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trabalhodedireito2015

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FACULDADE MULTIVIX
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
BRUNO DA SILVA CONFESSOR
CARLOS AUGUSTO FIM ALTOÉ
LETÍCIA BERNARDO OZA
LUCAS DA CONCEIÇÃO
PALOMA ZANOL
POLIANA ZANOL
PRAZO PARA AJUIZAR AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2015
BRUNO DA SILVA CONFESSOR
CARLOS AUGUSTO FIM ALTOÉ
LETÍCIA BERNARDO OZA
LUCAS DA CONCEIÇÃO
PALOMA ZANOL
POLIANA ZANOL
PRAZO PARA AJUIZAR AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
 
Trabalho apresentado à disciplina Direito Trabalhista e Legislação Social do Curso de Sistemas De Informação da Faculdade Multivix, como requisito para obtenção da avaliação bimestral.
Professor: Osvaldeli Alves
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2015
BRUNO DA SILVA CONFESSOR
CARLOS AUGUSTO FIM ALTOÉ
LETÍCIA BERNARDO OZA
LUCAS DA CONCEIÇÃO
PALOMA ZANOL
POLIANA ZANOL
PRAZO PARA AJUIZAR AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Trabalho apresentado à disciplina Direito Trabalhista e Legislação Social do Curso de Sistemas De Informação da Faculdade Multivix, como requisito para obtenção da avaliação bimestral.
 Aprovado em 31 de Agosto de 2015
 Prof. Osvaldeli Alves
 Faculdade Multivix
RESUMO
O desenvolvimento desse trabalho aborda assuntos relacionados aos prazos para ajuizar Ação de Reparação de Danos morais na Justiça do Trabalho e os órgãos competentes para o julgamento da indenização. Para melhor compreensão do assunto, está presente a seguir, textos e artigos relacionados com tema proposto. 
Palavras-chaves: Órgãos competentes. Julgamento. Indenização. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................6
2.1 O DANO MORAL TRABALHISTA........................................................................6
2.2 A PRESCRIÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO.................................................7
2.3 INÍCIO DA FLUÊNCIA DO PRAZO PRESCRICIONAL.......................................8
2.4 O PRAZO.............................................................................................................8
2.4.1 SITUAÇÃO I ....................................................................................................10
2.4.2 SITUAÇÃO II....................................................................................................11
2.5 COMPETÊNCIAS PARA JULGAMENTO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS...................................................................................................................13
2.6 REGRAS A SEREM OBSERVADAS EM RELAÇÃO À PROPOSITURA DA AÇÃO INDENIZATÓRIA..........................................................................................14
2.7 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ...............................................................................15
3 CONCLUSÃO.................................................................................................17
4 REFERÊNCIAS ..............................................................................................18
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por meta estudar a prescrição sob o foco das ações indenizatórias decorrentes de Danos Morais, ressaltando a importância da proteção à vida, dignidade, intimidade, liberdade e saúde humana, e buscando compreender a natureza da responsabilidade do empregador frente ao dano causado ao empregado ou vice-versa.
O Direito é uma ciência que tem por escopo primordial o estudo da lei e das normas de convivência. Na medida em que a sociedade evolui, cabe a ele acompanhar as transformações, não podendo se comportar de maneira estática, pois é ele quem dá o suporte necessário às relações humanas.
Assim, a presente pesquisa priorizará o estudo dos prazos de Ação de Reparação de Danos morais no trabalho, visando principalmente a Competência da Justiça do Trabalho, que por sua vez, processa e julga ações envolvendo a indenização por prejuízos morais que tenham origem na relação de emprego.
O Dano Moral Trabalhista
Segundo a lição de Roberto Brebbia, entende-se por dano moral, "aquela espécie de agravo constituída pela violação de algum dos direitos inerentes à personalidade. Trata-se de uma ofensa que atinge os valores abstratos humanos e que tem como causa impulsiva uma ação ou omissão, não estribada em exercício regular de um direito, em que a agente causa prejuízo ou transgride direito de outrem, por dolo ou culpa. É capaz de atingir aspectos mais íntimos da personalidade humana ou a própria valoração da pessoa no meio em que vive.
Se a lesão é intentada contra a pessoa, enquanto cidadão, a competência será da justiça comum. Se de outra forma o dano é praticado contra a pessoa, enquanto empregado ou empregador a competência será da justiça do trabalho.
Tratando-se de dano moral decorrente da relação de emprego, é a prevista no art. 7º, inciso XXIX, da Constituição da República.
Deste modo, para enaltecer essa abordagem temática é conveniente salientar primorosamente que os direitos imateriais do cidadão podem ser afetados de maneira lesiva não só na esfera civil, mas inclusive nas relações laborais, logicamente passíveis dessa caracterização e consideradas um campo propício e fértil por excelência quanto a esse tipo de violação, em virtude do caráter pessoal, subordinado e duradouro desse vínculo oriundo de um contrato prestacional.
Da prescrição das ações de reparação do dano moral na justiça do trabalho
A violação do direito faz surgir para o titular a pretensão, e para o agressor a responsabilidade ínsita ao dever de reparação. O não-exercício dessa pretensão, num certo tempo legalmente estatuído, por inércia do titular, gera o seu perecimento por incidência da prescrição.
Impende esclarecer, que as regras atinentes ao instituto da prescrição se constituem objeto do direito material e não do processual, havendo, no ordenamento normativo, distintivos prazos, a serem observados, a depender da natureza jurídica do direito violado.
Inobstante a especificidade apontada, no que toca ao prazo prescricional das ações de indenização do dano moral na Justiça do Trabalho, a doutrina é bastante divergente.
A Prescrição no Direito Do Trabalho
A norma constitucional prevê apenas um sistema de prescrição trabalhista e não mais dois, como ocorria antes da Emenda Constitucional n. 28/2000, que dava tratamento diverso para trabalhador rural em relação ao trabalhador urbano. Atualmente, não há mais diferença, tendo sido unificado o prazo prescricional para ambos os tipos de trabalhadores.
A norma constitucional (art. 7o, inciso XXIX) trata de “créditos resultantes da relação de trabalho” e não da ‘relação de emprego’, o que amplia consideravelmente seu campo de incidência, porquanto a relação de trabalho alcança tanto a atividade profissional executada por empregado, com todas as características de subordinação, pessoalidade, onerosidade e continuidade, quanto outras formas de trabalho, como o avulso e o autônomo.
Vale ressaltar que a expressão ‘créditos’ quer dizer todo “direitos ou pretensões” do trabalhador em relação ao empregador.
Pois bem, o legislador constituinte, ao inserir respectivamente tanto a possibilidade de indenização por acidente de trabalho devida pelo empregador, quanto a prescrição da pretensão relativas aos créditos resultantes das relações de trabalho, num mesmo dispositivo (art. 7o, XXVIII e XXIX), evidencia, de um lado, que a reparação civil é direito do trabalhador e, de outro, que a prescrição descrita
no inciso posterior abrange o direito concedido no anterior.
Início da fluência do Prazo Prescricional 
Neste ponto discute-se se iniciará na data da extinção do contrato de trabalho, do evento acidentário, do aparecimento da doença, do afastamento do trabalhador para tratamento médico ou da ciência inequívoca pela vítima da incapacidade laboral ou redução da mesma.
Não pode ser aplicado o início temporal disposto no art 7o, inciso XXIX, da Constituição, qual seja a data da extinção do contrato de trabalho, posto que, conforme o art. 118 da lei 8.213, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, “o segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio acidente”
Assim, o empregador só pode rescindir o contrato de trabalho, após, no mínimo 12 (doze) meses, contados a partir do momento em que o trabalhador vê liberado pelo INSS a retornar ao exercício de suas atividades laborais.
O Prazo
O prazo prescricional para o empregador ajuizar ação trabalhista, consoante prescreve o art. 7º, inciso XXXIX, alínea “a”, da Constituição Federal, é de 2 anos. Assim, trata-se de prazo prescricional para que o ajuizamento da ação, que não se confunde com prazo dos créditos trabalhistas, pois este é de 05 anos retroativos, a contar da extinção da relação de trabalho.
O Ministro Afonso Celso, entende que:
“Uma vez rescindido o contrato de trabalho, estão imprescritas todas as verbas compreendidas entre a data da extinção do contrato e os cinco anos anteriores, uma vez que não decorridos os dois anos após a rescisão”. (TST, Ac 1ª T. 000/94, Rel. Min Afonso Celso, DJU de 24.3.95, p. 6.934).
A interrogação, está em saber que prazo prescricional o dano moral, oriundo da relação de trabalho está sujeito, uma vez que os direitos da personalidade são imprescritíveis.
A reposta para esta pergunta não é totalmente pacífica. Para aqueles que entendem tratar-se o dano moral ocorrido na relação de trabalho um crédito trabalhista, a resposta seria peremptoriamente o prazo de 02 anos. Porém a resposta mais justa seria o prazo de 20 anos, por ser o prazo prescricional de índole de direito material e não processual e, também, pelo fato do art. 8º da CLT, estatuir que: “o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”, então, nada mais óbvio que seja aplicado a prescrição prevista no Código Civil, uma vez que o dano moral é previsto no Direito Civil, não sendo por conseguinte, inalienável, intransmissível, irrenunciável e imprescritível.
a contagem do prazo prescricional se inicia com a data em que ocorreu o dano ou aquela em que o empregado teve ciência inequívoca da lesão.
No caso das relações trabalhistas, a Constituição Federal tratou de estabelecer, em seu art. 7º, inciso XXIX, a prescrição do direito de ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (...).
Se for analisado de modo diferente, será negado o princípio da norma mais favorável ao empregado, a qual visa nortear a aplicação do Direito do Trabalho.
Em um caso hipotético um empregador teve ciência dos desfalques e das ilicitudes cometidas por um ex-empregado apenas seis meses após a sua saída,sendo assim conclui-se que o prazo prescricional da pretensão reparatória do empregador que apenas seis meses depois do desligamento do empregado teve ciência dos desfalques, tem sua contagem iniciada apenas no momento da sua ciência inequívoca dos danos patrimoniais.
SITUAÇÃO I
A prescrição para a ação de dano moral decorrente da relação de emprego segue a regra estabelecida no art. 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal. Sob esse esclarecimento do ministro Brito Pereira (relator), a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a um recurso de revista impetrado por um operário mineiro. De acordo com o dispositivo constitucional, o prazo para a reclamação dos créditos resultantes da relação de trabalho é de cinco anos durante o curso do contrato e até o limite de dois anos após o término da relação de emprego. 
A decisão do TST resultou em manutenção do posicionamento adotado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (com jurisdição em Minas Gerais). A exemplo da primeira instância (2ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte), o TRT mineiro afastou a análise jurídica da ocorrência ou não do dano moral face a demora do trabalhador em ajuizar a respectiva ação contra as empresas MP Engenharia S/A e Companhia Brasileira Carbureto de Cálcio - CBCC.
O operário trabalhou na construção de uma das instalações da CBCC no interior de Minas Gerais. Em 28 de outubro de 1989, teve dois dedos da mão direita prensados após tentar segurar uma chapa de ferro. O acidente provocou, após tentativas frustradas de reimplante, a perda dos dedos médio e anular. Em 26 de abril de 2002, foi ajuizada a ação por danos morais contra sua empregadora (MP Engenharia) e a CBCC.
“Restou incontroverso que o autor sofreu acidente do trabalho”, admitiu o TRT. “A presente ação, contudo, só foi proposta após decorridos quase treze anos do acidente, e ainda quase doze anos da dispensa imotivada, ocorrida em 17 de abril de 1990”, observou o acórdão regional, ao aplicar a regra inscrita na Constituição e reconhecer a ocorrência da prescrição.
No TST, a defesa do trabalhador sustentou a inviabilidade de aplicação do prazo prescricional do art. 7º, inciso XXIX da CF. Argumentou que o direito à reparação por danos morais possui natureza pessoal e tem origem no Direito Civil, devendo ser aplicada a prescrição de vinte anos, prevista no art. 177 do antigo Código Civil (1916).
O ministro Brito Pereira destacou, inicialmente, a competência da Justiça do Trabalho para cuidar do tema. “Conforme o entendimento previsto na Orientação Jurisprudencial nº 327 da Subseção de Dissídios Individuais – 1 do TST, a Justiça do Trabalho é competente para julgar pedido de indenização por dano moral resultante de ato do empregador que, nessa qualidade, haja ofendido a honra ou a imagem do empregado, causando-lhe prejuízo de ordem moral, se esse fato estiver relacionado com o contrato de trabalho”, afirmou. 
O relator, com base nesse entendimento, afirmou a impossibilidade de aplicação da regra civil (prazo de vinte anos) ao caso concreto. “Da mesma forma, a jurisprudência dominante no Tribunal Superior do Trabalho é no sentido de que a prescrição aplicável, tratando-se de dano moral decorrente da relação de emprego, é a prevista no art. 7º, inciso XXIX, da Constituição da República, e não a estipulada no Código Civil”. (RR 518/2004-002-03-00.1)
SITUAÇÃO II
Em um caso hipotético, baseado em demanda concreta enfrentada na militância da advocacia laboral, um empregador teve ciência dos desfalques e das ilicitudes cometidas por um ex-empregado apenas seis meses após a sua saída. Enquanto o trabalhador esteve na empresa, conseguiu esconder os desvios de recurso, mas, com seu desligamento, indícios da fraude surgiram, dando ensejo a uma investigação interna que culminou com a comprovação do furto do dinheiro patronal.
Assim, a contagem do prazo prescricional da ação reparatória de danos a ser proposta pelo empregador deve ter início com a rescisão do contrato ou a ciência inequívoca posterior deve ser o marco inicial da contagem do prazo da prescrição do direito de ação respectivo?
Sem dúvidas, considerar o início do prazo prescricional a data da rescisão do contrato é privilegiar a fraude e o formalismo em detrimento da razoabilidade,
da boa fé e do resgate da legalidade das relações.
Desse modo, é certo que a pretensão de reparação do titular nasce com a violação do direito. O direito de propor a ação reparatória apenas surge, contudo, da ciência da lesão, pois antes não há que se falar em direito subjetivo violado.
Súmula nº 278 do STJ. Termo Inicial - Prazo Prescricional - Ação de Indenização - Incapacidade Laboral. O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral. (DJ 16/6/2003).
Sendo assim, para o caso hipotético proposto, conclui-se que o prazo prescricional da pretensão reparatória do empregador que, apenas seis meses depois do desligamento do empregado teve ciência dos desfalques, tem sua contagem iniciada apenas no momento da sua ciência inequívoca dos danos patrimoniais.
Competência para o julgamento de ação e indenização por danos morais
O Código Civil de 2002 contempla expressamente acerca da configuração do dano moral quando prevê no art. 186:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direitos e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Justiça Comum Estadual –É competente para o julgamento das ações de indenização por danos morais entre particulares, pessoas físicas e jurídicas. Quando forem propostas contra pessoas jurídicas de direito público (Estados, Municípios, autarquias, fundações públicas), serão distribuídas para as Varas da Fazenda Pública Estadual ou Municipal.
Justiça Comum Federal - É competente para o julgamento de ações propostas contra pessoas jurídicas de direito público vinculadas à União. A ação judicial deve ser ajuizada na seção judiciária do local de domicílio do autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda (C.F., art. 109, § 2.º). Com relação às sociedades de economia mista, o STJ editou a Súmula 42, e o STF, as Súmulas 508 e 517:“Súmula 42. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento”.“Súmula 508. Compete à Justiça Estadual, em ambas as instâncias processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S/A. “Súmula 517. As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal quando a União intervêm como assistente ou opoente.”
Juizados Especiais de Pequenas Causas – as ações de indenização por danos morais, cuja pretensão indenizatória não ultrapasse 40 salários mínimos, obedecerão ao rito sumaríssimo e serão julgadas pelos Juizados Especiais de Pequenas Causas, nos termos da Lei n.º 9.099/95.
Justiça do Trabalho – nos termos do art. 114, VI, da C.F., a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial decorrentes da relação de trabalho. Observe-se que, na mesma reclamação, o autor poderá cumular pedidos referentes a direitos estritamente trabalhistas (férias, 13.º salário, horas extras, aviso prévio, etc.) com danos morais ou materiais sofridos na vigência do contrato de trabalho.
Regras a serem observadas em relação à propositura da ação indenizatória
Ação de indenização por danos morais contra pessoa jurídica de direito público – deve ser proposta em até 5 anos, a contar da violação a direito de personalidade (Dec. 20.910/1932, art. 1.º);
Ação de indenização por danos morais nas relações de emprego – deve ser proposta em até 2 anos após a extinção do contrato de trabalho, embora o prazo prescricional dos direitos trabalhistas seja de 5 anos para trabalhadores urbanos e rurais (CF/1988, art. 7.º, XXIX);
Ação de indenização por fato do produto ou do serviço – deve ser proposta em até 5 anos, iniciando-se a contagem sobre o prazo no momento em que se tomou conhecimento do dano e de sua autoria (Código de Defesa do Consumidor - CDC, art. 27).
Salienta-se que, essas regras se impõem sobre o prazo prescricional do Código Civil em razão do principio da especialidade, consagrado em nosso ordenamento jurídico, no art. 2.º da Lei de Introdução ao Código Civil.
Entretanto, a Constituição Federal, em seu art. 7o, inciso XXVIII, dispõe que o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, não exclui a indenização a que este está sujeito na ocorrência do dolo ou culpa.
Com efeito, a Magna Carta possibilitou a reparação por danos morais (responsabilidade subjetiva do empregador), independentemente do ressarcimento previdenciários da lesão sofrida pelo obreiro (responsabilidade objetiva).
Legislação Aplicável
O indivíduo que sofre assédio moral, em muitos casos, sente-se ao desamparo, em meio à dor causada pelo ato danoso; daí a importância da lei, pois permite que o mesmo reaja e busque mecanismos de contenção e de repreensão a essa prática lastimável que o atinge.
Atualmente, no Direito brasileiro, podemos encontrar a reparação do dano moral embasada pela seguinte legislação:
art. 5.º, V e X da Constituição Federal;
- arts. 482 e 483 da Consolidação das Leis do Trabalho;
- arts. 159, 186,1.537, 1.538, 1.547, 1.548 e 1.550 do Código Civil Brasileiro;
- art. 234, §§ 1.º, 2.º e 3.º do Código Eleitoral;
- arts. 81 a 88 do Código Brasileiro de Telecomunicações;
- art. 6.º , VII do Código de Defesa do Consumidor;
- art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente;
- art. 25 e segs. Da Lei dos Direitos do Autor;
O Código Civil de 2002 contempla expressamente o dano moral, quando prevê no art. 186, in verbis:
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito “. (Brasil, 2002, p. 34),
Essa tendência ideológica inaugurada pela Constituição é bem observada nos diplomas legais surgidos após outubro de 1998, notadamente o Código de Defesa do Consumidor - CDC e o Novo Código Civil. O CDC inovou com a possibilidade de concretização desse princípio, se tornar efetivos direitos até então obscuros e de difícil reparação, ao tempo em que consagrou a responsabilidade objetiva do fornecedor, enquanto que o novo Código Civil, embora mantendo a responsabilidade subjetiva como regra geral, admitiu e ampliou a incidência da teoria da responsabilidade objetiva, no parágrafo único do art. 927, de seguinte teor:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo.
Parágrafo Único. Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano, implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
 
CONCLUSÃO
Ao refletir sobre o presente trabalho pode-se concluir que o Dano Moral é um tema abrangente, onde é possível encontrar leis de reparação na constituição federal, código civil, código eleitoral, código de defesa do consumidor entre outros. Quando o dano Moral se refera a relação de trabalho compete a justiça do trabalho processar e julgar, de acordo com a ementa constitucional 45. Art 114 inciso VI. Enquanto aos prazos depende do caso, hoje há muitas controversas envolvendo a prescrição trabalhista e a civilista, as mesmas têm diferentes prazos causando confusões. 
REFERÊNCIAS
SILVA, Ana Paula Francisca. Da Problemática da Prescrição quanto ao Dano Moral na Justiça do Trabalho. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/23364-23366-1-PB.pdf> Acesso em: 24 ago.2015.
ARAÚJO, Renato Melquíades. Prazo prescricional deve ser contado a partir da ciência inequívoca do dano. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI170919,11049-Prazo+prescricional+deve+ser+contado+a+partir+da+ciencia+inequivoca> Acesso em: 24 ago.2015.
Autor desconhecido. TST ESCLARECE PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA AÇÕES DE
DANO MORAL. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/noticias/prescricaodedanomoral.htm> Acesso em: 24 ago.2015.
PESSÔA, Marcelo. Prazo para ajuizar ação de reparação de danos morais na justiça do trabalho. Disponível em: <http://www.amdjus.com.br/doutrina/trabalhista/359.htm> Acesso em: 24 ago.2015.
MEIRELES, Isabel Cristina de Quadros. Reflexões sobre o dano moral após a extinção do contrato de trabalho empregatício – provas cabíveis. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8217> Acesso em: 24 ago.2015.

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