistema de controles internos na seção de crédito e cobrança e para contas do ativo compostas por muitos itens, mas de pequeno valor individual. o Exame dos documentos originais: Comprovar que toda a documentação gerada nessas transações teve suas ocorrências contábeis, fiscais e legais registradas, bem como sua veracidade. O auditor verificará: • Se o documento é legítimo eautêntico; • Se se refere realmente à operação escriturada; • Se essa operação corresponde aos objetivos da empresa; • Se o documento está corretamente preenchido, inclusive quanto a datas, destinatário, cálculos… • Se o registro das operações é adequado em função da documentação examinada e contabilizada adequadamente. Com essa técnica o auditor tem o objetivo de verificar: • Se a documentação é genuína, adequada as circunstâncias, e se está em nome da empresa; • A correlação entre a data do documento e do registro contábil; • correta contabilização da transação em contas adequadas; • Se a transação foi autorizada em conformidade com as normas de controle interno em vigor; • Se a transação está enquadrada nas atividades normais da empresa o Conferência dos Cálculos: Refazer os cálculos. São utilizados pelos auditores para os procedimentos: • Cálculos de valores de estoques; • Cálculos de amortizações de despesas antecipadas; • Cálculos de depreciações dos bens do ativo imobilizado; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 14 • Cálculo dos juros provisionados. o Exame de Escrituração: Utilizada para constatação de veracidade das informações contábeis – levantamento de análises, composições de saldos, conciliações… o Investigação Minuciosa: Exame aprofundado em toda a matéria auditada, em seus aspectos contábeis, fiscais e legais, constando a fidedignidade das informações. o Inquérito: Obtenção de informações através de um formulário com perguntas preparadas. Também utilizada de conversas informais com funcionários. o Exame dos registros auxiliares: Exame detalhado dos livros auxiliares para comprovar dos livros principais. o Correlação das informações obtidas: Analisa o relacionamento harmônico do sistema contábil das partidas dobradas. Itens que influenciam o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado. o Observação: Tem relação com a capacidade do auditor em perceber erros ou fraudes durante a execução dos seus trabalhos – ligada a experiência profissional e conhecimentos por ele empregado. COMBINAÇÃO DE TESTES DE OBSERVÂNCIA E SUBSTANTIVOS – Se os controles internos são fortes, a combinação dos procedimentos deve favorecer os testes de observância e os testes substantivos analíticos; – Se os controles internos são fracos – favorecer os testes substantivos mais extensos, tanto os analíticos quanto os de detalhes; com maiores amostragens. Direção dos Testes • É mais comum dirigir os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo e despesas) detectando a superavaliação destes. • E subavaliação para as contas credoras. Testes para superavaliação • Neste o auditor parte do valor registrado no razão geral para o documento da transação: Razão geral à registro final à registro intermediário à registro inicial à documento • Procedimentos básicos de auditoria do teste para superavaliação: – Conferir a soma da conta do razão geral; – Selecionar débito e conferir seu valor com o valor total do registro final; – Conferir a soma do registro final; – Selecionar parcela no registro final e conferir seu valor com o valor total do registro intermediário; conferir soma do registro intermediário… – Selecionar parcela no registro inicial e conferir seu valor com a documentação comprobatória Testes para Subavaliação • Parte do documento para o razão geral de forma contrária à do teste para superavaliação. – Selecionar e inspecionar o documento suporte; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 15 – Verificar a inclusão do valor do documento no registro inicial; – Conferir a soma do registro inicial; – … – Verificar a inclusão do valor total do registro final no razão geral; – Conferir a soma do razão geral. AMOSTRAGEM • Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem. • Ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. • É a utilização de um processo para obtenção de dados aplicáveis a um conjnto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto denominada amostra. • Amostragem Estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. • Amostragem não estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. Planejamento da amostra • Amostra deve ter relação direta com: • Volume de transações realizadas;• Os efeitos nas posições patrimoniais e financeiras da entidade bem como; • Efeitos no resultado. Leva-‐se em consideração: • Os objetivos específicos da auditoria; • A população da qual o auditor deseja extrair a amostra; • A estratificação da população; • O tamanho da amostra; • O risco da amostragem; • O erro tolerável; e • O erro esperado • População: é a totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para chegar a uma conclusão. • Estratificação: processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características homogêneas ou similares – para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra. • Reduz a possibilidade de variação dos itens de cada estrato. • Permite que auditor dirija esforços para os itens que contenham maior potencial de erro. • Objetivo da auditoria: testar a validade de contas a receber. à Estratificar em quatro subconjuntos: Amostra a) Saldos superiores a R$ 2.000…………….. totalidade b) Saldos entre R$ 1.000 e R$ 2.000 ……… 50% c) Saldos entre R$ 100 e R$ 1.000 ………… 20% d) Saldos inferiores a R$ 100 ………………… 5% Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 16 Hipoteticamente encontrar que 80% dos valores de contas a receber são susceptíveis de validação, examinando 20% da população. RISCO DE AMOSTRAGEM • Surge da possibilidade de que a conclusão do auditor com base em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria alcançada se toda a população estivesse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Riscos nos Testes de Observância • Risco de subavaliação da confiabilidade: embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o restante da população possua menor nível de erro do que aquele detectado na amostra. • Risco de superavaliação da confiabilidade: embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra não seja satisfatório, o restante da população possua maior nível de erro do que aquele detectado na amostra. Riscos nos Testes Substantivos • Risco de rejeição incorreta: embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas está, relevantemente, distorcido, efetivamente, não está. • Risco de aceitação incorreta: embora o resultado da aplicação de procedimentos de auditoria sobre a amostra leve à conclusão de que o saldo de uma conta ou classe de transações registradas não está, relevantemente, distorcido, efetivamente, não está. • O risco de subavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição incorreta afetam a eficiência da auditoria à conduzem o auditor a realizar trabalhos adicionais, o que estabeleceria que as conclusões iniciais seriam incorretas. • O risco de superavaliação da confiabilidade e o risco de rejeição de aceitação incorreta afetam a eficácia da auditoria à mais probabilidade de conduzir a uma conclusão errônea sobre determinados controles. Seleção de amostra • Seleção aleatória (ou randônica): todos os itens da população tenham idêntica possibilidade de serem escolhidos. • Seleção sistemática: a seleção é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre cada item selecionado. • Seleção casual: aceitável desde que o auditor tente extrair uma amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir unidades específicas. Avaliação dos resultados da amostra Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de auditoria apropriados, o auditor deve: • Analisar qualquer erro detectado na amostra; • Extrapolar os erros encontrados na amostra para a população; e • Reavaliar o risco de amostragem. Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 17 Análise de erros da amostra • Incialmente o auditor deve verificar se o item em questão é de fato um erro. Ex.: em um teste substantivo, verificar um lançamento feito na conta do cliente errado (não afeta o total das contas a receber) • Se não for possível obter a evidência de auditoria esperada sobre um item de amostra específico, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e apropriada por meio da execução de procedimentos alternativos. E se não puder executá-‐los, o item deve ser tratado como um erro. Extrapolação de erros • Analisando os erros descobertos, é possível observar que muitos tem características comuns, e assim o auditor amplia os procedimentos de auditoria nesta área. • Ele deve executar análise separada com base nos itens examinados para cada subpopulação e os resultados combinados. Reavaliação do risco de amostragem • O erro projetado para a população deve ser consideradoem conjunto com os demais erros identificados durante a auditoria. • Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos. Papéis de trabalho – forma e conteúdo 1. Informação básica em todos os papéis de trabalho: § Referência do papel de trabalho (número de índice alfanumérico feito em vermelho no ângulo superior direito); § Título da célula – natureza e objetivo da célula; § Células mestras – o título é o nome do grupo ou subgrupo de contas do balanço; § Células analíticas – o título mostra o tipo de análise ou procedimento que foi aplicado e deve fazer referência ao item do programa de auditoria que se aplica; § Data – indicar a data a que se refere o trabalho (se a AI for conjugada com a AE, constar data das demonstrações a que se referem) • O nome de quem prepara a célula e a data no canto inferior direito; - As iniciais de quem a prepara indicam a responsabilidade por seu preenchimento; - A frase “preparado pela auditoria interna” deve ser inserida nas células quando o trabalho for conjugado com a auditoria independente. Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 18 2. As células mestras para trabalhos conjugados com a auditoria independente contém: • O nome do grupo e subgrupo de contas do balanço patrimonial ou do resultado do exercício; • Colunas com: - Saldos do exercício anterior; - Saldos do exercício corrente; - Ajustes e reclassificações; - Saldo final ou após os ajustes e reclassificações Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 19 3. Células suportes – duas grandes categorias: a. Programas de auditoria: - A elaboração dos programas de auditoria é principal responsabilidade do sênior e do gerente; - O programa da auditoria: resume as perguntas, os procedimentos e as etapas, contém perguntas adequadas sobre o controle interno contábil, seguidas dos passos do programa elaborado para comprovar os controles existentes: • O trabalho a realizar é descrito sequencialmente; • A sequência das etapas fundamenta de forma lógica os objetivos de auditoria; • Deve-‐se ler todo o programa, de maneira tal que se possa combinar e coordenar o trabalho. - A coluna “feito por” contém: • Espaço para as iniciais de quem efetua o trabalho: colocar as iniciais numa etapa significa assumir a responsabilidade pela realização de tudo que ali se encontra; • Todas as etapas devem ser assinadas; • Espaço para referenciar as células comprobatórias e as células com comentários explicativos. b. Papéis de Trabalho comprobatórios: - elaboram-‐se com informações específicas: • Análises preparadas para fins de auditoria interna ou externa; • Folhas contendo exceções e/ou recomendações sobre o controle interno; • Confirmação de terceiros; • Qualquer outra evidência escrita relacionada com o exame. - Características gerais: • Contêm os mesmos elementos básicos de informação encontrados em outros papéis de trabalho; Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 20 • O objetivo da célula deve ser expresso claramente, isto é, referenciado à etapa específica do programa ou explicado por escrito; • A fonte de informação deve ser claramente indicada; • Deve-‐se indicar de modo claro o método seguido quando a informação foi obtida por meio de testes; os papéis devem denotar esmero, eliminando cálculos e rabiscos; • A informação deve ser clara para o leitor (pouca informação em cada célula) e deve aparecer de modo conciso, lógico, preciso e completo; • Devem ser preparados a lápis (a tinta fica difícil de alterar e corrigir); • As cifras devem ser colocadas de forma adequada e esmerada, nos espaços previstos; • Os papéis de trabalho-‐suporte são arquivados após os programas de auditoria; • A ordem dos papéis de trabalho é a seguinte: • Primeiro os papéis sintetizados ou resumos; • Depois os papéis detalhados. Codificação dos papéis de trabalho • Elabora-‐se um sistema de codificação para que os papéis desejados sejam facilmente encontrados; • Cada folha no arquivo deve ter uma letra ou número de identificação, ou uma combinação de ambos; • Este índice identifica, então, a folha específica, indicando onde ela pode ser encontrada no arquivo. FLUXO DE AUDITORIA INTERNA Passos para Auditoria Interna (fluxo em anexo) Setores: AI (Setor Auditoria Interna); SE (Setor Superintendência Executiva; SA (Setor Auditado) 1) AI: Seleção do(s) processos/setores a serem auditados. Enviar proposta ao SE 2) SE:Avaliação do(s) processo(s)/setor(es) selecionados pelo AI. Após aprovar volta para AI. 3) AI: Comunicação oficial ao setor selecionado sobre o início dos trabalhos de auditoria. 4) AI: Levantamento/estudo dos normativos internos, pop’s, doc’s, e demais documentos do setor. 5) AI: Convocação do gestor da área para reunião preliminar sobre as rotinas do setor. 6) SA: Comparecimento à reunião e repasse de todas as informações solicitadas. 7) AI: Solicitação preliminar de documentos. 8) SA: Entrega dos documentos solicitados. 9) AI: Elaboração de programa de auditoria/check list. 10) AI: Realização dos testes de auditoria (visitas in loco para observação de procedimentos, contagens físicas, aplicação de questionários, realização de entrevistas/ exames de documentos/ análise de registros etc). 11) AI: Após finalizados os testes, elabora-‐se os papéis de trabalho. 12) AI: Arquivamento dos papéis de trabalho finalizados e aprovados pelo gestor do setor de auditoria em pasta específica. 13) AI: Elaboração da minuta do relatório, revisada e aprovada pelo gestor do AI. 14) AI: Agendamento de reunião com o gestor da área para discussão sobre o relatório. Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 21 15) AI: Após reunião com SA, decisão de inclusão dos comentários do gestor na minuta. 16) AI: Entrega da minuta do relatório finalizada ao SE, demais superintendentes designados por ele. 17) SE: Agendamento de reunião com o setor de auditoria para apresentação do trabalho realizado. 18) AI: Aprovado a minuta pelo SE, elabora-‐se o relatório final para entrega para SE e demais cópias solicitadas por ele. 19) AI: Arquivamento de uma cópia do relatório final na pasta específica já montada. 20) SE: Elaboração de documento oficial com definição de prazo para o tratamento dos pontos de controle detectados e encaminhamento juntamente com o relatório final ao gestor da área, superintendente imediato e assessor responsável pelo acompanhamento dos planos de ação realizados/ propostos. 21) SA: Implementação/ Proposição de ações corretivas dentro do prazo estabelecido pela SE. 22) SA: Elaboração de documento formal constando todas ações implementadas/ propostas para os pontos de controle levantados pela auditoria. 23) SA: Encaminhamento do documento à SE. 24) SE: Encaminhamento do documento recebido da SA à AI para ciência. 25) AI: Após ciência das ações corretivas implementadas/ propostas, arquivamento do documento em pasta específica do setor. 26) AI: Programação de auditoria de follow up para verificação da eficiência das ações corretivas implementadas/ propostas. RELATÓRIO DE AUDITORIA INTERNA É o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. Deve abordar os aspectos: a. Objetivo e a extensão dos trabalhos; b. Metodologia adotada; c. Principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão; d. Eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria; e. Descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas; f. Riscos associados aos fatos constatados; e g. Conclusões e recomendações resultantes dos fatos constatados. A quem apresentar o relatório? Deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo. A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames. RELATÓRIO DE AUDITORIA OPERACIONAL O relatório de auditoria operacional é a exposição fundamentada de comentários de forma conclusiva, na qual são descritos os fatos de maior importância – denominados achados de auditoria – constatados durante o curso normal dos trabalhos de auditoria e sugeridas as soluções. Tais sugestões deverão ser construtivas, visando ao Auditoria Operacional e de Gestão -‐ Prof. Carlos Antônio Pereira 22 aprimoramento dos controles internos, à redução dos custos, ao aumento da economicidade, da eficiência, da eficácia e da efetividade na utilização dos recursos públicos, ao melhoramento das práticas contábeis e administrativas e até mesmo a uma forma mais adequada de gerir a entidade auditada. Não existem normas específicas no Brasil para elaboração de relatórios de auditoria operacional. Requisitos para elaboração de relatórios Relacionamos a seguir os principais requisitos para a apresentação de um relatório de qualidade. • Importância do conteúdo: o relatório de auditoria operacional só deve conter os fatos julgados
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