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- Legislação: • Decreto nº 9.013/2017 – RIISPOA. • Portaria nº 210/1998 – Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carnes de Aves. - Pé-direito mínimo de 4m (3m se climatizada). - Equipamentos devem manter 1,20m da parede e 0,30m do piso. - Esterilizadores obrigatórios em áreas de: sangria, abertura de abdômen, linhas de inspeção post mortem e seção de cortes e desossa. 1. Recepção das aves vivas (Inspeção ant mortem); 2. Pendura; 3. Insensibilização; 4. Sangria; 5. Escaldagem (Inspeção Prévia); 6. Depenagem, 7. Evisceração (Inspeção post mortem). - Área de descanso quando não puder o abate imediato. • Quando não for possível o abate imediato: permite a espera em local especifico com cobertura, ventilação e umidificação do ambiente. - Plataforma coberta e protegida.(de ventos e raios solares) -> Parcial ou totalmente fechada (á critério da I. F.). - Proibida higienização de veículos na área. - Deve haver um sistema que facilite a movimentação das gaiolas ou caixas, que serão levadas para outro setor após estarem vazias. - É proibido guardar as gaiolas limpas no mesmo lugar onde ficam as aves vivas. - Deve dispor de sala de necropsia. - Realizada na plataforma de recepção. - Médico veterinário (AFFA ou contratado). - Objetivos: 1. Verificar o histórico sanitário do lote: Analisar o Boletim Sanitário (B.S.). Evitar o abate conjunto de aves doentes. Possibilitar a matança de emergência, se necessário. 2. Identificar uso de antibióticos: Localizar lotes tratados com antibióticos. Realizar o sequestro das aves. Encaminhar para análises laboratoriais (detecção de resíduos na carne). 3. Detectar sinais de doenças ou problemas de saúde: Identificar aves suspeitas que exigem redução na velocidade da linha de abate. Permitir um exame mais detalhado dessas aves. 4. Reconhecer doenças não detectáveis post- mortem: Diagnosticar doenças neurológicas (ex: Doença de Marek, Newcastle). Prevenir o abate de aves com enfermidades que não aparecem na carcaça após o abate. - Jejum: evitar o abate de aves dom repleção do trato gastrointestinal e possíveis contaminações durante - Compreende o exame visual dos lotes de aves destinadas ao abate, bem como o conjunto de medidas adotadas para a habilitação das mesmas ao processamento industrial. - Dividida em: • Inspeção documental: Guia de trânsito, boletim sanitário + certificado sanitário (aves de reprodução) e ficha de acompanhamento de lote (Frangos). → Guia de trânsito: documento obrigatório para movimentação de aves destinadas ao abate, origem; destino; espécie; categoria (ave de postura, frango); numero de aves transportadas; data de emissão e validade; finalidade (objetivo do transporte) e observações. → Boletim sanitário e FAL: procedência das aves (granja produtora e o n° de lote ou galpão); n° de aves (inicial e final); doenças detectadas no lote; tipo de tratamento (agente terapêutico usado e duração); data de suspenso de ração com antibióticos e/ oi coccidiostáticos; data e hora de retirada de alimentação; outros dados julgados necessários e assinatura do M.V. responsável pelo plantel. • Inspeção visual (ave em estação + em movimento): → Cor de apêndices da cabeça, afecção da pele, diarreia, coriza; → Estado de nutrição; → Atitudes: prostração, abatimento, → Condições de transporte e lotação das caixas. Aves suspensas pelos pés em ganchos. Pés umedecidos para melhor condução elétrica - Preferencialmente por eletronarcose sob imersão em líquido. - Deve causar inconsciência, não morte. - Sangria deve ocorrer em até 12 segundos. - Insensibilização adequada: • Extensão de eletrodo na cuba; • Distância das aves ao eletrodo; • Adição de sal à água; • Ganchos molhados e ajustados às aves, • Equipamento ajustado à espécie e peso. - Verificação da insensibilização: • Avaliação das aves e dos parâmetros elétricos, garantindo que os animais passem pela sangria devidamente inconsciente. - Fases: • Tônica: Pescoço arqueado e pernas estendidas; Tremor corporal; Asas fechadas junto ao corpo; Olhos abertos, Ausência de respiração rítmica. • Cônica: Movimento das pernas; Movimento de asas, mas sem batimento coordenado, Ausência de reflexo ocular. - Abate sem insensibilização permitido apenas para atendimento de preceitos religiosos ou requisitos de países importadores. - Instalação própria e exclusiva (Área de sangria) impermeabilizada em suas paredes e teto. - Sangria será separada fisicamente da recepção das aves e possuir acesso independente de operários. - Duração mínima de 3 minutos. - Equipamentos obrigatórios: calha de sangria, esterilizadores, lavatórios. - Sangria deve ser realizada com aves contidas pelos pés, em ganchos, apoiados em trilhagem aérea mecanizada. - Completamente separadas fisicamente das demais áreas. - Obrigatoriamente após o término da sangria. - Aves poderão ser escaldadas pelos seguintes processos: • Pulverização de água quente e vapor; • Imersão em tanque com água aquecida através de vapor, - Tanque: • Material inoxidável; • Sistema de controle de temperatura e renovação contínua de água, a cada 8h renovado correspondente ao seu volume total. - Mecanizada; - Aves suspensas pelos pés; - Proibido acúmulo de penas no piso; - Deve haver uma canaleta para o transporte contínuo das penas para o exterior da dependência. - Pode ser: • A seco, • Após a escaldagem em água aquecida e com renovação contínua. - Seção de escaldagem e depenagem: • Equipamento adequado destinado à escaldagem de pés e cabeças e a retirada da cutícula dos pés, quando se destinarem a fins comestíveis. • Renovação do volume total de água a cada 8 horas (cada turno de trabalho). • Quando forem removidos pés e/ou cabeças na seção de escaldagem e depenagem, será obrigatória a instalação de um "Ponto de Inspeção". - Antes da evisceração: carcaças levadas em chuveiros de aspersão. - Executada em instalação própria, isolada através de paredes da área de escaldagem/ depenagem. - Compreende: desde a operação de corte da pele do pescoço, até a toilette final das carcaças. - Extração da cloaca -> Corte abdominal -> eventração. • Extração da cloaca: → Aves suspensas pelos pés, incisão rodelar da cloaca, deslocando-se da carcaça, sem separá-la da porção final do intestino. → Pistola extratora de cloaca deverá ter auto lavagem com corrente, acionado a cada operação. → Não deve separar a cloaca dos aparelhos digestivos e urogenital, com a finalidade de diminuir a contaminação das carcaças por fezes. • Corte abdominal: → Deverá ser feito de forma que não rompa as vísceras e proporcione facilidade de exposição das mesmas. • Eventração: exposição das vísceras para inspeção, sem separa-las. - Podem ser automatizadas ou não automatizadas • Não automatizadas: obrigatoriamente realizada com as aves suspensas presas em trilhagem aérea. • Calha de material inoxidável, vísceras não comestíveis sejam captadas e carreadas para os coletores, ou conduzidos diretamente para a seção de subprodutos não comestíveis. • Trilhagem aérea estará a uma altura que não permita que as aves dependuradas possam tocar na calha ou em suas águas residuais. - Calha de evisceração: • Largura de borda a borda: mín. 0,60m ou 60 cm. • Afastamento da sua borda até o ponto de projeção da nora sobre a calha: Mín. de 0,30 m ou 30 cm. - Todas operações que compõem a evisceração e ainda a Inspeção de Linha, deverão ser feitas ao longo da calha, que tem comprimento mín. de 1m por operário. - Não pode retirar órgãos e/ ou partes de carcaças antes que seja realizada a inspeção post-mortem (executando se pés e cabeça retiradosna seção de escaldagem). - Operações Eviscerações: 1. Cortes de pele do pescoço e traqueia; 2. Extração de cloaca; 3. Abertura do abdômen; 4. Eventração (exposição das vísceras); 5. Inspeção post mortem; 6. Retirada das vísceras; 7. Extração dos pulmões; 8. Toilette (retirada de papo, esôfago, traqueia), 9. Lavagem final (externa e internamente). - Inspeção post mortem executada na seção de evisceração, disporá de: • Área de inspeção de linha: A,B e C. • Área para IF: DIF. - Linhas: • A: Exame interno da carcaça. Visualização da cavidade torácica e abdominal (pulmões, sacos aéreos, rins e órgãos sexuais). • B: Exame do coração, fígado, moela, baço, intestinos, e nas poedeiras ovários e ovidutos. • C: Exame externo da carcaça. Visualização da superfície externa, pele e articulações. Remoção de contusões, membros fraturados, abscessos e calosidades. - Vísceras não comestíveis: • Saco pericárdio, revestimento da moela, vesícula biliar: Lançadas diretamente na calha de evisceração e conduzidas aos depósitos coletores ou diretamente para a seção de subprodutos não comestíveis. - Vísceras comestíveis: • Moela, fígado, coração: depositadas em recipientes de aço inoxidável, material plástico ou similar, após previamente preparadas e lavadas e processados em seção própria, - Miúdos: devem ser pré resfriados, imediatamente, após a coleta e preparação. Não é permitido o acúmulo de miúdos para processamento. - Ovários de Reprodutoras e Poedeiras comerciais: • A coleta só poderá ser realizada após liberação das aves pelo IF, e observados os princípios de higiene. • Resfriado, imediatamente, após a coleta, temperatura mín. 4°C. • Armazenamento e transportado sob refrigeração (0°C) e destinado, exclusivamente, para pasteurização. - Pulmões: obrigatoriamente retirados através de sistema de vácuo ou mecânico, preconizando-se a instalação de sistema de higienização dos instrumentos utilizados. - Podem ser realizadas as fases de pré resfriamento, gotejamento, embalagem primária e classificação, desde que a área permita a perfeita acomodação dos equipamentos e não haja prejuízo higiênico para cada operação. - Pré-resfriamento de pés e pescoço (com ou sem cabeça) quando destinados ao consumo, devem ser: • Imediatamente pré-resfriados após a retirada. • Utilizado resfriador contínuo por imersão. • Temperatura máxima: 4ºC. • O pré-resfriamento deve ocorrer em seção apropriada, como: 1. Pré Resfriamento (Pré Chiller e Chiller); 2. Sala de cortes; 3. Embalagem primária; 4. Embalagem secundária; 5. Túnel de congelamento câmaras, 6. Expedição. - Métodos: • Aspersão com água gelada. • Imersão em resfriadores contínuos tipo rosca sem fim (mais comum). • Resfriamento por ar em câmara fria. - Temperaturas: • Pré-Chiller (1º estágio): água→ Bebedouros: 150L/animal/dia; 20% dos animais simultaneamente, nível constante tipo cocho. → Água para limpeza: 100L/m², pressão ≥ 3 atm. → Seringa e brete de contenção (Exame de fêmeas, inspeção animais suspeitos, identificação dos destinados a matança de emergência). → Lavadouro para desinfecção de veículos (certificação obrigatória). → Cercas: 2 m de altura, madeira ou outro material resistente, sem cantos vivos ou proeminências. → Muretas separatórias (Cordão sanitário): altura de 0,30m, cantos e arestas arredondados. → Plataformas elevadas: construídas sobre as cercas, largura mín. de 0,60m com corrimões de proteção de 0,80 m de altura. 2. Currais de Matança: • Recebem animais aptos ao abate. • Realização de inspeção ante mortem. • Devem seguir os mesmos requisitos dos currais de chegada +: → Área proporcional à CMMD (Capacidade Máxima de Matança Diária): CMMD × 2,5m². → Corredor central de 2m. → Duas porteiras por curral: entrada e saída. → Iluminação: mínimo 5W/m². 3. Curral de Observação: • Para animais suspeitos durante inspeção ante-mortem. • Requisitos: → Adjacentes aos currais de chegada e seleção. → Afastado 3m dos demais currais. → Cordão sanitário (0,5m de altura). → Identificação por tabuleta e cor vermelha. → Cadeado com chave da I.F. - 24 horas; - Recuperação das taxas de glicogênio no músculo: acidificação da carne. - Esvaziamento do trato gastrointestinal (facilitar a evisceração e evitar contaminação de carcaça). - Hidratação do animal: facilitar a esfola, evitar contaminação de carcaça e ruptura de couro. - Ocorre nos currais de chegada e seleção e matança. - Realizada nos currais de chegada e seleção e de matança. - Atribuição exclusiva do M.V. - Empresa fornece papeleta com discriminação dos lotes e respectivas quantidades. - Acontece: • Primeira hora do período da tarde • Repetida 30 min antes do início do abate. - Observação visual em repouso e movimento. - Objetivos: • Exigir certificados sanitários. • Identificar doenças ou situações que exijam separação. • Confirmar lotes e números. • Avaliar higiene dos currais e bebedouros. • Recusar vacas recém - paridas, abortadas ou com gestação avançada. - Animais doentes ou acidentados. 1) Imediata: Animais acidentados, com fraturas, sem febre. Abatidos antes da matança normal. 2) Mediata: Animais doentes, com febre ou suspeita clínica. • Abatidos após a matança normal. • Podem ser abatidos na Sala de Matança ou Departamento de Necropsia. - Próximo ao curral de observação ou graxaria. - Necropsia realizada pelo M.V que chegam mortos ou que morrerem no estabelecimento e naqueles sacrificados por força de doenças infectocontagiosas. - Composto por: • Sala de Necropsia: porta metálica, equipamentos exclusivos. • Forno Crematório ou autoclave. - Destinação: • Graxaria (subprodutos não comestíveis). • Forno/Autoclave (casos de doenças infectocontagiosas). - –Reduz a excitação dos animais, provocado pelo deslocamento; –Promovem a limpeza parcial externa dos animais; –Promovem vasoconstrição periférica. Chuveiros transversais, longitudinais e laterais. - Largura: ≥ 3m. - Pressão mínima: 3 atm. - Água pode ter até 15 ppm de cloro livre. - Largura mínima: 3m. - Aclive: 13–15% no máx. - Paredes fechadas com 2m de altura. - Porteiras tipo guilhotina (animais em lote impede a volta). - Capacidade: 10% da capacidade horária da sala. - Parte final do corredor. - Sem aclive acentuado. - Comprimento = 10% da capacidade horária × 1,7m/bovino. - Pode conter chuveiros perfurados para banho adicional. - Permitido choque elétrico de 40–60V, aplicado por no máx. 1 segundo, preferencialmente nos membros traseiros. - Proibido uso de ferrões. - Só utilizar choque se o animal tiver espaço para avançar. - Estado de insensibilidade mantendo as funções vitais até a sangria. - Realizado com animal contido em boxe. - Efetuado por concussão cerebral. - Box devem conter um bovino/ vez. - Material metálico: • Fundo e lateral com Área de “Vômito”: móveis: Fundo: movimento basculante lateral. Lateral: movimento de guilhotina. • Dispor de guincho de ascensão: Evitar que “vômito” de um animal que está sendo guinchado caia sobre outro. - Tipos de métodos mecânicos: • Percussivo penetrativo: pistola com dardo cativo (90° na testa). Pistola posicionada para que o dardo penetre o córtex cerebral através da região frontal. Sangria em até 60s. • Percussivo não penetrativo: golpe no crânio. Posicionado na cabeça, de modo que o dardo atinja o córtex cerebral, através da região frontal. Sangria em até 30s. - Fases: • Tônica: rigidez muscular, midríase, ausência de reflexo corneal, mandíbula relaxada e língua solta, ausência de vocalização, flexão membros traseiros e extensão dianteiros. • Clônica: espasmos e movimentos involuntários. Não podem apresentar sinais de insensibilidade. - Área com piso metálico e paredes impermeáveis (2m). - Chuveiro remove regurgitação do animal anterior. - Pressão mínima: 3 atm. - Tamanho varia conforme nº de bois/hora (1,2m a 3,6m). - Separada do chuveiro para remoção do “vômito” e outras dependências (triparia, desossa, seção de miúdos). – Graxaria: distância mínima 5m. - Pé-direito: 7m. - Área total: 8 m2 /boi/hora. - Separada fisicamente do resto da sala de matança. - Animal deve estar inconsciente. - Técnica: secção de grandes vasos do pescoço (carótidas, vertebrais). • Seccionar a pele na base do pescoço com faca. • Seccionar vasos sanguíneos que emergem do coração. • Como o local a ser cortado não é visível, operador deve inserir a faca entre os músculos do pescoço, em direção a cavidade torácica. • Corte adequado produzirá um rápido fluxo de sangue; • Caso não haja bom fluxo, vasos sanguíneos precisam ser cortados - Sangue escoa por canaleta impermeabilizada. - Comprimento da canaleta varia conforme abate/hora. - Tempo mínimo de sangria: 3 minutos. • Somente após, inicia-se a esfola. - Trilhagem aérea: assegurar que extremidade (focinho) não toque o piso e as carcaças não toque colunas e paredes. Indispensável o emprego de dispositivos de freada na trilhagem, nos seguintes pontos: • Antes chuveiro para remoção “vômito”; final da passagem por este chuveiro; • Linha de sangria. • Linhas de inspeção. - Retirada do panículo subcutâneo com animal suspenso em trilho. - Etapas: 1. Serragem de chifres, 2. Abertura da barbela, 3. Desarticulação membros dianteiros, 4. Liberação da pata esquerda do trilho 5. Esfola manual da virilha e quarto esquerdo, quando o garrão esquerdo é preso na carretilha da nória (1° transpasse) 6. Liberação da pata direita, 7. Esfola manual da virilha e quarto direito, garrão direito é preso na carretilha (2° transpasse). 8. Retirada do couro com esfolamento manual e mecânico; 9. Ânus liberado dos ligamentos e amarrado (carcaça recebe identificação); 10. Cabeça é desarticulada e recebe o número correspondendo ao número da carcaça. 11. Porção cervical esôfago: Liberação dos ligamentos e da traqueia e oclusão com nó cirúrgico. 12. Porção torácica esôfago : liberação com sonda metálica (“saca-rolha”). 13. Esfola da cabeça. 14. Cabeça é separada do corpo e lavada; 15. Remoção da cauda e cupim.