Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

1 
 
 Doenças Exantemáticas na Infância ........................................................................ Pág 3 
 Sarampo 
 Rubéola 
 Eritema Infeccioso 
 Exantema súbito 
 Varicela 
 Síndrome mão-pé-boca 
 Escarlatina 
 Mononucleose 
 Doença de Kawasaki 
 
 Infecções Respiratórias na infância .......................................................................... Pág 8 
 Resfriado comum 
 Sinusite bacteriana aguda 
 Otite Média aguda – OMA 
 Faringite bacteriana 
 Epiglotite aguda 
 Laringotraqueíte viral 
 Pneumonia Típica / Atípica 
 Coqueluche 
 Bronquiolite viral aguda 
 
 Imunizações .............................................................................................................. Pág 17 
 BCG 
 Vacina oral de poliomielite (VOP) 
 Rotavírus (VORH) 
 Febre amarela 
 Tríplice viral 
 Tetra viral 
 Varicela 
 Hepatite B 
 Pentavalente 
 Pneumocócica 10-valente 
 Meningocócica C 
 VIP – salk 
 Hepatite A 
 Influenza 
 HPV 
 Calendário do adolescente 
 Calendário do idoso 
 Dengue 
 
 Infecção Urinária ...................................................................................................... Pág 21 
 
 Neonatologia ............................................................................................................ Pág 23 
 Sífilis 
 Toxoplasmose congênita 
 Citomegalovirose 
 Rubéola congênita 
 Varicela congênita 
 
 
PEDIATRIA 
2 
 
 Distúrbios Respiratórios ............................................................................................. Pág 27 
 Síndrome do Desconforto respiratório 
 Sepse Neonatal 
 Taquipneia Transitória do RN 
 Síndrome de aspiração meconial 
 Triagem neonatal 
 
 Icterícia Fisiológica .................................................................................................. Pág 31 
 Icterícia fisiológica 
 Icterícia precoce 
 Icterícia prolongada ou tardia 
 
 Crescimento e seus distúrbios ................................................................................ Pág 33 
 Crescimento 
 Desnutrição grave 
 Baixa Estatura 
 Obesidade 
 Desenvolvimento Infantil 
 Hipovitaminoses 
 
 Puberdade e seus distúrbios ................................................................................... Pág 38 
 
 Aleitamento Materno .............................................................................................. Pág 40 
 Alimentação saudável 
 Composição do leite 
 Modificações do leite 
 Profilaxia anemia ferropriva 
 Suprimento lácteo 
 Técnica de amamentação 
 Queixas comuns da amamentação 
 
 Diarreia Aguda ........................................................................................................ Pág 42 
 
 Tumores Abdominais .............................................................................................. Pág 43 
 Neuroblastoma 
 Nefroblastoma 
 
 Cardiopatias Congênitas ....................................................................................... Pág 44 
 Circulação Fetal 
 Circulação Pós-neonatal 
 Cardiopatia Congênita Acianóticas: Comunicação interventricular, 
Comunicação interatrial, Persistência do canal arterial, Defeito total do septo 
AV, Coarctação da aorta 
 Cardiopatia Congênita Cianóticas: Tetralogia de Fallot, Transposição dos 
grandes vasos, Drenagem anômala total das veias pulmonares, Tronco 
arterioso, Atresia tricúspide 
 
 Reanimação Neonatal e PBLS / PALS .................................................................... Pág 46 
 
 Maus Tratos .............................................................................................................. Pág 49 
 
 
3 
 
>> DEFINIÇÃO: 
Grupo de doenças caracterizadas pelo aparecimento 
de erupção cutânea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> CARACTERÍSTICAS DO EXANTEMA 
1. ASPECTO 
 Lesões MACULOPAPULARES (+ comum) 
- Mácula = alteração de cor 
- Pápula = lesão elevada 
 
 TIPOS: 
- Morbiliforme: lesões maculopapulares com pele são 
de permeio que podem confluir. 
- Rubeoliforme: lesões semelhantes ao morbiliforme, 
porém mais clara e com pápulas menores. 
- Escarlatiforme: lesões papulares puntiformes com 
acometimento homogêneo. 
- Urticariforme: lesões maculopapulares maiores de 
limites imprecisos. 
 
 Lesões VESICULARES 
 
 Lesões MULTIFORMES 
- Alteração apenas da cor: purpúrico ou petequial 
- Lesão nodular: tipo moeda 
 
2. PROGRESSÃO 
- Craniocaudal 
- Centrífuga 
 
3. DESCAMAÇÃO 
- Furfurácea – “tipo farinha” 
- Laminar: “lascas” 
 
>> CRONOLOGIA 
 Momento do contagio: indivíduo suscetível, que 
nunca teve a doença, nunca foi vacinada e foi exposta 
ao agente infeccioso. 
 
 Período incubação: paciente já foi contaminado, mas 
não tem nenhuma manifestação clínica, o agente 
infeccioso está se replicando em órgãos internos. 
DICA: doenças virais  1-3 semanas 
 
 Início dos sintomas: 
- PRÓDROMOS: aquilo q antecede o período principal 
da doença 
 FEBRE (qual o padrão da febre?) 
 Sinais típicos 
 Enantemas 
 O paciente JÁ TRANSMITE O AGENTE 
INFECCIOSO!!! 
 
- FASE PRINCIPAL: 
 EXANTEMA 
o Tipo  Maculopapular OU Vesicular 
o Progressão  se começa na cabeça, no tronco 
o Descamação 
 
- FASE FINAL: 
 Convalescência 
 
EXANTEMA COM FEBRE 
 
 SARAMPO 
 PARAMPO36 
- Família Paramixovírus – trato respiratório 
TRANSMISSÃO: gotículas respiratórias, por aerossol 
(maiores distancias) 
OBS: tem que isolar, precaução de contato aéreo 
 
- PI: 8-12 dias / 1-3 sem 
A tosse é marcante, sendo um dos primeiros sintomas 
a surgir e um dos últimos a desaparecer. 
Quanto à febre, esta atinge o máximo quando surge o 
exantema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão brancacenta halo de hiperemia, 
caracteristicamente na mucosa jugal. 
 
 
 
 
 
 
 
 Exantema Morbiliforme
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
É feito através da dosagem de anticorpo IgM que 
podem ficar elevados até 30 dias. 
 
>> COMPLICAÇÕES 
- Trato respiratório: pneumonia, OMA, 
bronquiolite, traqueite, crupe, sinusite, mastoidite, 
TBC 
PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALE
SCÊNCIA 
TOSSE, Febre, Coriza, 
CONJUNTIVITE 
(fotofobia): 
ENANTEMA: *Manchas 
de Koplik: pequenas 
máculas brancas com 
halo de hiperemia ao 
redor na face interna das 
bochechas – aparece 12-
24 hs antes do exantema 
(PATOGNOMÔNICO) 
TIPO: MORBILIFORME (lesões 
máculo-papulares com tendência à 
confluência e permeio de pele sã) 
INÍCIO: pescoço, face e 
retroauricular (linha de implantação 
dos cabelos) – geralmente poupa 
palma das mãos e pés. 
PROGRESSÃO: crânio-caudal 
lenta 
DESCAMAÇÃO: furfurácea  
aspecto acastanhado, fina 
descamação da pele, semelhante a 
farelo 
 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 
4 
 
- Gastrointestinal: diarreia e vômitos, apendicite 
- SNC: convulsões, encefalite, panencefalite 
esclerosante subaguda – PEES (vários anos após 
infecção, tem alta letalidade) 
- Outras complic: sarampo hemorrágico/ sarampo 
negro, miocardite, infecção na gravidez 
 
QUESTÃO DE PROVA 
Complicação + frequente: Otite Média Aguda (OMA) 
Principal causa de óbito: PNEUMONIA 
 
>> TRATAMENTO 
- Sintomático / Suporte 
- Vitamina A (fundamental p integridade da mucosa) 
Objetivo da vitamina A: diminui a mortalidade e 
redução da duração da doença. 
MS – VITAMINA A 
2 doses (no dia do dx e no dia seguinte) 
- 12 meses: 2000.000 UI em cada dose 
OBS1: o risco de contágio é ALTO, deve isolar por 7 
dias após o aparecimento do exantema. 
OBS2: quando internar = isolamento aéreo  
precaução até 4 dias 
Utilizar máscara N95, quarto privativo, pressão 
negativa e filtro de ar. 
- NOTIFICAÇÃO IMEDIATA! 
 
PROFILAXIA 
* Profilaxia pré-contato: VACINA  aos 12 e 15 
meses de vida 
* Profilaxia PÓS-contato  PARAMPO36dose: 3 meses / 2ª dose: 5 meses / reforço: 12 
meses 
- entre 1 e 5 anos: recebe dose única 
- MS: adolescente 11-12 anos (1 dose ou reforço) 
 
- OBS: Clínicas particulares: MenACWY e MenB 
* 1 ano não vacinado: apenas uma dose. 
 
 VIP (Salk) 
- Polivírus inativado 
- Sempre nas doses iniciais 
- Até > ATENÇÃO: anafilaxia ao ovo  PODE RECEBER 
em ambiente adequado 
 
HPV 
OBJ: proteger a população contra as neoplasias 
relacionadas ao HPV 
 
- Indicação MS: 
 Meninas: 9 a 14 anos 
 Meninos: 11 a 14 anos (14a 11m e 29d/ 5a não precisa de reforço) 
 
- PARA TODOS (conforme faixa etária) 
 HPV e Men C 
 
 CALENDÁRIO DO ADULTO / IDOSO 
 20 a 59 anos: 
- Hepatite B 
- dT – Diftéria e Tétano 
- Febre amarela 
- Tríplice viral 
 
 > 60 anos: 
- Hepatite B - 3 doses (verificar situação vacinal 
anterior) 
- Febre amarela – DU (verificar situação vac. anterior) 
- Influenza sazonal 
- Pneumocócica-23-valente – reforço (a depender da 
situação vac. anterior) 
- dT – reforço a cada 10 anos 
 
 Segundo a Sociedade Brasileira de 
imunizações também é recomendado: 
- Herpes zóster 
- Meningocócica conjugada e Tríplice viral  em casos 
de surto ou risco aumentado 
 
OBS: Meningococo B  pode ser feito um antitérmico 
profilático antes da vacina para evitar o efeito adverso 
 
DENGUE 
Dengvaxia, 4 cepas recombinantes vivas atenuadas de 
vírus da dengue 
- região deltoide 
- 3 doses (0, 6 e 12 meses) 
- recomendada p crianças e adolescentes a partir de 9 
anos até no max 45 anos, que já tiveram infecção 
previa pelo vírus da dengue (soropositividade), em 
regiões endêmicas. 
 
CONTRAINDICAÇÃO: gestantes, mulheres que 
amamentam e portadores de imunodeficiências 
- Não deve ser adm simultaneamente c outras vacinas 
do calendário 
USUÁRIOS CRÔNICOS DE AAS: 
- tomar cuidado com a vacina da varicela 
- tem que suspender uso por 6 semanas 
21 
 
>> MECANISMO: ASCENDENTE 
O aparelho urinário (com exceção da porção distal da 
uretra) é estéril. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> ETIOLOGIA 
E. coli 
Outros gram-negativos (Proteus)* Gram-positivos (S. 
saprophyticus)** 
Vírus (adenovírus = cistite hemorrágica) 
(*) Proteus = tem a capacidade de alcalinizar a urina 
(produz uma urease que converte ureia e amônia e 
alcaliniza a urina, favorecendo a formação de cálculos) 
(**) Quando pensar = adolescentes sexualmente ativas 
 
>> FORMAS CLÍNICAS 
CISTITE - bact. ascende pela uretra >> replica-se no 
interior da bexiga >> inflamação da mucosa vesical >> 
geralmente é autolimitada; porém, essa bactéria pode 
refluir para o parênquima renal, levando a um quadro 
pielonefrite. 
PIELONEFRITE - infecção potencialmente mais grave 
– pode levar a uma sepse de foco urinário; repetidos 
episódios de pielonefrite podem levar a uma doença 
renal crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Manifestações específicas: em pacientes mais velhos! 
o Disúria, urgência, polaciúria, incontinência, urina 
turva e fétida. 
Retorno da incontinência (criança que já tinha 
alcançado o controle esfincteriano – principalmente 
noturno e que volta a apresentar incontinência – 
investigar infecção como causa de enurese secundária) 
Manifestações inespecíficas: baixo ganho ponderal, 
recusa alimentar... 
A FEBRE PODE SER A ÚNICA MANIFESTAÇÃO – a 
febre é um marcador clínico de pielonefrite! 
 
>> DIAGNÓSTICO 
EAS = procurar por marcadores de inflamação e de 
presença de bactérias. 
 Inflamação: esterase leucocitária, piúria (≥5), nitrito, 
bacteriúria e gram 
URINOCULTURA = obrigatória para confirmação! 
Ao realizar urinocultura = existe possibilidade de 
contaminação da amostra pelas bactérias presentes na 
porção distal da uretra/ períneo. Como interpretar o 
resultado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deve-se coletar urinocultura antes de iniciar o 
tratamento, mas não se deve aguardar o resultado do 
exame para iniciar o tratamento! 
 
>> TRATAMENTO 
CISTITE PIELONEFRITE 
Duração: 3-5 dias 
Tratamento: ambulatorial 
- Sulfametoxazol-
trimetropim 
- Nitrofurantoína 
- Amoxicilina 
Duração: 7-14 dias 
>> Tratamento: hospitalar 
 > DIAGNÓSTICO 
-- USG de rins e vias urinárias: permite identificar 
malformações grosseiras e repercussões de refluxos 
mais graves. 
-- Uretrocistografia miccional: quando há refluxo – o 
contraste ascende pelo ureter chegando até a pelve 
renal. Confirma a presença do refluxo e permite 
avaliação do grau do refluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-- Cintilografia renal com DMSA: DMSA liga-se às 
células tubulares renais – na fase aguda da doença 
temos o padrão ouro para o diagnóstico de pielonefrite 
(alteração de captação do DMSA na região do 
parênquima renal inflamado); após várias semanas do 
episódio agudo temos ausência de captação em caso 
de cicatriz renal (parênquima renal substituído por 
tecido fibroso) 
 
>> QUANDO INVESTIGAR: 
>> NELSON DE PEDIATRIA: 
1º. Episódio de pielonefrite: 
o USG – se normal = parar investigação 
o USG alterada = uretrocistografia miccional 
Após 2º. Episódio de pielonefrite = uretrocistografia 
miccional 
 
>> SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA 
-23 
 
COMO CLASSIFICAR O RECÉM-NASCIDO 
>> IDADE GESTACIONAL 
Pode avaliar através de: 
- DUM/ USG 
- Exame Físico: Capurro e Ballard 
 O método de Ballard é MAIS adequado para avaliar 
RN pré-termo (em especial é o único para avaliar RN 
> SEGUNDO IDADE GESTACIONAL 
42 semanas  > 42 sem PÓS TERMO 
 37-41s6d  TERMO 
37 semanas  > PESO DE NASCIMENTO 
 2.500 g  
 Se > PESO x IDADE GESTACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pequeno p/ IG (PIG): p90 
Adequado p IG (AIG): entre p10 e p90 
MACETE PARA PROVA 
RN de 37 sem  Se esta > DEFINIÇÃO: são quadros infecciosos que vão 
contaminar o concepto por uma disseminação 
hematogênica transplacentária. 
Pode ser uma infecção latente, aguda... 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Infecção HIV não é congênita! É perinatal, pois é 
adquirida com as secreções durante o trabalho de 
parto. 
 
>> QUANDO SUSPEITAR? 
 RN ASSINTOMÁTICO 
- Suspeita com doença ou sorologia materna. 
As crianças são infectadas + comumente no final da 
gravidez onde tem transmissão MAIOR, é + 
vascularizada. 
O risco AUMENTA no final da gravidez, só que a 
gravidade DIMINUI. 
 
 RN SINTOMÁTICO 
- Quadro antenatal 
- Quadro inespecífico (visceral – ocular – neurológico 
– cutâneo – medular) ou especifico 
- Sequelas 
ATENÇÃO! 
IgM no RN  Infecção 
IgG no RN  pode ser MATERNA 
 
No 3º trimestre a placenta é mais vascularizada e por 
isso a transmissão MAIOR, no entanto o RN está mais 
maduro imunologicamente e MENOS suscetível a 
gravidade. 
 
SÍFILIS 
Pode ocorrer transmissão em qualquer fase da 
doença materna, mas o risco é maior nas fases 
primária ou secundária. 
Agente: Treponema pallidum 
 
>> CLÍNICA 
Sífilis 
precoce 
( 1 ano) 
- Nariz em sela 
- Rágades 
- Fronte Olímpica 
- Tíbia em sabre 
- Articulações em Clutton: derrame articular 
estéril nos joelhos 
- Alterações dentárias  Hutchinson e Molar 
em amora 
OBS: Lesões sifilíticas são ALTAMENTE 
CONTAGIOSAS  ricas em TREPONEMA (CUIDADO 
na hora de examinar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRÍADE DE HUTCHINSON: Ceratite Intersticial + 
Alterações dentárias + Surdez. 
Alteração pigmentar do tipo “sal e pimenta” 
NEONATOLOGIA 
24 
 
>> COMO INVESTIGAR? 
 Teste NÃO treponêmico  VDRL 
Detectam anticorpos não específicos contra o 
treponema pallidum (anticardiolipina e material lipídico 
de células danificadas). 
 Testes Treponêmicos (FTA-Abs; Elisa): Detectam 
anticorpos específicos contra o treponema pallidum 
 
>> NA SUSPEITA... SEMPRE SOLICITAR: 
VDRL (sangue periférico): O exame avalia presença 
de IgG e IgM. E interpretação qualitativa (reagente x n-
reagente) e quantitativa (titulação) 
- Valorizar somente se titulação MAIOR que o materno 
em duas diluições. Ex.: Resultado quantitativo 1:2; 
1:4; 1:8; 1:16... Valorizar quando o da mãe for por 
exemplo 1:2 e o do RN 1:8. 
 
>> Em alguns casos: 
 HEMOGRAMA (pode ter infecção medular) 
- a criança pode ter  anemia, plaquetopenia, 
leucopenia ou leucocitose 
 LIQUOR 
VDRL +; ↑ Céls (> 25); ↑ Ptn (> 150 mg/dL) 
** Na impossibilidade de realizar punção  tratar como 
neurossífilis 
 RX DE OSSOS LONGOS  fazer mesmo q a 
criança esteja assintomática 
 Avaliação Auditiva/ Visual 
 Av. hepática/ eletrólitos 
 Radiografia de tórax  para todas crianças em que 
tenho que aprofundar a “minha investigação” 
 
>> TRATAMENTO 
 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
Como foi o TTO da gestante?? 
 Tratamento ADEQUADO: 
 Penicilina benzatina 
(em casos de gestante alérgica a penicilina  fazer 
dessensibilização) 
 Adequado para a fase (doses e intervalo) 
- Sífilis 1ª OU Sífilis 2ª OU Sífilis latente recente: 
Pen. G benzatina – 2.400.000 UI/IM, DU 
- Sífilis 3ª OU Sífilis latente tardia OU com duração 
ignorada: Pen. G benzatina – 2.400.000 UI/IM, 3 
aplicações, com intervalo de 1 semana entre cada 
aplicação. Dose total: 7.200.000 UI 
 Iniciado até 30 dias ANTES do parto 
 Avaliado risco de reinfecção 
 Queda de VDRL documentada (pelo menos 2 
diluições em 3 meses ou de 4 diluições em 6 
meses após a conclusão do tto) 
 
 Mãe NÃO tratada ou INADEQUADAMENTE 
tratada: 
 a criança TEM sífilis congênita 
 tem que ser NOTIFICADA como caso de sífilis 
congênita! 
 Realizar todos os exames e tratar todos os casos 
 
 Liquor alterado: 
P. cristalina IV 10d 
 
 Liquor normal e outra alteração: 
- alteração no exame físico, no hemograma, na 
radiografia, no VDRL ... 
P. cristalina IV 10d; P. procaína IM 10d 
 Segundo MS o ideal é fazer com P. procaína, 
ambulatorialmente 
 
 
 Assintomático e TODOS exames normais 
(VDRL -): 
P. benzatina IM – dose única 
 
 Mãe ADEQUADAMENTE tratada: 
 Fazer o VDRL sempre 
 Comparar o titulo do VDRL do RN com o materno 
VDRL > materno em 2 diluições? 
SIM  realizar DEMAIS exames e 10 dias de penicilina 
 (Cristalina ou Procaína) 
NÃO  Exame físico NORMAL? 
 
 SIM  acompanhamento 
 NÃO  VDRL reagente: sífilis (10d tto) 
  VDRL NÃO reagente: outras infecções 
 
ACOMPANHAMENTO 
Seguimento de PUERICULTURA: 
 Teste não treponêmico (VDRL): 1, 3, 6, 12 e 18m 
- Declinar aos 3 meses; não reagente aos 6 meses 
 
 LCR: 6/6 meses (quando havia alteração) – 
criança que teve neurosífilis 
 
 Avaliação auditiva, visual e neurológica: 6/6 
meses nos primeiros 2 anos de vida 
 
USP-SP 18: Gestante com dx de sífilis na 16ª semana 
apresentando VDRL 1:32 fez tratamento adequado 
e, no momento do parto, apresentou VDRL materno 
e fetal de 1:64. Ambos com teste treponêmico 
reagente. Qual a conduta? 
- Coleta de líquor, hemograma, radiografia de ossos 
longos e penicilina cristalina por 10 dias. 
- A gestante apresentou aumento dos títulos e por 
isso é recomendado o tratamento padrão. 
 
USP-SP 16: Qual achado determina o tratamento de 
um RN com sífilis congênita? 
- Proteína do líquor > 150mg/dL (LÍQUOR ALTERADO) 
 
USP-SP 13: RN filho de gestante que apresentou no 
pós-parto teste treponêmico reagente. Quais 
exames solicitar para avaliar o RN? 
- Radiografia de ossos longos; Hemograma; LCR. 
 
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 
A transmissão ocorre principalmente quando a mãe 
adquire a infecção aguda na gestação; na gestante 
imunodeficiente, pode ocorrer reativação de 
infecção latente. 
Agente: Toxoplasma gondii 
 
>> DIAGNÓSTICO DA GESTANTE 
Fazer no 1º trim  IgM; IgG – faz parte do pré-natal 
IgM reagente por muito tempo 
 
>> EXEMPLOS: 
1º Trim  IgM - / IgG +  Infecção prévia (pode ficar 
despreocupado/ essa mulher não é suscetível / exceto 
gestante imunodeprimida) 
1º Trim  IgM + / IgG -  Ela acabou de ser 
contaminada (CUIDADO pode ser FALSO POSITIVO) 
Então temos que repetir após algumas semanas 
Observamos  IgM+ / IgG + - Infecção Aguda durante 
a gravidez / essa criança pode ser contaminada 
1º trim  IgM + / IgG +  Ela pode ter acabado de se 
contaminar OU pode ter adquirido meses antes ... 
25 
 
Como saber se ela foi contaminada antes ou após a 
concepção?  Exame de Índice de avidez IgG 
A avidez da IgG AUMENTA quando a infecção 
aconteceu a mais de 3/4 meses 
OBS: As vezes pode demorar mais tempo para o índice 
de avidez aumentar... por tanto se estiver baixo, não 
quer dizer que a infecçãoé aguda por causa disso. 
Então esse exame serve apenas para confirmar se a 
infecção é ANTIGA. 
 
>> TRATAMENTO NA GESTANTE 
 No momento do diagnóstico: 
Iniciar Espiramicina (previne a passagem 
transplacentária) + avaliar infecção fetal: USG / PCR 
líquido amniótico (em geral a partir de 17 sem) 
 Se infecção fetal: 
Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico (Ac. 
Folin por conta dos efeitos colaterais). 
Esses medicamentos são feitos apenas APÓS O 1º 
TRIM  porque tem risco de teratogenia 
DETALHE: isso é CONTROVERSO! 
 
>> CLÍNICA 
TRÍADE DE SABIN: 
- Coriorretinite GRAVE  pode ser causa de 
CEGUEIRA 
- Hidrocefalia  pode ter com aumento cefálico ou 
com microcefalia (mesmo tendo uma obstrução da 
drenagem liquórica) 
- Calcificações difusas – TODO o parênquima 
cerebral pode apresentar calcificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> INVESTIGAÇÃO 
 Sorologia – Se IgG vai aumentando é porque foi 
infectado 
 Neuroimagem + LCR 
 Fundoscopia  indireta 
 
>> TRATAMENTO 
TRATAR TODOS OS RN INFECTADOS 
 mesmo que esteja assintomatico, não tenha 
nenhuma manifestação clinica  se não for tratada vai 
desenvolver sequela com o passar do tempo. 
 
 Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido Fólico x 1 ano 
OBS: não é um tto curativo  está fazendo o 
tratamento para REDUZIR a parasitemia no 1 ano de 
vida / a circulação do parasito na corrente sanguinea 
 QUESTÃO DE PROVA 
 
 Corticoide 
 - Coriorretinite grave 
 - Ptn LCR > 1g/ Dl 
 
>> PREVENÇÃO 
Identificar gestantes suscetíveis no pré-natal e oferecer 
orientação adequada: 
- Evitar carne crua ou mal passada; 
- Evitar água não filtrada; 
- Evitar contato com areia, terra, jardim, fezes de gato 
- Lavar frutas e verduras; 
- Higienizar mãos e utensílios. 
CITOMEGALOVIROSE 
Transmissão: Infecção materna AGUDA, 
REINFECÇÃO ou REATIVAÇÃO de alguma infecção 
latente. 
Agente: Citomegalovírus 
 
>> CLÍNICA 
Na maior parte das vezes pode estar assintomatico 
Com o passar do tempo pode desenvolver 
manifestações clinicas: 
- Microcefalia 
- Rash petequial / purpúrico 
- Calcificação periventricular 
 “Circunda o Meu Ventriculo” 
- Hepato / esplenomegalia 
- Coriorretinite – pior prognóstico 
- Retardo mental 
- Ingurgitamento vascular e hemorragia intrarretiniana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> INVESTIGAÇÃO 
 PCR: Vírus urina / saliva (> TRATAMENTO 
Trata principalmente as crianças que tem um quadro 
grave. 
 Ganciclovir  6 mg/kg/dose, 12/12 hs, IV, durante 
6 semanas 
 Valganciclovir  VO durante 6 meses 
Mais efetivo e menos tóxico que o anterior por via 
parenteral 
 
Grande OBJ é reduzir  SEQUELA: SURDEZ 
NEUROSSENSORIAL não hereditaria na infancia 
“C Me Vê, mas não me ouve” 
 
RUBÉOLA CONGÊNITA 
Agente: vírus da rubéola 
- Só vai acontecer quando a mulher tem a infecção 
AGUDA durante gestação. 
- Se ela já teve na infância, foi vacinada... não vai 
apresentar rubéola congênita. 
26 
 
 
- A mulher tem que ser suscetível e infectada durante a 
gravidez. 
- O risco de transmissão é alto no início e no fim da 
gestação e quadros graves estão associados a 
infecções no início da gestação. 
- A Sd da RC só vai se estabelecer se a infecção 
acontecer nas primeiras 12 sem (eventualmente até 16 
sem) de gravidez. Se a mulher tiver rubéola no 3º trim, 
a criança até pode nascer contaminada, mas não vai 
ter as alterações clinicas da doença. 
OBS: É tão grave que nos EUA é autorizado aborto 
após a infecção. 
 
>> CLÍNICA 
- Surdez  + comum 
- Catarata 
- Coriorretinite em “sal e pimenta” 
- CARDIOPATIA CONGÊNITA (só estará presente 
quando a infecção tiver ocorrido nas primeiras semanas 
de gestação – particularmente nas primeiras 8 
semanas). Principais: Persistência do canal arterial 
(PCA), COM ou SEM Estenose de artéria pulmonar 
“A criança que se cansa após a mamada e apresenta 
sopro  pensar em Insuficiência cardíaca aguda” 
TRÍADE CLÁSSICA: catarata + surdez + cardiopatia 
congênita  “A criança que não vê, não ouve, corta o 
teu coração” 
 
 
 
 
 
 
 
>> MANIFESTAÇÕES TRANSITÓRIAS 
Lesões cutâneas 
 
 
 
 
 
 
 
>> MANIFESTAÇÕES TARDIAS: Diabetes mellitus 1 
 
OBS: RN/ lactente com síndrome da rubéola congênita: 
excreção prolongada do vírus (essa criança não pode 
ter contato com uma gestante suscetível) 
 
>> TRATAMENTO 
 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
Não há tratamento especifico ☹ 
Essas crianças precisam de acompanhamento 
multidisciplinar e com vários especialistas para o 
manejo das sequelas 
 
VARICELA CONGÊNITA 
Vírus varicela zóster 
Em qualquer momento da gravidez que a mulher tenha 
varicela, o vírus PODE passar pela placenta. 
 
SD DA VARICELA CONGÊNITA ≠ Varicela neonatal 
A Sd. da varicela congênita só estará presente se a 
infecção ocorrer nas PRIMEIRAS 20 SEMANAS DE 
GESTAÇÃO. 
 
>> CLÍNICA 
Lesões cicatriciais – seguindo trajeto de um dermátomo 
Hipoplasia dos membros 
Doença neurológica GRAVE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
Não existe tratamento ☹ 
 
>> PROFILAXIA 
Imunoglobulina antivaricela tem sido utilizada em 
gestantes suscetíveis expostas à varicela 
OBS: essa medida NÃO garante proteção fetal 
 
>> RESUMO INFECÇÕES CONGÊNITAS 
SÍFILIS Rinite sanguinolenta 
Condiloma anal 
Lesões ósseas 
Pênfigo palmoplantar 
TOXOPLASMA Coriorretinite grave 
Hidrocefalia 
Calcificação intracraniana 
difusa 
CMV Microcefalia 
Rash petequial / purpúrico 
Coriorretinite 
Calcificação intracraniana 
periventricular 
RUBÉOLA Surdez 
Catarata 
Coriorretinite em sal e pimenta 
Cardiopatia congênita 
VARICELA Lesões cicatriciais 
Hipoplasia de membros 
Doença neurológica GRAVE 
 
VÍRUS HERPES SIMPLES 
Infecção perinatal: forma localizada (lesões em olhos, 
boca e pele); neurológica e disseminada. 
Infecção congênita: extremamente grave, com 
vesículas cutâneas e 
 
 
 
 
 
 
 
ZIKA E MICROCEFALIA 
- Microcefalia = Perímetro Cef. > INVESTIGAÇÃO: 
1º exame  USG transfontanela 
TC somente num segundo momento, em uma 
avaliação mais completa  Calcificação intracraniana 
subcortical 
 
 
 
 
27 
 
>> QUEM É O RN? 
Qual é a história do RN  DESTACAR: 
- Idade Gestacional  divisor de águas 
- Forma de parto  vaginal, cesáreo (Ces. eletiva ou 
pós trabalho de parto?) 
- Fatores específicos 
 
>> CLÍNICA 
- Desconforto Respiratório: 
 Taquipneia 
 Tiragem (retração), BAN, gemidos, cianose 
- Evolução do quadro 
 
>> RADIOGRAFIA 
Observar: 
- Padrão do infiltrado 
- Expansibilidade pulmonar 
 
>> BOLETIM DE SILVERMANN-ANDERSEN 
Usado para quantificar o grau de desconforto 
respiratório 
- Gemência 
- Batimento de asa do nariz 
- Tiragem intercostal 
- Retração esternal 
- Balanço toracoabdominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO 
DOENÇA DA MEMBRANA HIALIANA (Termo 
clássico) 
Palavras-chave: Diminuição de surfactante 
COLAPSO DOS ALVÉOLOS NA EXPIRAÇÃO 
OBS: O surfactante é produzido pelo pneumócito tipo II 
que surge a partir da 20ª sem de gestação; porém, 
somente a partir de 34-35 semanas é que existe uma 
quantidade de surfactante adequada – o surfactante é 
importante para manter a estabilidade alveolar (o 
alvéolo estável consegue permanecer aberto durantetodo o ciclo respiratório). 
 
>> FISIOPATOLOGIA 
- Diminuição do tempo de troca gasosa = o RN 
rapidamente desenvolve hipoxemia 
- Aumento do trabalho respiratório = é muito mais 
trabalhoso encher um alvéolo colabado; o RN evolui 
com falência e fadiga respiratória, de maneira que os 
alvéolos acabam ficando permanentemente 
fechados >> microatelectasias >> não ventila >> 
retenção de CO2 >> acidose respiratória 
 
Quem vai apresentar essa condição? 
>> FATORES DE RISCO 
- Sexo masculino 
- Prematuridade  quanto + prematura a criança, 
MAIOR é o risco 
- Diabetes MATERNA  a insulina é capaz de retardar 
a maturação pulmonar – surfactante em quantidade 
insuficiente 
- Uso de oxigênio em alta concentração 
- Ventilação com pressão positiva 
- Infecção 
 
>> REDUÇÃO DO RISCO 
- Ruptura prolongada 
- Estresse crônico (insuficiência placentária)  PIG 
 
“Numa UTI neonatal, se temos um GIG e um PIG, o PIG 
apresenta melhor padrão respiratório, pela liberação 
crônica de cortisol que ocasionou o RCIU” 
OBS.: Na prova não devemos descartar o diagnóstico 
de doença da membrana hialina diante da presença de 
um desses fatores 
 
>> CLINICA 
Início nas primeiras horas de vida (não tem intervalo 
assintomático) 
Desconforto respiratório clássico 
 se você não fizer NADA, vai observar uma piora 
natural da doença, progressiva nos primeiros 2-3 dias 
de vida e a partir do 3º dia de vida uma melhora clinica 
Se não fizer nada vai morrer :O 
 
>> RADIOGRAFIA 
- Reticulogranular difuso / VIDRO MOÍDO 
- Aerobroncograma  ar que permanece dentro da 
árvore respiratória que está contrastando com as áreas 
das microatelectasias, com esses alvéolos preenchidos 
por um material hialino 
- Volume pulmonar reduzido 
  esse aspecto radiográfico não vai estar presente 
logo após o nascimento, vai se desenvolvendo 
conforme as microatelectasias se desenvolvem de 
forma permanente 
- Hipoinsuflação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
Capacete de HOOD – é uma caixa de plástico na qual 
a cabeça da criança fica dentro / essa caixa de plástico 
está conectada a uma fonte de oxigênio – fornecendo 
oxigênio de acordo com a necessidade da criança. 
Essa conduta não é tão usada hoje em dia na prática, 
mas tem algumas crianças que melhoram apenas com 
esse equipamento  PS: tem algumas referências q 
ainda descrevem essa conduta. 
*OBJ: Evitar que o alvéolo COLABE 
 
 
 
 
 
 
 
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 
28 
 
- 1º passo  Iniciar o + precoce possível  CPAP 
nasal  no período neonatal faz-se CPAP nasal 
porque o RN é um respirador nasal “obrigatório” (o 
CPAP serve para evitar o colapso dos alvéolos e 
também para estabilizar o alvéolo). 
OBS: o circuito inspiratório fica conectado a uma fonte 
de gás com a concentração de oxigênio desejada. O 
RN irá inspirar o gás proveniente desse fluxo contínuo. 
No momento em que ele exalar pela narina, o ar não 
conseguirá seguir contra o fluxo de gás, mas irá seguir 
para o circuito expiratório (o qual fica mergulhado em 
uma coluna de água, o que cria uma resistência para a 
saída de ar de dentro do alvéolo). 
 
- 2º passo  Ventilação Mecânica se  Acidose 
respiratória, Hipoxemia com CPAP, Apneia persistente. 
 
- 3º passo  Surfactante exógeno: é feita pela cânula 
traqueal (a criança deve estar intubada) e podem ser 
administradas mais de uma dose, de acordo com o 
produto utilizado. 
Indicar o surfactante no tto de todos os RN com dç + 
grave, que são aqueles que necessitam de VM invasiva 
com FiO2 > 30-40% 
 
- 4º passo  Antibióticos  TODAS as crianças vão 
receber, mesmo antes do resultado. Por via das 
dúvidas é feito (não sabemos se a criança tem apenas 
doença da membrana hialina ou se tem também 
pneumonia associada). 
 
INSURE 
INtubar 
SURfactante 
Extubar a criança 
 
>> PREVENÇÃO 
- Corticoide Antenatal  
Dexametasona / Betametasona para a MÃE >> entre 
24-34 semanas com risco de dar à luz na semana 
seguinte. 
“A mãe é o veículo para atingir o RN – via de 
administração – portanto tem que ser um corticoide que 
atravessa a placenta. 
- Surfactante profilático x CPAP  Antigamente era 
feito o surfactante logo após o nascimento. Atualmente 
estudos mostraram que o CPAP é tão efetivo quanto, 
portanto damos preferência ao CPAP pois é menos 
invasivo. O surfactante tem que ser feito por IOT. 
 
>> COMPLICAÇÕES 
- Pneumotórax 
- Pneumomediastino 
 
 
 
 
 SEPSE NEONATAL 
>> SEPSE PRECOCE  > SEPSE TARDIA  a partir de 7 dias 
- Nosocomial – durante o período de permanência 
hospitalar 
- Infecção comunitária – contaminada depois da alta 
hospitalar 
 Quem causa?? Estafilococos, coagulase neg. e S. 
aureus, outros Gram-negativos, fungos. 
 
>> FATORES DE RISCO 
1. Bolsa rota > 18 horas (RPMO) 
2. Corioamnionite  febre materna (grande 
marcador) 
3. Colonização materna por GBS 
4. Prematuridade 
Os 3 primeiros FR  para sepse precoce 
A prematuridade  FR para sepse precoce E tardia 
 
>> CLÍNICA 
Pode haver período assintomático  porque ela pode 
ter sido contaminada no canal do parto 
Desconforto respiratório 
Doença sistêmica  hipotermia, alteração 
cardiocirculatória, alteração no estado de alerta 
 
>> RADIOGRAFIA 
Infiltrado reticulogranular difuso = DMH 
 
Exames adicionais: 
 Hemograma  Neutropenia e 
relação I/ T > 0,2 
 PCR  não da o dx de sepse! 
A PCR ajuda a fazer o seguimento 
 da criança 
Identificação do agente: 
- Hemocultura 
- Cultura do LCR 
- Urinocultura (infecção tardia) 
OBS: hemograma e PCR tem acurácia limitada 
 
>> TRATAMENTO 
 Infecção Precoce: 
AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO (Gentamicina) 
 Infecção Tardia 
Tem que ser algum antimicrobiano que de cobertura 
para estafilo  Oxacilina (sensível), Vancomicina (se 
resistente) junto com algum antimicrobiano que de 
cobertura para Gram Negativo 
 
ATB 4 hs / 2 doses antes do RN nascer 
 
>> PREVENÇÃO SEPSE GBS 
Conduta no RN > 35 sem assintomático 
Posso recomendar uma profilaxia antimicrobiana 
ANTES do surgimento das manifestações clinica 😉 
 
 EM RESUMO ... 
 CORIOAMNIONITE MATERNA 
- Cultura + Antibióticos (não é consenso...) 
 
 PROFILAXIA INTRAPARTO INDICADA 
- Inadequada: observar 36/48 horas 
- Adequada: rotina neonatal 
29 
 
>> INDICAÇÕES 
1. História de dç invasiva por GBS em RN ANTERIOR; 
2. BACTERIÚRIA POR GBS na gestação atual; 
3. RASTREAMENTO POSITIVO p/ GBS em amostra 
retrovaginal na gestação atual; 
4. STATUS DESCONHECIDO para GBS e algum dos 
fatores: 
4.1 Trabalho de PARTO PREMATURO 38ºC 
4.4 Teste intraparto para GBS + 
 
>> COMO 
- Penicilina G cristalina: 5.000.000 IV dose de ataque 
+ 2,5-3mi IV de 4/4h até o parto. 
OU 
- Ampicilina 2g IV dose de ataque + 1g IV 4/4h 
- Alérgicos: clindamicina / eritromicina OU vancomicina 
 
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN 
SÍNDROME DO PULMÃO ÚMIDO 
Palavras-Chave: Retardo da absorção do líquido 
pulmonar 
 
>> FATORES DE RISCO 
- Ausência de trabalho de parto 
- Cesárea Eletiva  não passa pelo TP, o epitélio 
respiratório não começa a reabsorver o liquido pra 
dentro da árvore respiratória 
- A termo / Pré-termo 
- Asfixia 
- Asma materna 
“É a criança que nasceu afogada” 
 
>> CLÍNICA 
- Início nas 1as horas de vida 
- Desconforto leve / moderado 
- Rápida resolução (> RADIOLOGIA 
Congestão hilar 
↑ da trama vascular 
Liquido cisural; Derrame pleural 
Cardiomegalia discreta (por hipervolemia) 
Hiperinsuflação  arcos costais retificados, ↑ entre os 
espaços intercostais, congestão hilar/ borrado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
Oxigenoterapia (SNG 
OBS: NÃO FAZER DIURÉTICOS!!! 
 
>> PREVENÇÃO 
EVITAR cesarianas eletivas 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO 
MECONIAL 
Acomete tipicamente RN a termo ou pós-termo 
ANTES do nascimento: eliminação e aspiração  
mecônio na traqueia 
APÓS o nascimento: Aspiração VA inferior  
obstrução expiratória; pneumonite química; infecção 
secundária. 
 
Mecônio: descamação epitelial + líquido amniótico 
deglutido + enzimas digestivas. Na maioria das vezes 
ele só é eliminado após o nascimento (durante a vida 
intrauterina, o esfíncter anal do feto permanece 
contraído). O grande fator de risco para eliminação do 
mecônio e SAM é a asfixia. 
RX específico de aspiração de corpo estranho: se feito 
durante a inspiração, não teremos nenhuma diferença. 
Mas se feito durante uma expiração forçada, vai 
mostrar uma parte hiperinsuflada, obstruída pelo corpo 
estrando. 
 
>> ETIOPATOGENIA 
Asfixia  grande fator de risco para o desenvolvimento 
de aspiração Meconial 
A asfixia promove o relaxamento do mecônio  
eliminando-o 
- ↑ movimentos respiratórios  o feto que esta sofrendo 
intra-útero começa respirar rapidamente, aspira o 
mecônio que eliminou... 
Mecônio na traqueia  Aspiração VA inferiores 
 
Obstrução expiratória 
Pneumonite química 
Infecção secundária 
 
>> HISTÓRIA 
- LA Meconial 
- Sofrimento Fetal  é a criança que estava sofrendo 
no intra-útero e que precisou de reanimação neonatal. 
- Termo e pós-termo  O pós-termo tem mais risco de 
asfixia e necessita mais de reanimação. 
 
>> CLÍNICA 
Início nas 1as horas de vida 
Desconforto GRAVE 
 
>> RADIOLOGIA 
Infiltrado GROSSEIRO (áreas de condensação- 
opacificação espalhadas pelo pulmão de forma difusa) 
Pneumotórax 
Volume pulmonar aumentado (aumento entre os 
espaços intercostais) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
ESSENCIALMENTE DE SUPORTE 
- Suporte Ventilatório 
- Surfactante exógeno  indicado porque teve inibição 
do surfactante endógeno 
- ATB 
30 
 
>> COMPLICAÇÃO 
 Hipertensão Pulmonar Persistente 
A criança tem um HIPOfluxo pelo pulmão, o sangue não 
está passando pelo pulmão, ele está sendo desviado 
pelo canal arterial. 
 
Resistência vascular pulmonar – permanece ↑ após o 
nascimento 
 
 
Mantém shunt-direita  esquerda 
 
 
Cianose / ≠ Sat O2 pré e pós-ductal 
 
- Shunt direita-esquerda pelo forame oval e pelo canal 
arterial 
- Concentração de O2 pré e pós-ductal: se apresenta 
diferença, indica a ocorrência de um shunt. 
- Conc O2 no MSD é sempre pré-ductal 
- Conc O2 na art umbilical é pós-ductal 
 
 
>> FATORES DE RISCO 
Asfixia / SAM / Policitemia / DMH 
 
>> CLÍNICA: cianose 
- Taquipneia + sinais de desconforto 
- “Labilidade ao manuseio” 
Se oferecer oxigênio p essa criança: vai ter uma 
resposta MUITO pequena, porque o problema dela é o 
fato do sangue não estar conseguindo passar pelo 
pulmão... 
 
>> TTO  Vasodilatador pulmonar 
Suporte + Óxido Nítrico Inalatório 
 
TRIAGEM NEONATAL 
Triagem neonatal obrigatória pelo MS: 
 Teste do pezinho 
 Teste do olhinho 
 Teste da orelhinha 
 Teste do coraçãozinho 
 Teste da linguinha 
Pode ser feita até 28 dias 
 
 TESTE DO PEZINHO 
Deve ser feito de preferência entre o 3º e 5º dia de vida 
e após 48 hs de amamentação 
 Hipotireoidismo congênito 
 Fenilcetonúria 
 Hemoglobinopatias 
 Fibrose cística 
 Hiperplasia adrenal congênita 
 Deficiência de biotinidase 
 TOXOPLASMOSE CONGÊNITA 
 
 TESTE DO OLHINHO 
Pesquisa do reflexo vermelho e integra a triagem 
neonatal realizada em todos RN 
 
>> CAUSAS DE ALTERAÇÃO 
- Catarata congênita 
- Glaucoma congênito 
- Retinoblastoma 
- Leucoma 
- Inflamações intraoculares da retina e vítreo 
- Retinopatia da prematuridade no estágio 5 
- Descolamento de retina 
- Vascularização fetal persistente e hemorragia vítrea 
- Retinopatia de prematuridade  principal causa de 
cegueira prevenível e tratável 
 
 TESTE DA ORELHINHA 
Avalia a diminuição da acuidade auditiva 
Fonoaudiólogo 
 
 TESTE DO CORAÇÃOZINHO 
- entre 24 e 48 horas de vida / > 34 semanas 
- SpO2 MSD e MI – para avaliar a saturação pré e pós 
ductal 
- NORMAL: 
 SpO2 > 95% e diferença 5 mg/dL/dia 
 
 Nível elevado de bilirrubina 
- Ic. Fisiológica: 12 
mg/dL de BB. 
OBS: isso não deve substituir a avaliação 
complementar. 
“Passou do umbigo – Sinal de Perigo” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZONA I: BT ~ 6 
ZONA II: BT ~ 9 
ZONA III: BT ~ 12 
ZONA IV: BT ~ 15 
ZONA V: BT ~ 18 
 
 Alteração clínica (sífilis, pênfigo) 
 Icterícia persistente  > 2 semanas 
 Colestase – ↑ BD, colúria, acolia fecal 
 
 
ICTERICIA PRECOCE 
 ANEMIA HEMOLÍTICA 
Esta ictérica porque está produzindo muita quantidade 
de BB rapidamente. 
Mais comuns: imunomediadas por incompatibilidade 
materno-fetal 
 AH Isoimune: incompatibilidade ABO e Rh 
- ABO  Mãe O e RN A ou B 
QUESTÃO DE PROVA 
>> MECANISMO FISIOPATOLÓGICO da icterícia 
no RN com Dç Hemolítica pelo sistema ABO: 
A sensibilização materna prévia, por meio do 
contato anterior com antígenos diversos – 
alimentos, vacinas, bactérias, protozoários e vírus – 
que produz anticorpos do tipo IgG; 
- A necessidade de que o tipo de sangue da mãe 
seja O e do RN seja A ou B; 
- A passagem transplacentária dos anticorpos, 
causando hemólise (ou destruição, ou a quebra ou 
a lise dessas células); 
Complicações: Kernicterus, Encefalopatia por 
hiperbilirrubinemia. 
 
- Rh  Mãe Rh negativo e RN Rh positivo ... e a mãe 
tem que ter sido previamente sensibilizada  pediro 
Coombs indireto que vai ser + 
Por isso que a incompatibilidade Rh tipicamente 
acontece em multíparas 
 
 Esferocitose hereditária Coombs Direto - 
 Deficiência de G6PD 
 
REALIZAR INVESTIGAÇÃO 
 BT e frações  ↑ BB  BI 
 Hematócrito (ou Hb) ↓ e reticulócitos ↑ 
 Tipagem sanguínea, Rh e Coombs direto 
 Incomp. Rh = CD + 
 Incomp. ABO = CD + ou – 
 Hematoscopia: corpúsculo de Heinz e esferócitos 
 Esferócito e CD +: Inc. ABO 
 Esferócitos e CD -: Inc. ABO ou Esferocitose 
 
ICTERICIA PROLONGADA OU TARDIA 
 SEM COLESTASE (↑ BI): 
 - Icterícia do LEITE materno (AME) 
 Substância no leite 
 Quadro auto limitado – a icterícia desaparece 
 Avaliar suspensão temporária do AM (quando mto alto) 
 
Não confundir com: Icterícia do Aleitamento 
- Dificuldade de amamentação 
- ↑ perda ponderal 
- ↑ do ciclo êntero-hepático da BB 
 
 COM COLESTASE (↑ BD): 
Sempre que for BD > 2 – considere aumentada 
 ATRESIA DE VIAS BILIARES 
Obliteração das vias biliares, principalmente das VB 
extra-hepáticas 
Tem a interrupção da drenagem biliar – começa a ter 
lesão hepática 
É uma das principais causas de transplante hepático 
nas crianças 
Urgência diagnóstica 
 
 INVESTIGAÇÃO ATRESIA BILIAR 
- USG: Sinal do cordão triangular, correspondendo ao 
cone fibroso no porta-hepatis; 
ICTERICIA NEONATAL 
32 
 
- CINTILOGRAFIA HEPATOBILIAR COM TECNÉCIO 
99: demonstra a captação hepática e a eliminação do 
radiofármaco. 
- BIÓPSIA HEPÁTICO: exame + importante. A 
proliferação dos ductos, a presença de plugs de bile e 
a fibrose portal são os achados que indicam o 
diagnóstico. 
- COLANGIOGRAFIA DIRETA PEROPERATÓRIA: 
esse exame confirma o diagnóstico de Atresia das vias 
biliares. Permite a identificação da presença e o local 
de obstrução. 
 
 TRATAMENTO 
A criança deve ser submetida a Cirurgia de Kasai 
(Portoenterostomia de Kasai) precocemente – nas 
1as 8 semanas 
Mesmo as crianças que são submetidas a cx de kasai, 
acabam necessitando de transplante 
 
↑ BI – Substância neurotóxica – quando chega no 
cérebro, pode se depositar e levar a um quadro de 
encefalopatia bilirrubínica aguda (hipertonia, 
arqueamento de tronco, opisótono, choro agudo) 
Das crianças que sobrevivem ao quadro de 
encefalopatia bilirrubínica aguda – pode identificar o 
surgimento de um quadro de encefalopatia crônica 
– leva principalmente ao comprometimento motor – 
forma de paralisia cerebral 
 
> FASES DA ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA: 
FASE 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo 
durante algumas horas. 
FASE 2: instalam-se hipertonia da musculatura 
extensora (opistótono), convulsões, febre. 
FASE 3: a hipertonia diminui ou cede e é substituída 
por hipotonia, que se instala após a primeira semana. 
O nível de BB que vai ser considerado perigoso p a 
criança varia em função do: tempo de vida da criança, 
da idade gestacional, da presença de alguns fatores... 
 
>> TRATAMENTO da Icterícia prolongada 
- Fototerapia ( 17 mg/dL tbm está indicado FT 
Reação adversa a fototerapia: diarreia 
Complicação: síndrome do bebe bronzeado 
 
- Exsanguineotransfusão – troca a volemia da criança 
– é feito principalmente em casos de Incomp Rh, onde 
pode ter uma hemólise violenta – usado em casos de 
exceção  BI > 4 ou Hb > Fatores de risco para desenvolvimento de 
Hiperbilirrubinemia significante em RN > 35 
semanas de IG: 
 FR MAIORES: 
- BT (sérica ou transcutânea) na zona de alto risco 
antes da alta hospitalar 
- Icterícia observada nas 1as 24 horas 
- Incompatibilidade sanguínea ou outras doenças 
hemolíticas conhecidas 
- IG entre 35 e 36 semanas 
- Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia 
- Céfalo-Hematoma ou equimose 
- Aleitamento materno exclusivo  especialmente se 
há problema com a amamentação e perda ponderal 
for excessiva. 
- Etnia asiática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Principais medidas Antropométricas: 
- Peso; 
- Estatura: comprimento até 2 anos, e altura após 2ª; 
- Perímetro Cefálico: prioritariamente até os 2ª de vida. 
 
Classificações Nutricionais de importância para a 
prova: 
- Gómez: adequação de peso por idade; 
- Waterlow: adequação de peso/estatura e 
estatura/idade 
- Ministério da Saúde 
 
>> GÓMEZ 
Eutróficos: > 90% 
Desnutridos leves (1º grau): 76-90% 
Desnutridos moderados (2º grau): 61-75% 
Desnutridos graves (3º grau): > MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Comparar dados antropométricos do paciente com 
curvas de percentil e escore-z dos gráficos de 
crescimento da OMS. 
Escore Z: determinar a distância em DP da média 
Percentil: posição na distribuição ordenada de valores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS 
 P/i E/i P/E ou 
IMC/i 
0-5 anos 
IMC/i 
5-19 anos 
EZ > 3 Peso 
elevado 
 Obesidade Obesidade 
grave 
EZ > 2 Sobrepeso Obesidade 
EZ > 1 Risco de 
sobrepeso 
Sobrepeso 
 
EZ > CLÍNICA: não há edema 
Ausência de tecido adiposo 
Fácies senil ou simiesca 
Hipotrofia muscular e hipotonia 
Não há alterações de cabelo e pele 
 
 
CRESCIMENTOE SEUS DISTÚRBIOS 
34 
 
 KWASHIORKOR 
Principal manifestação clínica – EDEMA 
Entre o 2º e 3º dia de vida 
Muito + GRAVE 
Deficiência proteica, ingestão energética normal 
A criança está passando por algum momento 
inflamatório, certamente tem alguma condição 
infecciosa que está deflagrando TODAS alterações 
clinicas que vão surgir nessa criança 
 
>> CLÍNICA: EDEMA de extremidades, anasarca 
HIPOALBUMINEMIA 
Maior permeabilidade vascular 
Subcutâneo preservado 
Hepatomegalia 
Alterações do cabelo: na cor e sinal de bandeira 
Alterações na pele: áreas hiperpigmentadas 
 
 KWASHIORKOR-MARÁSMATICO 
 
 AVALIAÇÃO LABORATORIAL 
- Hemograma: avalia a presença de anemia ou 
processo infeccioso 
- Glicose sanguínea (plasma ou soro): objetiva a 
detecção de hipoglicemia -- > TRATAMENTO DA DESNUTRIÇÃO GRAVE 
FASE DE ESTABILIZAÇÃO inicial: 1 -7 dias 
(*) evitar que a criança MORRA 
Prevenção e tratamento de: 
- Hipotermia/ Hipoglicemia 
- Distúrbio hidroeletrolítico 
- Infecção 
CAUTELA: 
- Reidratar pela Via Oral 
- Não tratar Hiponatremia 
- ATB* mesmo que assintomático 
(*) Até que prove o contrário, TODAS crianças 
internadas com desnutrição grave – estão infectadas / 
sem sinais de localização 
- Não pode hiper alimentar a criança – Pode 
desenvolver a Síndrome de Realimentação  
HIPOFOSFATEMIA (tbm K+ e Mg) 
- Então devemos começar com dieta normoproteica, 
normocalórica – e ir monitorizando de forma continua 
- Micronutrientes  fazer reposição de K, Mg, Zn, 
Vitaminas (princ Vit A**), Não fazer FERRO! 
(**) Deficiência de Vit A – manifestações oculares 
 
 HIPOTERMIA 
Dx: To ax > TTO: 
- Técnica canguru 
- Agasalhar a criança, inclusive a cabeça, e usar 
cobertores 
- Manter aquecedores ou lâmpada próximos da criança 
- Manter portas e janelas da enfermaria fechadas e 
deixar a criança em leito localizado em área + quente 
- Trocar frequentemente as fraldas, roupas e lençóis 
molhados 
 
 
 HIPOGLICEMIA 
Dx: glicemia > TTO: será feito pelo estado geral da criança 
Consciente: solução de glicose a 10% por VO ou início 
da alimentação (o que estiver acessível + rápido) 
A glicemia deve ser verificada novamente 
A alimentação deve ser mantida com intervalos curtos, 
a cada 2 horas, por no mínimo 24 hs, para prevenir a 
reincidência da hipoglicemia. 
Administração do alimento pode ser feita por SNG 
Com alteração da consciência, dificuldade para 
deglutição ou convulsão: adm de solução de glicose 
IV – 5ml/kg de glicose a 10% - seguida de infusão 
continua de glicose. 
A velocidade de glicose vai pouco a pouco sendo 
reduzida e a glicemia é novamente aferida após 30 
minutos. 
Melhora  adm solução de glicose por sonda ou 
alimentação VO 
A alimentação deve ser mantida em intervalos 
regulares. 
 
 DESIDRATAÇÃO 
- Preferência pela hidratação por VO com solução com 
menor teor de sódio e maior teor de potássio 
(ReSoMal) 
- HV restrita a poucos casos – sinais de choque 
- Atenção para os sinais de hiper-hidratação 
 
 INFECÇÃO 
Esquema preconizado pela OMS: 
-- Crianças sem complicações aparentes: 
* Amoxicilina – 25 ml/kg, VO, 12/12 hs x 5 dias 
-- Crianças com complicações aparentes (sinais de 
choque, hipoglicemia, hipotermia, lesões cutâneas, 
infecção respiratória ou do trato urinário, letargia): 
* Gentamicina – 7,5 mg/kd/dia, IM ou IV, 2x/dia x 7d + 
* Ampicilina – 50 mg/kg/dose, IM ou IV, cada 6h x 2d 
* Seguida por Amoxicilina – 25-40 mg/kg/dia, VO, 8/8 
hs x 5 dias 
-- Se houver diarreia persistente  Adicionar 
Metronidazol 7,5 mg/kg, VO, cada 8 hs x 7 dias 
 
>> FASE DE REABILITAÇÃO 
- Dieta Hiperproteica e Hipercalórica 
200 calorias/ kg de peso 
4 g ou +/kg de peso 
* Refeições frequentes cada 4 horas 
- Ferro 
 
>> ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL 
- Pesagem regular 
 
BAIXA ESTATURA 
Como definir baixa estatura? 
Estatura por idade abaixo de -2 desvios-padrão ou 
abaixo do percentil 3 para idade e sexo (ou abaixo de 
percentil 5, se usadas as curvas do CDC/NCHS) 
 
Quais as causas de baixa estatura? 
Causas não patológicas: variantes normais do 
crescimento 
Causas patológicas: 
- Genéticas: Displasias ósseas (acondroplasia); 
Síndromes cromossomiais 
OBS: TODA BE desproporcional SEMPRE é patológica 
35 
 
- Dç Endócrinas: Hipotireoidismo; Deficiência de GH; 
Hipercortisolismo 
  Formas Graves no período neonatal: icterícia 
prolongada, hipoglicemia, micropênis... 
- Desnutrição primária e secundária (Dç celíaca) 
 
Como distinguir as variantes normais do 
crescimento? 
Baixa estatura familiar  velocidade de crescimento 
normal; criança com alvo genético baixo; idade óssea 
compatível com idade cronológica 
Retardo constitucional do crescimento e da 
puberdade  velocidade de crescimento normal (ou 
no limite inferior); criança com alvo genético normal; 
idade óssea atrasada em relação à idade cronológica. 
Na vida adulta atingem estatura final dentro do alvo 
genético, adequada para os padrões populacionais. 
 
Quando pensar em causas patológicas? 
- Quando há baixa estatura desproporcional ou 
presença de dismorfias 
- Quando a velocidade de crescimento está alterada 
- Quando há outras alterações clinicas associadas 
 
 SÍNDROME DE TURNER – 45X 
Monossomia do cromossomo X 
Principais características: Baixa estatura GRAVE e 
Disgenesia gonadal (atraso puberal) 
- Linfedema congênito – se encontrar essa 
manifestação pedir cariótipo 
- Pescoço alado; baixa implantação do cabelo 
- Cúbito valgo 
- Hipertelorismo mamário 
- Hipotireoidismo – fazer rastreamento periodicamente 
- Valva aórtica bicúspide (+ comum) 
- Coarctação da aorta (+ frequente na PROVA) – 
menina com BE que está hipertensa e ao exame físico 
tem pulso diminuído 
 
 AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
- Estatura Atual 
 OMS: ou Id estatural 
Baixa estatura genética (familiar) 
IC = idade cronológica – quantos anos eu nasci 
IO = idade óssea – o quanto meu esqueleto fechou 
IE = idade estatural – o quanto eu cresci 
 
IO atrasada (IO > ETIOLOGIA 
 Primária (Ob exógena) 
Responsável por 95% das formasde obesidade 
Decorrente de hábitos alimentares inadequados, 
sedentarismo excessivo 
- São crianças obesas e “altas” 
 
 Secundária 
Relacionada alguma doença de base (> COMO DEFINIR? 
𝑰𝑴𝑪 = 
𝑷𝒆𝒔𝒐 (𝒌𝒈)
𝑨𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 (𝒎𝟐)
 
 
>> CLASSIFICAÇÃO 
- Ministério da Saúde / Sociedade Brasileira de 
Pediatria: 
0-5 
anos 
> p85 e p97 e p99,9: obesidade 
5-19 
anos 
> p85 e p97 e p99,9: obesidade grave 
 
- CDC 
> 2 anos 
p85 ao p94: sobrepeso 
> p95: obesidade 
 
COMORBIDADES / AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR 
 HAS 
 Dislipidemia  avaliar CT; HDL; LDL; TGC 
 Em > 2 anos 
 Esteatose hepática  avaliar ALT (alguns lugares 
pedem USG, mas isso não é consenso) 
 Resistência insulínica/ DM  avaliar Glicemia de 
jejum 
 Síndrome Metabólica 
 
 
Em pediatria Sd metabólica de 10-16 anos 
Como dar o diagnóstico?  São os mesmos critérios 
do adulto 
- Circunferência abdominal > p90 e + 2: 
- TGC > 150 
- HDL-c 130 x 85 mmHg 
- Glicemia > 100 ou diagnóstico de DM2 
 
36 
 
QUESTÃO DE PROVA 
>> MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
-- CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: deve marcar 
o ponto médio entre a última costela fixa (10ª) e a 
borda superior da crista ilíaca, local onde a fita 
inextensível será colocada. Essa medida serve para 
avaliação indireta da gordura visceral. 
-- PREGA TRICIPITAL: mede a distância úmero-
olécrano na parte lateral do braço, com este fletido 
a 90º. No ponto médio em região posterior, pinça-se 
a dobra de pele com profundidade de 2 cm e mede 
esta prega com auxílio de um adipômetro. 
-- CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL: mede a 
distância úmero-olécrano na parte lateral do braço 
com este fletido a 90º. No ponto médio em região 
posterior, faz a medida com o braço estendido. 
-- PREGA SUBESCAPULAR: mede com auxílio do 
adipômetro (= plicômetro ou paquímetro), uma 
prega de pele de 2 cm de profundidade localizada a 
2 cm a baixo da escapula. 
 
>> TRATAMENTO 
 Planejamento dietético 
Esclarecimento  na 1ª consulta que da o diagnóstico 
tem que esclarecer para a família o que é a obesidade, 
sobre as causas e consequências da obesidade 
Comportamentos da criança  orientar a fazer as 
refeições na mesa; garantir que a criança faça as 
principais alimentações no dia 
Quantidade 
Qualidade 
 
 Atividades Físicas 
Atividade diária 
Diminuição atividades sedentárias  o tempo que 
fica na frente da televisão (a partir de 2ª tempo máximo 
é de 2 horas) 
 
 Tratamento medicamentoso 
NÃO É tratamento inicial 
E não aparece na prova 
 
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
NO 1º ANO DE VIDA 
Desenvolvimento de novas habilidades: 
Existe uma sequência que é previsível 
É a capacidade de realizarmos funções cada vez + 
complexas e cada vez maior 
Desenv. motor grosseiro  crânio-caudal 
Desenv. adaptativo  sequencia medial-lateral/ 
cubital-radial 
Idade média: em que as crianças começam a realizar 
determinada função (pode começar um pouco antes ou 
depois) 
Idade esperada: considerada limite para que 
determinada habilidade esteja presente 
 
 Desenvolvimento Motor 
Capacidade de locomoção 
RN 4 sem 8 sem 12 sem 
-Membros 
Fletidos 
-PTC 
- Queixo 
(prona) 
-PTC 
- Cabeça 
(prona) 
- PTC 
- Tronco 
(prona) 
- PTC 
16 sem 28 sem 40 sem 1 ano 
- Simétrico 
- Sustenta 
cabeça 
- Empurra c 
pé (de pé) 
- Vira (rola 
sobre seu 
próprio eixo) 
- Senta com 
apoio 
- Senta sem 
apoio 
- Pode 
engatinhar 
- Anda com 
apoio 
PTC – postura tônico cervical 
 
 
 Desenvolvimento Adaptativo 
Capacidade de utilizar as mãos 
Agarra o objeto utilizando a borda cubital 
12 sem: ainda tem reflexo de preensão palmar, 
movimento involuntário 
 
 Desenvolvimento Social 
A maneira que a criança interage com os outros 
indivíduos. 
 
 Desenvolvimento da Linguagem 
Desenvolvimento da palavra falada 
 
HIPOVITAMINOSES 
>> CARÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES 
Uma série de substâncias que podem ter origem 
mineral/ vegetal/ animal e que vão ser necessárias em 
pequenas quantidades e são fundamentais para a 
manutenção da nossa saúde. 
 
>> VITAMINAS: são micronutrientes que tem uma 
natureza orgânica e que também estão relacionadas 
com uma série de funções – para manter crescimento 
corporal, integridade imunológica, para que uma série 
de mecanismos celulares funcionem adequadamente. 
Exceto a Vit D – as outras vitaminas são obtidas através 
da alimentação 
LIPOSSOLÚVEIS: A, D, E, K 
- São absorvidas juntamente com a gordura da dieta 
- São armazenadas no nosso organismo (exceto K) 
HIDROSSOLÚVEIS: Complexo B e C 
- Não são armazenadas no nosso organismo, por isso 
dependem de uma ingestão dietética constante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RN 4 sem 8 sem 12 sem 
- Fixa visão - Acompanha 
objeto 
- Segue 180º - Estende a 
mão 
16 sem 28 sem 40 sem 1 ano 
- Agarra 
objetos 
- Segura as 
mãos 
- Transfere 
objetos 
- Pinça 
assistida / com 
apoio 
- Pinça 
- Entrega por 
solicitação 
RN 4 sem 8 sem 12 sem 
- Prefere a 
face 
humana 
- Sorri - Sorri social - Contato 
social 
16 sem 28 sem 40 sem 1 ano 
- 
Gargalhadas 
- Prefere mãe 
- Gosta de 
espelho 
- Peek a boo (se 
esconde) 
- Acena e bate 
palma 
- Permanência 
- Pequenas 
brincadeiras 
RN 4 sem 8 sem 12 sem 
 - aah, ngah 
16 sem 28 sem 40 sem 1 ano 
 - polissílabos 
vogais 
“mamama” / 
“papapa” 
- mama/ papa - algumas 
palavras 
37 
 
Deficiência 
Vitamina A 
- Origem vegetal (forma de carotenoide) ou animal 
(retinol) 
- Pode ser convertida em retinaldeído: permite fazer a 
definição de cores e enxergar em situações de baixa 
luminosidade 
- Pode ser convertida em acido retinóico: estimulam e 
garantem os processos de divisão e diferenciação 
celular 
- Precisa de vitamina A para manter os epitélios integros 
 
- ALTERAÇÕES VISUAIS: Cegueira noturna, xerose 
córnea e conjuntiva, manchas de Bitot, ceratomalácia 
- Diarreia 
- Predispõem infecções respiratórias 
- Pele seca, descamativa, áreas de hiperceratose 
 
PREVENÇÃO: 
- Programa Nacional de Suplementação de Vit A: 
 6 – 59 anos 
 A cada 6 meses (interv min de 4 m) 
Vitamina B VITAMINA B1 – Tiamina 
Alimentação rica em arroz polido 
Beribéri seco e molhado 
Encefalopatia de Wernicke (ataxia, alteração 
oculomotora e confusão mental) 
 
VITAMINA B2 – Riboflavina 
Queilite angular e glossite 
 
VITAMINA B3 – Niacina 
Pelagra: demência, diarreia e dermatite (áreas 
expostas). 
 
VITAMINA B6 – Piridoxina 
Convulsões de difícil controle em lactentes 
 
VITAMINA B9 – Ácido Fólico 
Risco em lactentes alimentados com leite de cabra in 
natura 
Anemia megaloblástica 
 
VITAMINA B12 – Cobalamina 
Risco na prole de vegetarianas estritas 
Anemia perniciosa 
Anemia megaloblástica 
Deficiência 
Vitamina D 
- D2 – ergocalciferol 
- D3 – colecalciferol 
 calcidiol  calcitriol 
Principal fonte: síntese cutânea – exposição solar 
 
RAQUITISMO: 
- bossa frontal, craniotabes 
- rosário raquítico; sulco de Harrison 
- alargamento punhos e tornozelos 
- membros curvados 
Deficiência 
Vitamina C 
ESCORBUTO: 
- dor nos membros; edema nos membros 
- manifestações hemorrágicas 
- rosário escorbútico 
- manifestações gengivais 
- evita movimentos porque sente dor 
Deficiência 
Vitamina K 
DOENÇA HEMORRÁGICA DO RN: 
- Forma clássica: entre o 2º e 7º dia de vida – 
sangramento GI, cutâneo, intracraniano 
- Forma precoce: uso de drogas (fenobarbital, fenitoína, 
rifampicina) ou coagulopatia – 1º dia de vida – pode ter 
céfalo hematoma, sangramento pelo coto umbilical, 
hemorragias cranianas 
- Forma de início tardio: 1as 2 sem de vida – Sds 
disabsortivas (quadros de colestase) 
PREVENÇÃO: 
- Adm precoce de VIT K para evitar o desenvolvimento 
da forma clássica38 
 
O QUE ACONTECE? 
 
Caracteres sexuais secundários 
Função reprodutora 
Aceleração do crescimento 
Resultado de uma secreção/ ativação hormonal 
 
GONADARCA – nascimento da gônada 
ADRENARCA – nascimento da adrenal 
 
FISIOLOGIA DA PUBERDADE 
Nos primeiros 2 anos de vida a criança tem um 
crescimento intenso, porém desacelerado. Na fase pré-
escolar e escolar, as crianças tem um crescimento 
constante. Assim que a puberdade tem início, observa-
se uma aceleração do crescimento (pela ação dos 
esteroides sexuais) e, observa-se também uma 
aceleração da fusão epifisária. Ao final da puberdade o 
paciente irá alcançar sua altura final e não haverá mais 
cartilagem de crescimento. 
Tudo o que acontece durante a puberdade é o 
resultado da secreção de esteroides gonadais e 
adrenais. 
O primeiro evento é a ativação do eixo hipotálamo-
hipofisário- gonadal – começa no hipotálamo que é 
capaz de secretar o GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina), que atua na adeno-hipófise 
(gonadotrofos), que irá secretar as gonadotrofinas (LH, 
FSH). As gonadotrofinas irão agir nas gônadas 
(testículos e ovários), levando, dentre outras coisas, à 
secreção de testosterona e estrogênio. 
Nos primeiros anos de vida, esse eixo encontra-se 
inativo. Esse eixo será ativado em uma determinada 
idade cronológica que antecede o desenvolvimento 
puberdade. 
Em uma determinada idade, por uma série de fatores 
ainda não conhecidos, o hipotálamo passa a secretar o 
GnRH de forma pulsátil 
– esses pulsos vão aumentando em frequência e 
amplitude, de maneira que os receptores de GnRH 
serão ativados. 
Eixo hipotálamo-hipófise-gonadal 
Hipotálamo 
GnRh 
 
Adeno-hipófise 
LH e FS 
 
 Testículos Ovários 
 Testosterona Estrogênios 
Gonadarca 
Eixo H-H-adrenal 
 
Adrenal 
Androgênios 
Adrenarca 
 EVENTOS PUBERAIS 
 Telarca: início do desenvolvimento mamaria no 
sexo feminino – Gonadarca 
 Pubarca: início da pilificação genital 
Sexo feminino: marcador clinico da ocorrência da 
adrenarca 
Sexo masculino: pode estar relacionada com a 
secreção de androgênios pela adrenal, mas também 
pode estar relacionada com a secreção de androgênios 
testiculares 
 Menarca: início da menstruação, evento tardio 
Ciclos anovulatórios e irregulares, demora um tempo 
para a maturação do eixo-hipotálamo-hipofisário 
Ginecomastia: desenvolvimento de tecido glandular 
mamário no sexo masculino – pode acontecer em 
qualquer fase da vida de um homem 
Pode ocorrer: período neonatal, adolescente, idoso 
Resultado de um desequilíbrio de na quantidade de 
androgênios e estrogênios circulantes 
- Comum na puberdade – pode ser Uni/bilateral / 
Involução 2/3 anos 
 
Síndrome de Klinefelter: causa de atraso puberal 
no sexo masculino, geralmente associado com 
ginecomastia 
Tem uma aneuploidia / Cariótipo 47 XXY 
 
 CRESCIMENTO 
o Fases do crescimento 
 Peribuberal – Estirão – Desacelaração 
o Características 
 Centrípeto / Distal-Proximal 
o Composição corporal 
 HOMEM: ↑ no percentual de massa magra 
 MULHER: ↑ no percentual de massa gorda 
o Sequência Puberal: telarca, pubarca, estirão de 
crescimento, menarca 
 
DESENVOLVIMENTO PUBERAL FEMININO 
Desenvolvimento das Mamas e dos Pelos 
M1 
P1 
Pré-puberal 
Pré-puberal 
M2 
 
P2 
Broto mamário 
Telarca – início: 8-13 a 
Pubarca 
M3 
 
P3 
↑ mama e aréola 
Pico do crescimento: 8 – 9 cm/ano 
Sínfise púbica 
M4 
 
P4 
Duplo contorno 
Menarca: 2 – 2,5 a após Telarca 
Presente em grande quantidade 
M5 
05 
Mama madura 
Chega na raiz das coxas 
 
DESENVOLVIMENTO PUBERAL MASCULINO 
Desenvolvimento Genital e dos Pelos 
G1 
P1 
Pré-puberal 
Pré-puberal 
G2 
 
 
P2 
Aumento testicular 
Resultado da ação das gonadotrofinas 
Início: 9 – 14 a 
Pubarca 
G3 
P3 
Aumento do pênis (comprimento) 
Sínfise púbica 
G4 
 
 
P4 
Aumento pênis (diâmetro) 
Crescimento – pico: 9 – 10 cm/ano 
Glande + destacada 
Grande quantidade 
G5 
P5 
Genitália adulta 
Raiz das coxas 
Orquidômetro de Prader: Fala que o indivíduo entrou 
em puberdade quando o testículo é > 4 ml 
 
PUBERDADE PRECOCE 
 Como caracterizar? 
 Sinais puberais + aceleração de crescimento 
 Meninas IC) 
BE no adulto 
PUBERDADE E SEUS DISTÚRBIOS 
39 
 
 ETIOLOGIA 
 Central ou Verdadeira 
 GnRh dependente 
 - Idiopática (90% nas meninas) 
 - Alterações SNC (> 50% meninos) 
 Hamartoma hipotalâmico 
 - Radioterapia/ quimioterapia 
 - Pós-TCE/ infecções 
 
 Neoplasias, outras 
Craniofaringioma – está associado c atraso puberal 
 Periférica ou pseudopuberdade 
 GnRh INdependente 
 - Tumores gonadais 
 - Cistos ovarianos 
 - Tumor adrenal 
 - Testotoxicose 
 - HAC 
Possivelmente Tumor Testicular – um testículo está 
maior e outro menor 
 
>> Sd de McCune-Albright 
Precocidade puberal 
Manchas café com leite 
Displasia fibrocística poliostótica 
+ comum no sexo feminino 
 
 HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA 
Resultado de uma deficiência enzimática, que 
compromete a síntese de cortisol. Eventualmente a 
síntese dos mineralocorticoides. 
Condição autossômica recessiva, causada em 90% 
dos casos, por uma mutação que gera deficiência da 
21-hidroxilase. 
Pelo fato de se associar à perda de sal, pode culminar 
com hipovolemia e choque circulatório já nas primeiras 
2 a 3 semanas de vida. 
 
 Deficiência 21-hidroxilase 
 CLÍNICA 
o FORMA CLÁSSICA 
** Perdedora de sal 
- Genitália atípica (SEXO FEMININO) 
- RN com vômitos e desidratação 
- Hiponatremia + Hipercalemia 
 
** Virilizante simples 
 
o FORMA NÃO-CLÁSSICA 
- ↑ 17-OH-PROGESTERONA  dosa no teste do 
pezinho 
 
Avaliação: 
 Rx mão e punho – idade óssea 
 IO > IE > IC 
 LH / FSH 
 RM região hipotálamo-hipofisária 
 USG pélvica/ abdominal 
 
>> TRATAMENTO 
o Causa base 
o Puberdade precoce central 
 Análogo de GnRh (leuprorrelina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isossexual ou 
heterossexual 
Sempre 
isossexual 
40 
 
 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 Aleitamento materno exclusivo até 6 meses 
 Somente LM ou LH  pode receber 
medicamentos, SRO, suplementação 
vitamínica 
 
 AM complementado até 2 anos (no mínimo) 
 LM/ LH + sólidos e semissólidos 
 
 Aleitamento predominante 
 LM/ LH + água ou bebidas à base de água 
 NÃO É RECOMENDADO! 
 Não pode dar suco, chás para criança menor sobrecarga renal 
 Menor % de caseína (LH 40% - LV 80%) 
 Ptn do soro: α-lactoalbumina (LV: β-lactoglobulina) 
- Menos ELETRÓLITOS 
- Mais LACTOSE – fezes + amolecidas; PH + ácido 
- Mais GORDURA 
 PUFA  ARA/ DHA  Mielinização; 
 formação da retina 
 maior qtde de Colesterol 
- Ferro: maior biodisponibilidade  LACTOFERRINA 
 
LEITE DE VACA 
- ALTA taxa de proteína: + caseína e menos 
proteína no soro 
- β-lactoglobulina  potencialmente alergênica 
- Excesso de cálcio, fósforo, sódio, cloro e potássio 
- Déficit de vitamina A, D, E e C 
- Pequeño teor de ferro, mal absorvido 
 
 PROPRIEDADES IMUNOLÓGICAS 
 Imunoglobulinas > IgA secretória 
 Fator bífido > estimulaflora saprófita 
 Lactoferrina > indisponibiliza o ferro 
 Lisozima > bactericida 
 
O “leite fervido” não tem o mesmo valor biológico 
que o “leite cru”, porque parte desses fatores serão 
perdidos. 
 
 MODIFICAÇÕES DO LEITE 
DURANTE A LACTAÇÃO 
- Colostro: MAIS proteína / eletrólito / vit. lipossolúvel, 
em especial Vit A 
Ocorre do 3º ao 5º dia de vida da criança 
- Leite de transição 
- Leite maduro: MAIS gordura / lactose 
Ocorre no final da 1ª semana 
 
DURANTE A MAMADA 
- Leite anterior 
- Leite posterior: MAIS gordura 
“permanecer na mama até perceber que ela esvaziou” 
 
DURANTE O DIA 
- MAIS gordura ao anoitecer, da mais saciedade 
 
 CONTRAINDICAÇÕES DO AM 
>> DOENÇAS MATERNAS 
- Não contraindicam o AM: 
 Tuberculose pulmonar: RN não recebe BCG / 
recebe profilaxia 1aria com Isoniazida ou 
Rifampicina; amamentar com máscara em 
ambiente arejado. 
 Hepatite B: Vacina HB + IG 
 
- CI Ocasionais/ Temporárias: 
 Herpes > Não pode ter contato com a lesão 
 Citomegalovirose (RN > DOENÇAS DO LACTENTE 
- CI ABSOLUTA: 
Galactosemia: não consegue transformar a galactose 
em glicose; 
O acúmulo de galactose pode levar a Icterícia com 
hepatomegalia, Sepse por E. coli. 
Essas crianças podem receber apenas fórmulas sem 
lactose. 
 
CUIDADO  CI relativa: 
- Fenilcetonúria: não consegue metabolizar a fenilanina 
(FAL) ... não converte FAL em tirosina 
Pode desenvolve: Deficiência intelectual grave e 
irreversível 
Tem q receber: LH + fórmula sem FEL 
 
>> MEDICAMENTOS 
Linezolida 
Imunossupressor / Citotóxico 
Ganciclovir 
Amiodarona 
Radioativos 
 
 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
Não é recomendado dar sal 
A introdução de certos alimentos, com o ovo e peixe, 
pode ser realizada a partir do 6º mês de vida, mesmo 
em crianças com história familiar de atopia. 
Oferecer alimentos in natura ou minimamente 
processados (NÃO oferecer ultraprocessados). 
Oferecer a comida amassada 
Oferecer água em vez de suco, refrigerantes 
NÃO oferecer açúcar em 37 sem / > 2,5 kg: 
3 meses a 2 anos: 1 mg/kg/dia de Fe elementar (exceto 
se > 500 ml/dia de Fórmula infantil) 
OBS: MS – recomenda iniciar APÓS 6 MESES 
 
 prolactina  estimula produção do leite 
 > ocitocina  responsável pela ejeção do leite 
 
 - Esvaziamento regular da mama 
 > técnica deve ser adequada! 
 
 TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO 
POSICIONAMENTO 
- Criança está bem apoiada nos braços 
- Cabeça e tronco no mesmo eixo 
- Corpo próximo 
- Rosto de frente para a mama 
 
 
 
 
 
PEGA 
- Boca bem 
aberta 
- Lábio inferior 
evertido 
- Aréola mais 
visível da boca 
- Queixo toca a 
mama 
 
 
 
 
 QUEIXAS COMUNS 
 FISSURAS: 
- Ordenhar antes da mamadas para desencadear o 
reflexo da ejeção (liberação da ocitocina) 
- Mudar a posição: pode amamentar deitada, posição 
de cavaleiro... 
MANTÉM O ALEITAMENTO 
 
 INGURGITAMENTO: 
Ingurg Fisiológico 
Ingurg Patológico 
- Ordenhar antes e após a mamada 
- Compressas frias, no intervalo entre as mamadas 
São medidas temporárias, até a amamentação estar 
bem estabelecida 
 
 MASTITE 
Processo inflamatório da mama, que pode ou não ser 
acompanhado de infecção bacteriana (o + comum é S. 
aureus) 
- Esvaziar as mamas 
- ATBterapia: Cefalexina, Amoxicilina, Amoxicilina + 
clavulanato 
 
REVALIDA 2020 – Um lactente com 1 mês de vida, 
nascido a termo de parto normal sem 
intercorrências, em aleitamento materno exclusivo, 
retorno à UBS para consulta de puericultura. A mãe 
começou a apresentar febre (temperatura axilar = 
38º C) há 2 dias e encontra-se em bom estado geral. 
Apresenta dor, calor, edema e rubor em quadrante 
superior esquerdo da mama direita, sendo indicado 
tratamento domiciliar com cefalexina e ibuprofeno. 
Nesse caso, o aleitamento materno deverá: 
RESPOSTA: ser mantido em ambas as mamas como 
parte terapêutica materna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
>> DEFINIÇÕES 
Diarreia aguda > 3x dia OU 
Mudança no padrão habitual 
AGUDA: duração de até 14 dias (etiologia infecciosa é 
a principal) 
PERSISTENTE: duração de 14 dias ou mais; 
CRÔNICA: duração superior a 30 dias. 
 
 DIARREIA AQUOSA 
forma + comum, evacuações + frequentes, + 
volumosas, consistência diminuídas... 
 Osmótico 
 Secretor 
 
>> ETIOLOGIA 
- Rotavírus  Diarreia Grave em > ETIOLOGIA 
- Shigella – causa + comum da disenteria no nosso 
meio 
 Dor abdominal INTENSA / Febre ALTA 
 Síntomas Neurológicos – convulsão 
- Campylobacter  Sd. Guillain-Barré 
>> Complicações Extra-intestinais do 
Campylobacter: 
- Glomerulonefrite - Sd Guillain-barre 
- Nefropatia por IgA - Anemia Hemolítica 
- Eritema Nodoso 
- Salmonella – preocupar em pacientes com Dç 
Falciforme e Imunossupressão 
- E. coli enteroinvasiva 
- E. coli êntero-hemorrágica – Principal agente da SHU 
 
SÍNDROME HEMOLÍTICO-URÊMICA 
Lesão renal aguda 
Anemia microangiopática 
Plaquetopenia 
 
An. Microangiopática: aparece no esfregaço de sangue 
periférico  esquizócitos 
 
AVALIAÇÃO DA HIDRATAÇÃO 
 GRAVE DESIDRATAÇÃO S/ 
DESIDRATAÇÃO 
CONDIÇÃO Letárgica Irritada Não tem SINAIS 
SUFICIENTES... SEDE Incapaz Sedenta 
OLHOS Fundos/ mt 
fundos 
Lentamente 
SINAL DA 
PREGA 
Mt lentamente 
> 2 seg 
Lentamente 
 9% 3-9% 1 ano – 100-200 ml 
 
 Manter alimentação 
 
 Orientar sinais de desidratação 
 
 Suplementação de zinco – por 10 dias  reduz 
a duração do quadro e diminui os riscos de 
recidivas nos próximos meses 
 
PLANO B 
 TRO – Terapia de Reposição Oral 
Unidade de Saúde 
Solução de reidratação oral - 75 mEq/L de Na 
75 ml/kg da SRO em 4 hs 
Se vômitos: ondansetrona (Vonau) 
 
 Alimentação: manter apenas LM 
 
 Reavaliação frequente 
 
 HIDRATADA: ALTA COM PLANO A (com SRO) 
 
PLANO C 
 Hidratação Venosa 
- Ringer Lactato ou SF 0,9% - 100 ml/kg 
 1 ano – 100 ml/kg em 3 horas 
 30 ml/kg em 30 min 
 70 ml/kg em 2h30m 
 
 TRO tão logo seja possível 
CDC – 20 ml/kg 
 
 OUTRAS MEDIDAS 
 Shigelose  Ceftriaxone IM 
 Ciprofloxacina 
 Diarreia persistente 
 Considerar dieta com baixo teor de lactose 
Por conta de uma intolerância 2aria a lactose – q pode 
ter na diarreia persistente viral 
 
A intolerância a lactose apresenta-se com diarreia 
explosiva Vacina: até o 3º dia após a exposição ao vírus 
 A vacina é capaz de fazer produzir anticorpos em 
menos tempo que o PI do vírus 
É uma vacina de vírus vivo 
*para fins de bloqueio a primeira dose pode ser feita 
a partir dos 6 meses  mas essa dose não deve ser 
considerada para a rotina; é a dose 0 (zero) 
 
 IG padrão IM: até o 6º dia após a exposição  
Imunodeprimidos, Grávidas não vacinada, > DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO – epidemiológico 
Sorologia IgM e IgG 
 
>> COMPLICAÇÕES: 
 ARTROPATIA (auto-limitado / + comum em 
mulheres / pequenas articulações) 
 SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA (é o 
principal motivo de preocupação do MS com a 
vacinação da rubéola. Tanto em gestantes como 
contactantes) 
 Trombocitopenia 
 Encefalite Pós-Infecciosa 
 Panencefalite progressiva 
 
>> PREVENÇÃO 
Pré-exposição: VACINA  tríplice e tetraviral 
(aos 12 e 15 meses) 
Pós-exposição: pode utilizar as vacinas tríplice 
ou tetraviral  deve ser feito dentre de 72 hs 
após a exposição! 
 
>> TRATAMENTO 
- NÃO há tto especifico 
- Usado apenas analgésicos e antipiréticos para 
controle da artralgia e febre 
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIO E IMEDIATA! 
 
EXANTEMA APÓS A FEBRE 
 
 ERITEMA INFECCIOSO 
Parvovírus B19  DNA-hélice-única; tropismo por 
células de linhagem eritroide (eritrovírus) 
*o vírus é eliminado nas secreções 
* quando tem exantema não infecta 
TRANSMISSÃO: Contato direto com gotículas  
secreção nasofaríngea do infectado. 
 
>> PRÓDROMOS: 
 Inespecíficos ou inexistentes 
 
>> EXANTEMA: 
 Trifásico 
1. Face esbofeteada – hiperemia / eritema em 
região malar  “Sinal de Filatov” 
 
 
 
 
 
 
 
2. Exantema reticulado – lesões + exuberantes nas 
superfícies extensoras dos membros 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Progressão Craniocaudal 
- Descamação ausente; discreta 
3. Recidiva – sol, calor, atividade física (1 a 3 
semanas) – exantema flutuante 
 
>> DIAGNÓSTICO 
É feito quando não tem mais doença 
Não transmite e não precisa de isolamento 
5 
 
>> PREVENÇÃO 
Pode continuar atividades normais pois já não 
elimina + o vírus, exceto crianças internadas 
com crise aplásica 
 
>> COMPLICAÇÕES 
• CRISE APLÁSICA: pacientes com doenças hemolíticas 
(ex: crianças com anemia falciforme) 
Na crise aplásica = reticulocitopenia 
O tratamento = hemotransfusão 
• HIDROPSIA FETAL: acúmulo de líquido de mais de 2 
compartimentos fetais (pele, pleura, pericárdio...) – a 
miocardite + anemia irão levar à IC  anasarca fetal 
Tratamento = transfusão intra-útero 
• ARTROPATIA = evento imuno-mediado 
• SD PAPULAR PURPÚRICA: “em luvas e meias”  
febre, prurido, edema doloroso e eritema nas 
extremidades distais, seguido por petéquias nas 
extremidades e lesões orais. 
 
>> TRATAMENTO 
Não há terapia especifica, não há indicação de tto, 
quadro é auto-limitado e a infecção leva a imunidade 
duradoura. 
 
EXANTEMA SÚBITO (roséola) 
Infecção persistente nas glândulas salivares. 
Herpes Vírus Humano do tipo 6 (HHV-6 e HHV-7) 
VÍRUS: O HHV-6 é um membro da família dos herpes 
vírus, os quais podem estabelecer uma infecção latente 
ou persistente. O HHV-6 pode estabelecer uma 
infecção latente nas glândulas salivares. 
TRANSMISSÃO: Comum a partir dos 6 meses, 
transmitido através de saliva de portadores crônicos. 
Depois de curado o vírus permanece no seu organismo 
por toda vida, de forma latente, esse vírus pode se 
reativar. 
 
PRÓDROMOS EXANTEMA 
Febre alta (39-40º C): 
até 5 dias de febre sem 
nenhum sinal clinico 
Some em crise: logo 
após surge o 
exantema 
Estado geral 
preservado 
 
Tipo: Maculopapular 
Início: Tronco, 
Centrífuga (vai p as 
extremidades) 
Tende a desaparecer 
rapidamente, 
Descamação ausente 
 
HISTÓRIA NATURAL: um RN sem foco infeccioso 
com febre muito alta e que, pelo fato de os médicos 
não acharem nenhum foco, é prescrito um ATB. 
Entre o 3º-4º dia a febre desaparece e surge o 
exantema. E não se sabe se o exantema é devido a 
doença ou ao ATB. 
OBS.: Até os 6m de vida do RN ele é “protegido” pelos 
anticorpos maternos (imunidade passiva) e, após esse 
período, ele fica suscetível a infecção. 
 
>> Qual a complicação + comum desta doença: 
CRISE FEBRIL  Convulsão 
OBS: diagnóstico diferencial não infeccioso = 
farmacodermia (prurido, eosinofilia) / até 95% de 
crianças até 3 anos se contaminam. 
 
>> TRATAMENTO 
Apenas o uso de antipiréticos 
- Casos + graves (encefalite ou PALE)  Ganciclovir, 
cidofovir e foscarnet 
 
 
 
 
EXANTEMAS COM VESÍCULAS 
 
VARICELA 54 – CATAPORA 
Vírus varicela zoster (VVZ) 
Permanece no organismo na forma latente, vários anos 
depois pode ter reativação do vírus e desenvolver 
HERPES ZOSTER. 
Catapora vem do tupi = fogo que queima, arde” 
 
>> TRANSMISSÃO: por aerossol 
Período Incubação: 1-3 semanas 
 
PRÓDROMOS EXANTEMA 
- Inespecíficos 
- Febre antes da 
erupção 
cutânea e 
costuma 
desaparecer 3 - 
4 dias após o 
início do rash 
 
Tipo: vesicular pleomórfico 
mácula – pápula – vesícula - pústula 
– crosta 
- Polimorfismo regional – “lesões em 
estágios diferentes” 
- extremamente pruriginoso 
- Polimorfismo 
- pode acometer qualquer superfície 
mucosa (oral, conjuntival...) 
- Progressão: Centrífuga, porém 
distribuição centrípeta 
Descamação = ausente 
(*) 48 hs antes da erupção cutânea  px é 
INFECTANTE 
(**) quando TODAS as lesões estão como crostas = 
não é infectante = paciente pode voltar às atividades 
habituais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> COMPLICAÇÕES 
INFECÇÃO BACTERIANA (5%)  perda da integridade 
da pele + prurido = infecção  cicatrizes 
VARICELA PROGRESSIVA (imunocomprometidos) 
Lesões prolongadas com conteúdo sanguinolento. 
Acometimento de órgãos internos como fígado, pulmão e 
SNC, GRAVE >> doença visceral, coagulopatia >> 
VARICELA CONGÊNITA (> TRATAMENTO 
- Sintomáticos: analgésicos 
- Antitérmicos: NÃO usar AAS (sd. REYE) 
- Antihistamínicos – prurido 
- Permanganato de potássio – banho 
 
 Aciclovir oral – encurta a fase da viremia 
Indicado em: 
o > 12 anos: a partir dessa idade pode ser + grave 
o 2º caso no domicilio (contaminado dentro de casa, 
exposto a uma maior carga viral) 
o Doença cutânea grave ou pulmonar 
o Uso de CTC (em dose não imunossupressora) 
o Usuário crônico de AAS  síndrome de reye 
(degeneração hepática + encefalopatia) 
Em caso de resistência ao ACICLOVIR  indicar 
FOSCARNET 
 
 
6 
 
 AcicloviR IV 
o RN 
o Imunodeprimidos 
o Varicela progressiva 
 
INTERNAÇÃO: PRECAUÇÃO AÉREA!!! 
Quadros GRAVES  devem ser NOTIFICADOS 
 
>> PROFILAXIA 
QUESTÃO DE PROVA 
>> Pré contato: imunização 
- MS: 2 doses 15m e 4-6a. 
- SBP: 2 doses 12m e 15m 
 
>> Pós contato: 
- Vacina – Varicela 54 – até o 5º dia de exposição 
(preferencialmente até o 3º dia) 
Para fins de bloqueio a vacina pode ser feito em > 9 meses 
Vacina de vírus vivo atenuado 
- IGHAVZ – imunoglobulina especifica (anti varicela zoster) 
– até o 4º dia de expos 
- Imunodeprimidos e grávidas não vacinadas 
- RN pré termoacompanhada de assaduras e hiperemia 
perianal. Isso acontece porque a lactose não 
digerida é fermentada pela flora bacteriana 
intestinal, produzindo ácidos e gases. 
 
 
 
DIARREIA AGUDA 
43 
 
 NEUROBLASTOMA 
Principal tumor sólido extracraniano em crianças 
Células primitivas da neural  Gânglios simpáticos e 
medula adrenal 
A idade mediana ao diagnóstico é de 19 meses. 
Discretamente mais frequentes no sexo masculino. 
Maior risco em pacientes com síndrome de Turner, 
hipoventilção central, doença de Hirschsprung, 
neurofibromatose tipo 1. 
Também especula-se que esteja relacionado a fatores 
materno-fetais como: uso de opioide na gestação, 
diabetes gestacional, anomalias congênitas. 
 
>> CLÍNICA 
Massa abdominal: firme, atravessa a linha média 
Liberação de catecolaminas 
METÁSTASES: linfonodos, medula óssea, ossos 
longos e calota craniana, órbitas, fígado, pele 
OBS: pulmão e SNC são raros 
 
>> LOCAL 
 O local mais frequente do tumor é a adrenal, em 40% 
dos casos, seguido do abdome (1/4) e tórax (15%). 
 
>> AVALIAÇÃO 
Aumento ácido monovalínico (HVA) e ácido 
vanililmandelico (VMA) urinários 
Imagem: hemorragias e calcificações 
 
>> DIAGNÓSTICO 
USG abdome 
Radiografia de abdome 
TC e RM 
Histológico 
 
Prognóstico bastante heterogêneo conforme 
estadiamento, melhor em paciente de menor idade e 
com doença localizada. Seguimento deve ser realizado 
em longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 NEFROBLASTOMA / 
TUMOR DE WILMS 
Principal neoplasia renal primária 
Associação com Sd de Beckwith-Wiedeman, Sd WAGR 
Afeta crianças com idade inferior a 5 anos, 
apresentando maior incidência entre 3 e 4 anos de 
idade. Este tumor tem sido relacionado com a 
ocorrência de determinadas malformações, sendo as 
mais comuns as ligadas ao trato urogenital, a 
hemihipertrofia ou a anirídia ou ausência da íris. 
Esta neoplasia pode acometer qualquer região de 
ambos os rins; todavia, costuma ser um tumor solitário. 
Normalmente, geram distorções dos contornos renais, 
comprimindo, com freqüência, o rim residual num tecido 
delgado que encobre o tumor. 
 
>> CLÍNICA 
Massa abdominal isolada: não ultrapassa a linha média 
(é um achado) 
Apresenta dilatação abdominal, dor abdominal, febre, 
perda de apetite, náuseas e vômitos 
Cuidado com a palpação 
Hipertensão, hematúria 
 
>> DIAGNÓSTICO 
Exame físico  massa palpável 
Para confirmar  Exames de imagem: USG, TC, RM 
 
METÁSTASES: pulmão + comum 
Sd WAGR: Aniridia (ausência da íris), anomalias 
genitourinárias, retardo mental 
 
>> TRATAMENTO 
O tratamento para tumores unilaterais é a ressecção do 
rim em questão, mesmo que esteja 
presente metástase pulmonar. No momento da 
cirurgia, outros órgãos, como fígado e linfonodos, 
devem ser analisados. Após o procedimento cirúrgico, 
realiza-se o tratamento complementar, por meio da 
quimioterapia e radioterapia. A realização da 
quimioterapia antes da cirúrgica só é recomendada 
quando o tumor renal for bilateral, visando salvar pelo 
menos um dos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUMORES ABDOMINAIS 
44 
 
CIRCULAÇÃO FETAL 
Trocas gasosas: placenta – remove CO2 da circulação 
fetal 
Resistência pulmonar: ↑ 
“Desvios” DIR – ESQ 
 
Sangue “MAIS OXIGENADO” 
VCI  AD  (FO)  AE  VE  Ao As 
 
Sangue “MENOS OXIGENADO” 
VCS  AD  VD  AP  (CA)  Ao 
  Pulm  AE 
 
CIRCULAÇÃO PÓS NEONATAL 
Aumento do fluxo pulmonar 
 
↑ Volume e Pressão no AE 
 
Fechamento do FO 
↑ Resistencia Sistêmica 
(shunt E-D) 
 
↑PO2 + ↓ Prostaglandinas circulantes 
 
Fechamento do Canal arterial 
 
CARDIOPATIA CONGÊNITA 
É uma cardiopatia que se estabelece desde a vida 
intrauterina... 
Nem sempre terão manifestações clinicas após o 
nascimento, pode demorar dias, meses, anos p 
aparecer... 
 
 ACIANÓTICAS 
Não tem cianose 
 VOLUME – SHUNT ESQUERDA-DIREITA 
Relação Qp/ Qs 
Qp = volume, fluxo de sangue na circ pulmonar 
Qs = volume de sangue que chega na circ sistêmica 
 
 CIV 
 CIA 
 PCA 
 DSAV 
 
 CIANÓTICAS 
Obrigatoriamente a cianose vai estar presente em 
algum momento 
 PRESSÃO – OBSTRUÇÃO 
 CoA 
 
 CC ACIANÓTICAS 
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR 
Cardiopatia congênita + comum 
Localização: Membranoso, Muscular 
 
>> CLÍNICA 
Logo após o nascimento: assintomática  SHUNT 
LIMITADO 
- CIV pequena: 
 Assintomática 
 Sopro Holossistólico BEE inferior 
 
- CIV moderada/ grande 
 Sinais de insuficiência cardíaca: taquipneia, 
interrupção das mamadas, sudorese 
 Sopro holossistólico / Ruflar diastólico mitral 
 Hiperfonese de B2 área pulmonar 
 
>> DIAGNÓSTICO 
RX de tórax: normal (CIV pequena) OU ↑ circulação 
pulmonar 
ECG: sobrecarga AE e VE, sobrecarga biventricular 
ECO 
 
>> TRATAMENTO 
- Fechamento espontâneo – muscular 
- Correção cirúrgica 
 Defeitos pequenos sem sintomas? 
 Sintomáticos / CIV grande 
 
>> COMPLICAÇÃO DAS CARDIOP ACIANÓTICAS 
 Síndrome de Eisenmenger 
↑ Resistência Vascular Pulmonar 
 
Inversão do SHUNT (DIREITA – ESQUERDA) 
 
Desenvolvimento de Cianose 
Consequente aumento da Hipertensão Pulmonar 
 
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL 
“É aquela que CI ABRE” 
 
>> TIPOS 
- Ostium secundum (tipo fossa oval) 
- Ostium primum 
 
>> CLÍNICA 
- Assintomática 
- DESDOBRAMENTO FIXO DE B2 
- Sopro Sistólico ejetivo BEE média e alta (estenose 
pulmonar relativa); 
- Sopro diastólico tricúspide (↑↑↑ Qp:Qs) 
 
>> DIAGNÓSTICO 
- Rx de tórax: ↑ AD e VD; ↑ da art pulmonar e 
circulação pulmonar 
- ECG: sobrecarga VD; BRD 
- Eco: tipo e tamanho do defeito, sentido do shunt 
 
>> TRATAMENTO 
Acompanhamento: CIA pequena; assintomáticos 
Cirurgia ou cateterismo 
 
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL 
+ comum em RN prematuros 
Associação com SRC 
 
>> CLÍNICA 
- Assintomática; IC 
- Sopro contínuo em MAQUINÁRIA (sistodiastólico) – 
2º EIC esquerdo ou região infraclavicular esquerda 
- Pulsos periféricos amplos 
 
>> TRATAMENTO 
- Prematuro: indometacina, ibuprofeno 
- Cirúrgico ou por cateterismo: 
 > Repercussão hemodinâmica 
 
DEFEITO TOTAL DO SEPTO AV 
CIA + CIV + valva AV anormal 
 
>> CLÍNICA 
= CIV grande 
Pensar em Síndrome de Down 
CIV + comum ICC 
CIA Desdobramento fixo B2 
PCA PMT Maquinária 
DSAV Down 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 
45 
 
COARCTAÇÃO DA AORTA 
>> FORMAS 
- Justaductal 
- Pré-ductal (hipoplasia tubular) 
 
>> CLÍNICA 
- RN com CoA grave 
 Fluxo sistêmico depende do CA! 
 > Cianose diferencial 
 > IC grave e choque 
É identificado no teste do pezinho – tem a ≠ de Sat O2 
 
- Crianças maiores / adolescentes 
 > HA membros superiores 
 > Pulsos ↓ MMII: dores nos membros 
 > Frêmito espaços intercostais (circ colateral) 
 Síndrome de Turner pode coexistir com CoA 
 
>> DIAGNÓSTICO 
- RX: CoA leve 
 > Erosões costais leves  Sinal de Röesler 
 > Sinal do 3 
 
>> TRATAMENTO 
- RN: prostaglandina (manter perfusão sistêmica) 
- Cirurgia ou cateterismo 
 
 CC CIANÓTICAS 
MECANISMOS: 
- Shunt direita para esquerda (Tetralogia de Fallot) 
- Discordância ventrículo-arterial (TGA) 
- Mistura de sangue oxigenado e não oxigenado 
 
 TESTE DA HIPERÓXIA 
CIANOSE CARDÍACA x NÃO CARDÍACA 
Gasometria após oferta de O2 100% 
- PaO2 > 150 mmHg  sugere causa pulmonar 
- PaO2 > CLÍNICA 
Depende do grau de obstrução 
- Grave: cianose no RN 
- Não grave: cianose progressiva 
 
Sopro sistólico ejetivo foco pulmonar 
Hipofluxo pulmonar 
 
 Crise HIPERCIANÓTICA 
> DIAGNÓSTICO 
- RX: “coração em bota” 
↓ circulação pulmonar 
- ECG: ↑ VD 
- Eco: dx definitivo 
 
 
 
 
>>TRATAMENTO 
- Cirurgia 
- Paliativo: Blalock-Taussig (shunt da subclávia conecta 
na pulmonar) 
 
D – TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS 
AD  VD  Ao 
AE  VE  AP 
Tem 2 circulações em paralelo – isso é incompatível 
com a vida 
 
>> CLÍNICA 
Cianose progressiva no RN 
Disfunção miocárdica – IC 
Sem sopros; B2 hiperfonética 
 
>> DIAGNÓSTICO 
- Rx: 
 > Coração em “ovo deitado” 
 > Fluxo pulmonar normal ou ↑ 
 
>> TRATAMENTO 
- RN: prostaglandina – “MANTER” o CANAL 
Tto Paliativo: Atriosseptostomia (Rashkind) 
Tto Definitivo: Jatene – switch arterial (1as 2-3 semanas 
de vida) 
 
 DRENAGEM ANÔMALA TOTAL DAS VEIAS 
PULMONARES 
> 4 VP drenam para AD ou veia sistêmica 
> Sinal do BONECO DE NEVE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TRONCO ARTERIOSO 
Tem mistura de sangue, tem um tronco único. Recebe 
sangue oxigenado e não oxigenado o tempo todo. 
 
 ATRESIA TRICÚSPIDE 
O sangue não passa do AD para o VD 
Vai sangue não oxigenado do AD para o AE 
Pode ter sobrecarga de VE 
 
CC Cianóticas dos 5 “T”s 
Tetralogia de Fallot 
Transposição dos grandes vasos 
drenagem anômala Total das veias pulmonares 
Tronco arterioso 
atresia Tricúspide 
 
CoA Turner HAS + Pulso + ↓ MI 
T4F Obst VSVD + ↑ VD + CIV + D. Ao 
Cianose depois... 
TGA Cianose logo 
PG + Rashkind + Jatene 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
ANTES DO NASCIMENTO 
 Anamnese materna 
 Preparo do material da criança 
 Preparo do ambiente – entre 23-26º C 
 
APÓS O NASCIMENTO 
>> CUIDADOS INICIAIS 
- História gestacional 
- Temperatura da sala (23 e 26º C) 
- Profissionais de saúde treinados e capacitados 
- Equipamentos testados / Medicações disponíveis 
 
>> PERGUNTAS INICIAIS 
 RN a termo? 
 Respirando ou chorando? 
 Tônus adequado? 
 
>> BOA VITALIDADE 
- A termo: cordão em 1-3 min + colo materno 
- Não é a termo: 
 > 34 sem: cordão em 1-3 min + mesa de reanimação 
 > MÁ VITALIDADE 
- Clampeamento IMEDIATO + mesa de reanimação 
- Como nos quadros de DPP, HIV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Aquecer; posicionar; aspiras (s/n); secar 
- Recepcionar em campos aquecidos 
- Colocar sob fonte de calor radiante 
- IG > EQUIPAMENTO 
- Máscara apropriada 
- Balão autoinflável – “ambu” 
Ventilador mecânico manual em T – se RN 34 sem: Iniciar em ar ambiente 
 - > TÉCNICA 
40-60/minuto 
“aperta-solta-solta-aperta...” por 30 segundos 
FiO2: > 34 sem 21% / > MELHORA 
1º Recupera a FC 
2º Recupera a respiração espontânea 
 
>> FALHA DA VENTILAÇÃO 
Verificar ajuste face-máscara 
Permeabilidade da VA 
Avaliar a oferta de O2 
Avaliar IOT 
 
>> IOT 
Ventilação ineficaz ou prolongada 
MCE/ drogas 
Hérnia diafragmática  abdome escavado 
Cada tentativa: até 30” 
Máscara laríngea é uma opção 
 
 MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA 
1/3 inferior do esterno 
- 2 polegares (melhor) ou 2 dedos 
Profundidade: 1/3 diâmetro AP do tórax 
MCE + Ventilação = 60” antes da reavaliação 
3 compressões : 1 Ventilação (mesmo intubado) 
 (90 compressões: 30 ventilações / minuto) 
Sempre checar a técnica antes de ir para outra etapa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EPINEFRINA 
Administração 
Intravenosa: veia umbilical 
Via traqueal: uma única vez (caso não consegui 
acesso) 
Fazer Adrenalina a cada 3-5’ 
Não existe consenso de quando parar a reanimação 
neonatal – é uma decisão individualizada do pediatra 
Alguns falam que poderia parar depois de 10 minutos 
com a criança permanecendo em ASSISTOLIA 
REANIMAÇÃO NEONATAL 
47 
 
 RN BANHADO EM MECÔNIO 
RN vigoroso: colo materno 
RN deprimido: 
- APAS (sempre aspirar boca e narina) 
 > se necessário: VPP 
 > sem melhora APÓS VPP: considerar aspiração 
traqueal (se após ventilação não tiver melhorado) 
 
 Expansor de Volume: 
- Devemos considerar fazer SF em alíquotas de 10 
ml/kg, caso a criança esteja pálida, com evidencia de 
choque ou tenha apresentado perda de sangue. 
- Solução Cristaloide (SF ou RL ou NaCl 0,9%) 10 ml/kg 
- Choque: 20 ml/kg 
 
 Quando indicar Intubação Traqueal? 
- Ventilação com máscara facial não efetiva (mesmo 
após correção da técnica) ou prolongada. 
- Aplicação de massagem cardíaca 
- Ventilação na presença de hérnia diafragmática 
 
REVALIDA 2020 – Um RN a termo de parto cesáreo, que 
foi indicado por sofrimento fetal, encontra-se, logo 
após o nascimento, hipotônico e cianótico, banhado 
em líquido meconial viscoso. Não houve retardo de 
crescimento intrauterino e a mãe não apresentou 
intercorrências durante a gestação. Na mesa de 
reanimação, foram realizadas as manobras iniciais de 
secagem, oferta de calor e aspiração de boca e 
narinas com sonda. Decorridos 15 segundos, o RN 
encontra-se hipotônico, com respiração irregular e FC 
de 75 bpm. A conduta que deve ser realizada até 
completar o 1º minuto de reanimação é: 
RESPOSTA: Ventilar com pressão positiva através de 
máscara facial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
SUPORTE DE VIDA PEDIÁTRICO 
DIFERENÇAS NO ATENDIMENTO... 
 telarca na menina 
 > pelos axilares no menino 
 
 A partir da puberdade: IGUAL adulto 
 
 PBLS 
Avaliar Segurança da CENA 
 
IRRESPONSIVO 
Permanece ao lado da criança / Gritar por ajuda / 
Usar celular 
 
Avaliar RESPIRAÇÃO e PULSO 
 
Iniciar RCP (C-A-B) 
Se colapso SÚBITO testemunhado: chamar ajuda ANTES 
 
 
RCP 2’ 
Ajuda; DEA 
 
CHECAR RITMO 
 
CHOCÁVEL NÃO CHOCÁVEL 
 
CHOQUE 
RCP 2’ 
RCP 2’ 
 
 
 1 ano 
PULSO Braquial Carotídeo 
Femoral 
COMPRESSÃO 4 cm 5 cm 
2 dedos ou 2 
poleg (2 
socorristas; PST) 
1 ou 2 mãos 
COMP : VENT 30 : 2 (1 soc) 
15 : 2 (2 soc; PST) 
VENTILAÇÃO Boca a boca – 
nariz 
Boca a Boca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PALS 
PARADA CARDÍACA 
 
INICIAR RCP 
CHECAR RITMO 
 
RITMO CHOCÁVEL? 
 
SIM NÃO 
FV/TV ASSISTOLIA/AESP 
 
OBS1: FV / TV  ritmo anárquico 
OBS2: Assistolia  é o ritmo + encontrado na PCR em 
população pediátrica 
A cada 2 minutos verificar o RITMO 
 
>> CAUSAS POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS 
6 H  Hipovolemia, Hipoxemia, Hipotermia, ↓ H+ 
(Acidose), Hipo/ HiperKalemia, Hipoglicemia 
5 T  Tension Pneumothorax, Trombose coronariana, 
Toxicidade exógena, Tamponamento, TEP 
Desfibrilação - Pode aumentar até 10 J/kg – sempre 
respeitando a carga máxima do adulto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dose Adrenalina: 0,01 mg/kg / Volume será de 0,1 
ml/kg quando se usa a solução 1:1000 por via IV 
 
 IOT 
Sem Cuff (> 2 anos) 
(𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)
4
 + 4 
 
Com Cuff (> 2 anos) 
(𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)
4
 + 3.5 
 
 OBSTRUÇÃO DAS VA POR 
CORPO ESTRANHO 
Determinara gravidade dessa obstrução 
Não é grave: quando está tossindo 
Grave: sem respirar, cianótico, não emite nenhum som 
> 1 ano: Heimlich 
> FORMAS DE VIOLÊNCIA 
Violência física 
Violência sexual 
Violência psicológica 
Negligência 
 
>> Síndrome de Munchausen por procuração 
É uma forma mista de abuso praticada pelo cuidador da 
criança. Define-se como uma desordem na qual a mãe, 
o pais ou o responsável simula a presença de uma 
doença na criança, através de mentiras na história, 
simulação ou indução de sintomas. 
 
>> Síndrome do bebe sacudido 
Provocada por sacudidas vigorosas em crianças de até 
2 anos. 
Hemorragia subdural, subaracnóidea, edema cerebral 
difuso, hemorragia retiniana (50 a 80% dos casos) e, 
geralmente, ausência de outros sinais de lesão. 
A síndrome da “orelha de lata” é composta por 
equimose unilateral da orelha, edema cerebral 
ipsilateral, com obliteração das cisternas basilares e 
retinopatia hemorrágica, decorrentes de uma 
significativa aceleração rotativa da cabeça. 
 
>> ATENDIMENTO INICIAL 
- Garantir ambiente reservado e acolhedor. 
- Escutar; observar detalhes; não influenciar a criança 
com interpretações do ocorrido. Evitar perguntar 
detalhes desnecessários. 
- Evitar que a criança tenha que repetir a narrativa 
várias vezes. Transcrever na anamnese as palavras 
exatas, sem interpretações. 
- Orientar sobre procedimentos que serão adotados. 
- Supervisionar e garantir a ética no atendimento. 
Acompanhar o caso em todas as suas interfaces e 
responsabilizar-se pelo seguimento clínico da criança 
ou adolescente. 
 
- NOTIFICAR a suspeita de maus-tratos aos órgãos 
de proteção legal  segundo o artigo 13 do Estatuto 
da Criança e do Adolescente (Lei no. 8.069/1990), a 
simples suspeita ou a confirmação de maus-tratos à 
criança ou adolescente deverão ser obrigatoriamente 
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva 
localidade e sem prejuízo das demais providências 
legais. Na ausência do Conselho Tutelar, recorre-se à 
Vara da Infância e Juventude, à Defensoria ou ao 
Ministério Público. 
A comprovação de maus-tratos é dever dos órgãos de 
proteção legal. 
 
>> Casos Graves ou com risco de Revitimização 
Internação hospitalar e notificação à Vara da Infância e 
Juventude da região e ao Conselho Tutelar de moradia 
do paciente. 
A alta hospitalar dependerá de critérios clínicos e da 
decisão judicial. 
 
Frente a suspeita de maus-tratos, deve-se realizar 
avaliação radiológica completa do esqueleto até os 2 
anos de idade, para avaliar fraturas antigas. A partir 
dessa idade, solicita-se radiografias de forma seletiva, 
com base em relatos da criança ou adolescente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAUS TRATOS≥ 28 sem – só recebe se a mãe 
NUNCA teve varicela 
- RN de mãe com varicela (5d antes – 2d após parto) 
- Controle de surto hospitalar em > CLÍNICA 
 Vesículas mãos e pés 
 Pápulas região glútea 
 Vesícula em cavidade oral 
 
>> DIAGNÓSTICO 
- Cultura do vírus 
- PCR 
 
>> TRATAMENTO 
Suporte 
 
EXANTEMAS + ALTERAÇÕES ORAIS 
 
ESCARLATINA 
Streptococo do grupo A (SGA) - ÚNICA BACTERIANA 
Exotoxina pirogênica 
Doença auto-limitada, + comum em > 5 anos 
Pode ter + de 1 vez, pq tem + de 1 toxina (A, B, C) 
TRANSMISSÃO: gotículas / transmite enquanto durar 
a febre 
INCUBAÇÃO = máximo 5 dias 
PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALE
SCENCIA 
Dç estreptocócica: 
faringite 
Enantema peculiar 
 língua em 
morango (papilas 
linguais 
hiperemiadas e 
hipertrofiadas) 
1º língua morango 
branco/ 2º língua 
em morango 
vermelho 
TIPO: micropapulares 
eritematosas  pele em 
LIXA (áspera) 
Sinais clássicos: 
- Pastia piora previa (PPP) 
acentuação do exantema 
nas áreas de dobras 
(principalmente fossa 
antecubital) 
- Filatov (palidez perioral) 
Centrifuga 
Descamação lamelar 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
- PENICILINA BENZATINA IM, DU 
- 600.000 UI ( 27 kg) em DU 
por IM 
- AMOXICILINA, VO, 50 mg/kg/dia, 2-3 x ao dia x 10 
dias 
Alternativa p px alérgico a penicilina  Cefalexina, 
clindamicina, eritromicina ou azitromicina x 5 dias 
 
Principal dx diferencial: DÇ DE KAWASAKI 
 
 MONONUCLEOSE 
Virus Epstein barr (EBV) em 90% dos casos 
10%  mononucleose-like (vírus hepatite, CMV...) 
TRANSMISSÃO: Contato íntimo com o paciente  
“Doença do beijo” 
PI: 40 dias – TUDO é mais arrastado 
o Faringite 
o Linfadenopatia GENERALIZADA 
o Esplenomegalia 
o Fadiga ou astenia 
o EXANTEMA – após amoxicilina 
o Sinal de Hoagland: edema palpebral (aparece em 
30% dos casos) 
 
 
 
 
 
 
 
>> LABORATÓRIO 
- Hemograma com atipia linfocitária 
- Trombocitopenia – sugestivo de infecção viral 
- Presença de Ac heterofilos em > 4 anos – 
inespecíficos, feito com animais. 
 
>> ANTICORPOS ESPECÍFICOS 
- Anti-VCA (ptns não estruturais). Elevado do início ao 
fim da doença. 
- Anti-EA (ptns estruturais). Elevado no início da 
doença. 
- Anti-EBNA (ptns nucleares). Elevado ao fim da 
doença e 4-6 semanas após a infecção 
 
>> COMPLICAÇÕES 
Ruptura esplênica  > TRATAMENTO 
Não há tto especifico 
REPOUSO  excluir atividades físicas por 1 mês 
ACICLOVIR em altas doses reduz a replicação viral 
Em caso de complicações  CORTICOTERAPIA: 
PREDNISONA: 1 mg/kg/dia x 7 dias 
 Max: 60 mg/dia 
OBS: não usar AAS 
 
 DOENÇA DE KAWASAKI 
A causa da doença ainda não é bem estabelecida, mas 
diversos fatores parecem apontar para uma causa de 
provável origem infecciosa. Parece haver ainda alguma 
predisposição genética, o que explicaria a maior 
7 
 
incidência da doença em crianças de origem asiática, 
independentemente do local de moradia. 
- FATOR GENÉTICO (origem asiática) 
- PROVÁVEL ORIGEM INFECCIOSA (agente 
indefinido) 
 
>> FISIOPATOLOGIA 
Vasculite de artérias de pequeno e médio calibre  
tendência a acometimento das coronárias 
Não acomete: > DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO: 
Febre alta de pelo ou menos 5 dias 
+ (4): 
- Conjuntivite não purulenta, não exsudativa 
- Alterações nos lábios e cavidade oral 
- Adenomegalia > 1,5 cm (manifestação menos 
encontrada) 
- Exantema – pode ser do tipo escarlatiniforme (vai ser 
pior na região inguinal) 
- Alterações nas extremidades – descamação nas 
pontas dos dedos 
 
 
 
 
 
 
 
>> DÇ ATÍPICA temos: 
- Febre há pelo menos 5 dias + 
 * 2 ou 3 dos demais critérios clínicos + 
 * PCR ≥ 3 mg/dl e/ou VHS ≥ 40 mm/hr 
- E mais a presença de alguma das duas condições 
laboratoriais abaixo: 
 
- ≥ 3 dos seguintes 
1. Albumina ≤ 3 g/dl 
2. Anemia 
3. Elevação das transaminases 
4. Plaquetas ≥ 450.000/mm3 depois do 7º dia 
5. Leucócitos ≥ 15.000/ mm3 
6. Leucocituria ≥ 10 leuc/campo 
 
- > COMPLICAÇÃO + TEMIDA 
- Aneurisma coronariano  realizar ECODOPPLER 
cardiograma e repetir em algumas semanas  
QUESTÃO DE PROVA 
 
>> TRATAMENTO 
Altas doses de IVIG e de aspirina em doses anti-
inflamatórias 
 
FASE AGUDA 
- IVIG: 2 g/kg, IV em 10-12 hs 
- AAS: 80-100 mg/kg/dia, 6/6 hs, VO, até que o px 
esteja afebril por 48 hs 
 
FASE CONVALESCENCIA 
- AAS: 3-5 mg/kg/dia até 6 ou 8 semanas 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 PRODROMOS EXANTEMA COMPLICAÇÕES 
SARAMPO 
(Paramixovírus) 
Tosse 
Fotofobia Koplik 
Linha do cabelo 
Descamação 
furfurácea 
Otite média 
aguda Pneumonia 
RUBÉOLA 
(Togavírus) 
Linfadenopatia - Artropatia 
Rubéola congênita 
ERITEMA 
INFECCIOSO 
(Parvovírus 
B19) 
- Face 
esbofeteada 
Exantema 
rendilhado 
Recidiva 
Crise aplásica 
Artropatia 
EXANTEMA 
SÚBITO 
(Herpes vírus 
humano tipo 6) 
Febre alta – 
some em crise 
Início no tronco Crise febril 
ESCARLATINA 
(S. pyogenes) 
Exotoxina 
pirogênica 
Faringite Língua 
em morango 
Micropapular 
Filatov 
(peribucal) 
Pastia (pregas) 
Supurativas Febre 
reumática GNPE 
VARICELA 
(Vírus varicela-
zoster) 
- Vesículas 
Pleomorfismo 
Infecção 2ária 
Varicela 
progressiva SNC: 
ataxia 
cerebelar 
 
Dica: Pessoa "pedra 90" já ouviu falar? Então decore 
36 do sarampo com 54 da varicela = 90. (Vacina/IG) 
- 5+4 = 9 então você decora que crianças 8 anos ≥ 20 irpm 
OBS.: Até os 5 anos de idade, a presença de taquipneia 
é a grande marca de doença das vias aéreas inferiores 
(parênquima pulmonar). 
 
SEM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR  Infecção das 
Vias Aéreas Superiores 
 
COM ESTRIDOR (FR VARIÁVEL)  Doenças 
periglóticas 
 
COM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR  Pneumonia 
 
Parâmetro 
avaliado 
COM 
taquipneia 
SEM 
taquipneia 
COM estridor Doenças 
periglóticas 
Doenças 
periglóticas 
SEM estridor Pneumonia IVAS 
 
 INFECÇÃO DAS VAS 
 Resfriado comum 
 Complicação do resfriado sintomas catarrais 
- OMA 
- Sinusite 
 Faringite aguda (dor de garganta) 
 
RESFRIADO COMUM 
Infecção viral dos seios paranasais 
Inflamação da mucosa nasal, mucosa dos seios 
paranasais e mucosa faríngea 
 
 ETIOLOGIA 
- Rinovírus (50% dos casos) 
Uma criança de até 5 anos de idade (saudável) ficara 
resfriada de 6-8xao ano. Se a criança frequenta a 
creche, ela ficara resfriada 12x/ano 
- Coronavírus 
- Parainfluenza 
- Influenza 
- VRS 
Transmitido principalmente pelo contato direto 
OBS: os vírus que causam doença no trato respiratório 
podem acometer qualquer ponto da árvore respiratória. 
O rinovírus e o coronavírus acometem principalmente 
as vias aéreas superiores. O parainfluenza causa 
principalmente laringite; o influenza, a gripe; e o VSR, 
a bronquiolite. 
 
 QUADRO CLÍNICO 
- Coriza  no início é clara, hialina  depois torna-se 
mucopurulenta 
- Obstrução nasal  presença de roncos na ausculta 
pulmonar (indica secreção nas grandes vias aéreas) 
- Tosse  nem sempre está presente, quando tem é 
de predomínio noturno 
- Febre 
 Obstrução nasal e Coriza  RONCOS 
 Tosse 
 Hiperemia de mucosas 
 Febre 
 
 TRATAMENTO 
- A doença é autolimitada. Deve-se acalmar a família, 
para que a criança não receba medicações 
desnecessárias. 
Podem ser usados: antipiréticos, analgésicos 
(paracetamol, dipirona, ibuprofeno em doses baixas). 
- Lavagem nasal com soro fisiológico – as narinas das 
crianças devem ser lavadas várias vezes ao dia. O SF 
faz uma desobstrução mecânica e também faz a 
criança espirrar. 
- Aumentar a ingestão de líquidos – quanto mais 
hidratada a criança estiver, mais fluida ficarão suas 
secreções. 
CI: AAS  aumenta o risco de desenvolve síndrome 
de reye 
Degeneração hepática + encefalopatia  letalidade 
altíssima 
 
>> O QUE NÃO USAR? 
- antitussígenos 
- descongestionantes 
- mucolíticos 
 
Pode recomendar a ingestão de 1 colher de mel para 
aliviar a tosse em > 1 ano... 
> COMPLICAÇÕES: 
- OMA (+ frequente) 
- Sinusite bacteriana aguda 
 
SINUSITE BACTERIANA AGUDA 
Seios paranasais (que são estéreis) >> drenagem 
ocluída pela obstrução das VAS >> acúmulo de líquido 
>> proliferação bacteriana >> os seios são preenchidos 
por pus e acometidos por um processo inflamatório 
exuberante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao nascimento as crianças não têm todos os seios 
paranasais. Ao nascer: Seio Etmoidal e rudimento do 
seio maxilar (o seio maxilar estará totalmente 
pneumatizado quando a criança tiver 4 anos). O seio 
frontal começa a se formar na idade escolar (7 anos) e 
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NA INFÂNCIA 
9 
 
só estará completamente pneumatizado no início da 
adolescência. 
 
 QUADRO CLÍNICO 
- Quadro arrastado 
Sintomas ≥ 10 dias – tosse diurna 
Sintomas do resfriado: tosse diurna e mais intensa, 
coriza mucopurulenta (lembrando que a coriza 
mucopurulenta está presente no resfriado comum 
também – a partir do terceiro dia). 
 
- Quadro grave 
≥ 3 dias de febre ≥ 39º - secreção purulenta, 
acompanhada de tosse 
OBS: no resfriado não temos essa manifestação por + 
de 3 dias 
 
- Quadro “que piora” 
 
 ETIOLOGIA 
- S. pneumoniae 
- H. influenzae não tipável 
- M. catarrhalis 
 
 DIAGNÓSTICO 
O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!!! 
(não há recomendação de exames de imagem – 
principalmente em crianças > 
celulite orbitária >> infecção e inflamação da órbita e 
dos tecidos adjacentes 
 
 
 
>> CLÍNICA 
Inflamação da pálpebra 
Proptose 
Dor à movimentação ocular 
Edema na conjuntiva 
Não confundir com Celulite Periorbitária 
 
>> CELULITE PERIORBITÁRIA (pré-septal): a 
infecção e inflamação ocorrem nos tecidos da face (o 
globo ocular/órbita e tecidos adjacentes não são 
acometidos) – apenas a pálpebra estará acometida. 
Pode ser uma complicação de uma sinusite etmoidal, 
mas também pode ser consequente a qualquer trauma 
de face. Criança q tem q ser hospitalizada, admitida em 
cx para fazer drenagem. 
DX: TC de órbita para diferenciar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Rinite 
Alérgica 
Prurido e espirros/ 
Palidez de mucosa 
Eosinófilos 
Sífilis 
 
1os 3 meses 
Obstrução intensa/ 
Secreção sanguinolenta 
Corpo 
Estranho 
Rinorreia fétida/ 
Sanguinolenta 
Obstrução UNILATERAL 
 
OTITE MÉDIA AGUDA 
>> FISIOPATOLOGIA 
Infecção bacteriana da orelha média, que desencadeia 
uma reação inflamatória muito intensa... muito comum, 
principalmente nos 1os 2 anos de vida. 
A orelha média comunica-se com a nasofaringe através 
da tuba auditiva. A mucosa da tuba auditiva é contínua 
com a mucosa da nasofaringe. 
Se a mucosa da tuba auditiva estiver inflamada >> 
acúmulo de líquido no interior da orelha média (líquido 
que promove a sensação de ‘hipoacusia’) >> bactéria 
patogênica que coloniza a nasofaringe ascende e 
atinge orelha média >> o líquido estéril torna-se 
purulento >> intenso processo inflamatório na orelha 
média (formação de abscesso na orelha média) >> 
eventualmente essa secreção purulenta pode drenar 
>> causa perfuração da membrana timpânica, 
exteriorizando-se na forma de otorreia 
PICO: entre 6-12 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
- Dor: Queixa específica, Irritabilidade 
- Otorreia  secreção purulenta do conduto auditivo 
externo, quando há perfuração 
 
>> FATOR DE RISCO 
Mamadeira, uso de chupeta, creche, tabagismo 
passivo 
 
>> ETIOLOGIA 
S. pneumoniae 
H. influenzae (não tipavel) 
M. catharralis 
 
>> DIAGNÓSTICO  CLÍNICO 
- OTOSCOPIA 
NORMAL: 
- membrana timpânica com estrutura transparente 
- membrana fina 
- brilhante (reflete a luz do otoscópio) 
- estrutura côncava 
- estrutura móvel (Otoscopia pneumática) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OMA: 
- Hiperemiada 
- Opaca 
- ABAULADA (dado de maior especificidade p o dx 
- Otorreia (quando evolui p perfuração) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: podemos ter hiperemia e opacidade em crianças 
sem OMA – somente o fato de a criança chorando, 
pode fazer com que a MT apareça hiperemiada. 
 
>> TRATAMENTO 
Analgésicos/ Antipiréticos 
ANTIBIÓTICOS ou OBSERVAÇÃO 
 39º C 
Dor > 48 hs 
6 m – 2 anos: BILATERAL 
Nos demais casos é possível OBSERVAR 
 1ª escolha: AMOXICILINA 45 mg/kg/dia (10 dias) 
ou 80-90 mg/kg/dia 
Quando usar a dose + alta?  crianças > alteração da afinidade das PBP 
(PBP de baixa afinidade pela amoxacilina). 
>> essas cepas podem ser tratadas com amoxicilina, 
desde que a dose seja aumentada 80-90 mg/kg/dia – 
mesmo com menor afinidade, ao aumentar a dose, é 
possível saturar os receptores e com isso erradicar a 
bactéria) 
H. influenzae: beta-lactamase >> para o tratamento 
desses agentes precisamos prescrever amoxic + 
clavulanato (como 50% das cepas são sensíveis, não é 
necessário iniciar com amoxic + clavulanato; além 
disso, como a maioria dos casos é causado pelo 
estreptococo, inicia-se o tratamento somente com 
amoxacilina) 
M. catarrhalis: beta-lactamase 
Mycoplasma pneumoniae: Miringite bolhosa  
inflamação da membrana timpânica que acompanha 
quadros de OMA e se caracteriza pela presença de 
bolhas na superfície desta membrana. 
 
 Falha terapêutica: AMOXACILINA + 
CLAVULANATO (cálculo com base no componente 
amoxicilina- se a criança estava recebendo amoxicilina 
na dose de 45mg/kg/dia, diante de falha, iremos 
aumentar a dose de amoxicilina e, com basenisso, 
calcular a dose de clavulanato) 
 
(hemófilo e moraxela – beta-lactamase) 
 
>> Situação especial: 
- OTITE + CONJUNTIVITE: Hemófilo!  AMOXIC + 
CLAVULANATO 
Duração do tratamento: Não tem consenso, em geral 
por 10 dias. 
 
>> ATENÇÃO!!! 
Otite Média com Efusão (OM Serosa) 
Efusão SEM infecção aguda 
Evolução favorável  Em até 3 meses 
 
>> COMPLICAÇÕES 
 PERFURAÇÃO TIMPÂNICA: na maioria das vezes 
evolui com cicatrização espontânea. 
 
 OTITE MÉDIA SEROSA/ EFUSÃO PERSISTENTE: 
quando há apenas o líquido sem a inflamação 
exuberante (que causa abaulamento/ dor), dizemos 
que o paciente tem OM serosa – isso pode ocorrer sem 
episódio prévio de OMA ou após OMA >> presença de 
nível hidroaéreo à otoscopia >> acompanhamento por 
3 meses – na maioria dos casos há resolução 
espontânea >> pode ser necessário colocação de ‘tubo 
de ventilação para escoar a secreção e permitir a 
ventilação da orelha média. 
 
 MASTOIDITE AGUDA: a apófise mastoide é toda 
revestida por espaços aéreos (células aéreas da 
mastoide) – essas células são revestidas por uma 
mucosa que é contínua com a mucosa da orelha média 
>> sempre que temos OMA, temos algum grau de 
inflamação na mucosa da mastoide >> a complicação 
ocorre quando a inflamação que está na mucosa torna-
se mais profunda e passa a acometer o periósteo 
(periostite). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 PERIOSTITE: 
Sinais: dor, calor, rubor e edema retroauricular 
(desaparecimento do sulco retroauricular e 
deslocamento do pavilhão da criança) 
Tratamento: internar a criança + exame de imagem 
(para avaliar a extensão do processo) – TC + ATB 
parenteral (ceftriaxone ou amoxicilina + clavulanato) – 
em alguns casos faz-se a miringotomia. 
 
FARINGITE BACTERIANA 
A faringite aguda pode ocorrer em qualquer fase da 
vida. Na maioria das vezes, a etiologia é viral – benigna 
e autolimitada. 
A faringite que nos preocupa é a bacteriana, e até prova 
em contrário, o agente etiológico é o Streptococcus 
beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) >> risco 
de evolução com febre reumática  QUESTÃO DE 
PROVA 
 
 ETIOLOGIA 
Streptococcus β hemolítico do grupo A (S. pyogenes) 
 
 QUADRO CLÍNICO 
5 -15 anos 
PS: 20 ou 27 kg: 1.200.000 UI 
- Amoxicilina, VO x 10 dias 
50 mg//kg/dia, dose máx 1 gr 
 
 
 COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS 
 Síndrome nefrótica 
 Síndrome nefrítica 
 Febre reumática 
 
 COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS 
São complicações decorrentes do próprio agente 
infeccioso causando destruição tecidual. 
As duas principais complicações supurativas são: 
 
 Abscesso peritonsilar 
+ comum em adolescentes e adultos jovens 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
- amigdalite 
- disfagia/ sialorreia (marcador de disfagia grave) 
- TRISMO (não consegue abrir a boca, tem espasmo 
do pterigoide) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Exame Físico  desvio da úvula, em sentido 
contralateral 
 
>> TRATAMENTO 
- Internação hospitalar 
- Antibiótico terapia  SGA + anaeróbios + S. aureus 
Amoxicilina + Clavulanato 
Clindamicina 
- Aspiração por agulha OU Incisão e drenagem 
 
QUESTÃO DE 
PROVA 
12 
 
 Abscesso retrofaríngeo 
Resultado da infecção dos linfonodos que ocupam o 
espaço retrofaríngeo >> esses linfonodos podem 
evoluir com formação de abscesso. 
> QUADRO CLÍNICO 
IVAS recente  qualquer 
Febre alta e dor de garganta 
Disfagia e sialorreia 
Dor à mobilização do pescoço 
Estridor (RARO) 
 
>> DIAGNÓSTICO 
Radiografia lateral do pescoço: aumento do espaço 
retrofaríngeo (diâmetro do espaço retrofaríngeo maior 
que o diâmetro de um corpo vertebral adjacente) 
 
TC de pescoço 
 
>> TRATAMENTO 
ATB parenteral + drenagem (avaliar indicação de 
drenagem) = inicialmente a drenagem será 
recomendada se o abscesso for muito grande ou se 
houver alguma complicação por conta do abscesso – 
caso contrário, inicia-se ATB e indica-se drenagem 
somente se não houver melhora clínica. 
 
ESTRIDOR 
ESTRIDOR: obstrução das vias de condução 
extrapleurais (principalmente ao nível da laringe) 
Ruído predominantemente inspiratório que iremos 
escutar quando há obstrução nas vias de condução 
extrapleurais (oscilação que o ar sofre ao passar por 
uma via obstruída >> ruído) Inspiração >> tendência ao 
colabamento da laringe Expiração >> o calibre das 
grandes vias tende a aumentar. 
O paciente com estridor é um paciente que apresenta 
uma obstrução (ex.: edema na mucosa da laringe) >> o 
calibre do lúmen da laringe diminui >> ao inspirar o 
calibre naturalmente se reduz, caso haja edema, 
haverá uma redução ainda maior do calibre de 
passagem do ar >> essa oscilação do ar leva ao 
surgimento do estridor. Na expiração o calibre da via 
aérea volta a aumentar e assim o ar consegue passar. 
O estridor também pode estar presente na expiração, 
mas nesse caso teremos uma obstrução muito mais 
importante! 
 
Com estridor + FR variável  Dç periglótica 
- Abscessos profundos de pescoço 
- Epiglotite aguda 
- Laringotraqueobronquite aguda 
 
EPIGLOTITE AGUDA 
>> DEFINIÇÃO 
Infecção bacteriana da mucosa que reveste a epiglote 
e os tecidos adjacentes. 
Epiglote: é uma lâmina cartilaginosa fina que oclui o 
orifício glótico (sempre que deglutimos, a epiglote se 
fecha e impede que o alimento chegue à arvore 
respiratória). 
Na epiglotite a mucosa que reveste a epiglote está 
infectada e inflamada >> estrutura espessa e pesada 
>> não consegue mais abrir e fechar com facilidade >> 
caminha para uma obstrução completa da via 
respiratória. 
 
>> ETIOLOGIA 
Haemophilus influenzae B 
S. pneumoniae 
S. pyogenes 
S. aureus 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Quadro Agudo e fulminante 
Febre alta e toxemia 
Dor de garganta, disfagia e sialorreia / Estridor 
Posição em tripé 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
 
 IMAGEM 
Radiografia lateral: Sinal do polegar 
Solicitado apensa em caso de duvidas 
 
>> CONDUTA IMEDIATA 
Garantir a via aérea da criança 
Intubação  a epiglotite aguda é uma das intubações 
+ difíceis na pediatria 
Traqueostomia 
 
 Enquanto isso: 
- Deixe a criança em paz 
- Em posição confortável 
- Não visualize a orofaringe 
- Não solicite exames 
- Oxigênio 
 
>> TRATAMENTO 
Antibioticoterapia (Cefuroxima, Ceftriaxona ou 
meropenem x 10d) 
Bom prognóstico 
 
>> PREVENÇÃO 
- Imunização de TODAS crianças- PPE: Rifampicina 20 mg/kg/dia  (máx 60 mg/dia) 
1x/dia, VO, 4 dias 
- Recomendado p TODOS contactantes (> ETIOLOGIA 
Virus parainfluenza (75%) 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Pródromos catarrais 
Febre baixa 
13 
 
Tosse metálica (CRUPE)  aponta para o 
acometimento da laringe (mãe refere: “tosse de 
cachorro” – tosse ladrante). 
Estridor predominantemente INSpiratório 
Rouquidão  doença que acomete as cordas vocais 
 
>> EXAMES COMPLEMENTARES 
Radiografia simples  estreitamento da via aérea na 
região epiglótica  Sinal da Torre ou Sinal da Ponta do 
Lápis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
‘ 
 
 
 
 
>> TRATAMENTO 
 COM Estridor em Repouso (Tem edema importante) 
- Adrenalina (NBZ)  0,5 ml/kg (máx 5 ml) 
- Corticoide  Dexametasona (0,6 ml/kg, DU, IM ou 
VO) 
- Observar por 2 horas 
 
 SEM Estridor em Repouso 
- Corticoide 
- NBZ com adrenalina 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Laringite Estridulosa 
Despertar súbito sem Pródromos de infecção viral 
Melhora espontaneamente, não tem tto especifico 
 
 Traqueíte Bacteriana 
S. aureus 
S. pneumoniae, S. pyogenes, M. catharralis, H. 
influenzae não tipavel 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
Febre alta/ piora clínica, toxemia, secreção purulenta 
espessa 
Resposta parcial ou ausente à adrenalina 
 
>> TTO 
Internação hospitalar, ATB venoso (cobertura 
antiestafilocócica – Ceftriaxona/ Oxacilina) e cuidados 
intensivos 
 
TRATAMENTO 
LEVE: corticoide 
MODERADO: corticoide + adrenalina 
GRAVE: corticoide + adrenalina + 
considerar IOT 
 
Principal anomalia congênita que leva ao estridor crônico 
é a LARINGOMALÁCIA. 
Início nas 1as semanas de vida. 
Quadro se agrava com choro, agitação e alimentação 
O estridor se agrava pela posição supina (decúbito 
dorsal) e aliviado pela posição prona (decúbito ventral). 
 
 
 
Com taquipneia, sem estridor  Doença das vias 
aéreas inferiores 
 
PNEUMONIA 
Bacteriana  Quadro Agudo e Grave 
Atípica  Curso insidioso, forma arrastada 
Viral (Bronquiolite)  presença de SIBILOS 
 
PNEUMONIA POR S. aureus 
É uma pneumonia rara. A maior parte desses eventos 
se concentram no primeiro ano de vida (lactentes). 
Criança pequena, com evolução grave e cheia de 
complicações, e além disso, há uma porta de entrada 
cutânea (alguma doença que sugira etiologia 
estafilocócica – ex.: impetigo, abscesso >> 
disseminação hematogênica) 
 
>> QUANDO PENSAR? 
- Quadro grave 
- Complicações (Derrame pleural, Pneumatocele) 
- Porta de entrada cutânea 
 
PNEUMONIA BACTERIANA 
>> QUADRO CLÍNICO 
Início: Pródromos catarrais (durante 2-3 dias = tosse 
discreta) 
Evolui com: Febre alta e tosse intensa 
TAQUIPNEIA 
Pode apresentar sinais clássicos: estertores 
inspiratórios (no começo da dç), broncofonia, alteração 
do frêmito vocal, pectorilóquia 
Sinais de gravidade: tiragem subcostal, batimento de 
asa nasal (BAN), gemência/ gemido (surge quando 
exala através de uma glote parcialmente contraída), 
cianose/ SpO2 > a tiragem surge sempre que 
o diafragma tem de realizar uma contração muito 
vigorosa, tracionando seus pontos de inserção nos 
arcos costais. Para que a tiragem seja considerada 
sinal de gravidade, é necessário que ela seja mantida 
= a cada inspiração observa-se a retração do tórax da 
criança). 
BATIMENTO DE ASA NASAL (dilatação das narinas a 
cada inspiração >> essa dilatação tem como objetivo 
diminuir a resistência ao fluxo aéreo, e assim, diminuir 
o trabalho respiratório). 
GEMÊNCIA (som que surge quando a expiração ocorre 
através de uma glote parcialmente fechada >> a 
criança tem gemido quando ela está tentando aumentar 
> 2 
meses 
S. pneumoniae + comum 
S. aureus 
AMB: Amoxicilina, 
7-10d / reagendar 
avaliação em 48 
hs 
HOSP: Penicilina 
Cristalina IV 
Se muito grave: 
Oxacilina + 
Ceftriaxona 
> PNM GRAVE: taquipneia + tiragem subcostal 
>> PNM MUITO GRAVE: taquipneia + cianose 
 
REVALIDA 2020 – Um pré-escolar com 3 anos de 
idade é atendido no pronto-socorro com quadro de 
tosse produtiva e febre alta há 4 dias, associado à 
dificuldade respiratória. No exame físico, apresenta-
se febril, emagrecido, hipocorado (2+/4+), 
hidratado, com boa perfusão periférica, com 
temperatura axilar de 39º C, FC = 110 bpm e FR = 15 
irpm. O paciente apresenta retração subcostal e 
tiragens intercostais, com murmúrio vesicular 
diminuído em base do hemitórax esquerdo. 
Segundo o Programa de Atenção Integrada das 
Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) do MS, qual 
é a classificação do quadro respiratório da criança? 
RESPOSTA: Pneumonia Grave 
 
>> DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR 
Radiografia de tórax  NÃO É OBRIGATÓRIA! 
- Indicada nas hospitalizações 
- Auxilia no diagnóstico (infiltrado pulmonar) – um 
exame alterado reforça o diagnóstico; mas o exame 
normal não exclui o diagnóstico. As alterações 
radiográficas são posteriores às manifestações 
clínicas. 
- Pode “sugerir” etiologia  pneumonia bacteriana  
CONSOLIDAÇÃO 
AEROBRONCOGRAMA  ar dentro do alvéolo 
contrastando c exsudato / liquido nos alvéolos 
CUIDADO! Não confundir com TIMO  visível em 
criança > Presença de complicações 
- mais comum: derrame pleural: – podemos suspeitar 
de um derrame pleural de acordo com o exame físico 
do paciente: 
- diminuição do FTV, ausência ou diminuição dos 
MV, percussão maciça ou submaciça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maioria das pneumonias estafilocócicas evoluem com 
a formação de derrame pleural; porém sempre que 
estivermos diante de uma criança com derrame 
parapneumônico, o S. pneumoniae ainda é o agente mais 
provável (pois a PNM pneumocócica é muito mais 
comum!) 
 
OBS: CUIDADO: TIMO (aspecto triangular ou 
lobulado) – não é incomum que crianças sejam tratadas 
por um infiltrado pulmonar que na realidade é o timo 
(sinal do barco a vela). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outros exames: 
o Hemograma (presença de leucocitose) 
o Hemocultura (a taxa de positividade é muito baixa) 
o Líquido pleural 
 
>> TRATAMENTO 
 Indicações de Hospitalização: 
- Idade 2 meses) 
Amoxicilina (VO) Penicilina procaína (IM) 
Duração do tratamento: em média = 10 dias 
 
 TRATAMENTO HOSPITALAR (> 2 meses) 
Penicilina cristalina (IV) 
PNM muito grave: oxacilina + ceftriaxone (cloranfenicol) 
 
 TRATAMENTO HOSPITALAR (> FALHA TERAPÊUTICA1) Paciente não aderiu ao tratamento 
2) A doença não era bacteriana, mas sim viral 
3) Resistência bacteriana 
- Sempre que estiver diante de um paciente internado 
(que está recebendo tratamento adequado)  Avaliar 
a presença de complicações 
Principal complicação: DERRAME PLEURAL 
 o derrame pleural que é causa de falha terapêutica 
é o derrame pleural infectado, ou seja, um empiema 
= o paciente que tem empiema não melhora com 
simples ATB, mas só irá apresentar melhora quando for 
realizada drenagem torácica. 
É um derrame inflamatório?  Transudato 
É um derrame não inflamatório?  Exsudato 
15 
 
Derrame pleural parapneumônico  é um derrame 
exsudativo  o que queremos saber é se ele tem um 
simples exsudato inflamatório ou se já evolui com 
formação de empiema. Eventualmente, as bactérias 
que estavam causando a PNM podem atingir o espaço 
pleural e começam a proliferar no líquido pleural >> 
exsudato infectado (empiema). A única forma de saber 
se o paciente com derrame pleural tem somente um 
exsudato ou se já tem um empiema é fazer a 
toracocentese e avaliação do líquido pleural. 
Exsudato (fases iniciais)  inflamatório OU empiema 
 
Falha após 48-72 hs  Solicitar Radiografia  
TEM DERRAME? 
Se SIM  TORACOCENTESE! 
Em estágios iniciais, o líquido pode ainda não 
apresentar aspecto purulento, assim, podemos lançar 
mão de outros parâmetros bioquímicos: pH 5 anos 
 
>> QUADRO CLÍNICO: 
Início gradual: doença + arrastada 
Cefaleia, odinofagia, rouquidão 
Tosse + Taquipneia 
Crioaglutininas em títulos elevados (frio)  pacientes 
Falcêmicos 
 
>> TTO: Macrolídeos  Claritromicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Chlamydia trachomatis 
Pneumonia Afebril do lactente 
Etiologia: Chlamydia trachomatis 
PARTO VAGINAL (ou cesárea com bolsa rota prévia) 
A clamídia irá colonizar a criança em dois pontos 
principais: conjuntiva e nasofaringe – e a partir daí 
teremos as manifestações clínicas. 
 
>> QUADRO CLÍNICO: 
Conjuntivite no RN: devem ser tratadas com ATB 
sistêmica, pois além do tratamento da conjuntivite 
também queremos eliminar o microrganismo da 
nasofaringe, caso contrário, a criança poderá evoluir 
com PNM. 
Pneumonia 1º trimestre (1-3 meses)  início 
insidioso (afebril) 
Tosse + taquipneia 
 
>> EXAMES COMPLEMENTARES 
Hemograma: eosinofilia 
Radiografia: infiltrado intersticial (não há o padrão de 
condensação como o encontrado nas pneumonias 
bacterianas; o que iremos ver é um infiltrado intersticial 
ou uma hiperinsuflação). 
 
>> TRATAMENTO 
Macrolídeos  Eritromicina, Claritromicina OU 
Azitromicina 
OBS: a eritromicina está tipicamente associada a um 
maior risco para o desenvolvimento de estenose 
hipertrófica de piloro. 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
A descrição de tosse emetizante = sempre deve nos 
fazer lembrar de um diagnóstico diferencial da PNM 
afebril do lactente 
COQUELUCHE 
Agente: Bordetella pertussis 
 
>> 3 fases: 
- Fase catarral 
- Fase paroxística  ocorrência de paroxismos de 
tosse intensa (ACESSOS DE TOSSE, tipicamente 
seguidos pela emissão de um GUINCHO) 
- Fase de convalescença 
 
> produção de acs 
que passam pela placenta >> o bebê estará protegido 
antes mesmo dele ter sido imunizado. 
 
>> TTO 
OBJ: reduzir o período de transmissibilidade 
1ª opção: Azitromicina 
2ª opção: Claritromicina 
Se CI macrolideos: sulfametoxazol-trimetropim 
ANTIGAMENTE: usava eritromicina  ISSO MUDOU 
 
AZITROMICINA, DU x 5 dias 
 6 meses: 10 mg/kg, DM 500 mg no 1º dia e 5 
mg/kg (máx 250 mg) do 2º ao 5º dia 
 
BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA 
Primeiro episódio de sibilância associado a uma 
infecção viral em uma criança menor de 2 anos 
A bronquiolite nada mais é do que uma infecção viral 
do trato respiratório inferior. Na infecção viral, o vírus 
chega ao trato respiratório inferior propagando-se de 
célula a célula até alcançarem o interior dos alvéolos. 
Portanto, antes da infecção atingir os alvéolos, os 
bronquíolos terão sido infectados – na criança > edema e acúmulo de muco nos 
bronquíolos >> diminuição do calibre >> doença 
obstrutiva das pequenas vias aéreas >> o ar consegue 
entrar na inspiração, mas não consegue sair na 
expiração >> o ar sai com dificuldade/ oscilando >> 
SIBILOS). 
 
>> ETIOLOGIA 
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 
 
>> QUADRO CLÍNICO 
> EXAMES COMPLEMENTARES 
- Diagnóstico deve ser CLÍNICO 
- Hemograma: costuma ser normal 
- Pesquisa de antígenos virais em aspirado 
nasofaringe: podemos presumir que o vírus presente 
na nasofaringe é o responsável pela doença do trato 
respiratório inferior, pois não somos colonizados por 
vírus (diferentemente do que ocorre com bactérias). 
- Radiografia de tórax: sinais de hiperinsuflação 
(retificação de cúpula diafragmática, aumento dos 
espaços intercostais, hipertransparência pulmonar). 
- Complicação que podemos ter na bronquiolite viral 
aguda: atelectasia (eventualmente em alguns pontos 
da árvore respiratória, ao invés de obstrução parcial, 
temos uma obstrução completa – todo o ar distal a essa 
obstrução é reabsorvido e desenvolve-se então uma 
atelectasia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
OBS: Se a criança começa a apresentar repetidos 
episódios de Sibilância: o grande dx diferencial é ASMA 
 
ASMA x BRONQUIOLITE 
>> Sibilância transitória precoce: criança que sibilou nos 
primeiros 2 ou 3 anos de vida (repetidos episódios) e depois 
parou de sibilar, e, aos 6 anos de idade, não sibilava mais = 
repetidos episódios de bronquiolite. 
>> Sibilante persistente: repetidos episódios nos primeiros 
2 anos de vida e depois dessa idade continuou sibilando = 
criança que provavelmente tem asma. 
>> Sibilante de início tardio: não sibilou no início da vida, 
mas começou a sibilar na idade escolar (6-7 anos) = 
provavelmente tem asma. 
 
OBS: O grande problema é fazer o diagnóstico 
diferencial nos dois primeiros anos de vida entre o 
sibilante transitório precoce e o sibilante persistente. O 
que ajuda a fazer a distinção. 
 
SIBILANTE PERSISTENTE/ ASMA 
Episódios recorrentes (na ausência de sinais de 
infecção viral) 
História familiar positiva 
Rinite alérgica e eczema atópico Eosinofilia (> 4%) 
 
Asma: iniciar corticoterapia inalatória 
 
 
>> TRATAMENTO 
A maioria das crianças será tratada ambulatorialmente. 
Embora configure como uma das principais causas de 
internação. Para crianças Internadas: 
> PREVENÇÃO 
Lavagem das mãos 
Palivizumabe – anticorpo para VSR 
- > quando somos 
vacinados pela primeira vez, são formadas céls de 
memória >> nas administrações subsequentes, o 
objetivo é a estimulação das céls de memória – que 
permanecem no organismo por tempo indefinido >> 
logo, não há necessidade de se reiniciar o esquema 
vacinal a partir da primeira dose em casos de 
esquemas incompletos) 
 AS VACINAS PODEM SER ADMINISTRADAS 
SIMULTANEAMENTE (exceto: febre amarela e tri/ 
tetraviral >> intervalo de 30 dias entre as vacinas é 
recomendado). 
 TEMPERATURA recomendada pelo Programa 
Nacional de Imunizações (PNI) do MS para 
acondicionamento da vacina em refrigerador a nível 
local é entre + 2º C a + 8º C. 
 
 Imunidade Inata  Inespecífica 
 Imunidade Adquirida  Específica; Direcionada / 
Exposição; Ativa / Passiva. 
 
>> REGRAS BÁSICAS 
 Podem ser simultâneas 
 Exceto: FA/ Tríplice Viral ou FA/ tetraviral em > FALSAS CONTRAINDICAÇÕES 
 Doenças comuns benignas (resfriado, diarreia não 
grave, doenças dermatológicas  impetigo)  
afebril 
 Desnutrição (ainda que grave). A resposta não é a 
mesma, obvio, mas a relação risco/benefício é 
superior a não fazer a vacina. 
 Relato de Alergia não grave à dose prévia. 
CI: Anafilaxia prévia!!! 
 Hospitalização (crianças que nascem e ficam 
internadas por muito tempo)  CI: VOP / (SBIM – 
VORH). Não pode ser feita no hospital pois pode 
se disseminar pelo hospital. (MS). E a sociedade 
de imunização tb não recomenda a do rotavírus! 
 História familiar de eventos adversos 
 Uso de corticoide sistêmico em dose baixa. 
CI: prednisona ≥ 2 mg/kg/dia ou ≥ 20 mg/dia por ≥ 
14 dias 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
 Doença febril (doença com febre alta). 
 Anafilaxia prévia (necessitou de adrenalina com 
relato de vacina prévia. Quadro benigno, com 
necessidade de uso de antihistamínico comum não é 
uma CI). 
 
 
 
 
 
 
 
CALENDÁRIO VACINAL 
Ao Nascer BeBe 
BCG + Hepatite B 
2 meses 4 P 
Penta + Polio (V1P) + Pneumo-10 + Rotavírus (Piriri) 
3 meses 
 
“Vira o 3 p virar um M” 
Meningo-C 
4 meses = 2 m 
5 meses = 3 m 
6 meses 
 
“5 + 1” Protegida contra 6 doenças  Saltos em 3 
Penta + Polio (V1P) 
** 3ª dose da penta e da pólio 
9 meses Febre amarela  em áreas recomendadas, atualmente é 
recomendada em TODO território nacional 
12 meses 
 
Aniversário de 1 ano - *Tr*ês *M*elhores *P*resentes 
Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10 
15 meses 15 anos, macete da debutante: “A Debutante Vomita Tequila” 
Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral 
4 anos “Depois Você Faz Vacina?” 
DTP + VOP + Febre Amarela + Varicela 
Adolescente HPV + Meningo C 
dT: reforço 10/10 anos 
Campanhas VOP e Influenza 
 
 AGENTES VIVOS BRAVO 34 
 
 
 
“BRAVO – 34: se somar 3 + 4 = 7, ou seja, 7 vacinas!” 
 
o Atenuados e autorreplicativos, O agente é 
inoculado e vai sofrendo replicação, mas é um 
vivo atenuado, ou seja, com baixa patogenicidade, 
virulência... 
o Agentes de baixa patogenicidade, mas 
eventualmente podem causar doença. Podem 
causar a própria doença que o vírus está sendo 
inoculado. 
o Via ID, VO ou SC 
 
o CONTRAINDICAÇÃO Vírus Vivo 
 Imunodeprimidos 
 Gestantes (risco teórico de infecção fetal) 
 
BCG 
Ao nascer, preferencialmente > EVENTOS ADVERSOS 
 Úlcera > 1 cm (>12 sem); 
 Abscesso subcutâneo frio Usa-se ISONIAZIDA 
(10 mg/kg/dia) – úlcera pode aguardar até 12 
sem, se não cicatrizou, pode usar isoniazida tbm 
 Linfadenite supurada; 
 
 
>BCG >Rotavírus >febre Amarela >Varicela >vOp 
>TRÍplice viral >TETRAviral 
 
IMUNIZAÇÕES 
18 
 
>> CI / ADIAMENTO: 
 Peso > EV ADVERSOS: Poliomielite pelo vírus vacinal, em 
imunodeficientes pode ocorrer meningite asséptica e 
encefalite 
- A VOP interrompe a transmissão do vírus selvagem. 
“Pode acabar com a poliomielite no mundo”. / A VIP 
não! 
 
 Vantagens em relação à VIP: 
o Indivíduo vacinado excreta o vírus vacinal no meio 
ambiente. 
o Quando o paciente recebe a vacina inativada caso ele 
entre em contato com o vírus selvagem, embora não 
desenvolva a doença, ele continuará a eliminar o vírus 
selvagem (perpetua o ciclo de transmissão); já com 
VOP, desenvolve-se uma imunidade de mucosa em 
que ele não eliminará o vírus selvagem. 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
- Imunodeficientes 
- Em uso de corticoide em dose imunossupressora 
- Contactantes de imunodeficientes e hospitalizados 
 Pois o paciente elimina o vírus pelas fezes e pode 
contaminar o imunodeprimido. 
 
 REVACINAR: se a criança cuspir, vomitar ou 
regurgitar (apenas 1x) 
 
 ROTAVÍRUS (VORH) 
Rotavírus atenuados G1 VO: 1,5 ml 
Intervalo mínimo de 30 dias 
Objetivo: reduzir incidência de formas graves (das 
hospitalizações por diarreia por rotavírus). 
Desidratação grave. 
 
Cuidado: essa vacina só tem sua segurança validade 
até uma determinada idade bem específica. 
 1ª dose: até 3m15d 
 2ª dose: até 7m29d 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
Invaginação prévia 
Malformação intestinal não corrigida 
 
NUNCA REAPLICAR!!!  mesmo que a criança 
cuspa, regurgite ou vomite logo após a adm. 
Considera-se feita quando a criança for fazer a 2ª dose. 
 
 FEBRE AMARELA 
- Composição: vírus atenuado / desenvolvida em 
embrião de galinha 
- Indicada em todo o Brasil (2020) 
- Via SC: 0,5ml 
- 9 meses e 4 anos 
- até 59 anos (idoso – após avaliação) 
 Não vacinado: 1 dose 
 Vacinado ANTES dos 5 anos (com 1 dose): 1 
reforço 
 Vacinado APÓS 5 anos: SEM reforço 
 
>> EVENTOS ADVERSOS 
- Doença neurológica (encefalite) 
- Doença visceral, viscerotrópica (SDMO – pode levar 
a óbito). 
 
>> CONTRAINDICAÇÕES 
- > OBSERVAÇÕES 
- Anafilaxia a ovo: não é contraindicação 
- Respeitar o intervalo com hemoderivados. Adiar se 
uso recente de IG, sangue ou derivados. Até 2-4 
semanas após a vacinação (ao administrar a vacina, 
ela é administrada por via SC e o vírus será liberado na 
corrente sanguínea, estabelecendo uma viremia, para 
que uma resposta imune suscitada, o vírus deve sofrer 
replicação >> logo, a vacina deve ser adiada se houver 
uso recente de Ig, sangue ou derivados) >> enquanto o 
indivíduo tiver acs circulantes, estes irão impedir a 
replicação do vírus vacinal). 
- Adiar se uso recente de imunoglobulina, sangue ou 
derivados 
19 
 
- Revacinar se IG, sangue ou derivados em até 15 dias 
após a vacinação 
 
 TETRAVIRAL - SCRV 
- Tríplice viral + vírus varicela atenuado  até 7a não vacinado: 3 doses (0 – 1 – 6) 
 Considerar doses prévias 
Mãe HbsAg +: VACINA E IMUNOGLOBULINA 
RN = vacina e imunoglobulina (ideal: é que sejam 
feitas simultaneamente; se não for possível, a 
imunoglobulina pode ser feita até o 7º dia de vida). 
- Em pernas diferentes e ambas por via IM 
- Não tem problema de dar vacina (antígeno) e 
imunoglobulina pois é vacina de vírus não vivo. 
 
- IM, vasto lateral da coxa nos lactentes 
- no deltoide nos > 2 anos 
- 0,5 ml ≤ 19 anos 
- 1 ml > 20 anos 
>> SOROLOGIA pós-vacinal: Profissional de saúde. 
 -- Vacinado: apenas anti-HBs. 
 -- Sorologia 1-2 meses após termino do esquema: 
  se negativo – REPETIR 3 doses. 
 
PENTAVALENTE 
- DTP (Difteria + Tetano + Coqueluche - Pertussis) + 
Hib + Hepatite B 
  Toxoide diftérico e tetânico 
  Bacilos mortos da coqueluche 
- Haemophilus influenzae tipo B - Hib (proteção contra 
doença invasiva por hemófilo tipo B) = sacarídeo 
capsular conjugado 
- Até > EVENTOS ADVERSOS: 
Principalmente devido a DTP – componente Pertussis 
 Febre alta (39,5º C) ou choro persistente/ 
incontrolável (por + de 3 horas) = não modifica 
esquema vacina subsequente (continuará recebendo a 
DTP). Pode recomendar Analgésicos / antitérmico 
 Episódio hipotônico-hiporresponsivo (48 hs) e/ou 
convulsão (72 hs): embora seja um evento benigno, 
essa criança não irá mais receber a DTP, mas sim a 
DTPa (tríplice bacteriana acelular) - muito menos 
reatogênica. “só picadinho de bordetella”. 
 Encefalopatia (até 7d): quadro nerurológico grave. A 
criança não receberá mais o componente Pertusis, mas 
continuará o esquema com a dupla tipo infantil (DT). 
 
 
 
 SITUAÇÕES ESPECIAIS 
VACINA DTPa 
- Dç crônica convulsiva 
- Cardiopatias ou pneumopatas crônicos c risco de 
descompensação em vigência de febre 
- Dçs neurológicas crônicas incapacitantes 
- Crianças c neoplasias e/ou que necessitem de 
quimio, radio ou corticoterapia 
- RN que permaneça internado na unidade neonatal 
por ocasião da idade de vacinação 
- RN prematuro extremo  > Profilaxia do Tétano Acidental: 
- comorbidades 
- tipo de ferimento 
 
 RISCO 
MÍNIMO: sem corpo estranho, superficial (arranhões 
ou escoriações) 
ALTO: múltiplo, profundo, com tecido desvitalizado, 
com corpo estranho 
 
 SITUAÇÃO VACINAL: 
- Se último reforço 
5 anos / esquema desconhecido: Soro ou 
imunoglobulina 
 
 PNEUMOCÓCICA 10-valente 
- Sacarídeos de 10 sorotipos (conjugada) 
- protege contra  Doença Pneumocócica Invasiva 
(DPI) e Otite Média Aguda (OMA) 
> Hepatite B > Penta > Polio (VIP) > Pneumo-10 
> Meningo-C > Hepatite A > HPV > INFLUENZA 
DTP, DTPa e DT: 7 anos – toda população 
dTpa: gestante > 20ª sem (ou 
puérperas) 
Reforços: 10/10 anos 
> 7 anos não vacinado: 
3 doses + reforços 
20 
 
- MS: crianças > ATENÇÃO 
 Pneumo 13-conjugada (CRIE) – NOVO: 2019/3 
 > 5 anos: HIV, neoplasia, transplante; SEM PNM-
10 
 Pneumo 23-valente (polissacarídea) 
23 sorotipos, mas não é melhor, pois vacina de 
polissacarídeo não é boa. 
 > 2 anos com comorbidade (CRIE) 
 Idosos institucionalizados 
 MENINGOCÓCICA C 
- Sacarídeo capsular (conjugada) 
- até

Mais conteúdos dessa disciplina