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1 Profª:Débora de Andrade Santana Envolve a medida de volume de uma solução de concentração exatamente conhecida necessária para reagir essencial e completamente com o analito. Análise Volumétrica Titulação Solução padrão. 2 Solução padrão 1. Ser suficientemente estável; 2. Reagir rapidamente com o analito; 3. Reagir de forma mais completa possível com o analito; 4. Sofrer uma reação seletiva com o analito; 3 Para preparar usa-se padrões primários ou padrões secundários. Padrão Primário Composto suficientemente puro e estável que permite preparar uma solução padrão (primária) por pesagem direta do composto e diluição até um determinado volume de solução . Exemplo: Biftalato de potássio Requisitos de um padrão primário: 1. Alto grau de pureza ( ≥ 99,9%) ; 2. Não higroscópico; 3. Estabilidade à atmosfera; 4. Disponível, baixo custo; 5. Solubilidade no meio de titulação; 6. Ter massa molar elevada. 4 Padrão Secundário Um reagente padrão secundário é um composto que permite preparar uma solução titulante, porém sua concentração é determinada através da comparação (PADRONIZAÇÃO) contra um padrão primário. Exemplo: NaOH A padronização permite determinar a concentração de uma solução pela sua titulação contra uma quantidade cuidadosamente medida de um padrão primário ou secundário ou um volume exatamente conhecido de outra solução padrão. 5 6 Titulação TITULANTE TITULADO 7 8 Equipamentos utilizados em volumetrias Erlenmeyers Leitura do volume inicial Leitura do volume inicial 9 Equipamentos utilizados em volumetrias Pisete Bastão de vidro Vidro de relógio Balões volumétricos Provetas Béquer O PONTO ESTEQUIOMÉTRICO, DE EQUIVALÊNCIA OU FINAL TEÓRICO Ponto da titulação quando a quantidade de reagente padrão é EXATAMENTE equivalente à quantidade do analito. O PONTO FINAL É aquele determinado experimentalmente. É indicado pela mudança súbita em uma propriedade física da solução ou de um indicador 10 TERMOS IMPORTANTES 11 O indicador deve provocar uma mudança visual O ponto final visível deve coincidir com o ponto final estequiométrico ou teórico. TERMOS IMPORTANTES TITULAÇÃO IDEAL 12 É A DIFERENÇA ENTRE O PONTO FINAL E O PONTO FINAL ESTEQUIOMÉTRICO OU TEÓRICO. COMO MINIMIZAR O ERRO? Avaliar as melhores condições experimentais Usar um indicador mais apropriado TERMOS IMPORTANTES TITULAÇÃO IDEAL 13 Reação simples Reação rápida. A reação deve ser a mais completa possível. A reação deve permitir uma perfeita determinação do ponto de equivalência. Requisitos de uma reação utilizada em determinações volumétricas Execução rápida; O método é fácil de ser instalado, economicamente viável; Representam economia e confiabilidade, podendo perfeitamente serem utilizadas na identificação da grande maioria de agentes químicos em diversas situações. 14 VANTAGENS E DESVANTAGENS VANTAGENS DESVANTAGENS Ø Método menos preciso que a gravimetria. TIPOS DE VOLUMETRIA 15 Neutralização Precipitação Complexação Óxido-redução 16 Objetiva a formação de um complexo (solúvel em água) com o analito, um íon metálico, este muitas vezes é um agente quelante. As reações envolvidas podem ser controladas pelo pH. Apesar de existir um grande número de compostos usados na complexometria, os complexos formados com o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), são uns dos mais comuns. VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO 17 Aplicação da volumetria de complexação Determinação de dureza da água, usada para avaliar sua qualidade. A dureza refere-se à concentração total de íons alcalinos- terrosos na água. Como as concentrações de Ca2+ e Mg2+ são normalmente muito maiores do que as concentrações dos outros íons alcalino-terrosos, a dureza pode ser igualada a [Ca2+] + [Mg2+]. A dureza é normalmente expressa como número de equivalente de miligramas de CaCO3 por litro. Para detecção visual do ponto final, utiliza-se um indicador metalocrômico. 18 O agente titulante forma um produto insolúvel com o analito. O titulante mais empregado é a solução padrão de AgNO3. O ponto final pode ser determinado de três formas diferente: formação de um sólido colorido (ex: método de Mohr) . formação de um complexo solúvel (ex: método de Volhard). mudança de cor associada com a adsorção de um indicador sobre a superfície de um sólido (ex: método de Fajans). VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO 19 Na determinação de cloreto, pelo método de Mohr, o ponto final é detectado através da formação de um precipitado vermelho entre o indicador K2CrO4 e AgNO3. As reações envolvidas são as seguintes: Ag+ + Cl- AgCl(s) Ag+ + CrO4 2- AgCrO4(s) Para que o ponto final seja visualizado é preciso adicionar-se um excesso e titulante, tornando necessária realização de um branco (Vb) que deve ser descontado do resultado da titulação da amostra (Va). Método Mohr 20 O método de Volhard é um procedimento indireto para determinação de íons que precipitam com a prata. O excesso de prata é determinado por meio de titulação, com uma solução padrão de tiocianato de potássio ou de amônio usando-se íons ferro(III) como indicador. Método Volhard 21 Determinação de haletos; Determinação de alguns íons metálicos. Aplicação da volumetria de precipitação 22 Este método envolve o uso de agentes oxidantes para a titulação de agentes redutores (e vice-versa). Processo no qual há transporte de elétrons, sendo que uma substância é oxidada e outra é reduzida. VOLUMETRIA DE OXIDO-REDUÇÃO 23 Uma titulação envolvendo reações de óxido-redução é caracterizada por uma mudança pronunciada do potencial de redução do sistema ao redor do seu ponto de equivalência. A indicação do ponto final pode ser determinando de três formas: 1. Visualmente, sem adição de indicador; 2. Visualmente, com adição de indicador; 3.Usando métodos eletroanalíticos (ex. potenciometria). 24 É muito utilizado em análise farmacêutica sendo que os principais métodos são: permanganatometria (KMnO4); c erimetria (Ce(SO4)2); i odimetria (I2); iodometria (Iodeto/Na2S2O3); iodatimetria (KIO3) e dicromatometria (K2Cr2O7). Aplicação da volumetria de óxido-redução 25 VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO OU ÁCIDO-BASE 26 Em soluções aquosas, as titulações de neutralização são aquelas nas quais íons hidrogênio (H3O +), são tituladas com íons hidroxila (OH-) ou vice-versa. A reação envolvida é uma reação de neutralização. HCl + NaOH NaCl + H2O 27 VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO OU ÁCIDO-BASE ACIDIMETRIA Titulação de base livres ou de bases formadas pela hidrólise de sais de ácidos fracos com um ácido padrão. ALCALIMETRIA Titulação de ácidos livres ou de ácidos formados pela hidrólise de sais de bases fracas com uma base padrão. 28 O titulante geralmente é uma base forte ou um ácido forte Obs: HNO3 é raramente utilizado devido ao seu elevado poder oxidante. VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO OU ÁCIDO-BASE 29 É obtido com o auxílio de indicadores visuais (ácido- base) ou por métodos instrumentais (potenciometria, condutometria, etc). PONTO FINAL DA TITULAÇÃO Indicadores Ácido-Base ou indicadores de neutralização Ácidos ou bases orgânicas fracos que mudam de cor de acordo com o seu grau de dissociação (pH do meio). Intervalo de Viragem dos Indicadores Ácido-Base 30 Fenolftaleína Indicadores Ácido-Base 31 INDICADORES ÁCIDO-BASE Verde de bromocresol Alaranjado de metila Vermelho de metila 32 Assim como existem quatro "tipos" de ácidos e bases, a saber Ácidos fortesÁcidos fracos Bases fortes Bases fracas Existem quatro sistemas que podem ser genericamente representados pelos gráficos pH x volume de titulante. Como regra para a confecção das curvas, são colocados os valores do pH da solução na vertical do gráfico em função da quantidade de reagente titrimétrico adicionado (na horizontal do gráfico). Observam-se os quatro sistemas titrimétricos, aqui representados por gráficos das reações mais importantes de cada sistema. Curvas de titulação 33 ÁCIDO FORTE/BASE FORTE ÁCIDO FRACO/BASE FORTE ÁCIDO FRACO/BASE FRACA BASE FRACA/ÁCIDO FORTE 50 mL de ácido acético 0,1 M 50 mL de hidróxido de amônio 0,1 M 100 mL de ácido acético 0,1 M 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M 34 35 36 Aplicação da volumetria de neutralização Determinação da acidez de frutas; Determinação da alcalinidade da água; Determinação do teor de ácido acético no vinagre. Determinação de ácido ascórbico em comprimidos, etc. 37 Exercício Exemplo 1: A partir do padrão primário Na2CO3 preparar 500,0 mL de uma solução a 0,2000 mol/L. Dados: Na = 23; C = 12; O = 16 Resposta → m = 10,60 g Exemplo 2: Preparar 250,0 mL de uma solução de HCl 0,1000 mol/L com as seguintes características: pureza 37%; densidade = 1,18 g/mL. Dados: H = 1; Cl = 35,5. Resposta → m = 0,9125 g m = 2,466 g (pureza a 37%) V = 2,090 mL 38 Exemplo 3: Digamos que para padronizar 10 mL da solução de HCl acima tenham sido gastos 2,25 mL de solução do padrão primário Na2CO3 do exemplo 1. A reação entre o HCl e o Na2CO3 será: 2HCl + Na2CO3 → NaCl + H2O + CO2 Resposta → C (HCl) = 0,09 mmol/mL ou 0.09 mol/L 39 Exemplo 4: Uma porção de 50,0 mL de solução de HCl requereu 29,71 mL de Ba(OH)2 0,01963 mol/L para alcançar o ponto final usando o verde de bromocresol como indicador. Calcular a concentração molar do HCl . Ba(OH)2 + 2HCl → BaCl2 + 2H2O 1 mmol 2 mmol 0,5832 mmol X nBa(OH)2 = CBa(OH)2 x VBa(OH)2 nBa(OH)2 = 0,5832 mmol/mL nHCl = 0,5832 X 2 nHCl = 1,1654 mmol CHCl = 1,1664 mmol = 0,02333 mol/L 50 mL Profa. Nedja Fernandes DQ/UFRN 40 Exemplo 5: Uma amostra de 25 mL de uma água de caldeira necessita de 10 mL de uma solução 0,1mol/L de HNO3 para a sua completa neutralização. Determine a alcalinidade da amostra, expressando o resultado em gramas por litro de NaOH. 1,6 g/L de NaOH Exemplo 6: Dissolve-se 1,04 g de carbonato de sódio (Na2CO3) em água destilada e coloca-se em um erlenmyer. O ácido sulfúrico que se deseja titular é gotejado através da bureta, gastando-se 23,6 mL desse ácido para a neutralização, tendo como indicador o heliantina. Qual a concentração molar da solução de H2SO4? Profa. Nedja Fernandes DQ/UFRN 41 Exemplo 7: Calcule o pH da solução formada quando 45,0 mL de 0,100 mol/L de NaOH forem adicionados a 50,0 mL de 0,100 mol/L de HC2H3O2. (Ka = 1,8 x 10 -5). pH = 5,70 Exemplo 8: Calcule o pH no ponto de equivalência na titulação de 50 mL de 0,100 mol/L de HC2H3O2 com 0,100 mol/L de NaOH. pH = 8,72 42 SKOOG, D.A., WEST, D. M., HOLLER, F. J., CROUCH, S.R. Química Analítica, Editora Thonson, São Paulo, 2005. HARRIS, D. C. Análise Química Qantitativa, 6ª ed., LCT editora, Brasil 2005, tradução da 6ª ed, 2003, por José Alberto Portela Bonapace e Oswaldo Esteves Barcia. Vogel, A. I. Análise Química Quantitativa, 6a ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 2002. BACCAN, N., ANDRADE J.C., GODINHO, O.E.S., BARONE, J. S. Química Analítica Quantitativa Elementar, Editora Edgard Blucher, Campinas, 2001. Referências Bibliográfias
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