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( Puericultura ) ( O que é puericultura ) · Consulta médica periódica · Prevenção e educação em saúde · O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida · Fases: · Lactente: 0-2 anos · Pré- escolar: 2-6 anos · Escolar: 6-10 anos · ( Anamnese )Adolescente: 10-19 anos (OMS) · Linguagem acessível; · Demonstrar respeito e interesse · Ter empatia · Valorizar preocupações dos pais e pacientes · Chamar pelo nome · Adaptação para cada idade · Iniciar as avaliações na sala de espera · Cuidado: Prontuário é um documento !!!! · Letra legível, · Linguagem clara, · Evitar siglas · Não rasurar · Queixa Principal: · Porque o paciente foi trazido ao médico? · Usar as palavras do informante sobre a queixa e a duração, entre aspas. · História da moléstia atual · Descrição detalhada dos sinais e sintomas · Cronologia · Fatores de melhora e piora · Tratamentos (medicamentos, doses, tempo) · Repercussão da doença (apetite, humor, sono, peso) · Consultas anteriores, diagnósticos , contatos com doentes. · Atualizar a consulta no dia de hoje · História da gestação parto e nascimento · Saúde materna na gestação ( idade, comorbidades, sorologias, intercorrências, número de gestações anteriores e sua evolução, aleitamento dos demais filhos) · Duração da gestação, realização e regularidade do pré natal, tipo de parto, intercorrências no parto · História neonatal: Necessidades de cuidados ou qualquer intervenção, APGAR, dados antropométricos, evolução em alojamento conjunto, alta da maternidade, tempo de ligadura do cordão, contato pele a pele e aleitamento na primeira hora de vida. · Realização de testes de triagem neonatal (Pezinho, Coraçãozinho, Orelhinha, Olhinho, Linguinha) · Teste do pezinho: Coleta entre 3º e o 5º dia de vida do bebê devido às especificidades das doenças diagnosticada; · Deve ser considerada como uma condição de exceção toda coleta realizada após o 28º dia de vida; · Fenilcetonúria; · Hipotireoidismo Congênito; · Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias; · Fibrose Cística; · Hiperplasia Adrenal Congênita; · Deficiência de Biotinidase; · Toxoplasmose – Mais recente – 02/2020; · A Lei de nº 14.154 de 26 de maio de 2021 altera a lei de julho de 1990, e estabelece a ampliação de seis (6) para cinquenta (50) o número de doenças que podem ser detectadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo SUS Os estados terão prazo de 4 anos para a incorporação das 50 doenças previstas na lei. · Teste da orelhinha · Avalia somente até a orelha média, para parte neurológica deve ser realizado BERA · Teste do olhinho: · Com o auxílio de oftalmoscópio, em quarto escuro para melhor abertura das pupilas e a cerca de 40 a 50cm de distância, deve-se pesquisar o reflexo vermelho do fundo do olho, que indica a adequada transparência da córnea e cristalino · Cataratas · Glaucoma · Retinoblastoma · Retinopatia · Teste do coraçãozinho · Realizado obrigatoriamente ainda na maternidade · História do Crescimento e Desenvolvimento: · Idade em que firmou a cabeça, sentou, andou, falou, controle dos esfíncteres · (marcos do desenvolvimento) · Frequência em creche/ escola · Desempenho escolar e convívio social · Velocidade de crescimento · História de imunização: · Verificar todas as vacinas administradas e reações apresentadas. · História Alimentar: · Tempo de aleitamento materno exclusivo · Uso leite artificial ou outro tipo de alimentação, mamadeira · Qualidade da técnica de amamentação · Tipo de fórmula e como é preparada (uma medida para cada 30 mL) · Diário alimentar - Capacidade gástrica 20 mL por Kg · História Patológica Pregressa: · Comorbidades · Alergias · Internações ou cirurgias prévias · Medicações em uso · História Familiar · Comorbidades e vícios dos familiares, sobretudo de primeiro grau · História socioeconômica · Local e condições de moradia · Animais de estimação · Ocupação dos pais · Renda famíliar (suficiente para as despesas da criança?) · Consumo de água filtrada · Saneamento básico · ( Exame físico )Frequência em creche/ escola · Avaliação antropométrica · Peso · Comprimento |(Estatura) · Perímetros (Cefálico, Torácico e Abdominal) · Sinais vitais: · Temperatura · Frequência respiratória (irpm) · Frequência cardíaca (mpm) · Impressão geral · Atitude · Fácies · Estado nutritivo · Aspectos da pele · Coloração · Icterícia: · Lesões (dermatoses mais comuns) · Milium Sebáceo: Pequenas pápulas esbranquiçadas localizadas em região frontal, malar, nasal e mentoniana. Resultam da retenção de queratina e material sebáceo por estrógenos maternos · Pérolas de Epstein e Nódulos de Bohn · Brotoeja: hiperprodução das glândulas sudoríparas · Eritema Tóxico: Lesões eritematosas, maculopapulares ou mesmo pustulosas. Curso autolimitado. Causa desconhecida. Inicia-se por volta do segundo dia de vida · Melanose postular · Mancha mongólica: mancha azulada ou azul-acinzentada, decorrente da presença de melanócitos na derme que ainda não migraram para epiderme · Mancha salmão · Cabeça · Forma · Perímetro cefálico · Fontanelas (anterior/bregmática – fecha até 18 meses e posterior/occiptal –fecha até 2 meses) · Suturas (cavalgadas, justapostas ou adjuntas), se não palpar um osso está colado ao outro · Cabelos · Céfalo-hematoma: coleção sanguínea localizada no subperióstio. Respeita os limites das suturas Bossa: coleção sanguínea em região subcutânea. Não respeita os limites das suturas O próprio organismo irá absorver a coleção sanguínea → conduta conservadora · Olhos · Orofaringe: avaliação de amígdalas, presença de secreção · Otoscopia · Tórax · Inspeção · Abaulamentos · Assimetrias · Arcabouço costal · Mamilos extra-numerários · Pulmão · Inspeção · Palpação · Percussão · Ausculta · Coração: · Inspeção · Palpação · Ausculta · Abdome · Inspeção · Palpação · Percussão · Ausculta · Coto umbilical: cai de 7 a 14 dias. Orientar higienização com água e sabão e álcool 70%. Presença de 2 artérias e uma veia · Região genital, perineal e anorretal. · Inspeção · Características sexuais · Meninos · Fimose – comum até um ano de idade · Criptorquidia (não é possível palpar o testículo dentro da bolsa escrotal) · Hérnias · Meninas · Sinéquia vulvar (aderência entre pequenos lábios) · Aparelho locomotor · Membros · Deformidades · Assimetrias · Tônus · Coluna vertebral · Simetria · Desvios · Postura · Articulações: manobras investigam displasia congênita de quadril. Positivos quando crepitação · Reflexos do recém-nascido: moro, preensão palmar e plantar, cutâneo plantar, sucção, marcha ( Crescimento e desenvolvimento ) · É ação básica de saúde · Crescimento: · É expressão da hiperplasia e hipertrofia celulares; · É quantitativo: avaliação do peso e altura da criança; · Um dos indicadores de saúde mais importantes da criança · Desenvolvimento: · Capacidade de uma criança de realizar tarefas cada vez mais complexas (novas habilidades); · Corresponde a aquisição de novas habilidades; · ( Crescimento )É qualitativo · Peso Dobra o peso de nascimento aos 4 a 5 meses, triplica aos 12 meses e quadruplica com 2 – 2 anos e 6 meses · Estatura · Perímetro cefálico · IMC · Indicador utilizado para avaliar a proporção entre peso e altura. · Incoveniente: não permite a avaliação da composição corporal do indivíduo ( Desenvolvimento ) · É o aumento das “funções” do corpo, da capacidade de realizar tarefas cada vez mais complexas e especializadas (ex: sentar, andar, falar, resolver problemas) · Processo qualitativo. Não podendo ser medido · É avaliado através de escalas de desenvolvimento motor, adaptativo, social e linguagem · Os reflexos primitivos são reflexos de sobrevivência · À medida que a criança se desenvolve os reflexos primitivos vão desaparecendo · Reflexo de sucção: No 2º semestre vai sendo substituído pela sucção voluntária · Reflexo de preensão palmar: desaparece até 3 a 4 meses · Reflexo de preensão plantar: desaparece até 6 a 8 meses · Reflexo de moro: desaparece até 4 a 6 meses · Reflexo assimétrico tônico da nuca/esgrimista:desaparece até 2 meses · Reflexo de busca: desaparece até 3 a 4 meses · Reflexo de apoio: do nascimento ou 2 meses até 6 meses · Marcha reflexa: desaparece com 2 meses. No último trimestre do 1º ano reaparece a marcha voluntária · Reflexo cutâneo plantar: Extensão do grande artelho acompanhada ou não do fenômeno do leque. Persiste durante todo 1º ano · Reflexo de Galant: Quando o bebê encontra-se prono (de bruços) deve ser feito um estímulo na lateral das costas. A resposta será a flexão do tronco para o lado estimulado. Desaparece aos 4 meses · Aquisição de Habilidades: Instrumento utilizado: Escala de Denver II · Subdividido em 4 partes · Motor grosseiro · Motor fino, adaptativo · Linguagem · Social, pessoal · Acontece no sentido crânio caudal · Motor grosseiro: · 2 meses: eleva a cabeça · 3 meses :eleva cabeça e torax · 4 meses: Rola · 6meses :Senta com apoio · 9 meses: engatinha · 12meses: Anda com uma das mãos apoiadas · 16meses: Corre · Motor fino: · 1º mês: Acompanha objeto até a linha média · 3º mês: Acompanha objeto a mais de 180°. Movimento dos olhos e da cabeça coordenados. Mãos juntas na linha média · 4º mês: Preensão palmar desaparece (Pode soltar um objeto voluntariamente) · 6 meses -Transfere objetos de uma mão para outra · 8 meses -Bate um cubo em outro · 9meses: Pinça polegar-indicador · 12 meses: Vira páginas de um livro · 13 meses: Rabisca · 12-15 meses: Faz torre de 2 cubos · 18 meses: Faz torre de 4 cubos · Linguagem: · 2 meses: Ri · 3meses: Grita · 5-6meses: Vocaliza vogais · 6 meses: Combinação de sílabas (dadada, bebebe...) (EXPERIMENTAÇÃO DE SONS) · 9 meses: Entende o som do seu nome · 12 meses: Fala primeiras palavras · Cognitivo-social: · 1-2 meses: Sorri reativamente em resposta a faces e vozes · 3-4meses: Ri espontaneamente · 4 meses: Observa a mão · 9 meses: Por imitação: -Dá adeus -Bate palmas · 8-9meses: Permanência do objeto (continua a existir mesmo que não esteja no campo visual) · Pré-escolar (2-5 anos) · Controle esfincteriano 30 meses · OBS.: Urinar na cama é normal até os 4 anos nas meninas, e até os 5 nos meninos · Preferência pelo uso de uma das mãos aos 3 anos · Cognição: estágio pré-lógico · ( Alimentação na infância )IMAGINAÇÃO FÉRTIL + PENSAMENTO MÁGICO = Fase dos medos · Ministério da Saúde e OMS: “O aleitamento materno exclusivo deve ser mantido até 6 meses e complementado até, no mínimo, 2 anos” · Vantagens para o recém-nascido: · Composição nutricional, metabólica e imunológica ideal · Redução da mortalidade infantil · Prevenção de doenças infecciosas e crônicas · Desenvolvimento da cavidade bucal · Desenvolvimento cognitivo · Fatores imunológicos · IgA · Lactoferrina: Ação bacterostática. Inibe a adesão da E.coli · Lisozima: Ação bactericida. Destrói a E.Coli e algumas cepas de Salmonella · Lipase: Efetiva contra vários parasitas ( G. lamblia, E.histolytica) · Flora intestinal: “Lactobacillus bifidus” · Vantagens para a mãe: · Prevenção da hemorragia pós-parto · Amamentação → Ocitocina → involução uterina · Gasto de 500 kcal/ dia · Método contraceptivo · Aleitamento exclusivo → até 98% de anovulação · São indicados métodos contraceptivos 1 mês após o parto (pílula de progesterona) · Redução do risco de ca de mama e ovário · Composição: Leite Materno x Leite de Vaca ( Fisiologia da lactação ) · Prolactina: produção · Ocitocina: ejeção · Adrenalina : inibe ocitocina · Dopamina: inibe prolactina · Por isso o estresse dificulta a amamentação ( Técnica de amamentação ) ( Problemas relacionados a amamentação ) · Traumas Mamilares/ Fissuras: · Primeira conduta → corrigir técnica · Ingurgitamento mamário · Corrigir técnica + esvaziamento mamário · Mastite · Correção da técnica · ATB: cefalexina · NÃO cessar amamentação · Abscesso · Presença de coleção flutuante do pus · Drenagem · ATB ( Queixas frequentes na maternidade ) · “Meu leite está fraco” · ( Variações na composição do leite materno )“Não tenho leite, apenas uma água amarelada” · Prematuridade: Maior teor de proteínas e valor energético · Colostro (1º-5º dia): Maior concentração de proteínas, imunoglobulinas, vitaminas e menor concentração de gordura e lactose · Leite Maduro (2º semana): Maior concentração de gordura e lactose · Início da mamada (leite anterior): Mais água, proteínas, lactose, vitaminas · Final da mamada (leite Posterior): Mais gordura · Ao longo do dia: Mais gordura no final do dia ( Ordenha e armazenamento do leite ) · Ordenha e armazenamento em utensílio esterilizado (frasco de vidro com tampa plástica, limpo e esterilizado por meio de fervura por 15 minutos e seco de boca para baixo sobre pano limpo.) · 1) na geladeira: 12 horas ( 24 horas) · 2) Congelador/ freezer: 7-15 dias · 3) Pasteurizado ( no freezer): 6 meses · Descongelar dentro da geladeira e aquecer em banho–maria fora do fogo · ( Contraindicações a amamentação )Oferecer à criança em copinho ou colher · Absolutas: · HIV · HTLV · Situações Especiais: · Infecção herpética: mãe deve usar máscara · Citomegalovírus: se ferida no peito com sangramento, aguardar cicatrização · Doença de Chagas: se aguda, interrupção provisória · Tuberculose materna: uso de máscara · Hanseníase: após 3 meses de tratamento · Psicose Puerperal: necessidade de supervisão de terceiros · Doenças da Criança: · Galactosemia (absoluta) · Fenilcetonúria **: avaliar quantidade · ( Definições de alimentação )Uso de Fármacos ou substâncias pela mãe · Aleitamento Materno exclusivo · Aleitamento materno Predominante: quando oferece além do leite materno, outros líquidos que não leite (chás, água...) · Aleitamento materno Complementado: mantém o aleitamento materno mais alimentos sólidos. Introdução alimentar · ( Alimentação complementar )Aleitamento Materno misto ou parcial: quando além do leite materno, são oferecidos outros tipos de leite · A partir dos 6 meses · ( Doze passos para a alimentação sadável )Gradual · 1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses. · 2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses. · 3. Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. · 4. Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno. · 5. Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade. · 6. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança. · 7. Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família. · 8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família · 9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição. · 10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família. · 11. Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa. · 12. Proteger a criança da publicidade de alimentos. · Frutas: · Preferencialmente sob a forma de papa, amassadas, em colheradas · Nenhuma fruta é contraindicada · Os sucos devem ser evitados *** · Primeira papa principal: A partir do 6º mês de vida · Segunda papa principal: A partir do sétimo mês de vida · Não há restrição à introdução concomitante de alimentos diferentes · A refeição deve conter pelo menos um alimento de cada um dos grupos: · Cereais ou tubérculos · Leguminosas · Carne ou ovo · ( Quantidade de água recomendada )Hortaliças · 0 a 6 meses – 700 mL (incluindo leite materno, fórmula) · 7 a 12 meses – 800 mL (incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar) · 1 a 3 anos – 1300 mL (900 mL como sucos, outras bebidas e água) · 4 a 8 anos – 1700 mL (1200 mL como bebidas e água) · 9 a 13 anos – 2400 mL (meninos, 1800 mL como bebidas e água) e 2100 mL (meninas, 1600 mL como bebidas e água) · ( Alimentação complementar )14 a 18 anos – 3300 mL (meninos, 2600 mL como bebidas e água) e 2300 mL (meninas, 1800 mL como bebidas e água) · Nãorefogar a papa com óleo. · Não é permitido o uso de caldos ou tabletes de carne industrializados, legumes ou quaisquer condimentos industrializados nas preparações. · Cuidado com a ingestão diária de sal e açúcar (excluí-los nos primeiros anos de vida). · A papa deve ser amassada, sem peneirar ou liquidificar · A consistência dos alimentos deve ser progressivamente elevada, respeitando-se o desenvolvimento da criança · Dos 6 aos 11 meses, a criança amamentada estará recebendo no mínimo três refeições com alimentos complementares ao dia (duas papas principais e uma de frutas). · A partir dos 12 meses, acrescentar às três refeições mais dois lanches ao dia, com fruta ou leite · Oferecer frutas como sobremesa é importante, após as refeições principais · Deve-se evitar alimentos industrializados pré-prontos, refrigerantes, café, chás e embutidos, entre outros · No primeiro ano de vida não se recomenda o uso de mel. Nessa faixa etária, os esporos do Clostridium botulinum, capazes de produzir toxinas na luz intestinal, podem causar botulismo · ( Suplementação de micronutrientes )Em média, são necessárias de 8 a 15 exposições ao alimento para que ele seja plenamente aceito pela criança. · Vitaminas: · Vitamina K é dada ao nascimento, na dose de 1 mg por via intramuscular, para prevenir a doença hemorrágica · Vitamina D: 400 ui/dia até 1 ano e 600 ui/dia de 1 a 2 anos · Vitamina A no leite materno varia de acordo com a dieta da mãe. · Em regiões com alta prevalência de deficiência de vitamina A, a OMS, o Ministério da Saúde e a SBP preconizam ( via oral): · Crianças de 6 a 12 meses, 100.000 UI. · Crianças de 12 a 72 meses, 200.000 UI · Suplementação de ferro ( Imunizações ) · ( Composição das vacinas )PNI: Criado, em 1973 Há mais de 100 anos foi realizada a primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil. Idealizada por Oswaldo Cruz. São mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas em vacinas, soros e imunoglobulinas ( Intervalo entre as doses ) · Vacinação Simultânea · Não aumenta o risco de eventos adversos e não diminui a eficácia de cada vacina · Exceção: Vacina febre amarela não pode ser administrada simultaneamente com triplice e tetraviral ( intervalo de 30 dias) · Intervalo máximo entre doses de uma mesma vacina · Em geral, não se reinicia um esquema vacinal. · Esquema interrompido deve ser completado · Dar seqüência à vacinação respeitando: · Intervalos mínimos entre as doses das vacinas · ( Contraindicações )A idade da criança · Gerais: · Reação anafilática · Indivíduos com reação anafilática ao ovo não devem receber vacinas: Febre Amarela e antiinfluenza · Vacinas vivas e atenuadas: · Imunodeficiência Congênita e adquirida · Neoplasia malígna · Corticóide em dose imunossupressora: dose maior de 2mg/kg/dia – aguardar 30 dias pós término da medicação · Tratamento com imunossupressores ( quimioterapia) · ( Falsas contraindicações )Gravidez * · Vacinas vivas e atenuadas: · Doenças benignas comuns e uso de antibióticos · Desnutrição · História familiar de evento adverso · Corticóide dose não supressora · ( Situações para adiamento )Hospitalização: única que deve ser evitada deve ser a VOP · Até recuperação de doenças febris moderadas a graves · Após transplante de medula óssea (vacinas atenuadas por 2 anos e as demais por um ano) · ( Calendário Vacinal 2022 )Vacinas vivas atenuadas após uso de hemo/imunoderivados ( BCG ) · Bacilos atenuados do Mycobacterium bovis · Dose única Intradérmica · Administração no músculo deltóide Direito · Proteção contra formas graves da tuberculose · Indicada a todas as crianças < 5 anos · Revacinar: · Ausência de cicatriz após 6 meses da administração (NÃO SE FAZ MAIS ISSO!) · Contactantes domiciliares maiores de um ano de pacientes com hanseníase · Contraindicações/ Precauções: · Menores de 2 kg · Rn coabitante de paciente com tuberculose bacilifera: Iniciar quimioprofilaxia com isoniazida * - não recebe BCG ao nascimento, começa esquema de izoniazida. Após 3 meses de tto, realizar ppd. Se negativo, fazer a BCG. Se positivo, realizar mais 3 meses de tto e não tomará BCG · Afecção dermatológica extensa · Imunossupressão ** · Eventos Adversos: · Úlcera maior que 1 cm e que não evolui para cicatrização em até 12 semanas · Abscesso subcutâneo frio – não é necessário drenar · Linfadenopatia regional ( > 3 cm) supurada · Devem ser notificados e tratados com isoniazida (10 mg/kg/dia) ( Hepatite B ) · É feita ao nascer, idealmente nas primeiras 12 horas de vida · As demais são feitas na forma pentavalente (2, 4, 6 meses) · Crianças maiores de 5 anos e adultos até 49 anos não vacinados recebem 3 doses da vacina ( 0,1 e 6) ** · ( DTP )Recém-nascidos filhos de mães portadoras do vírus da hepatite B (HbsAg positivas): TOMAR VACINA E IMUNOGLOBULINA · Toxóide diftérico+ toxóide tetânico + bacilos mortos da coqueluche · Pentavalente: DTP + Hib + Hep B · Via de administração IM · Aos 2, 4 e 6 meses · Reforço é feito com a tríplice (DTP) · Aos 15 meses · 4 a 6 anos · Entre 14 e 16 anos: dupla adulta (dT), a cada 10 anos · Efeitos adversos · É a vacina que mais promove efeitos adversos · Febre: Manter esquema habitual, profilático nas doses seguintes · Choro persistente: Manter esquema habitual, Analgésico · Episódio hipotônico-hiporresponsivo (síncope) (até 48 hs): DTP acelular - DTPdTpa · Convulsão (até 72 hs): DTP acelular nas doses seguintes - DTPa · Encefalopatia (até 7 dias): DT nas doses seguintes · Anafilaxia: contraindicar doses seguintes · Usadas nas doses especiais ou de reforço: · DT (dupla do tipo infantil): até 7 anos · dT ( dupla do tipo adulto): após 7 anos · DTPa ( tríplice bacteriana acelular): até 7 anos incompletos, menos reatogênica · ( Haemophilus influenza tipo B ( Hib ) )dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto): adolescentes e adultos · 3 doses Pentavalente · Recomendada em < 5 anos · Criança > 1 ano e < 5 anos : 1 dose apenas (após recebem apenas DTP e vacina contra hep B) ( Poliomielite ) · VIP (Salk) · Constituída por cepas inativadas do vírus da poliomielite · Trivalente (vírus tipo 1,2,3) · Injetável · 2, 4 e 6 meses · VOP (Sabin) · Constituída por vírus atenuados · Bivalente (vírus tipos 1 e 3) · Administração via oral: 2 gotas (0,1 ml) · Coloniza o intestino (imunidade local e humoral) · Multiplica-se no intestino e é eliminado no meio ambiente – por isso não se faz em ambiente Hospitalar · Reforço: 15 meses · Reforço: 4 anos · Campanhas em menores de 5 anos (objetivo: proteção coletiva) · ( Rotavírus )Se a criança cuspir: dose feita, não precisa repetir! · Principal causa de diarréia aguda grave na criança · Pico de incidência: 4-23 meses · Vírus Atenuado · Monovalente (tipo G1) · Administração Via oral · Limite de faixa etária: · 1ªdose aos 2 meses (1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias) · 2ª dose aos 4 meses( 3 meses e 15 dias até7 meses e 29 dias) · ** Respeitar intervalo de 4 semanas entre as doses · Criança cuspiu ou vomitou logo após receber vacina da pólio. O que devo fazer – não precisa repetir · Eventos Adversos: · Febre ( até 14 dias) · Diarreia ( até 21 dias) · Contraindicações: imunodeprimidos, história prévia de invaginação instestinal, reação anafilática ( Antipneumocócica ) · Introduzida no Calendário básico em 2010 · Contém 10 sorotipos de Pneumococos · Indicada a todas as crianças até 5 anos · Proteção contra a doença invasiva pneumocócica (pneumonias, meningites, artrites, sepse) ( Menigococo C ) · ( Tríplice Viral ( Sarampo, caxumba, rubéola ) )Meningocócica ACWY para adolescentes de 11 e 12 anos · 12 meses: Tríplice Viral · 15 meses: Tetra viral · *** Dose Precoce: 6- 11 meses (não considerada para calendário!): regiões de alto risco · Adultos: Até 29 anos: duas doses (podendo ser tríplice ou tetraviral) ( Tetraviral ) 30-49 anos: dose única (tríplice ou tetra viral) · Sarampo-Caxumba-Rubéola-Varicela · ( Varicela )Aos 15 meses ( disponível até 4 anos 11 meses e 29 dias) · 4 a 6 anos: segunda dose ( Febre Amarela ) · Vírus atenuado· Indicação: Atualmente para toda a população brasileira e também para pessoas que se deslocam para países que exigem a comprovação de vacinação · ** Viagem para área de risco: Vacinar 10 dias antes · **Lactantes · Segundo PNI: · < 5 anos de idade: 1ª dose: 9 meses · Reforço: 4 anos · ( Influenza )Acima de 5 anos o esquema preconizado é de dose única. · Grupos prioritários para a vacinação: · Crianças de seis meses a menores de seis anos · Gestantes · Puérperas · Trabalhador de Saúde · Povos indígenas · Indivíduos com 60 anos ou mais de idade · Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas · Pessoas portadoras de doenças crônicas · Professores (escola pública e privada) ( Hepatite A ) · Vírus Inativados · ( HPV )Dose única aos 15 meses de idade (ou até 4 ano 11 meses e 29 dias) · 1) Vacina Quadrivalente ( HPV 6,11, 16 e 18) · 2) Vacina Bivalente (HPV 16 e 18) · Mulheres (9 a 45 anos) · Homens (9 a 26 anos) com : · HIV/AIDS · transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea pacientes oncológicos. · Esquema de 3 (três) doses aos 0, 2 e 6 meses ( Calendários PNI x SBP/ SBIm ) · Vacinas Meningocócias: C, ACWY e B · Vacinas Pneumocócicas: 10 e 13 valente · Vacina Varicela e Hepatite A: Segunda dose? · Vacina HPV: duas ou três doses · ( Campanhas )Vacina Dengue ( Infecções de vias aéreas superiores ) · As IVAS são um dos problemas mais comuns e de grande morbidade na pediatria. · São um dos atendimentos mais comuns em unidades de pronto atendimentos. · Dificultam no diagnóstico etiológico e diferencial, levando ao uso abusivo de antibioticoterapia. · Acomete apenas até a laringe, incluindo esta. · Geralmente atinge mais de uma região. ( Epidemiologia ) · Pré - escolar: 6-7 episódios/ano · ( Questões fundamentais para um bom diagnóstico )Creches: 50% mais · A afecção acomete VAS ou VAI? · É localizada ou acomete outra região? · Existem sinais sistêmicos? · A etiologia é viral ou bacteriana? · Evidências de alergia respiratória? · Há necessidade de exames complementares? · Apresenta risco de morte? · ( Marcadores clínicos de localização )Tem necessidade de hospitalização? · Estridor (dificuldade na passagem de ar, gera um som rude, como um susto) · Taquipnéia: · > ou igual 60 irpm em menores de 2 meses · > ou igual 50 irpm entre 2 meses e 11 meses · ( Como interpretar a presença desses sinais? )> ou igual 40 irpm entre 12 meses e 5 anos · Sem taquipnéia e sem estridor: IVAS · Com estridor: VIAS INTERMEDIÀRIAS · ( Infecções devias aéreas superiores/intermediárias )Com taquipnéia e sem estridor: VIAS INFERIORES · Rinofaringite Aguda/ Resfriado Comum · Otite Média Aguda · Sinusite Aguda · Faringite Aguda (intermediária) · Epiglotite (intermediária) · ( Caso clínico 1 )Laringite · Mateus, 5 meses, foi levado pela mãe à UBS com quadro de febre baixa 37,5C, congestão nasal com coriza hialina, boa aceitação do seio materno e sem tosse. Começou a frequentar a creche hà 15 dias. · Ao exame fisico apresentou BEG, hidratado, ativo, reativo, oroscopia sem alterações, otoscopia membrana timpanica sem hiperemia ou abaulamentos, endoscopia com edema de cornetos, FR: 20ipm, FC: 100bpm, murmúrio vesicular bilateral sem ruidos adventicios ou tiragens. Qual é o diagnóstico? IVAS ( Resfriado comum (rinofaringite aguda) ) · Agente etiológico mais frequente: Rinovírus. · Transmissão: contato direto e gotículas de saliva. · SINTOMATOLOGIA: leve, afebril, sem acometimento estado geral, rinorréia serosa, obstrução nasal, dor de garganta, tosse (30%). · Manifestações mais acentuadas: febre alta, cefaléias, mialgia, mal estar, inapetência. · É um quadro autolimitado · TRATAMENTO - Basicamente Sintomático · Orientação aos pais. · Febre: antipirético. · Obstrução nasal e rinorréia: limpeza nasal com soro fisiológico. · Garganta irritada: não é severa, se necessário analgésicos. · Tosse: sua supressão não é necessária. · Respeitar a inapetência. · Complicações: OMA e sinusite · Antitérmicos: · Dipirona 10 – 25 mg/kg Gota 500 mg/ml – 1 gota por kg Solução 50 mg/ml – dose x peso / 50 · Paracetamol 10 – 15 mg/kg Gotas 200 mg/ml – 1 gota por kg Solução100 mg/ml – dose x peso / 100 ( Caso clínico 2 ) · Criança 2 anos e 2 meses, apresenta febre persistente há 5 dias, secreção purulenta nasal, tosse esporádica, grande irritabilidade e crises de choro. · Ao exame BEG, febril 37,8°C rinoscopia: secreção purulenta; otoscopia: hiperemia com secreção purulenta em faringe posterior, sem placas otoscopia: abaulamento com hiperemia de membrana timpânica à direita. · Qual é o diagnóstico? OMA ( Otite Média Aguda ) · Definição: processo inflamatório agudo orelha média. · Pico prevalência 6-24 meses (imaturidade imunológica e características anatômicas tuba auditiva). · 95% crianças antes 5 anos. · Incidência maior no inverno e outono. · Etiologia: · Streptococus pneumoniae · Haemophilus influenzae · Moraxella catarrhalis · Fatores de risco: · Intrinsecos: idade(6-12m), predisposição familiar, alergia e imunidade, fenda palatina, anomalia craniofacial e sindrome de Down · Extrinsecos: IVAS, estação do ano, creches e berçarios, tempo e posição de amamentação (mamar deitada), fumo passivo, RGE (refluxo) · Sintomas · Lactentes: Sintomas inespecíficos (febre, vômitos, Irritabilidade, vômitos, diarréia, anorexia) · Crianças maiores: Otalgia, desconforto auricular · Otorréia – OMA supurada. · Conjuntivite associada – H. influenzae. · Otoscopia: · Membrana Timpânica Hiperemiada e opaca · Membrana Timpânica abaulada · Miringite bolhosa (discreta congestão do timpano): · (Lembrar em Mycoplasma pneumoniae.) · Tratamento: · 70-90% - resolução espontânea. · Terapia antibacteriana: · < 6 meses, · 6 meses – 2 anos: se certeza diagnóstica ou diagnóstico incerto mas doença severa (otalgia moderada a grave ou febre > 39ºC nas últimas 24h), · > 2 anos se certeza diagnóstica e doença grave. · Primeira escolha: · Amoxicilina(250mg/5ml)- 45 a 100 mg/kg/dia (8/8h) · Falha clinica ou sintomas mais graves: Amoxicilina + clavulanato(250-62,5/5ml): · 90 mg/kg/dia. Geralmente se começa com 50 mg/kg/dia. Dose SUS 250 mg/5 ml. NÃO ESQUECER DE DIVIDIR POR 3, JÁ QUE A DOSE VAI SAIR POR DIA · Se alergia: cefalosporina e macrolídeo · ( Caso clínico 3 )Complicações: Mastoidite, labirintite, abscessos, meningite, trombose seio sigmóide. · Menina de 12 meses de idade apresenta há 14 dias quadro de tosse produtiva principalmente noturna e secreção nasal mucopurulenta contínua e persistente, associada à diminuição do apetite. · Ao exame físico, além da secreção nasal foi observada secreção em retrofaringe e roncos de transmissão pulmonar. · ( Sinusite aguda )Hipótese diagnóstica? Sinusite · Infecção seios paranasais · Aguda: < 30 dias · Subaguda: entre 30 dias e 3 meses · Crônica: > 3 meses · Epidemiologia · 0,5-5% casos rinofaringite aguda se complicam com sinusite aguda bacteriana, taxa maior em alérgicos. · Etiologia · Streptococcus pneumoniae · Haemophilus influenzae · Moraxella catarrhalis. · Seios da face · Etmoidais e maxilares presentes ao nascimento; · Frontais pneumatizam-se aos 6 anos · esfenoidais aos 8 anos. · Fisiopatogenia: Obstrução dos óstios de drenagem dos seios da face – retenção secreção – infecção bacteriana secundária. · Quadro clínico: · Persistência sintomas resfriado comum, · Tosse noturna, · Obstrução nasal (sem remissão após aproximadamente 10 dias da instalação). · Cefaléia, dor facial, odor fétido durante respiração, febre. · Exame físico: · Mucosa nasal hiperemiada e edemaciada, · Aumento conchas inferiores, · Secreção purulenta nas fossas nasais e faringe posterior, drenando do nariz (gotejamento pós-nasal). · Diagnóstico: História clínica e exame físico. · Imagem · Radiografia – baixa sensibilidade e especificidade · Incidências: frontonaso (seios maxilares); mentonaso (frontal e etmoidal); lateral (esfenoidais) - nível hidroaéreo, espessamento mucosa >4mm, opacificação completa do seio · TC – casos crônicos, complicações. · Tratamento (10a 14 dias) · Amoxicilina 45mg/Kg/dia – 1ª escolha, sem fatores de risco para resistência pneumocócica · Amoxicilina 90mg/Kg/dia se fator de risco para resistência pneumocócica · Complicações: · Celulite e abscesso periorbitário. · ( Caso clínico 4 )Trombose seio cavernoso, abscesso cerebral, meningite. · Criança de 2 anos e 6 meses chega à Unidade Básica de Saúde com queixa de tosse produtiva, coriza hialina e febre ( 38,5º C) há 2 dias. A mãe percebeu também o aparecimento de diarréia. · Ao exame físico, notadas coriza clara com leve obstrução nasal, hiperemia das tonsilas com exsudato esbranquiçado e hiperemia conjuntival moderada, sem outras alterações. · ( Faringoamigdalites )Hipótese diagnóstica? Faringoamigdalite viral · 90% ou mais e menores 3 anos: viral - adenovírus, VSR, parainfluenza, influenza, Epstein-Barr, coxsackie A e B, Echovírus. · Criança maior: bacteriana é significativa - Streptococcus b-hemolíticos grupos A, C e G; Streptococcus pneumoniae, estafilococs, hemófilo e bacilo diftérico. · Quadro clínico: · “Dor de garganta”, · odinofagia, · febre alta, · ( Faringoamigdalites virais )hiperemia e exsudatos em tonsilas e orofaringe · Sinais e sintomas sugestivos: Conjuntivite, tosse, estomatites, lesões ulcerativas na mucosa oral, diarréia, sintomas nasais (rinorréia, obstrução). · Agentes etiológicos específicos: · Febre faringoconjuntival – adenovírus: faringotonsitlite exsudativa prolongada com conjuntivite. · Mononucleose infecciosa – epstein-barr: linfadenopatia generalizada, esplenomegalia, exsudato amigdaliano em placas. · Coxsackie e herpes simples – faringite com estomatite. · Herpangina – coxsackievírus a ou b: lesões vesiculares e ulcerativas, principalmente nos pilares anteriores e palato mole. · Tratamento: · Sintomático · Analgésicos comuns, anti-inflamatórios não esteroidais (ibuprofeno). · ( Faringoamigdalites bacterianas )Lavagens nasais, hidratação via oral. · Sintomas sugestivos: · idade 5-15 anos; inverno e primavera; ausência de sintomas virais (tosse, rinorréia); leucograma: leucocitose com desvio à E; febre alta e contínua; linfadenopatias anteriores dolorosas; tonsilas com exsudatos. · Cefaléia, náuseas, vômitos e dor abdominal. · Diagnóstico · Cultura orofaringe com swab – padrão-ouro. · Testes rápidos (sensibilidade 80-90%, especificidade 95%). · Tratamento · Penicilina VO (10 dias) ou parenteral (benzilpenicilina IM dose única)600.000ui a 1200.000ui · Alérgicos: Macrolídeos (eritromicina, claritromicina); Cefalosporinas · Estreptococicas · Complicações · Supurativas: abscesso peritonsilar. · Não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite aguda. · Bacterianas recorrentes · Indicação cirúrgica individual · Critérios : - 7 episódios em 1 ano · - 5/ano últimos 2 anos · ( Caso clínico 5 ) - 3/ano últimos 3 anos. · Leandro tem quatro anos de idade e apresenta febre e dor de garganta há 6 horas. Nas últimas 3 horas, surgiu rouquidão, estridor inspiratório e a febre tornou-se mais elevada. · Ao exame: toxemiado, com febre elevada, estridor inspiratório, sialorréia e tiragem intercostal, adotando posição sentada, com corpo dirigido para frente, boca semiaberta e pescoço em hiperextensão. · ( Infecções de vias aéreas intermediárias )Hipótese diagnóstica? Epiglotite · Inflamação pregas vocais e estruturas inferiores: laringite · Inflamação acima pregas vocais: epiglotite ( Epiglotite ) · Haemophilus influenzae tipo B – mais 90% casos. · Faixa etária 2-7 anos. · Edema inflamatório epiglote – obstrução respiratória grave – emergência médica. · Instalação abrupta · Quadro clínico: · Inicío agudo com febre alta · Disfagia · Posição em tripé (prostração + hiperextensão cervical + protusão da língua) · Salivação excessiva · Voz abafada · Retrações inspiratórias · Estridor leve · Cianose · Posição em tripé · Posição de pé ou sentada, com as mãos nos joelhos · Pescoço hiperestendido · Queixo para cima e mandíbula protrusa · Diagnóstico: É clínico · Rx Cervical lateral ( casos duvidosos): Sinal do polegar · Tratamento · Permeabilidade vias aéreas, acesso venoso, redução ansiedade. · Via aérea artificial – 95% casos. · Ampicilina (200-400mg/Kg/dia) + cloranfenicol (100mg/Kg/dia) IV por 10 dias. · Ceftriaxona ( 100 mg/kg/dia) IV por 10dias · ( Caso clínico 6 )Crianças com contato íntimo (para crianças menores de 4 anos): rifampicina 20mg/Kg/dia (máx 600mg) por 4 dias. · Criança com 2 anos de idade estava há 2 dias com coriza, tosse seca e temperatura axilar de 37,9ºC. Hoje, a tosse tornou-se metálica, com choro rouco, estridor inspiratório e falta de ar. · ( Laringite aguda )Hipótese Diagnóstica? Laringite · Laringotraqueobronquite (crupe viral) · Predomínio 3 primeiros anos de vida. · Maioria etiologia viral: Parainfluenza 1 e 3. Outros: Influenza A e B, VSR e adenovírus · Início resfriado comum – tosse rouca, estridor inspiratório e esforço respiratório. · 5-10% necessitam hospitalização; 3-5% intubação. · Diagnóstico: anamnese e exame físico · “Sinal da torre de igreja”. · TRATAMENTO · Quadros leves – observação domiciliar. · Domicílio: Corticoide: dexametasona VO ou prednisolona VO + aerolin/salbutamol (inalatório) · Hospitalar: corticóide, dose única, dexametasona (0,3-0,6mg/Kg) ou prednisona (1-2mg/Kg) – preferir oral se domiciliar. Nebulização com adrenalina 4 a 5ml solução 1:1000, geralmente 4/4h. ( Bronquiolite viral ) · “Infecção respiratória aguda, com inflamação que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo com graus variáveis de intensidade”. · A obstrução dos bronquíolos → plug de muco e células descamadas, e edema inflamatório da submucosa, causando sibilos · ( Epidemiologia )Principal Agente: Vírus Sincicial Respiratório, 50 a 80% dos casos · Acomete principalmente menores de 1 ano, podendo ir até 2 anos. · Pico de ocorrência entre 2 e 6 meses · Aproximadamente 2 a 3% das crianças necessitam hospitalização · Mais severas nos primeiros 6 meses de vida · Predomínio no sexo masculino (1,7: 1,0) · ( Fatores de risco para bronquiolite )Distribuição sazonal (inverno e início da primavera) · Baixo peso ao nascer · Prematuridade · Baixas condições socioeconômicas · Pais tabagistas · Doenças pulmonares crônicas · Doenças neurológicas · Cardiopatias congênitas · ( Quadro clínico )Imunodeficiências adquiridas ou congênitas · Início Inespecífico · Febre · Coriza · Perda de apetite · Irritabilidade · Tosse seca · Após alguns dias: Sibilos, Dispnéia, Taquipnéia. · ( Exame físico )Sintomas mais graves: Cianose, Sonolência, Uso de musculatura acessória na respiração, Batimento de asa do nariz. · Taquipnéia · Tiragem · Batimento de asa do nariz · À ausculta: · Crepitações ao fim da inspiração · Fase expiratória prolongada · ( Exames complementares/ monitorização )Sibilos · O DIAGNÓSTICO É CLÍNICO!!! · Hemograma - Afastar infecção bacteriana (pode ter leucocitose as custas de linfócitos) · Oxímetro de pulso: Monitorização da Sat O2 · (< 90% necessita de O2) · Radiografia de tórax · Alterações Radiológicas · 1. Hiperinsuflação pulmonar – contar mais de 6 arcos costais · 2. Infiltrados intersticiais peri-brônquicos · ( Indicações de hospitalização )3. Colapso alveolar–atelectasias · Estado geral comprometido · Toxemia, letargia, desidratação · Dificuldade de amamentação e ou sem diurese por 12 h · Esforço respiratório grave (BAN, Rintercostal,subcostal,dispnéia, fr > 70 ipm, satº menor que 92% · Idade < 3 meses · Prematuridade, especialmente < 32 semanas · Fatores de risco(cardiopatia, pneumopatia, doenças neuromusculares · ( Tratamento )Internação social · Tratamento = suporte clínico · Oxigênio · Indicação: Sat O2 < 90% · Broncodilatadores · Não entra no tratamento formal, mas na prática é pasado · Os estudos com pacientes ambulatoriais são heterogêneos e os benefícios foram observados onde a idade era maior e havia sibilância recorrente. · Não houve redução na taxa de admissão hospitalar· Corticosteróide · MUITO CONTROVERSO... · Não há evidências de melhora do quadro clínico ou das taxas de internamento; · Não importa a via de administração; · Não são recomendados. · Solução salina hipertônica a 3%. · Redução do edema de via aérea. · Melhora a desidratação da superfície líquida da via aérea causada pelo vírus. · “O papel da solução salina hipertônica ainda precisa ser definido” · Micronebulização com NaCl 3% (preparação: 0,5mL de NaCl 20% + 2,8mL de ABD, nebulizar em fluxo de 6L/min): · Antibióticos - Não recomendado · Fisioterapia - Não recomendado ( Prevenção ) · Palivizumabe: Medicamento indicado para aumentar a proteção de crianças contra a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). · Crítérios para Palivizumabe: · Crianças menores de 1 ano de idade, que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas. · Crianças menores de 1 ano de idade, que nasceram prematuras com idade gestacional entre 29 e 31 semanas e 6 dias, nascidas a partir de janeiro do ano vigente. · Crianças menores de 2 anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade com necessidade de tratamento nos últimos seis meses. · ( Síndrome do lactente sibilante )Crianças menores de 2 anos de idade, com doença cardíaca congênita, com repercussão hemodinâmica demonstrada · Sinonímia: · Síndrome do lactente chiador. · Síndrome do bebê chiador. · CRIANÇA < 2 ou 3 anos de idade com quadro de sibilância contínua há pelo menos 1 mês ou no mínimo 3 episódios recorrentes de “chiado” nos últimos 6 meses. · 30 a 60% dos lactentes apresentam sibilância nos 3 primeiros anos de vida. · Fatores de risco: · Tabagismo passivo; · História materna ou paterna de asma; · Tabagismo materno durante a gestação; · Exposição precoce a animais de estimação; Creches · Sexo masculino. · Atopia · IVAS · Diagnóstico diferencial: · Asma · Bronquiolite viral aguda / bronquiolite obliterante · Sibilância induzida por agentes infecciosos: · Vírus; micoplasma; clamídia; · Alterações congênitas: Refluxo gastroesofágico ou desordens da deglutição: sibilância associada com alimentações e vômitos; · Doenças Cardiacas: · Congênitas: CIV, PCA,TGV, CoAo, EAo, T4F. · Adquiridas: Miocardites, Miocardiopatias dilatadas · Corpo estranho em vias aéreas; Obstrução mecânica: vias aéreas pequenas, malácia, anel vascular; · Fibrose cística, · ( Tratamento )Doença intersticial pulmonar · Direcionada para a causa da sibilância; · Controle ambiental; · Um teste terapêutico com broncodilatadores inalatórios (albuterol ou epinefrina) pode ser realizado em lactentes com desconforto respiratório moderado ou grave. Se houver resposta imediata (1h), a terapêutica deve ser mantida e descontinuada assim que melhora da dispneia. · ( Asma )Antibióticos não devem ser indicados rotineiramente . ( Caso clínico ) · Pré-escolar de 7 anos foi levado à unidade de pronto atendimento devido quadro de “tosse, falta de ar e chiado no peito”, que iniciou há um dia, segundo relato da mãe. Ao exame físico: Paciente tranquilo, com tiragem subcostal, à ausculta sibilos difuso, FR: 40 irpm, FC: 120 bpm, Saturando: 89%. · A mãe informa que a criança apresenta crises de sibilância desde os seis meses de vida, que sempre foi muito alérgico e com pele muito ressecada. Refere, também, que o irmão mais velho tem diagnóstico de asma. · ( Definição )Conta que nos últimos meses a criança tem apresentado tosse diurna quase diariamente, com necessidade de nebulização para alívio; e despertares noturnos frequentes. · Doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas. · É definida pela história de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse · Os sintomas variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo · Hiperresponsividade brônquica → resposta broncoconstritora exagerada → inócuo em pessoas normais · Ciclo contínuo de agressão e reparo → alterações estruturais irreversíveis → remodelamento das vias aéreas ( Diagnóstico ) · Índices preditivos: · Diagnóstico de eczema nos < 3 anos · Diagnóstico de rinite nos < 3 anos · Pai ou mãe com asma · Sibilância sem resfriado · Eosinofilia sanguínea > 3% · Diagnóstico da asma no lactente e no pré escolar: Clínico + Índices preditivos · Sintomas mudam ao longo do tempo e variam em intensidade. · Sintomas são frequentemente piores à noite ou ao acordar. · Sintomas são frequentemente desencadeados por exercício, riso, alérgenos, ar frio. · Sintomas frequentemente surgem ou pioram com infecções respiratórias · ( Espirometria )O diagnóstico é É SUGERIDO PELA PRESENÇA DE SINTOMAS CARACTERÍSTICOS e CONFIRMADO PELA DEMONSTRAÇÃO DE LIMITAÇÃO VARIÁVEL AO FLUXO DE AR. · Estabelecer o diagnóstico. · Documentar a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo. · Monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento · VEF1 (volume expiratório forçado em 1 segundo): · Quantifica o grau de obstrução das vias aéreas · CVF (capacidade vital forçada): · Total de ar que sai dos pulmões após inspiração profunda · Limitação ao fluxo espiratório: VEF1/ CVF- INDICE DE TIFFENAU ( < 0,9 em crianças) E · Variabilidade da função pulmonar: Prova Bronco dilatadora( PBD) positiva: administração de beta 2 de curta causando aumento do VEF1 superior a 12% após 10-15 minutos · Teste Provocativo · ( Classificação – 6 a 11 anos )Agentes broncoconstritores (metacolina, histamina ou carbacol) com queda de mais de 20% no VEF1 · A avaliação do controle, em geral, é feita em relação às últimas 4 semanas. · ( Classificação )Abaixo de 6 anos sintomas 1X/semana e medicação 1X/semana · Quanto à “Gravidade” · Leve: baixa intensidade no tratamento (Etapa 2) · Moderada: intensidade Intermediária (Etapa 3) · Asma Grave: alta intensidade de tratamento (etapa 4 e 5) · 6 a 11 anos: · STEP 1 : dose baixa de CI quando SABA utilizado · STEP 2: dose baixa de CI diário · STEP 3: DOSE BAIXA DE CI ou associação CI +LABA. Considerar dose baixa de esquema MART · STEP 4: dose média de CI- LABA ou dose baixa esquema MART. Referenciar especialista · STEP 5: dose alta de CI+LABA, ANTI-IGE. Em conjunto especialista · Menores de 6 anos · STEP 1 : SABA sob demanda · STEP 2: dose baixa de CI diário ou antagonista de leucotrieno · STEP 3: dose dobrada de CI ou associação CI + antagonista de leucotrieno. Considerar especialista · ( Tratamento - manutenção )STEP 4: considerar aumento de dose. Em conjunto com especialista · Corticóide Inalatório · Beta2 agonista de ação prolongada, · Outros: Xantinas (teofilina, aminofilina), Estabilizadores de mastócitos, Antagonistas dos Leucotrienos, Corticóides Sistêmicos, Imunossupressores · ( Corticosteróide inalatório - SABA )Terapia MART (budesonida/ formoterol) · Principal medicamento utilizado no tratamento de manutenção. · Reduz a frequência e gravidade das exacerbações. · Melhora a hiperresponsividade brônquica e a função pulmonar. · Diminui a broncoconstrição induzida por exercícios. · Modificam o curso da doença !!!! · Fluticasona ( Flixotide) · Budesonida (Pulmicort) · Mometasona (Asmanex TWISTHALER) · Beclometasona ( Clenil) · Ciclesonida (Alvesco) · Efeitos colaterais sistêmicos só observados com doses elevadas · Perda de massa óssea · Inibição do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal · Déficit de crescimento · Efeitos colaterais locais podem ocorrer com qualquer dose, mas são reduzidos com a higiene oral após o uso: · Candidíase oral, disfonia e tosse crônica ( Beta-agonistas de ação prolongada (LABA) ) · Utilizados sempre em associação com os CI (LABA + CI). Podem ser usados como terapia inicial na asma moderada ou grave. · Monoterapia com LABA deve ser sempre evitada. Não é recomendado em menores de 6 anos. · Salmeterol (Serevent) · ( Antileucotrienos )Formoterol (Foradil, Perforomist) · Podem ser úteis como medicação substitutiva aos LABA ou adicional à associação LABA+CI.· Utiilizados em lactentes com sibilância recorrente após bronquiolite (VSR). · UTILIZADOS EM ASMA INDUZIDA POR EXERCÍCIOS · Montelucaste (Singulair) · Zafirlukast (Accolate) · Zileuton (Zyflo) ( Dispositivos ) ( Exacerbação ) · São episódios agudos ou subagudos de piora dos sintomas caracterizados por desconforto respiratório progressivo, sibilos, tosse e opressão torácica, ou qualquer combinação destes. · Entre os fatores precipitantes destacam-se infecções virais, mudança de tempo, exposição a alérgenos ambientais, entre outros · Diagnóstico · Clínico *** · Raio - X de tórax AP e perfil · Gasometria arterial: · Hemograma completo e PCR · Broncodilatadores de curta duração: · Realizar por via inalatória, a cada 20 minutos na primeira hora. · Depois a cada 1-4 h, de acordo com a necessidade. · Salbutamol spray (100 µg/ml): · Salbutamol nebulizado (Aerolin Nebules 2,5mg/2,5ml · Brometo de Ipratrópio: · Pode ser utilizado nas exacerbações moderadas/graves, a cada 20 minutos somente na primeira hora. · Deve ser administrado associado ao β2-agonista de curta duração, por via inalatória · Corticóide sistêmico: · Benefício comprovado na crise. · Indicado na crise moderada ou grave e em pacientes que não responderam à terapia inicial com 2 (RECOMENDAÇÃO A). · Sulfato de Magnésio: · Relaxa musculatura brônquica · Infusão lenta · Monitorização · Outros: · β2 agonista endovenoso · Aminofilina · CRISE LEVE A MODERADA < 6 ANOS · SABA 2- 6 PUFF A CADA 20 MINUTOS POR 1 H · NÃO É PRECONIZADO CORTICÓIDE NA 1ª HORA · BROMETRO DE IPRATRÓPIO PODE SER CONSIDERADO · OXIGENOTERAPIA SE NECESSÁRIO (SAT ALVO: 94-98%) · SULFATO DE MAGNÉSIO NÃO É BEM ESTABELECIDO NESSA IDADE · CRISE LEVE A MODERADA 6-11 ANOS · SABA 4-10 PUFF A CADA 20 MINUTOS NA 1 H · PREDNISOLONA 1-2 MG/KG ( MAX 40 MG) · BROMETRO DE IPRATRÓPIO PODE SER CONSIDERADO · OXIGENOTERAPIA SE NECESSÁRIO · ALVO DE SAT 94-98% · CRISE GRAVE 6-11 ANOS · SABA 4-10 PUFF A CADA 20 MINUTOS NA 1 H · PREDNISOLONA SISTEMICO VO OU EV · BROMETRO DE IPRATRÓPIO OBRIGATORIO · OXIGENOTERAPIA SE NECESSÁRIO · ALVO DE SAT 94-98% · CONSIDERAR SULLFATO DE MAGNÉSIO ( Pneumonia ) ( Caso clínico ) · Pré-escolar de quatro anos é levado a atendimento médico com quadro, há dois dias, de febre não aferida, tosse e dificuldade para respirar. A mãe informa que o paciente não está conseguindo ingerir líquidos e que vomitou várias vezes nas últimas 24h. · Exame físico: hidratado, FC: 120bpm, FR: 45irpm, roncos difusos à ausculta pulmonar. · RX de tórax: ( PAC ) · ( Epidemiologia )A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) se refere à doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou, ainda, que se manifesta em até 48 h da admissão à unidade assistencial. · A maioria das crianças tem de 4 a 6 infecções respiratórias agudas (IRA) por ano. · Dessas, apenas 2-3% evoluem para pneumonia. Entretanto, 80% das mortes por IRA é devido à pneumonia · O VSR é um agente frequentemente encontrado em menores de cinco anos. · ( Quadro clínico ) Dentre as bactérias, podemos citar Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus (S. aureus). · Febre, tosse e dor torácica · Taquipnéia é o principal marcador clínico · Podem apresentar manifestações gastrointestinais · Sinais de gravidade: · a)Tiragem subcostal · b) Batimento de asa nasal · c) Gemência · ( Avaliação complementar )d) Cianose · Swab de nasofaringe · RX de Torax · Hemograma · Hemocultura · PCR · Quando solicitar RX de tórax: Crianças com taquipnéia ou com ausculta sugestiva e sinais de gravidade ou dúvida diagnóstica · Leucograma: · Avaliado criteriosamente · Leucocitose, neutrofilia e bastões mais frequentes nas pneumonias bacterianas · Eosinofilia 2/3 dos pacientes com pneumonia por Chlamydia trachomatis · PCR: · Proteína de fase aguda · Alguns estudos sugerem que níveis > 40 mg indicam infecção bacteriana · Necessário dosagem seriada · Única dosagem não traz benefício. · Hemocultura: · Baixa positividade – 35% dos pacientes hospitalizados · Permite identificar o agente etiológico (se bacteriano) · Perfil de sensibilidade a antimicrobianos · Líquido pleural: · Coleta na presença de derrame pleural · Cultura com positividade de até 70% · ( Critérios de internação )Requer toracocentese · Idade < 2 meses; · Hipoxemia (saturação de oxigênio < 92% em ar ambiente) · Desidratação ou incapacidade de manter a hidratação ou alimentação por via oral, · Desconforto respiratório moderado a grave: FR >70 rpm para pacientes menores de 12 meses de idade e >50 rpm para crianças maiores, · Dificuldade em respirar (gemência, batimento de asas nasais, retrações ou apneia), · Aparência tóxica, · Doenças subjacentes (doença cardiopulmonar, síndromes genéticas, distúrbios neurológicos), · Complicações (derrame / empiema, pneumonia necrotizante, abscesso). · Social ( Tratamento ) · < 2 meses: Penicilina Cristalina (ou Ampicilina) + Aminoglicosídeo · > 2 meses: · Ambulatorialmente: Amoxicilina vo (7- 10 dias) · Segunda Opção macrolídeos · Hospitalar: Amoxicilina vo, Ampicilina iv na dose de 50 mg/kg/dose de 6 em 6 horas, ou com penicilina cristalina 150.000 UI/Kg/dia de 6 em 6 horas · Pneumonia por S. aureus: Oxacilina · Situações em que há falha terapêutica e haja a possibilidade da infecção ser causada pelo pneumococo ou S. aureus resistente à penicilina a orientação é substituir o antibiótico por clindamicina ou linezolida*** ( Derrame pleural ) · Complicação mais frequente · Ocorre de 5-50% dos casos e em 15% dos casos pode evoluir com empiema · Etiologia mais comum: Streptococcus Pneumoniae · Clínica · Puncionar (toracocentese) : Todo derrame pleural > 1 cm · Objetivo: Diferenciar derrame inflamatório do infeccioso (empiema) · Critérios que indicam Empiema: · Aspecto purulento 4.PH < 7,2 · Glicose < 40 mg/dl · Gram e/ou Cultura positivos · Conduta: Drenagem Toracica ( Pneumonia Afebril do lactente ) · Etiologia: Principal agente Clamydia trachomatis · Clínica: < 3 meses, Conjuntivite neonatal, Início insidioso, taquipnéia, tosse, Não há febre · Hemograma: Eosinofilia · RX torax: Hiperinsuflação e discreto infiltrado intersticial · Tratamento: eritromicina é a antibiótico de escolha*** · ( Pneumonia Atípica )Outros Macrolídeos ( azitromicina, claritromicina) · Etiologia: Mycoplasma Pneumoniae e Chlamydia pneumoniae · Faixa etária: > 5 anos · Clínica: Início insidioso, evolução arrastada, sintomas gerais, tosse, febre · Rx de tórax: Infiltrado Intersticial · ( Anemias carenciais )Tratamento: Macrolídeos (eritromicina, azitromicina, Claritromicina) · Anemia: hemoglobina abaixo dos limites considerados para sexo e idade · É a manifestação de um processo patológico – não é o diagnóstico final · Fisiopatologicamente existem três mecanismos possíveis para instalação de anemia · Eritropoiese (doenças próprias da medula ou baixa matéria prima) · Hemólise · Sangramento · Boa anamnese e exame físico: · Buscar: doenças renais, hepáticas, endócrinas, neoplásicas, esplenomegalia, fontes de ferro, vitamina B12, ácido fólico, teste do pezinho · Dados laboratoriais: · Hematoscopia- apenas um esfregaço sanguíneo. · Indice Hematimétrico – determinados pelos contadores eletrônicos: · São eles: · VCM: volume corpuscular médio · HCM: Hemoglobina corpuscular média · CHCM: Concentração média de hemoglobina corpuscular · RDW- medida de heterogeneidade de tamanho das hemácias (anisocitose) · É o primeiro parâmetro celular a se alterar na deficiência de ferro e sua avaliação é útil no diagnóstico diferencial das anemias microcíticas. · Reticulócitos: (hemácias jovens, ainda nucleadas) · Elevados: reflexo de hiperplasia compensadora da medula óssea → anemia por perda ou destruição de hemácias · Baixos: anemia por deficiência da produção das hemácias · VR: 1 -2 % · Melhor maneira de se ter uma boa interpretação - Índice reticulocitário: ( Anemia frerropriva ) · A carência de Ferro é mais prevalente nos países “não desenvolvidos”,onde a alimentação é pobre nesse metal e a prevalência das parasitoses intestinais é alta · ( Metabolismo do ferro )A Anemia Ferropriva não é o diagnóstico final · A quantidade total de Fe no índivíduo adulto é de cerca de 4 g, sendo menor nas mulheres · 70-75% Hemácias (hemoglobina) · 25% Ferritina e Hemossiderina (Armazenadoras de Ferro na mucosa intestinal, medula e baço) · 2% Transferrina (circulando no plasma) · Na dieta habitual é fornecido ao organismo em média 14 mg/dia , porém apenas 1-2 mg são absorvidos, ou seja 5-10% do ferro ingerido · É absorvido nas células epiteliais do intestino, particularmente duodeno e jejuno · Absorção do ferro: duodeno e região proximal do jejuno, sob a forma ferrosa ou heme · Ferro alimentar · Forma heme (ferrosa): animal, 30% absorvido diretamente, sem influências · Forma não-heme: vegetal, absorvido como Fe+2, 10% · Conversão férrico→ferroso: ácidos estimulam, cereais projudicam (quelantes) · Deve haver conversão da forma férrica para ferrosa, por isso, o ferro dos vegetais não é absorvido diretamente · DNT-1: Promove absorção nas células da mucosa intestinal · Ferropontina: transfere o ferro para o plasma sanguíneo · Ferro absorvido na célula · Estoque: ferritina · Plasma: transferrina (medula/fígado) · Ferro na medula se torna · Estoque: ferritina · Transformado em hemoglobina · Baço: degrada hemácias · Degradação que divide hemoglobina e disponibiliza ferro · Estoque: ferritina · Circulação: transferrina plasmática ( Etiologia ) · Aumento da demanda: · Primeiro ano de vida: pico de crescimento · Adolescentes · Sangramento menstrual · Gravidez · Fatores nutricionais · Leite materno: 50% Fe absorvido · Leite vaca: 10% Fe absorvido · Fe origem animal: 10 a 30% · Fe origem vegetal: 1 a 7% · Inibem absorção Fe: fitatos (trigo), fosfoproteínas (ovos), fibras · Doenças intestinais · Diarréias graves · Doença de Crohn · Doença celíaca não tratada · Ressecção intestinal · Qualquer doença intestina a nível de duodeno e jejuno pode comprometer a absorção de ferro · Perdas sanguíneas · Enteropatia exsudativa: hipersensibilidade ao leite de vaca · Lesões anatômicas intestinais: pólipos, divertículo de Meckel, duplicação intestinal, hemangiomas · Verminoses: Necator americanus, Ancylostoma duodenalis (vermes hematófagos) · Todo verme tem a capacidade de atrapalhar a absorção de ferro · Menstruação e gravidez · Úlcera péptica · Epistaxe · ( Anemia ferropriva – quadro clínico )Hematúria · Palidez, astenia · Irritabilidade, dificuldade de concentração, distúrbios na atenção e percepção, atraso no desenvolvimento intelectual, alteração na função cognitiva , · Toda criança com dificuldade de aprendizado deve-se investigar anemia · Anorexia, geofagia, disfagia, perversão alimentar · ( Anemia ferropriva – exame físico )Infecções recorrentes, principalmente em vias aéreas: diminuição linfócitos T; inibição da atividade bactericida dos neutrófilos nos desnutridos · Palidez pele e mucosas · Atrofia de papilas linguais, Glossite (inflamação da mucosa lingual), Queilite (lesão no canto da boca) · Coiloníquia (unhas côncavas) · Taquicardia inclusive com queda de saturação · Sopro funcional no foco mitral · ( Anemia ferropriva – diagnóstico laboratorial )Insuficiência cardíaca · Baseado no estudo da série vermelha do sangue: · ⇓ hemoglobina · ⇓ hematócrito · nºhemáceas pode estar N ou ⇓ · As características morfológicas são microcitose e hipocromia · Anisocitose é freqüente · VCM (microcitose) e CHCM baixos (hipocromia) · Reticulócitos normal subindo após início da terapêutica · Alterações do esfregaço sanguineo: Microcitose, hipcromia, anisopoiquilocitose · Anisocitose: diferença de tamanho de hemácias - RDW ↑ · A talassemia também pode cursar com microcitose e hipocromia + RDW normal · Exames específicos a cinética do ferro · Dosagem de ferro sérico: baixa · Saturação da transferrina: baixa · Ferritina: baixa – primeiro parâmetro a se alterar. Primeiro é consumido o estoque para depois cair a hemoglobina · Capacidade ferropéxica: aumentada – capacidade do ferro de se fixar · M.O.: diminuição dos sideroblastos – não se pede com frequência, achado ocasional · ( Anemia ferropriva – tratamento )Sideroblastos: eritroblastos com ferro em seu interior · I - Orientação alimentar: · Leite materno exclusivo nos primeiros 6 meses · Carnes, vísceras, peixes, feijão, frutas cítricas · Inibem absorção Fe: fitatos (trigo), fosfoproteínas (ovos), fibras · II – Terapia medicamentosa: · Sulfato ferroso · 3-6mg/kg/dia Fe elementar · 30 a 60 min. antes ou duas horas após as refeições · Evitar transfusões sanguíneas · A prescrição depende a quantidade de ferro alimentar Sulfato ferroso: 1,25 mg Neutrofer: 2,5 mg Dexfer: 5 mg Growthfer: 5 mg Mirafer: 5 mg · A efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento – pelo menos 2 meses de tratamento · Se espera que exista melhora dos níveis de reticulócitos e aumento da Hb em pelo menos 1,0 g/dL. ( Anemia ferropriva – profilaxia (supl. de ferro) ) ( Anemia ferropriva – diagnóstico diferencial ) · Talassemias · ( Outras anemias carenciais )Anemias das Inflamações crônicas: infecções, colagenoses, neoplasias, nefropatias · Anemias megaloblásticas · Anemias macrocíticas causadas por distúrbios na síntese do DNA ocasionadas por deficiência de ácido fólico ou vitamina B12 – a hemácia cresce para se dividir e não se divide ( Deficiência de ácido fólico ) · Dieta pobre ou insuficiente (cereais, frutas, vegetais, carne); leite cabra · Linfomas, leucemias, mielodisplasias · Drogas: metotrexato, anticonvulsivantes trimetoprim, pirimetamina, sulfonas · Quadro clínico: semelhante ao da anemia ferropriva · Diagnóstico: · Hemograma: neutrófilos hipersegmentados, anemia macrocítica VCM acima 100µ3 · Reticulócitos: normais · Medula óssea: hipercelular, hiperplasia eritróide, megaloblastos · Dosagem de ácido fólico:< 3ng/ml · Tratamento: · Orientação alimentar: carne, peixe, vegetais, frutas, cereais · Ácido fólico: 2 a 5mg/dia VO · ( Anemia por deficiência de vitamina B12 )Pelo menos 2 meses de tratamento · Etiologia: · Nutrição inadequada: vegetarianos · Deficiência materna afetando feto e lactente – em lactentes, investigar a mãe · Deficiência do fator intrínseco por mecanismo auto-imune (Anemia perniciosa), Gastrite, Gastrectomisados · Doenças intestinais: D. Crohn, Linfomas · Erros inatos do metabolismo · Anemia perniciosa: doença-auto imune que ataca o fator intrinseco · Quadro clínico · Fraqueza e cansaço fácil · Perda do apetite, náuseas, perda de peso, diarréia ou obstipação, glossite ou úlceras na língua · Palidez de pele e mucosas · Síndrome neurológica: fraqueza muscular, parestesias, ataxia, demência, depressão, atrofia do nervo óptico. – somente na deficiência de B12 há sd. neurológica · Diagnóstico: · Hemograma: anemia macrocítica (VCM > 100fl, hipersegmentados, leucopenia e plaquetopenia · Medula óssea: hipercelular, hiperplasia eritróide e megaloblastos · Dosagem vitamina B12: < 100pg/ml · Tratamento: · Orientação alimentar · Cobalamina: 15 a 150mcg VO ou IM semanal x 4 a 6 semanas e após mensalmente. · Baixa ingesta: VO tempo limitado · Deficiência de fator intrínseco: IM · ( Anemia Falciforme )Patologia intestinal: tratar até o fim da patologia IM ( Caso clínico ) · JPL, lactente de 18 meses, portador de anemia falciforme, é levado a atendimento médico devido a quadro de palidez, irritabilidade, dor abdominal e vômitos. · Exame físico: Tax = 38°C, hipocorado 3+/4, baço palpável a 5cm do RCE. · Hemograma: Hb: 5g/dl, VCM: 83fl, leucócitos: 18.000/mm³. · ( Conceito )HD: Anemia Falciforme; Sequestro Esplênico · Trata-se de uma Anemia Hemolítica decorrente de uma hemoglobinopatia · Hemácias normais duram de 110 a 120 dias · Hemólise: destruição prematura das hemácias · Quando suspeitar de hemólise? Anemia + reticulocitose (produção aumentada de reticulócitos – células vermelhas jovens) · Estrutura dahemoglobina · Hemoglobina é constituída por 2 pares de cadeias de globina · Em adultos · HbA>95% (α2β2) · HbA2: 2 a 3% (α2δ2 ) · HbF <2 %(α2ϒ2) · Doença de células falciformes · O paciente com doença falciforme não tem hemoglobina A, mas sim hemoglobina S · HbS: Glutamina substituída pela valina na 6ª posição da molécula de beta-globina · Hemoglobina fetal: Hb F (predomínio fisiológico nos primeiros 6 meses de vida). · Hemoglobina normal do adulto: Hb A. · Hemoglobina S: resultado da Mutação no cromossomo 11,posição 6 com mudança de um único par de bases. Timina Adenina. Essa alteração codifica uma valina ao invés de uma glutamina na cadeia polipeptídica da globina beta · Anemia de células falciformes · Homozigoto SS · 2 cadeias β‐globina têm a alteração HbS = 90%do total · A letra S vem do inglês “sickle”, que significa afoiçamento · Doença de células falciformes · Engloba não só a anemia falciforme, mas também os heterozigotos com mutação falciforme associada a outras mutações, como Hb C, Hb β- talassemia, Hb D... · Heterozigotos (SC, S β‐talasemia...) HbS >50%da Hbtotal · Traço falcêmico · ( Epidemiologia )HbAS (HbA >50%) · Doença hereditária monogênica mais comum no Brasil. · Elevada incidência em afrodescendentes. · ( Fisiopatologia ) Segundo o Programa Nacional de Triagem Neonatal do MS, nascem no Brasil 3.500 crianças/ano com DF e 200.000 com traço falciforme · Hipóxia, desidratação, acidose polimerização da Hb S Falcização (transformação da clássica forma do eritrócito de bicôncavo para a de uma foice) vaso-oclusões infarto nos diversos tecidos e órgãos. · Hemólise crônica: células falciformes têm sobrevida de 16 a 20 dias, quando comparadas aos 120 dias do eritrócito normal. ( Manifestações clínicas e eventos agudos ) · Principal aspecto clínico na anemia falciforme: Dor de crises vaso‐oclusivas · Patogênese: microvasculatura → interrupção do fluxo de sangue pelas células em foice → isquemia tecidual → Mais frequente razão para internação hospitalar. · Dor de crises vaso-oclusivas, fatores precipitantes: · Stress físico · Infecção · Desidratação · Hipóxia · Acidose · Frio · Nadar em piscina não aquecida por período longo · Tratamento: · Paracetamol/AINE · Acetaminofen+ codeína · Opiáceos VO Hospitalização: morfina ou deriva-dos IV · Dactalite · Síndrome mão‐pé · 1ª manifestação de dor no falcêmi-co · Edema simétrico das mãos e pés · + comum no lactente · Etiologia desconhecida · Sequestro esplênico agudo · Clínica: · Aumento súbito do tamanho do baço · Hipovolemia · Redução da Hgb em 2g/dL ou mais · Reticulocitose · Tratamento: Intervenção precoce com reposi-ção de volume ( SF a 0,9% e/ou sangue) · Profilaxia: Esplenectomia, Transfusões de sangue regulares: Estratégia ineficaz · Priapismo · Ereção peniana involuntária durando pelo menos 30 minutos · Costuma haver dor · Tratamento · Agudo: banhos de assento e anal-gesia · Casos com duração >4h: · Urologista: aspiração de sangue do corpo cavernoso + irrigação com adrenalina diluída · Suporte de medicina transfusional com exsanguineotransfusão parcial ou transfusão simples de concentrado de hemácias. ( Complicações neurológicas ) · 20%dos falcêmicos têm um AVC até os 18 anos · Tratamento do AVC no falcêmico · Oxigênio (manter saturação >96%) · Transfusão de sangue imediata (ideal: ainda na 1ª hora) · Alvo Hg 10‐11g/dL (Acima desse limite: risco de hiper-viscosidade) · Avaliar exsanguinotransfusão: HgbS <50% (melhor seria <30%) · Prevenção primáriado AVC no falcêmico · ( Doença pulmonar )Acompanhamento com doppler transcraniano · Síndrome torácica aguda · Manifestações: · Novas radiodensidades no Raio x de tórax · Febre · Dispneia · Dor torácica · Progressão rápida · Complicação com maior índice de mortalidade. · Tratamento: · O2+ transfusão · Hidratação basal · Diagnóstico de infecção concomitan-te · é difícil: · Usar ATB contra os principais agentes associados (Pneumococo, Mycoplasma pneumoniaee Chlamydia pneumoniae) Macrolídeo+ Cefalosporina de 3ª geração · Função imune anormal · Asplenia funcional (aos 5 anos) · Risco de infecções bacterianas graves · Infecções com organismos encap-sulados · Pneumocco · Hemófilos tipo B · Os falcêmicos devem receber penicilina profilática de 2 meses a 5 anos de idade · Após os 5 anos: indicada em casos de infecção pneumocócica prévia · Febre é uma emergência !!!! · Pacientes de risco: · Menor de 5 anos com febre maior de 38,5 ºC. · Esplenectomizados com qualquer idade. · Toxêmicos. · Infecções por Salmonela ou Estafilococos: · Investigar osteomielite (risco > em falcêmicos) Cintigrafia óssea · Risco de complicações (aplasia) quando infectados pelo ParvovírusB19 · ( Diagnóstico e tratamento )Suspeitar com: reticulocitopenia em um paciente falcêmico · Profilaxia contra o pneumococo: · Reduz de forma significativa a morbimortalidade da anemia falciforme. · 1) Vacinação: · Vacina 13-valente. 3 doses com intervalos de 6-8 semanas, iniciando a partir do 2° mês de vida. Reforço aos 12 meses. Aos 2 anos: vacina 23-valente. · 2) Antibioticoprofilaxia: · Penicilina V oral · iniciada no 2° mês de vida. 125 mg 2X/dia até os 2 anos, passando para 250 mg 2X/dia posteriormente. Pacientes sem história de sepse pneumocócica ou esplenectomia cirúrgica: interromper aos 5 anos. História positiva: considerar manutenção . · Acido fólico: 0,5 a 1 mg ao dia supre a demanda aumentada desse nutriente devido a hiperplasia medular · Ultra som a partir dos 5 anos de idade(anualmente)- cálculos biliares. Cuidado com colecistite. · Hidroxiuréia: · Reativação da síntese de HbF: · HbF evita polimerização da HbS. · Portanto, melhora estado clínico e laboratorial. · Dose inicial: 15 mg/Kg/dia. · Principais indicações de Hidroxiuréia · Duas ou mais crises álgicas/ano, com necessidade de internação hospitalar · Presença de alguma disfunção orgânica crônica relacionada à AF · Anemia profunda, desde que reticulócitos > 250.000 · Hemotransfusão crônica com aloimunização importante · Prevenção secundária da STA · Os pacientes deverão preencher todos os critérios a seguir: · 1) Eletroforese de hemoglobina compatível com o diagnóstico de DF: Hb SS, SC, SD ou SBetaTal, conforme item 4. Diagnóstico; · 2) Idade igual ou maior que 2 anos (ou a partir de 9 meses conforme item 7. Casos especiais); · 3) Possibilidade de comparecer às revisões periódicas; · 4) Beta HCG sérico negativo para mulheres em idade reprodutiva; · 5) Ter apresentado pelo menos uma das complicações abaixo nos últimos 12 meses: · - três ou mais episódios de crises vasoclusivas com necessidade de atendimento médico; · - dois episódios de síndrome torácica aguda (definida como dor torácica aguda com infiltrado pulmonar novo, febre de 37,5 oC ou superior, taquipneia, sibilos · pulmonares ou tosse); · - um episódio de priapismo grave ou priapismo recorrente; · - necrose isquêmica óssea; · - insuficiência renal; · - proteinúria de 24 h maior ou igual a 1 g; · - anemia grave e persistente (Hb menor que 6 g/dL em três dosagens no período de 3 meses); · - desidrogenase láctica (DHL) elevada duas vezes acima do normal nas crianças ou adolescentes e acima de três vezes do normal no adulto; · - alterações no eco-Doppler transcraniano acima de · 160 e até 200 cm/s; · - retinopatia proliferativa ou · - quaisquer outras situações em que haja comprovação de lesão crônica de órgão (ãos) · Critérios de inclusão para transplante alogênico aparentado mieloblativo de células-tronco hematopoéticas (sangue de cordão umbilical, sangue periférico ou medula óssea): · I – Paciente de até 16 anos com Doença Falciforme tipo S homozigoto ou tipo S beta talassemia (Sbeta) em uso de hidroxiureia que apresente pelo menos uma das seguintes condições: · a. Alteração neurológica devida a acidente vascular · encefálico, COM alteração neurológica que persista por mais de 24 horas ou alteração de exame de imagem; · b. doença cerebrovascular associada a doença falciforme; · c. mais de duas crises vasooclusivas(inclusive síndrome torácica aguda) graves no último ano; · d. mais de um episódio de priapismo; · e. presença de mais de dois anticorpos em pacientes sob hipertransfusão ou um anticorpo de alta frequência; ou · f. osteonecrose em mais de uma articulação. · Principais indicações de transfusão simples na AF · Hb < 5g/dl · Crise aplásica · Crise de sequestro esplênico · Queda de Hb> 20% em relação ao basal · Pré-operatório · STA ou priapismo ( Derreia aguda e desidratação ) ( Caso clínico ) · Lactente de 10 meses é levado a unidade de saúde devido a quadro de diarreia, com fezes líquidas e amareladas, sem sangue e sem pus, sendo mais de 7 episódios por dia. Mãe refere, ainda, falta de apetite, vômitos e febre não aferida. Informa início do quadro há três dias. · Antecedentes Patológicos: Nega patologias de base e internações prévias · Antecedentes Familiares: Mãe, 30 anos, diabética. Irmão, 7 anos, asmático · Antecedentes Sócio-Econômicos: Criança passa a semana inteira na creche. Acesso a água filtrada e saneamento básico · Ectoscopia: REG, irritado, sedento, hipocorado (1+/4+), olhos fundos, acianótico, febril (38,5ºC), taquipnéico, pulsos normopalpáveis · AP: MV rude, sem ruídos adventícios. FR:36ipm · ACV: RCR, 2T, BNF. FC: 120bpm · Abdome: Flácido, RHA (+), indolor, s/ VMG, sinal da prega desaparece lentamente · Neurológico: Sem sinais de irritação meníngea · ( Conceito )HD: Diarréia Aguda; Desidratação · A diarreia pode ser definida pela ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas · ( Epidemiologia )A diminuição da consistência habitual das fezes é um dos parâmetros mais considerados · Nos países em desenvolvimento, a OMS estima que crianças menores de 5 anos apresentam, em média, 2-3 episódios de diarréia/ano e nos dois primeiros anos de vida ocorrem 20 óbitos/1000 casos de diarréia. · ( Classificação )A maioria dos agentes infecciosos é transmitida pela via oro-fecal e relaciona-se à qualidade da água, à falta de saneamento básico e às más condições de manipulação e estoque de alimentos. · Diarreia aguda aquosa: · Diarreia que pode durar até 14 dias · Determina perda de grande volume de fluidos e pode causar desidratação. · Pode ser causada por bactérias e vírus, na maioria dos casos · Diarreia aguda com sangue (disenteria) · Diarréia com sangue e pus · Pequeno volume · Associada a tenesmo e urgência para defecar · Inflamação do cólon · Principal agente: Shigela · Diarreia persistente: · ( Causas )Quando a diarreia aguda se estende por 14 dias ou mais · Vírus - rotavírus, coronavírus, adenovírus,. · Bactérias - E. coli enteropatogênica clássica, E. coli enterotoxigenica, E. coli enterohemorrágica, E. coli enteroinvasiva, E. coli enteroagregativa18, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersinia · Parasitos - Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium · Fungos – Candida albicans · Eventualmente outras causas podem iniciar o quadro como diarreia : · Alergia ao leite de vaca, · Deficiência de lactase, · Apendicite aguda, · Uso de laxantes e antibióticos. · ( Rotavírus )A invaginação intestinal tem que ser considerada no diagnóstico diferencial da disenteria aguda, principalmente, no lactente · Presente em quase 40% das crianças com diarréia aguda, nos países em desenvolvimento · Ocorre principalmente em < 5 anos (pico entre 6-24 meses) · Altamente contagioso – via oro-fecal · Quadro Clínico: Início com vômitos → diarréia (aquosa, < 10 episodios/dia) + febre · Duração média de 8 dias. · ( E. coli )Mecanismo: osmótico e secretor · Bacilo Gram negativo da família Enterobacteriaceae · Seis categorias: · ECEPatogênica · ECEToxigênica · ECEInvasiva · ECEHemorrágica · ECEAgregativa · EC Difusamente aderente · Transmissão pela ingesta de água ou alimentos contaminados · Enteropatogenicidade: capacidade de aderir à superfície mucosa · Enterotoxigênica (ECET) : · Principal agente da “diarréia dos viajantes” · Mais comum (25% das diarréias nos países em desenvolvimento) · Quadro Clínico: Diarréia aquosa, explosiva + dor abdominal + febre, · Curso auto limitado durando ± 5 dias · Não há invasão da mucosa (a bactéria apenas adere ao epitélio e produz toxinas · Mais comum entre as e. colis · Enteropatogênica e Enteroagregativa: · Diarréia aquosa com febre baixa · Pode provocar diarréia persistente · Enteroinvasiva: · Disenteria com febre · Menos comum que a Shigella · Entero-Hemorrágica (EHEC): · 6 meses- 10 anos · Diarréia aquosa que rapidamente pode se tornar sanguinolenta · Complicação: Sindrome Hemolítico- Urêmica !!!!!!!!!!! · Sindrome Hemolítico- Urêmica · (Insulficiência renal aguda + anemia hemolítica microangiopática + trombocitopenia) · ( Outras Bactérias ) Sorotipo mais associado O157: H7 · Salmonella: Causa diarréia aquosa ou disenteria, pode causar doença disseminada em pacientes de risco (anemia falciforme - osteomielite) · Shigella: Principal causa disenteria. Manifestações neurológicas · Campylobacter: Associação com Síndrome de Guillain-Barré · Vibrio Cholerae: Diarréia aquosa e volumosa. Fezes em “ água de arroz” · ( Protozoários )Clostridium difficile:diarréia pós antibioticoterapia. (colite pseudomembranosa) · Giardia lamblia - diarréia aguda em regiões endêmicas- presença de restos alimentares nas fezes ( Avaliação clínica ) · Duração da diarreia? · Número diário de evacuações? · Presença de sangue nas fezes? · Número de episódios de vômitos? · Presença de febre ou outra manifestação clínica? · Práticas alimentares prévias e vigentes? · Outros casos de diarreia em casa ou na escola? ( Exame físico ) · É importante avaliar o estado de hidratação, o estado nutricional, o estado de alerta (ativo, irritável, letárgico), a capacidade de beber e a diurese. · O percentual de perda de peso é considerado o melhor indicador da desidratação. · Deve ser avaliado, também, a oferta e o consumo de líquidos, além do uso de medicamentos e o histórico de imunizações. · Exames complementares: · Coproscopia direta, coprocultura e EPF – pouco valor na diarréia aguda · ( Desidratação – classificação clínica )HC, hemocultura, ionograma e gasometria – úteis nos casos mais graves · Classificação quanto ao grau: · LEVE - até 5 % do peso · MODERADA - 5 a 10 % do peso · GRAVE - acima de 10 % do peso · Exame físico: · Peso · Ectoscopia (observar) · Exame direto(explorar) · A: Não tem desidratação · B: Tem desidratação · ( Planos de tratamento )C: Desidratação grave · Plano A · 1. Dar mais líquido do que o habitual para · prevenir a desidratação · 2. Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição · 3. Se o paciente não melhorar em dois dias ou se apresentar qualquer um dos “Sinais de perigo” leva‐lo ao serviço de saúde · “Sinais de perigo” · Piora de diarreia · Vômitos repetidos · Muita sede · Recusa de alimentos · Febre · Sangue nas fezes · Soro caseiro · Evita desidratação, não trata · Deve ser menos salgado que uma lágrima · Oferecer a intervalos frequentes, principalmente após cada evacuação: · Ate 12 meses – 50 a 100 ml (1/4 a 1/2 copo) · 1 a 10 anos – 100 a 200 ml (1/2 a 1 copo) – · > 10 anos - livre demanda · ⇒Orientar sobre os sinais de desidratação e explicar a evolução da doença · Administrar zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias · Até seis(6) mesesde idade: 10mg/dia · Maiores de seis(6) mesesde idade: 20mg/dia · Zinco entra em todas as etapas! · Plano B · 1)Administrar solução de reidratação oral (SRO): · A quantidade de solução ingerida dependerá da sede do paciente. · A SRO deverá ser administrada continuamente, até que desapareçam os sinais de desidratação. · Apenas como orientação inicial, o paciente deverá receber de 50 a 100mL/kg para ser administrado no período de 4-6 horas. · TRO (terapia de reposição oral) · Volume: 50 a 100ml/kg em 4‐6h · Manter alimentação ao seio (suspender todos os outros tipos de alimentação, exceto o leite materno) · Conduta frente a: · Vômitos · Febre · A sonda é mais fácil que
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