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CONTRATOS MERCANTIS

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Teoria Geral dos Contratos Mercantis
Direito Empresarial II 
Renata Oliveira
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Introdução
Contrato é uma espécie de acordo entre duas ou mais pessoas, cuja finalidade é adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir uma relação jurídica patrimonial. É ato jurídico que, se realizado em conformidade com as normas legais, poderá ser entendido como lei entre as partes. 
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Introdução
 Empresário celebra diversos contratos cotidianamente;
Exemplos:
	- Contrato de Financiamento;
	- Contrato de Leasing;
	- Contrato de compra e venda;
 - Contrato de trabalho;
	- Contrato de concessão de franquias, etc.
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Introdução
Contratos entre particulares:
Direito do Trabalho;
Cível;
Direito do Consumidor.
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Introdução
Contratos entre empresários:
Direito Civil: Autonomia da vontade, contratos celebrados entre empresários iguais.
Direito do Consumidor: Contratos entre empresários, em que um deles é consumidor (destinatário final) ou se encontra em situação análoga à de consumidor (vulnerabilidade econômica, social ou cultural).
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Introdução
Distinção
Contratos 
Empresariais
Contratos 
ESTRITAMENTE
Empresariais
Entre Empresários;
Não regidos por legislação especial.
Engloba: 
Contratos de trabalho;
Contratos regidos pelo CDC;
Contratos com a Adm Pública.
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Introdução
Critério para delimitar quais normas regerão o contrato:
		De acordo com o objeto e a condição dos contratantes.
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Evolução do Direito Contratual
1ª Fase: Liberal
Prevalência da autonomia da vontade
2ª Fase: Neoliberal
Direito Positivo: Estado intervém na autonomia
3ª Fase: Reliberalizante
Igualdade/Desigualdade
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Princípios Gerais dos Contratos
 Autonomia da vontade;
Consensualismo;
Relatividade;
Força obrigatória;
Boa-fé.
 (Classificação de André Luiz Ramos)
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Princípio da Autonomia da vontade
Art. 421,CC: A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Liberdade para:
Escolher com quem vai contratar;
Delimitar o objeto do contrato;
Fixar o conteúdo da relação.
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Princípio da Autonomia da vontade
Liberdade de contratar: Faculdade de realizar ou não um contrato;
				+
Liberdade contratual: Permissão para que as partes estabeleçam o conteúdo do contrato.
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Princípio da Autonomia da vontade
“Autonomia da vontade é a referência ao reconhecimento, pela ordem positiva, da validade e eficácia dos acordos realizados pelos próprios sujeitos de direito” (COELHO, 2010, p. 8)
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Princípio da Autonomia da vontade
Limites:
Função Social;
Preceitos de Ordem Pública;
Bons Costumes;
Equilíbrio contratual (Dirigismo contratual).
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Princípio do Consensualismo
Para a constituição do contrato, basta o acordo de vontade das partes.
Nem todos os contratos são consensuais.
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Princípio da Relatividade
A relação contratual produz efeitos somente entre as partes contratantes;
O contrato tange somente o objeto constante nele, não atingindo outro bem estranho a este.
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Princípio da Relatividade
Exceção: Teoria da aparência:
Possibilidade de uma relação contratual acarretar deveres para uma terceira pessoa;
Um contratante de boa-fé engana-se perante uma situação aparente;
Ex: Representante comercial desvia das orientações do representado.
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Princípio da Força obrigatória
Direitos e deveres valem como lei entre as partes;
Cláusula Pacta sunt servada.
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Princípio da Força obrigatória
Exceção: Teoria da imprevisão:
Cláusula rebus sic stantibus:
As obrigações contratuais podem ser revistas ser houver uma alteração significativa e imprevisível nas condições econômicas.
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Princípio da boa-fé
Art. 422, CC: Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Não se deve fazer prevalecer, sobre a real intenção das partes, apenas o que está eventualmente escrito no acordo firmado.
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Outros Princípios:
Fazzio Jr. acrescenta:
Princípio da interpretação mais favorável ao aderente:
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
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Outros Princípios:
Fazzio Jr. acrescenta:
Princípio da nulidade de renúncia antecipada
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
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Exceção do contrato não cumprido
Uma parte contratante não pode exigir o cumprimento da obrigação da outra parte se não cumpriu também a sua obrigação respectiva.
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Classificação dos contratos
Segundo Fábio Ulhôa:
Bilateral ou unilateral;
Consensuais, reais ou solenes;
Comutativos ou aleatórios;
Típicos ou atípicos.
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Classificação dos contratos
Bilateral ou unilateral:
Quanto à formação: Bilateral
Quanto às obrigações:
Bilaterais (ambos contratantes se obrigam)
ou 
Unilaterais (apenas um se obriga)
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Classificação dos contratos
Quanto aos pressupostos do contrato:
Consensuais: Formados exclusivamente pela manifestação da vontade (Ex: compra e venda);
Reais: Vontade + Coisa (Ex: Mútuo)
Solenes: Instrumento solene previsto em lei.
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Classificação dos contratos
Quanto a antecipação da execução:
Comutativos: Pode antecipar como será a execução do contrato (Ex: Compra e Venda)
Aleatórios: Não é possível a antecipação
(Exs: Jogo ou aposta)
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Classificação dos contratos
Quanto às obrigações previstas em lei:
Típicos: Os direitos e deveres dos contratantes são disciplinados em lei. (Ex: Compra e Venda)
Atípicos: Não há disciplina nesse sentido específica (Ex: distribuição-intermediação).
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Extinção do contrato
Cumprimento da obrigação,;
Não-cumprimento da obrigação:
 Uma das partes quebrou a bilateralidade existente preliminarmente, 
Impossibilidade do cumprimento (casos fortuitos e força maior). 
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Livre concorrência
Constituição Federal:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (...)
Ordem econômica: Neoliberal 
Princípios: Liberdade de iniciativa e competição.
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Livre concorrência
Os contratos entre empresário não devem servir de meios para praticar infrações contra a ordem econômica ou praticar concorrência desleal.
Nesse caso: Contrato = Nulo, Ineficaz ou Gerará dever de indenização.

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