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RESUMÃO-AULA FUND. DE DIREITO

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Aula 1 – Conceitos de Direito:
1.1 - Principais aspectos entre o direito e a moral:
Direito é o conjunto das normas gerais e positivas, ditadas por um poder soberano que tem por escopo disciplinar nossa vida em sociedade.
Moral é o conjunto de prescrições a respeito do comportamento lícito ou ilícito, aceitas em determinada época por um determinado grupo de pessoas.
1.2 - Distinções entre o direito objetivo e o direito subjetivo:
Direito objetivo (ou Direito Positivo):
-Preceitos criados pelo ser humano;
-É a própria norma vigente na sociedade.
-Variam de acordo com o país;
-Legislado ou costumeiro.
-Ex: Lei 8.078 de 1990 – CDC.
Direito Subjetivo (ou Direito Natural):
-Inerentes ao ser humano;
-Transpõem fronteiras geo-políticas;
-Antecedem o direito objetivo.
Ex: Todos tem direito à vida com dignidade, desde a sua concepção.
1.3 – Diferenças entre o direito público e o direito privado:
Direito Público:
-Regula as relações entre sujeitos, em que um deles, obrigatoriamente, será, a administração pública (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. União, Estados Membros e Municípios);
-Em decorrência da supremacia do interesse público sobre o privado, o ente público pode, como conseqüência, impor a sua vontade sobre o particular.
Direito Privado:
-Regula as relações entre as pessoas (físicas ou jurídicas) particulares ou privadas.
-Inexiste, em regra, superioridade jurídica. 
-Mas haverá, como por exemplo, na Lei 8.078/90 a figura da vulnerabilidade do consumidor.
1.4 - As fontes do direito (lei, costume, doutrina e jurisprudência);
1.5 - Meios de integração da norma jurídica (analogia e equidade):
Com a interpretação da lei procura-se o pensamento, o alcance do texto, a própria vontade da lei.
Analogia:
Consiste em aplicar a um caso não previsto por norma jurídica uma norma prevista param hipótese distinta, mas semelhante ao caso contemplado. 
Ex: O amplamente discutido pelo STF, no caso dos bebês anencéfalos e a descriminalização do aborto, nestes (infelizes) casos.
Equidade:
É a adaptação razoável da lei ao caso concreto (bom senso), ou a criação de uma solução própria para uma hipótese em que a lei é omissa.
Ex: Considerar como consumidor o fornecedor que não tem poder de contratação equilibrada com o grande fornecedor.
1.6- Conceito do “Direito”:
Conjunto de normas jurídicas reguladoras da conduta humana, com força coercitiva;
Criadas, principalmente, pelo Poder Legislativo (função típica) e de forma secundária pelos demais Poderes da República (Executivo e Judiciário) de forma atípica.
Aula 2- O Direito Constitucional I:
2.1. Os principais aspectos do direito constitucional:
De forma abrangente é o campo do Direito que atua em função do poder do Estado e da liberdade dos indivíduos. 
Em uma visão panorâmica, se destina ao estudo e conhecimento das instituições nas quais os indivíduos construíram como cidadãos.
Sendo assim, pode ser dividido em três subespécies:
-Geral – Estuda a ideologia do seu conteúdo. 
 Ex: A CRFB/88 é eivada de conteúdos sociais e humanos;
-Positivo – Dedica-se à interpretação da Constituição escrita por um Estado. Ex: Art. 5, caput da CRFB/88. Princípio da Isonomia.
-Comparado – Estuda as Constituições de outros Estados, comparando-as. 
 Ex: A CRFB/88 - Dignidade da pessoa humana.
 A Constituição de alguns Estados de origem árabe permite a poligamia.
2.1. Os principais aspectos do direito constitucional:
De forma abrangente é o campo do Direito que atua em função do poder do Estado e da liberdade dos indivíduos. 
Em uma visão panorâmica, se destina ao estudo e conhecimento das instituições nas quais os indivíduos construíram como cidadãos.
Sendo assim, pode ser dividido em três subespécies:
-Geral – Estuda a ideologia do seu conteúdo. 
 Ex: A CRFB/88 é eivada de conteúdos sociais e humanos;
-Positivo – Dedica-se à interpretação da Constituição escrita por um Estado. Ex: Art. 5, caput da CRFB/88. Princípio da Isonomia.
-Comparado – Estuda as Constituições de outros Estados, comparando-as. 
 Ex: A CRFB/88 - Dignidade da pessoa humana.
2.2. A origem histórica do Estado Moderno:
O direito constitucional influencia e ao mesmo tempo recebe influências das áreas de conhecimentos sociais, bem como os demais ramos do direito. 
Podemos particioná-lo da seguinte maneira:
- Primitivo – Os povos primitivos regiam-se pelo costume da sua comunidade;
- Antigo – Surge, principalmente, com a Grécia. Caracteriza-se, dentre outros, pela limitação do Poder;
- Medieval – Ao contrário do que se imagina, haviam claras limitações ao Poder, v.g. a Carta Magna;
- Moderno – Como movimento jurídico político e social o constitucionalismo fortaleceu-se com princípios hoje conhecidos, no fim do séc. XVIII, v.g. A Constituição Americana e Francesa;
-Contemporâneo – É a atual fase. Caracterizando-se por documentos constitucionais amplos, analíticos, extensos e positivados, v.g. A CRFB/88.
2.3. Os elementos do Estado:
A unificação territorial, política e econômica se reproduzem no Brasil desde sua colonização.  
Atualmente, o Estado possui quatro elementos, constitutivos:
Soberania - é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência;
Território - é o elemento material, espacial ou físico do Estado. Compreende a superfície, seu mar territorial e o espaço aéreo; 
Povo - é o conjunto de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal, que compreende o nacional residente e o que está fora dele. É diferente de população, uma vez que este designa uma mera expressão numérica, demográfica ou econômica;
Finalidade - é assegurar a vida humana em sociedade. O Estado deve garantir a ordem interna, assegurar a soberania na ordem internacional.
2.4. A Legitimidade do Poder do Estado:
Na linguagem política, entende-se por legalidade um atributo e um requisito do poder;
Um poder é legal ou age legalmente ou tem o timbre da legalidade quando é exercido no âmbito ou de conformidade com leis estabelecidas ou pelo menos aceitas. 
Embora nem sempre se faça distinção, no uso comum e muitas vezes até no uso técnico há diferença entre legalidade e legitimidade.
Costuma-se falar em legalidade quando se trata do exercício do poder.
O poder legítimo é um poder cuja titulação se encontra alicerçada juridicamente; 
O poder legal deve ser exercido de conformidade com as leis. 
O contrário de um poder legítimo é um poder de fato; 
O contrário de um poder legal é um poder arbitrário.
2.5. Os pontos estruturais da CRFB/1988:
O poder constituinte “é o poder de elaborar ou atualizar uma Constituição, através da supressão, modificação ou acréscimo de normas constitucionais”. Particionado da seguinte forma:
-Poder Constituinte Originário – diz respeito à elaboração de uma nova Constituição;
-Poder Constituinte Derivado (ou instituído)– advém de uma Constituição já existente, cuja função é fixar os limites e impor os modos de atuação. 
-Poder Constituinte Derivado Reformador (ou revisor)- tem como função propiciar alteração nos dispositivos constitucionais originários através das emendas constitucionais ou revisão e 
-Poder Constituinte Derivado Decorrente - tem como função permitir aos Estados federados estabelecerem a suas próprias constituições. 
2.6. A organização do Estado brasileiro:
-Autonomia - é poder de direito, de agir dentro de regras, normas legais:
-Auto organização – O ente que compõe a federação pode elaborar sua estrutura organizacional. V.g. Criação e extinção de ministérios;
Autogoverno – O próprio povo é quem escolhe de forma direta seus representantes nos poderes legislativo e executivo;
Auto legislação – O ente da federação detêm a capacidade de criar normas (emendas e Constituição, Leis complementares, ordinárias, decretos, etc.), dentro do limite da competência de cada ente da federação;
Autoadministração - Surge quando do exercício de suas competências administrativas, legislativas e tributárias definidas
constitucionalmente (determina sua competência). 
OBS: Ente que compõem a federação: União, Estado Membro, Município e Território.
3.1- Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais:
É o conjunto de noções ideias, classificações e distinções relativas à disciplina constitucional das liberdades públicas.
Para tanto, basta ver que logo no preambulo de nossa atual Constituição, in verbis:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
3.2- Direitos Fundamentais em espécie:
- Direito Fundamental Formal:
É aquele estabelecido literalmente na norma jurídica.
Ex: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
(...) III - a dignidade da pessoa humana;
 
- Direito Fundamental Material:
São direitos não escritos, mas que surgem como consectário lógico interpretativo do texto formal da CRFB/1988.
Ex: Preponderância dos direitos pertinentes ao ser humano em detrimento da pessoa não humana (pessoa jurídica).
3.3- Direitos Fundamentais – Gerações (ou Dimensões):
São os períodos históricos que demarcaram a evolução das liberdades públicas, distribuindo-as em três etapas distintas e bem delineadas, são elas:
- 1ª Geração - Originados na Carta Inglesa de 1215 - Traduzem os direitos individuais, que visam limitar a atuação estatal. Versam sobre as liberdades civis e políticas. 
- 2ª Geração - Revolução Francesa. No Brasil, surge na Era Vargas. Traduzem os direitos individuais sociais, como direito à saúde, direito à educação, direito ao salário-mínimo, as férias;
- 3ª Geração - Originado no pós 2ª guerra mundial. Traduzem os direitos a serem perseguidos pelo Estado à favor do ser humano. Ex: O direito a paz;
3.4- Princípios Fundamentais:
Caminhos pelo qual o legislador deve percorrer para normatizar constitucionalmente, são eles:
-Vedação ao Retrocesso - Revela a impossibilidade principiológica de se extrair ou mesmo vedar o acesso a qualquer previsão legal existente no texto Constitucional;
-Máxima Efetividade - Cabe ao intérprete da norma Constitucional, extrair do seu texto o máximo possível com fins de efetivar e convergir o interesse do legislador e do seu interessado;
-Reserva do Possível - É tornar viável os objetivos propostos pela Constituição dentro da possibilidade fática (plano financeiro e organizacional);  
-Intangibilidade do Mínimo Existencial - Garante a existência fática enquanto existir o texto constitucional vigente. Abolíveis, apenas e exclusivamente, com uma nova Constituição.
3.5- Características dos Direitos Fundamentais:
- Imprescritibilidade - Não prescrevem. Pois não tem caráter patrimonial. Ex: direito á vida. Art. 5, caput;
 - Inalienabilidade - São indisponíveis. Os seus titulares não podem vende-los, aliená-los, entre outros, pois não tem conteúdo econômico. Ex: A função social da propriedade;
Irrenunciabilidade - Podem ser exercidos, ou não. Mas jamais renunciados. Ex: O mandado de segurança pode ser, ou não, ajuizado pelo titular do direito correspondente. Mas não deixará de existir no plano dos direitos;
 - Relatividade (ou limitabilidade) - Os direitos fundamentais não são absolutos. Podendo haver conflitos de interesses legítimos e previstos no próprio texto constitucional. Ex: direito de propriedade X desapropriação. 
3.6- Direitos fundamentais – Previsões Legais (por amostragem):
- Direito à Vida:
- Dignidade da Pessoa Humana e direitos da personalidade– art. 5, caput:
- Honra, imagem, privacidade, integridade (física e moral) – art. 5, V e X:
- Direito à Liberdade:
- Locomoção – art. 5, XV:
- Liberdade de pensamento – art.5, IV:
3.7- Outras Características dos Fundamentos dos Direitos Fundamentais:
Os direitos e garantias fundamentais não se confundem.
-Os direitos fundamentais - São bens e vantagens disciplinados na CRFB. Consagram disposições meramente declaratórias, imprimindo existência legal dos direitos reconhecidos.
 Ex: Art. 5, XXII – É garantido o direito de propriedade. 
- As garantias fundamentais - São as ferramentas jurídicas disponíveis para o exercício dos direitos fundamentais. Limitando, inclusive, o poder do Estado.
Ex: Art. 5, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
3.8- A ordem econômica, financeira e social do Brasil:
A Constituição, estabelece um grande princípio geral, que é o da não intervenção do Estado combinada com o livre exercício de qualquer atividade econômica pelo particular, são elas: 
Da Ordem Econômica – Os Princípios Gerais da Atividade Econômica – art. 170 - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados, dentre outros, os seguintes os princípios da função social da propriedade; e a defesa do consumidor;
Do Sistema Financeiro Nacional – art. 192 - A Constituição vigente foi a primeira a regular a matéria de forma explícita. Cabe ao legislador , através de lei complementar a regulação da matéria que envolve extrema complexidade.
Da Ordem Social - art. 193 a 232 - A “Ordem Social” é o conjunto de preceitos constitucionais que complementam os direitos previstos no art. 6º da Constituição, harmonizando-os com os princípios da ordem econômica (CRFB/88).
DIREITO CIVIL
4.1- Direito Civil – generalidades:
O Direito Civil tem por escopo trazer, manter ou restabelecer a paz social, que pode ter sido perturbada em função de um conflito.
Tem como objetivo regular a vida das pessoas, na sua existência e atividade, o patrimônio particular e a família, dentro de um determinado ordenamento jurídico.
4.2- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Lei 12.376/2010):
Esta lei abrange a Introdução a todo o ordenamento jurídico brasileiro.
- Princípio da Vigência Unitária - A lei começa a vigorar em todo o país, em regra, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada;
- Princípio da Publicidade - Todos terão conhecimento da norma jurídica através de publicação por órgão oficial;
- Princípio da Obrigatoriedade - Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece;
- Princípio da Incompatibilidade - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue;
- Princípio da Irretroatividade - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Ato Jurídico – já consumado segundo a lei. Direito adquirido – direito de exercer e Coisa julgada – decisão judicial.
4.3- Distinção entre existência, validade e eficácia da norma jurídica, são eles:
-Existência - É um critério meramente temporal. Refere-se ao início e fim (se assim estabelecido)de uma norma. Compreende a vacatio Legis (período de tempo entre a publicação de uma lei e a sua entrada em vigor);
-Validade - Conjunto de elementos que dão legitimidade a um negócio jurídico entre as partes e o fazem eficaz contra terceiros;
-Eficácia - É a qualidade da norma que se refere à aptidão para a produção concreta de seus efeitos coercitivos junto à sociedade. 
4.4- Relação Jurídica - A doutrina conceitua a relação jurídica como o vínculo que une duas ou mais pessoas atribuindo a uma delas o poder de exigir uma obrigação da outra.
A relação jurídica gera dois lados impondo múltiplos direitos e deveres aos sujeitos (ativos e passivos). 
Ao passo que em um mesmo negócio jurídico, o sujeito ativo de uma
relação jurídica será o sujeito passivo de outra relação jurídica.
Ex: Compra e venda.
-Objeto – É o direito tutelado pelo ordenamento jurídico.
-Vínculo- é o meio pelo qual se materializa o direito e a prestação representa o mecanismo pelo qual o direito será realizado.
-Prestação - Pode ser positiva ou negativa.
4.5- A pessoa pode ser natural ou jurídica. 
- A pessoa natural ou pessoa física são os seres humanos. 
O artigo 1º do Código Civil aduz que “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. Dessa forma, a pessoa natural é capaz de direitos e deveres no ordenamento jurídico. A personalidade é a aptidão geral para ser sujeito de direitos e obrigações. A doutrina entende que é o atributo de ser pessoa.
No que tange a personalidade, o Código Civil no artigo 2º estabelece que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”
- A Pessoa Jurídica:
Já a pessoa jurídica é fruto da criação jurídica, que criou e reconheceu personalidade jurídica para certos entes.
4.6- A personalidade jurídica - É a condição do ente em face do ordenamento jurídico, como titular de direitos e sujeitos a deveres por ele impostos. Nesse sentido, existem dois posicionamentos:
A Teoria Conceptualista - a personalidade jurídica surge desde a concepção. Tendo como fundamento o próprio art. 2º do Código Civil ao tratar o nascituro (feto em gestação) como um dos elementos da relação jurídica.
A Teoria Natalista - entende que a personalidade jurídica surge com o nascimento com vida. Defende que, apesar de o nascituro ter apenas expectativa de direito, compete ao ordenamento jurídico tutelar seus direitos em função da grande probabilidade de nascer com vida e, assim, poder ser herdeiro e receber doações de bens.
4.7- A Extinção da Personalidade Jurídica:
A morte extingue a personalidade, sendo certo que a morte pode ser natural ou presumida, conforme artigos 6º e 7º do Código Civil:
A morte natural é determinada pelo critério encefálico, ou seja, quando o encéfalo cessa suas atividades;
A presumida se configura quando não pode ser atestada materialmente por não se ter o cadáver. Pode ocorrer por ausência ou por justificação.
Na ausência, a presunção de morte surge apenas em um segundo momento, conforme visto no art. 6º do Código Civil.
Na justificação, a presunção de morte é declarada liminarmente, tendo em vista a probabilidade de morte ser maior do que na ausência.
4.8- Capacidade:
-É um instituto do Direito Civil que estabelece a condição legal para a pessoa exerce atividade da vida civil de forma autônoma. 
A capacidade se divide em:
Capacidade de Direito - é a aptidão para exercer os atos da vida civil, representado ou assistido. A doutrina entende que o sujeito adquire  capacidade de direito a partir do nascimento com vida. 
Capacidade de Fato - A capacidade de fato é a aptidão para praticar os atos da vida civil por si só.
-A incapacidade pode ser absoluta ou relativa.
Absoluta – Menor de 15 anos;
Relativa – Idade entre 17 e 16.
-A emancipação pode ser:
Voluntária - Deriva da vontade dos pais e extrajudicial;
Judicial - Trata-se da emancipação por concessão do tutor;
Legal - Consiste nas hipóteses legais, como casamento, exercício de emprego público efetivo e colação de grau em curso de ensino superior
4.9- Da Pessoa Jurídica:
As pessoas jurídicas estão previstas no Código Civil a partir do art. 40. 
As Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno são a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, as autarquias e demais entidades de caráter público criadas por lei. 
As Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo são os Estados estrangeiros e todos os entes que forem regidos pelo direito público internacional, como a ONU, OEA, OTAN.
As Pessoas Jurídicas de Direito Privado são ass associações, as sociedades e as fundações. Sendo que este tema compete ao Direito Empresarial, que será estudado em nossas próximas aulas.
4.10 – Negócio Jurídico – Para a sua realização carece do entendimento do que venha a ser o fato jurídico e seus desdobramentos:
Fato jurídico (São chamados de fato jurídico lato sensu):
É o que gera uma consequência jurídica, que podem ser três formas, fazendo com que surja o nascimento, a extinção ou modificação de direitos.
O fato jurídico natural ordinário são previsíveis e rotineiros, como o nascimento.
O fato jurídico natural extraordinário são o caso fortuito e a força maior.
Já o fato jurídico humano são lícitos e ilícitos (puníveis).
4.11- Teoria Tripartite dos Negócios Jurídicos:
Se analisa os três planos dos negócios jurídicos necessariamente nesta ordem: 
-Plano da Existência – No Plano da Existência, para que exista um negócio jurídico, requer-se agente, objeto e forma. 
-Plano de validade, verifica-se se o negócio jurídico se ajusta ao ordenamento jurídico, estudamos se o negócio jurídico é válido, nulo ou anulável. 
-Plano da eficácia, constata-se se o negócio jurídico está apto a produzir efeitos. Cabe esclarecer que um negócio jurídico pode ser válido e nunca produzir efeitos. Como, v.g., o que necessita de uma condição. 
5.1 - Defeitos do negócio jurídico estabelecidos no Código Civil Brasileiro:
De acordo com o art. 104 do CC, o negócio jurídico para ser válido necessita de agente capaz, objeto lícito, possível, determinado, determinável, forma prescrita e defesa em lei.
É nulo o negócio jurídico quando (amostragem): celebrado por pessoa absolutamente incapaz; for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; não revestir a forma prescrita em lei.
Já a anulabilidade opera efeitos apenas entre as pessoas envolvidas na relação jurídica em que se tem o negócio jurídico anulável. Ocorrendo por incapacidade relativa do agente e por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
5.2 - Defeitos dos Negócios Jurídicos - Ocorrem por:
Erro - quando as declarações poderiam ser identificadas por pessoa com raciocínio mediano;
Dolo - é o artifício usado para enganar alguém de forma proposital;
Coação - é a violência física ou moral que impede alguém de proceder livremente;
Estado de perigo - É a circunstância em que alguém assume obrigação excessivamente onerosa, para salvar-se, ou a pessoa de sua família, ou a outrem, de dano grave.
Lesão - Ocorre quando há prejuízo resultante da desproporção existente entre as prestações de um determinado negócio jurídico, por consequência de fatores pessoais da vítima.
Fraude contra credores – Ocorre quando o devedor insolvente, ou na iminência de o ser, que desfalca seu patrimônio, onerando ou alienando bens, subtraindo-os a garantia comum dos credores.
5.3 – Da classificação das lesões:
-Lesão Consumerista:
Pode ser alegada somente pelo consumidor. Carece, obrigatoriamente, de uma relação de consumo (consumidor e fornecedor). Regulada pela Lei 8.078/90 CDC.
-Lesão Usurária:
Cobrança excessiva na taxa de juros.
-Lesão Especial:
O lesado poderá pleitear a revisão do contrato ao invés da anulabilidade.
5.4- Simulação:
Pelo Código Civil, a simulação não é mais considerada um vício social, já que foi retirada do Capítulo dos defeitos e agora é causa de nulidade prevista no artigo 167 do CC/2002, tendo em vista que a simulação, geralmente, está acompanhada da fraude à lei.
Simulação é a intencional manifestação enganosa da vontade humana, em razão do conluio entre os sujeitos com o objetivo de fraudar a norma e provocar lesão a terceiros.
O ato decorrente da simulação é nulo, todavia, há uma exceção, contida na parte final do art. 167, CC. 
Essa exceção só se aplica quando a simulação é relativa e desde que o ato dissimulado apresente todos os atos materiais e formais do contra
5.5- Fraude:
Trata-se de uma fraude material e, ao mesmo tempo, representa vício social do negócio jurídico. 
É o ato intencional de provocar a auto insolvência com o escopo de frustrar o crédito alheio.
A fraude contra credores pode envolver a dilapidação
patrimonial gratuita ou a dilapidação patrimonial onerosa.
5.6- Dos Atos Ilícitos:
É aquele cometido por uma ação ou omissão voluntária, negligência, imprudência, que viola direito e causa dano a outra pessoa, ainda que este dano seja exclusivamente moral.
Ocorrendo o ato ilícito, surge o dever de indenizar.
Não constituem atos ilícitos os praticados em:
Legítima defesa – É a salva guarda da própria vida em face de injusta ameaça;
Estrito cumprimento do dever legal – É a obrigação do agente (público ou privado) de fazer ou não fazer algo em detrimento, exclusivo, de norma;
Estado de necessidade – Situação diferenciada da normalidade em que alguém pode valer-se, inclusive, de meios diversos para salva guardar-se.
5.7 – A Responsabilidade Civil :
É o dever daquele que causou o dano à alguém de repará-lo. 
-A responsabilidade civil surge pela prática de um ato ilícito que é o conjunto de pressupostos da responsabilidade civil.
Contratual: o dano decorre do descumprimento de um contrato entre as partes;
Extracontratual ou aquiliana: o dano decorre de um ato ilícito, ou seja, não existe vínculo obrigacional anterior entre agente e vítima;
-Da responsabilidade Subjetiva - Para a caracterização da responsabilidade subjetiva, devem estar presente os seguintes elementos: conduta, dano, nexo causal e culpa.
- A responsabilidade objetiva - É a exceção pela qual, em alguns casos previstos em lei, o agente responde mesmo sem ter havido culpa sua para o dano. Podendo ser pelo fato de terceiro, fato da coisa;
-Suas excludentes são fato exclusivo da vítima, de terceiro e o caso fortuito e a força maior.
5.8 – Dos prazos de prescrição e decadência:
-Prescrição - o titular de algum direito venha perdê-lo em função de sua inércia no tempo.
Podem ser suspensas pela contagem do prazo, ou, v.g., entre os cônjuges (durante) , entre ascendentes e descendentes, incapazes.
Poder ser interrompidas, são hipóteses certas e determinadas por expressa previsão legal. Haverá o retorno ao início do prazo, contando-o novamente, v.g. pelo juiz, protesto cambial, etc.
Acerca do prazo, podem variar de 1 a 5 anos.
-Decadência - É o não exercício tempestivo (no prazo previsto em lei) do direito potestativo. Ocorre em hipóteses expressas, v.g., no CDC – 30 a 90 dias.

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