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APII - Instrumentação Biomédica

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Avaliação processual II – Instrumentação Biomédica II
MRI: Basic Physics & a Brief History - TRADUÇÃO
0 – 5 Minutos: 
A RM refere-se ao uso de um Campo magnético forte e homogêneo e ondas de rádio para a obtenção de energia, uma das inúmeras vantagens de se utilizar a RM no diagnóstico por imagem é a não utilização de radiação ionizante, sendo utilizada em seu lugar ondas de rádio frequência que possuem comprimento de onda menor que a da luz visível
Na RM os átomos de H recebem energia e posteriormente perdem parte da energia recebida, esta é captada por bobinas e utilizada para a formação da imagem.
O átomo de H realiza um momento giratório em volta se seu proprio eixo, a este movimento é dado o nome de precessão. Fora do equipamento de Ressonância magnética a precessão dos prótons de H é orientado pelo campo magnético ao qual está submetido (Campo magnético da Terra). 
5 – 10 Minutos: A frequência de precessão dos H é estimulada quando este átomo é submetido a presença de um campo magnético, quanto maior for o campo magnético maior será a frequência de precessão.
 O alinhamento dos vetores em relação ao campo magnético dependerá de sua interação e de sua energia, o que nos leva aos estados energéticos: o paralelo e o antiparalelo. Os H paralelos permanecem na mesma direção e mesmo sentido do campo, representando um estado de menor energia. Os H antiparalelos permanecem na mesma direção, porém em sentido oposto ao do campo magnético, representando um estado de maior energia.
Aplicação de Rádio frequência dá início ao processo de excitação, alterando assim o estado energético para um estado de maior energia. Os vetores aumentam sua trajetória precessional, inclinando-se, saindo assim do eixo longitudinal e ocupando o plano transverso. 
10 – 15 Minutos: Com o corte do pulso de radiofrequência ocorre o relaxamento, onde a energia que antes estava contida nos spins é dissipada para tecidos e ambiente na forma de calor e parte dessa energia é captada pelas bobinas para a geração das imagens.
Quando ocorre a perda de energia de um H para outro H de uma molécula adjacente temos o efeito T1. Para que o efeito T1 seja priorizado o TR precisa ser curto para que apenas os prótons de H presentes na C2H5X cheguem ao plano transverso. No efeito T1 o sinal deve ser colhido durante o relaxamento quando os vetores recuperarem cerca de 63% do seu componente longitudinal.
Quando ocorre a perda de energia de um próton de H para outro próton de H dentro da mesma molécula temos o efeito T2. Para que o T2 seja priorizado TE precisa ser longo. 
15 – 20 Minutos: Para que o T1 seja máximo, o TR deve ser curto (evitando assim que os H presentes na H2O cheguem ao plano transverso). A gordura, por ter maior estabilidade perderá energia pelo efeito T1 de forma mais eficiente do que a H2O, promovendo à gordura o HIPERSINAL e ao líquido o HIPOSINAL.
Para que o efeito T2 seja máximo, o TE deve ser longo para que a captação do sinal ocorra mais tardiamente, proporcionando tempo para que os prótons presentes na água cheguem ao plano transverso, dando à água o HIPERSINAL (seu componente vetorial é maior no plano transverso) e à gordura o HIPOSINAL. 
	O efeito DP é obtido aplicando um TE curto e um TR longo. Neste efeito tecidos de maior densidade terão HIPERSINAL e tecidos de menor densidade terão HIPOSINAL. A densidade protônica da água é menor que a densidade protônica da gordura, dando para água HIPOSINAL e para a gordura HIPERSINAL. 
20 – 25 Minutos: Em 1971 O Dr Damadian publicou na revista Science um artigo no qual sugeria que o sinal emitido por tumores no corpo seria diferente do sinal emitido a partir de tecidos normais. Seu objetivo original era estudar no o corpo inteiro, sobre as ponderações T1 e T2, características de tecidos tumorais comparados a tecidos saudáveis. 
Em 1973 o Dr. Lauterbur publicou na revista Nature um artigo que sugeria que a formaçao da imagem se dava por interações locais induzidas descrevendo uma técnica na qual se utiliza radiação eletromagnética para localizar tubos capilares emergidos em tubos maiores. A imagem obtida era muito primitiva quando relacionada aos padroes atuais, mas mostrava claramente a localizaçao do tubo capilar contendo água.
O magneto possui uma região chamada Isocentro, onde o campo apresenta maior homogeneidade e onde deve ser posicionada a região a ser estudada. No Isocentro a matriz é dividida em quadrantes que representam tons de cinza, o movimento dos spins de acordo com o campo magnético e com sua localizaçao na matriz determina os tons de cinza que serão responsáveis por compor a imagem.
Produção de Imagem em Ressonância Magnética
Para produzir o sinal de RM é necessário um campo magnético e a rádio frequência. Os diferentes tons de cinza são inerentes das diferenças de movimentos precessionais medidos a partir da terceira casa decimal de cada um dos átomos de H presentes nos tecidos, gerando assim um contraste que permite diferenciar estruturas anatômicas (partes ósseas, partes moles, musculo, tendão, ligamento etc).
A frequência precessional depende do campo magnético e da energia de ligação química existente no H que está na agua em relação ao H que está na gordura. Entre um H e outro átomo ao qual ele se liga existe uma ligação covalente (compartilhamento de elétrons). 
A ligação química do H com o O não é tão estável quanto a ligação do H com um C, o que faz com que a molécula de gordura seja mais estável que uma molécula de água! 
Esta diferença na estabilidade das moléculas tem diferentes repercussões na Ressonância Magnética, pois em moléculas menos estáveis a frequência de precessão é maior, ou seja, ao ser imposta a rádio frequência, os átomos de H presentes nas moléculas de água atingirão maior movimento (por serem unidos por ligações químicas de baixa energia ao átomo de O) precessional do que os átomos de H presentes nas moléculas de gordura (por serem unidos por ligações químicas de alta energia ao átomo de C que constitui a molécula de gordura). O H é o átomo mais polar de todos!
Água = polar Gordura = Apolar -------- Características de polaridade interferem diretamente no campo magnético! Cargas opostas se atraem, cargas iguais se repelem. A força com que os átomos se atraem é que define se a ligação é covalente, iônica, dativa etc.
	
A quantidade de sinal emitido por um átomo depende diretamente da forma como este será estimulado! Átomos de baixa energia podem apresentar muito sinal na formação da imagem dependendo da forma como serão excitados.
	O pulso de rádio frequência é o grande responsável pela RM ser um exame não invasivo e pelo não uso de radiação ionizante! A cada estimulo dado pela Rádio frequência uma escala de cinza será obtida! 
	A frequência de precessão dos H é estimulada (ou seja, ela é aumentada) quando este átomo é submetido a presença de um campo magnético forte e homogêneo, quanto maior for o campo magnético maior será a frequência de precessão, maior será a trajetória precessional, maior será o ângulo de precessão e maior será a intensidade vetorial. Todas estas variáveis são diretamente proporcionais, a única condição que é inversamente proporcional é a ligação química, pois quanto mais forte for a frequência precessional menos forte é a ligação química!
Assim sendo, o movimento de precessão é a trajetória, a órbita, que o momento magnético exerce em relação ao eixo do fluxo eletromagnético do campo magnético principal do equipamento de Ressonância.
Fora do campo magnético todos os momentos magnéticos estão aleatórios, e o movimento de precessão é ínfimo porque sobre um campo magnético de baixíssima força (campo magnético da Terra), quando impostos a um campo magnético forte e homogêneo estes momentos magnéticos se orientam em relação ao campo de maior força, esta orientação em relação ao campo faz com que ao invés deles se cancelarem, eles se somem, e gerem
um vetor, ou seja, todos os H de mesma frequência (que possuem mesma relação química ou próximo a isso) irão se somar para gerar um vetor chamado de vetor de magnetização efetiva (somatório de vetores de mesma frequência). O que significa dizer que estes vetores, por apresentarem mesma frequência, terão o mesmo tom de cinza, não importando em qual pixel eles estejam!
Eixo longitudinal - representa o fluxo do campo magnético e o estado de repouso (quadrante superior) em relação ao eixo longitudinal na qual os momentos magnéticos precessionam, este eixo é a referência para que a precessão aconteça ao redor dele.
Plano transverso: (junção dos eixos X e Y) – o plano travesso representa a bobina receptora de rádio frequência, representa o estado de excitação.
Quando os vetores estão alinhados ao campo, alguns deles estão na mesma direção e mesmo sentido ao campo e outros estão na mesma direção, mas em sentido oposto ao campo magnético principal. Estar na mesma direção significa que estes vetores interagem com o campo magnético principal, isto acontece porque existe polaridade. Estar no mesmo sentido ou em sentido contrário indica a energia que este vetor possui, o que nos leva aos estados energéticos: existem 2 estados energéticos possíveis na ressonância magnética (para o H): o paralelo e o antiparalelo.
Os H paralelos são chamados de Spin Up e representam o estado de menor energia em relação ao campo magnético principal, permanecendo na mesma direção e mesmo sentido do campo, estando, portanto, subjugados ao campo magnético principal.
Os H antiparalelos são chamados de Spin Down e representam o estado de maior energia em relação ao campo magnético, permanecendo na mesma direção, porém em sentido oposto ao do campo magnético principal.
O determina que um H esteja em estado de maior ou menor energia?
O estado energético é determinado pela potência do campo, se eu variar a potência do campo o estado energético pode ser modificado ou permanecer o mesmo, depende de sua energia intrínseca, ou seja, vetores que não “vencem” 0,5T não “vencem” 1T!
Quando o paciente é submetido a um campo magnético principal, todos os H estão submetidos a um mesmo campo, ou seja, se o campo for de 1T todos os H estão submetidos a 1T. Portanto, toda vez que aumentamos a potência do campo, aumentamos a quantidade de vetores paralelos ao campo magnético, aumentar a quantidade de vetores paralelos ao campo magnético no repouso (ou seja, antes de aplicar a rádio frequência) mais sinal teremos, é que bom para a formação da imagem!
A energia intrínseca vem da força da ligação química na qual o átomo de H está inserido.
Quanto maior for a energia da ligação química na qual o vetor interage, menor será sua frequência precessional e consequentemente sua tendência ao paralelismo será maior. Se a ligação química é mais fraca ele obtém muita frequência precessional, e consequentemente mais energia, tendendo a ficar antiparalelo (muita energia consegue vencer o campo magnético aplicado sobre ele).
Mudar a energia intrínseca não é possível, então, para obter melhores imagens é necessário interferir na potência do campo (trocar o equipamento para um equipamento de maior potência magnética).
Quando submetidos a um campo magnético todos os H ganham energia automaticamente, entretanto, o campo magnético não modifica a energia intrínseca presente no átomo!
Produção de Sinal
Aplicação de Rádio Frequência excita os momentos magnéticos. Excitar os prótons significa acelerar o movimento precessional destes, aumentando a energia de cada momento magnético, alterando assim o estado energético de cada um destes momentos magnéticos de menor energia para maior energia; os que possuem alta energia ficarão com mais energia ainda!
Os vetores aumentam sua trajetória precessional, inclinando-se, pois, a frequência do movimento precessional aumentou, o que faz com que este vetor saia do eixo longitudinal e vá para o plano transverso. Portanto, na presença da RF os vetores não só aumentam seu movimento como também deslocam seu eixo em relação ao campo para assim ficar em relação a bobina receptora de RF, para que a bobina receptora de RF entenda este sinal analógico e capte-o. Com o corte do pulso os vetores tendem a voltar para seu estado inicial (estado de repouso). A excitação continua enquanto o pulso de RF estiver presente, quando aplicado o pulso de RF todos os vetores ganharão energia (energia “extra” que será somada a energia intrínseca presente no próton originalmente).
Não basta precessionar e vir para o plano transverso, para a formação da imagem é necessário que o próton mude seu estado de energia, ou seja, os vetores que contribuem para a formação da imagem são aqueles que ao receberem energia do pulso de RF mudam seu estado de paralelo para antiparalelo. 
Ao interromper o pulso de RF os vetores que sofreram modificação em seu estado energético perdem a energia recebida, energia esta que é drenada pelo campo magnético (inicia o dreno da energia perdida), pois a presença de um indivíduo no interior do magneto desestabiliza o campo magnético do equipamento, com a aplicação da RF a homogeneidade do campo magnético diminui, com o corte do pulso de RF o campo magnético “suga” esta energia com o objetivo de voltar a sua homogeneidade anterior.
Ponderação = ponderar um efeito de relaxamento está diretamente associado a forma como excitamos e colhemos o sinal dos momentos magnéticos. Só há colhimento de sinal durante o relaxamento! 
Contraste na Imagem
	Na Ressonância Magnética o contraste é a diferença na intensidade do sinal. Uma imagem tem contraste quando apresenta áreas de sinal intenso (hiperdenso), intermediário (isodenso) e áreas de sinal fraco (hipodenso). 
	A frequência de Larmor do H+ presente na água é maior que a frequência do H+ presente nos tecidos corporais.
O contraste pode ser adquirido por meio de 3 mecanismos básicos, sendo eles:
Recuperação T1;Existe um efeito anterior a aplicação destes para promover o relaxamento, este efeito é o T2* (efeito T2-estrela).
Declínio T2, e
Densidade de prótons.
Efeito T2* e Decaimento livre da indução
São características de um campo magnético: Intensidade e Homogeneidade; a intensidade de mantém a mesma ao longo de todo o magneto, já a homogeneidade varia ao longo do magneto, sendo maior no Isocentro.
Sem paciente a homogeneidade do campo é a maior possível, e o nível de ruído da imagem deve ser muito baixo;
Com paciente a homogeneidade do campo é mais baixa, e o nível de ruído é um pouco maior do que seria sem a presença do paciente no equipamento;
Com paciente + Radiofrequência a homogeneidade do campo é ainda mais baixa, e o nível de ruído é ainda considerado baixo, porém, é maior do que citado nas duas situações acima.
O efeito T2* é a perda de energia dos prótons de H para o meio devido a não homogeneidade do campo magnético principal. Ele acontece segundo um gráfico exponencial negativo chamado Declínio de indução livre (FID, em inglês). Ou seja, o declínio de indução livre é o gráfico produzido devido as perdas de energia pelo efeito T2*. 
O efeito T2* é a perda de energia dos momentos magnéticos dos prótons de H devido a não homogeneidade do campo magnético principal. 
Tudo na natureza tende ao equilíbrio, se o campo não está homogêneo ele tenderá a voltar à sua homogeneidade “original”.A
C
B
FAT
 H2O
 E1
 E2
Radiofrequência
T2*
A perda de energia é gradual, e ocorre ao longo do tempo
GRÁFICO: DECAIMENTO LIVRE DA INDUÇÃO
E1: Estado de repouso (Sem a radiofrequência)
E2: Estado de excitação máxima
	
	ENER. LIG. QUÍM.
	ESTAB. MOL.
	ω
	TAXA DE EXCIT.
	TAXA DE RELAX.
	T2*
	T1
	T2
	H20
	BAIXA
	BAIXA
	ALTO
	BAIXA
	BAIXA
	LONGO
	LONGO
	LONGO
	C2H5X
	ALTA
	ALTA
	BAIXO
	ALTA
	ALTA
	CURTO
	CURTO
	CURTO
A taxa de excitação da C2H5X é maior que a da H20 pois esta molécula tem menor estabilidade, quanto maior a estabilidade de H na molécula maior será a taxa de
aceleração, e, portanto, a perda desta energia após o término da exposição a radiofrequência será mais rápida.
O tempo da H20 é longo e o tempo da C2H5X é longo. O vetor que está na H2O desenvolve maior ω, o que interfere na homogeneidade do campo, pois este precisa passar mais tempo desacelerando para retornar ao estado de menor energia.
Recuperação T1 e Declínio T2
Efeito T1: O efeito T1 é a perda de energia de um H para outro H de uma molécula adjacente a ele - perda de energia intermolecular! 
Para o efeito T1 o eixo de referência é o longitudinal, ou seja, perder energia para o retículo circundante (Spin Lattice ou Spin Net) faz com que os vetores recuperem sua posição original. No efeito T1 é medido o quão rápido os vetores recuperam sua posição original (eixo longitudinal). 
Tudo depende do referencial: No T1 o referencial é o eixo longitudinal, então, quando o vetor inclina para o plano transverso quando eu corto o pulso de radiofrequência ele RECUPERA a posição original, essa é a recuperação T1. Então, tudo o que for relacionado ao eixo longitudinal será chamado de recuperação, e tudo o que for relacionado ao plano transverso será chamado de declínio.
O efeito T1 desenvolve este gráfico:SINAL
Como todo gráfico, este tem uma equação TEMPO T1
Exponencial positiva. De acordo com esta 
equação o parâmetro físico que controla o efeito T1 é o TR (tempo de repetição), este parâmetro físico estará nas interfases de programação; se eu aplicar corretamente o TR eu priorizarei o efeito T1 em relação a outros efeitos de relaxamento.
	O tempo de repetição é o tempo (ms) que vai da aplicação de um pulso de radiofrequência de 90º (a energia imposta pela RF é suficiente para transferir os vetores a 90º) a aplicação do pulso de radiofrequência de 90º seguinte. 
	Para que o efeito T1 seja priorizado o tempo de repetição (TR) precisa ter algumas características 
A RF influencia o contraste na imagem basicamente de 3 formas:
Com a energia do ângulo de inclinação, ou seja, 90º, 20º... É uma forma da RF influenciar o contraste, porque se eu aplico um pulso de 90º a chance é transferir totalmente os vetores para o plano transverso (plano em que a bobina receptora de RF estará ligada), então, o ângulo de inclinação determina o número de vetores/tamanho (comprimento, intensidade) dos vetores que estarão no plano transverso. Quanto mais próximo de 90º maior é a forma do vetor no plano transverso, isso vai fazer com que a intensidade dos vetores/sinal aumente.
Tempo de exposição a RF, o TR determina o tempo de exposição. O tempo de exposição determina não apenas o tamanho do vetor, mas também o número de vetores presentes. Se for aplicado um pulso de RF de curta duração somente os vetores que se inclinam rápido chegarão ao plano transverso, ou seja, se for aplicado um pulso de RF de TR curto a tendência é que apenas os prótons de H presentes na C2H5X cheguem ao plano transverso, RF com TR curto prioriza C2H5X. 
Ao aplicar um TR longo à sequência de pulso, não só a C2H5X como também o H2O chegará ao plano transverso. Com a interrupção do pulso de RF os prótons de H tendem a voltar para o eixo longitudinal
Para que o T1 seja máximo, ou seja, para que os prótons de H priorizem perder energia para fora da molécula, o TR precisa ser curto (curta excitação para evitar que os H presentes nas moléculas de H2O cheguem ao plano transverso também).
Sendo assim, a escala de cinza é uma consequência da ponderação!
Quando o pulso de RF é cortado inicia-se então o relaxamento, os spins que não foram excitados a ponto de chegarem ao plano transverso não farão parte da imagem.
A gordura relaxa primeiro, pois quando mais estável é a molécula mais eficiente ela será quanto a perda de energia pelo efeito T1, então é correto afirmar que a gordura irá relaxar primeiro que a água. Quanto maior for o ângulo de separação entre os vetores da H2O e o da C2H5X maior será o número de tons de cinza possíveis, então a maior diferença T1 entre a H2O e a C2H5X irá acontecer quando os vetores recuperarem 63% do componente longitudinal.
Então, para que o T1 seja máximo ou ainda, para que a diferença entre a H20 e a C2H5X seja máxima é necessário colher o sinal durante o relaxamento quando os vetores recuperarem cerca de 63% do seu componente longitudinal.
Quando cortamos o pulso de RF os prótons começam a perder energia pelo efeito T1 uma vez que os prótons foram excitados por pouco tempo (TR curto), estes prótons priorizarão perder energia para o ambiente externo do que no qual estão inseridos. A gordura, por ter maior estabilidade perderá energia pelo efeito T1 de forma mais eficiente do que a H2O, então ela faz a recuperação T1 mais rapidamente do que a H2O, para que a diferença T1 entre os tecidos seja máxima a recuperação precisa corresponder a 63% para que a diferença vetorial entre a H2O e a C2H5X seja maior possível dentro do efeito T1.
No efeito T1 a gordura fica com HIPERSINAL e o líquido fica com HIPOSINAL.
Declínio T2
 	No efeito T2 é medida a perda de energia de um próton de H para outro próton de H dentro da mesma molécula (perda de energia intramolecular), então quando os prontos de H priorizam perder energia dentro da própria molécula temos o efeito T2. O efeito T2 é também chamado de Spin Spin. 
	O efeito T2 é um declínio onde cada tecido terá sua perda de energia pelo efeito T2. O parâmetro físico que controla o efeito T2 é o TE (Tempo de Eco), o tempo de Eco é o intervalo entre o pulso excitatório e a coleta do sinal (que acontece durante o relaxamento), o tempo de Eco é estabelecido após a coleta do sinal.
Para o contraste T2 aconteça na sua máxima eficiência a molécula precisa ter maior número de H em sua cadeia. Ou seja, na gordura a perda de energia pelo efeito T2 tem sua máxima eficiência devido à grande quantidade de prótons de H existentes, enquanto que para a água esta perda é 1:1 (pois só existem dois prótons de H por molécula) o que faz com a perda de energia pelo efeito T2 não seja eficaz para estas moléculas.
Para que o efeito T2 seja máximo é preciso potenciar isto utilizando o TE (pois este controla o efeito T2), então para que o efeito T2 seja máximo, ou seja, para que os prótons priorizem perder energia para prótons da mesma molécula em relação a outras perdas de energia, é necessário fazer com que o TE seja longo, é preciso demorar mais para colher o sinal.
O TE está sempre contido no TR, pois o TR consiste em excitar os prótons, cortar o pulso de RF, relaxamento e colhimento do ECO finalização do relaxamento para aplicação de novo pulso, então o sinal é colhido no tempo de relaxamento e o relaxamento ocorre entre a repetição do pulso de RF, significa dizer o seguinte: o TE é proporcional ao TR, ou seja, se eu alongo o TE eu precisarei alongar o TR (é uma consequência), para que o TE fique contido no TR.
Se eu dou mais tempo para os prótons chegarem ao plano transverso acabará chegando não só a C2H5X, mas também o H2O, então a consequência de aplicar um TE longo é que o TR precisa alongar também, quando o TR alonga não só a gordura que é mais eficiente chega ao plano transverso, mas também a água, pois o tempo de excitação será maior.
No efeito T2 a água terá HIPERSINAL pois seu componente vetorial é maior no plano transverso, enquanto que a gordura terá HIPOSINAL. O componente vetorial da água é maior do que o componente vetorial da gordura, pois a frequência precessional da água é maior do que frequência precessional da gordura. 
Com o corte do pulso de RF o relaxamento começa começando assim a segunda parte do efeito T2, que diz o seguinte: para que a diferença T2 seja a maior possível entre a água e a gordura deverá existir o declínio de 37% do componente transverso, ou seja, a maior diferença T2 entre os tecidos existirá quando houver o declínio de 37% do componente transverso.
No efeito T2 a água terá HIPERSINAL e a gordura terá HIPOSINAL.
Densidade de prótons
 	Densidade = concentração/Volume
Diferente dos efeitos T2*, T1 e T2 onde o próton de H
perde energia suficientemente alta para ser medida, no efeito DP (densidade de prótons) não há perda de energia suficiente alta para que possa ser medida. 
	No efeito DP é medido a concentração de íons H, ou seja, tecido de maior densidade terão HIPERSINAL e tecidos de menor densidade terão HIPOSINAL. A densidade protônica da água seja menor que a densidade protônica da gordura, dando para água HIPOSINAL e para a gordura HIPERSINAL. 
	Quando há a intenção de produzir uma imagem Spin Eco (sequência de pulso) ponderada em T1 é necessário aumentar o efeito T1 e diminuir o T2.PONDERAÇÃO
Quando há a intenção de produzir uma imagem Spin Eco (sequência de pulso) ponderada em T2 é necessário aumentar o efeito T2 e diminuir o T1.
Quando há a intenção de produzir uma imagem Spin Eco (sequência de pulso) ponderada em DP é necessário diminuir o T1 e o T2.
A densidade de prótons se refere a informação mais básica que podemos ter: quantos prótons há naquela amostra. Se não houver prótons de H não é possível realizar o exame! 
O efeito DP é recuperado entre o efeito T1 e o T2. O contraste por DP é contraste mais básico da RM, é necessário ter prótons para colher o sinal. Quando a região não tem prótons ela tem AUSÊNCIA DE SINAL (Ex: cortical óssea, disco intervertebral, cálculo biliar, cálculo renal etc). 
O contraste por DP é a diferença na intensidade do sinal dos tecidos que são decorrentes de seu número nativo de prótons por unidade de volume. Para obter-se a ponderação por DP tem-se de diminuir os efeitos dos contrastes T1 e T2.
Para isso, utiliza-se um TE curto e um TR longo.
	
	TR
	TE
	T1
	CURTO
	CURTO
	T2
	LONGO
	LONGO
	DP
	LONGO
	CURTO
O TR longo e o TE curto são parâmetros físicos que garantem a descontaminação pelos efeitos T1 e T2.
Na DP, o HIPERSINAL não é “tão HIPER assim”.
Ao saturar a gordura na ponderação DP a água passa a ter HIPERSINAL, esta é a única ponderação em que a escala de cinza se inverte, fazer um exame de musculo esquelético sem saturar gordura na ponderação DP é impossível! Em qualquer campo magnético é possível obter a ponderação DP, não precisa de nada extraordinário para obter a ponderação DP pois esta é uma informação básica!
Spin Eco
Sequência de pulso: Forma de recuperar informações após a estimulação dos prótons de H. É a forma de coordenar os movimentos de H com o intuito de recuperar a mesma informação em qualquer que seja o plano de corte, em quantos planos de corte forem necessários. Os H se comportam dentro de uma padronização que ocorre graças a aplicação de uma mesma sequência de pulso.
Uma das sequências básicas da RM é a Spin Eco. No Spin Eco o primeiro pulso é a RF excitatória igual a 90º (esta é a RF aplicada a fim de transferir os vetores do eixo longitudinal para o plano transverso), quando este pulso tem energia suficiente para transferir estes vetores a 90º estamos diante de uma sequência que tem características Spin Eco, pois toda sequência Spin Eco tem como característica fundamental uma RF que tem energia suficiente para transferir os vetores do eixo longitudinal para o plano transverso cuja distância é de 90º, se eu vou dar tempo suficiente para que isso aconteça ou não, vai depender da ponderação que eu quero aplicar. O ângulo significa a energia que será aplicada aos vetores, dependendo da situação, nem todos os vetores terão tempo para chegar ao plano transverso, pois a RF será cortada antes. Quando mais prótons eu tiver no plano transverso, a 90º, mais sinal terei.
Então, a ideia do pulso excitatório é transferir os vetores de magnetização efetiva para o plano transverso, sendo que a gordura se excita primeiro.
Outra característica do Spin Eco é o pulso de RF de repolarização (180º), após o pulso de RF de repolarização é colhido o Eco que é o sinal, e para o Spin Eco é colhido 1 Eco/sinal por ponderação, ou seja, não há como ter mais de 1 ponderação no mesmo Eco. 
Para o T1: Pulso de 90º + pulso de 180º + colhe o Eco + termina de relaxar + outro pulso de 90º; TE curto e TR curto.
Para o T2: Pulso de 90º + pulso de 180º + pulso de 180º + colhe o Eco + termina de relaxar + outro pulso de 90º; TE longo e TR longo.
Para DP: Pulso de 90º + pulso de 180º + colhe o Eco + pulso de 180º + termina de relaxar + outro pulso de 90º. TE curto e TR longo. 
Se o TR for curto eu uso um pulso de repolarização, se o TR for longo eu uso dois pulsos de repolarização. 
Os vetores estão precessionando em torno do eixo longitudinal, há a aplicação do pulso excitatório (RF 90º) dando início a excitação (a gordura se excita primeiro), estes vão então para o plano transverso, enquanto estiver sendo aplicada a RF os vetores estarão juntos precessionando (quando os vetores estão juntos no plano transverso dizemos que eles estão em fase), ao cortamos o pulso de RF inicia-se o relaxamento havendo a perda de energia e havendo o retorno da diferença entre os vetores da água e da gordura, a água com precessão maior e a gordura com precessão menor fazendo com que estes vetores de separem (fiquem fora de fase). Antes de colher o Eco é necessário que estes vetores entrem em fase novamente, a produção desta “nova fase” é adquirida com o pulso de repolarização, que vai fazer com que os momentos magnéticos invertam a polaridade, fazendo com que os vetores se aproximem novamente ficando assim em fase. A repolarização não dá energia aos vetores! Ela apenas inverte o sentido das cargas! Quando os vetores estão em fase é a hora de colher sinal! 
Turbo Spin Eco (Fast Spin Eco)
Ao invés de adquirir um Eco adquire-se vários Ecos num mesmo relaxamento, o que torna o exame mais rápido por há o preenchimento da imagem com maior velocidade.
No Tubo Spin Eco tem se o pulso de 90º (pulso excitatório) e o pulso de 180º (pulso de repolarização) só que o número de pulsos de 180º é maior ou igual a 3, além desta diferença no Spin Turbo Eco há inúmeros Ecos por ponderação (havendo a possibilidade de fazer híbridos). O número de Ecos será definido pelo número de repolarizações sendo o número máximo de repolarizões o número da matriz (128, 256, 308, 512 etc), existem imagens nas quais toda a matriz é preenchida de uma vez só (single shot) são imagens que duram 5s em média. 
T1 TSE: Pulso de 90º + pulso de 180º + colhe o Eco + pulso de 180º + colhe o Eco + pulso de 180º + colhe o Eco + pulso de 180º + colhe o Eco + termina de relaxar + outro pulso de 90º. 
Estes Ecos estão ponderados em T2 e se somarão para formar apenas uma imagem, então, ao invés de captarmos apenas 1 Eco por relaxamento como é no Spin Eco comum aqui é colhido 4 Ecos, então a tendência é que a imagem seja feita 4x mais rápido. O Eco colhido no TSE é chamado de Eco parcial, pois ele não contém todas as informações contida num Eco contínuo.
Para controlar o número de repolarizações e por consequência o número de Ecos parciais existe outro parâmetro físico chamado de trem de Eco ou Fator turbo.

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