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TESTE SEUS CONHECIMENTOS - CONDUTA

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Teste seus conhecimentos – Conduta – Márcia Pelissari
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
CONDUTA
O que conduta?
Qual a diferença entre ato e conduta?
Quais as teorias a respeito da conduta?
Qual a teoria a respeito da conduta adotada pelo CPB?
Quais as formas de conduta?
O que é resultado?
Há diferença entre resultado e evento?
Quais as teorias a respeito do resultado?
Qual a teoria adotada pelo CPB?
Como podem ser classificados os crimes de acordo com o resultado? Explique.
O que é nexo causal?
Exige-se em todos os crimes o nexo causal? Explique. 
Qual a teoria adotada pelo CPB a respeito do nexo causal? Explique-a
Quem foi o idealizador da Teoria do nexo causal adotada pelo CPB?
 
RESPOSTAS
Conduta é toda ação humana dirigida a uma finalidade. 
Uma conduta pode ser composta de um ou diversos atos, assim, o ato é apenas uma das partes da conduta, v.g., pode-se matar alguém com um único tiro (um só ato) ou vários tiros (vários atos).
Teoria da ação: conduta é um “facere” desprovido de consciência e vontade, assim, se um motorista dirigindo com a devida cautela vier a atropelar alguém que com intuito suicida se precipita-se sob as rodas do veículo, pratica homicídio. Não será responsabilizado por não haver culpabilidade, mas o fato não deixa de ser típico. Para a teoria da ação o dolo e a culpa são elementos da culpabilidade. 
Teoria finalista da ação: para esta teoria a conduta é uma ação humana, consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade. Logo, só há fato típico quando o agente agiu consciente e voluntariamente visando a pratica do delito, caso contrário, o fato é atípico. Valendo-nos do exemplo anterior, para a teoria finalista da ação a conduta seria atípica por estar na esfera do imprevisível. Hanz Wellzel, um dos criadores desta teoria, deslocou o dolo e a culpa da culpabilidade para o fato típico. 
Teoria social da ação: a conduta é uma ação humana, socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade do agente. Conduta socialmente relevante é aquela que possa causar dano à sociedade. Assim, se o agente praticar um fato típico e ilícito, mas este não for socialmente relevante, ou seja, não atingir o senso de normalidade ou adequação social, não se pode considerá-lo relevante para o direito penal.
Teoria finalista da ação (CPB, art. 13).
Conduta comissiva (facere), omissiva (non facere), dolosa (quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo), culposa (não quis o resultado mas a ele deu causa por imperícia, imprudência ou negligencia). 
É a modificação do mundo exterior ocasionada pela conduta do agente. 
Sim, resultado é conseqüência da conduta humana, evento é qualquer acontecimento. Logo, estão excluídos do conceito de resultado os casos fortuitos e força maior, os eventos da natureza, os ataques de animais irracionais�, etc. 
Naturalística: para esta teoria resultado é a modificação que a conduta humana provoca no mundo exterior, v.g., morte no crime de homicídio (CPB, 121), diminuição patrimonial nos crimes contra o patrimônio (CPB, 155), etc. para esta teoria é possível que haja crimes sem resultado, v.g., os crimes de mera conduta como violação de domicílio, onde não é preciso haver nenhum tipo de lesão efetiva ao bem juridicamente tutela, só o fato de haver a violação já se configura o delito (CPB, 150).
Normativa ou jurídica: aqui, só há falar em resultado quando houver efetiva lesão (ou ameaça de lesão) a um bem juridicamente tutelado, caso contrário tem-se um irrelevante jurídico, por conseqüência, não há crime. Conclui-se, portanto, que para esta teoria é mister um resultado naturalístico para que se configure a pratica do delito. 
De acordo com a doutrina o legislador brasileiro adotou a teoria naturalística.
Formais: a lei descreve a conduta e o resultado, mas não exige a ocorrência deste para a consumação do crime, v.g., extorsão mediante seqüestro (CPB, 155), o ato de se seqüestrar uma pessoa com o fim de obter para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço de resgate, de per si, configura a pratica do tipo penal, mesmo que o seqüestrador não tenha auferido a vantagem a pratica da conduta já esta configurada�. 
Materiais:a lei descreve a conduta e o resultado e exige a produção deste para que haja adequação típica. É o caso do homicídio (CPB, 121), é mister o resultado morte para a configuração do tipo penal. 
De mera conduta:o tipo penal descreve apenas uma ação, v.g., violação de domicílio. 
É a perfeita adequação entre o modelo descrito no tipo penal e a conduta praticada pelo agente. 
Nos crimes materiais é imprescindível que haja nexo causal entre a conduta e o resultado para a configuração do delito, v.g., no homicídio é mister que haja nexo entre a conduta do agente e o evento morte. 
Nos crimes formais e de mera conduta, como não há resultado naturalístico, não se exige o nexo causal, v.g., omissão de socorro, não é o agente quem deu causa a situação que situação de perigo�, entretanto, por força de lei, nas hipóteses do 135 do CPB tem a obrigação de prestar assistência. 
O CPB adotou a teoria dos antecedente causais ou condctio sine qua non. Por esta teoria faz-se um processo de eliminação (processo de eliminação hipotética de Thirèn) de condutas e, considera-se causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (CPB, 13, in fine). Assim, basta fazer um processo mental de eliminação, verificando-se que eliminando dada ação, inda assim, o resultado teria ocorrido não é causa. Se não teria ocorrido, é causa. 
O idealizador foi Thirèn. 
01. Assinale a assertiva correta.
(A) é punível a conduta do agente quando licita a ação por ocasião de sua realização e ilícita quando do resultado
(B) é punível a conduta do agente quando ilícita a ação por ocasião de sua realização e lícita quando do resultado
(C) é punível, com base na lei em vigor quando da libertação da vítima, a conduta do sequestrador, ainda que menos rigorosa a lei em vigor quando iniciada a prática do crime
(D) é isento de pena o agente que pratica o fato em legítima defesa
(E) é licita a conduta do agente que pratica o fato acometido de doença mental que lhe retira completamente a capacidade intelectiva
C
� Responde pelo crime aquele que fomentar o animal a atacar outrem. 
�O recebimento da vantagem pleiteada é mero exaurimento da conduta, estando esta já configurada no momento do seqüestro. 
� Não foi a conduta do agente que gerou as situações previstas no art. 135, por isso não há falar em nexo causal, o dever de agir decorre de determinação legal. 
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