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O EXAME FÍSICO EM ENFERMAGEM 
INTRODUÇÃO
O exame físico mostra sua importância na elaboração do plano de cuidados de enfermagem e no contexto da condição daquele que cuidamos.
Segundo Alex Lowen (1983) “o corpo fala”, sendo necessário que quem se dispõe a ouvi-lo saiba como fazer.
Aprender os princípios do exame físico é fundamental para a assistência de enfermagem – “como assistir se eu não sei avaliar clinicamente o meu cliente?”
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Aprender a examinar o cliente é o princípio que conduz o assistir, sem ele o fazer do enfermeiro pode limitar-se apenas a executar rotinas e tarefas pré-estabelecidas.
Segundo Epstein e colaboradores (1998) o exame físico pode confirmar ou descartar um diagnóstico suspeito pela história do cliente. 
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FINALIDADES DO EXAME FÍSICO
* Coletar dados de referência sobre a saúde do paciente
*Suplementar, confirmar, ou contestar dados obtidos no histórico 
*Confirmar e identificar os diagnósticos de enfermagem
*Fazer julgamentos clínicos sobre as alterações no estado de saúde do cliente
*Avaliar os resultados fisiológicos do tratamento
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EXAME DOS TEGUMENTOS
O tegumento, consiste na pele, pêlos e unhas, couro cabeludo, proporcionam proteção para o corpo, ajuda a regular a temperatura corporal e é um órgão sensorial para dor, temperatura e tato. O enfermeiro avalia o tegumento usando as habilidades de inspeção, palpação e olfação. 
 
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ANATOMIA E FISIOLOGIA 
Camadas da pele:
→ Epiderme - é a camada mais externa, é composta de várias camadas mais finas em diferentes estágios de maturação. Protege o tecido subjacente contra a perda de água, lesão mecânica e química, impede a entrada de microorganismos. 
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A camada mais interna gera novas células que migram na direção da superfície subcutânea para substituir células mortas que se desprendem continuamente da superfície externa da pele. A camada mais interna repara feridas e restaura a integridade da pele. Células chamadas melanócitos podem ser encontradas na pele, produzem melanina, que dá pigmento à pele.
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→ Derme - é uma camada mais espessa de pele, contendo feixes de colágeno e fibras elásticas que sustentam a epiderme. Contem terminações nervosas, glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos (promove a irradiação do calor por meio da vasodilatação e fornecendo uma superfície para a evaporação do suor). 
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→ Tecido subcutâneo – contém vasossang6uíneos, nervos, linfonodos e tecido conjuntivo frouxo preenchido com células de gordura que serve como um isolante térmico. 
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A pele troca O2, nutrientes e líquido com os vasos sangüíneos subjacentes (que estão abaixo do outro), sintetiza novas células e elimina as células afuncionais (mortas).
A pele demonstra alterações na condição física da pessoa por alterações de cor, espessura, textura, elasticidade, turgor , temperatura e hidratação. 
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UNHAS
A parte mais variável das unhas é a placa (leito) ungueal. 
A vascularização do leito ungueal confere a cor à unha subjacente. 
A área semilunar esbranquiçada na base do leito ungueal a partir da qual se desenvolve a placa ungueal denomina-se lúnula. 
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PÊLOS
Há 2 tipos de pêlos no corpo: 
o terminal - longo, espesso e áspero, visível com facilidade no couro cabeludo, axilas e áreas pubianas, barba masculina. 
o velo - pêlos finos, macios e delicados que cobrem todo o corpo, exceto regiões palmar e plantar. 
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O exame de pele possibilita ao enfermeiro detectar alterações na: oxigenação, circulação, nutrição, dano tecidual local e hidratação; 
No contexto hospitalar: úlcera por pressão, escoriação, exposição a pressão decorrente da imobilização ou reação a medicamentos.
 Clientes sujeitos a lesão tegumentar: idosos, debilitados, gravemente enfermos, gravemente neurológicos, doentes crônicos, condições ortopédicas, problemas mentais, má oxigenação tecidual, baixo débito cardíaco e desnutrição.
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A condição das unhas e pêlos pode refletir a saúde do cliente, seu estado nutricional, sua ocupação, seu nível de cuidado consigo mesmo. Até o estado emocional pode ser revelado por evidência do hábito de roer unhas.  
Estar atenta a condições patológicas que apresentam como sinais alterações tegumentares, como: anemia, insuficiência arterial, doença hepática, insuficiência renal, hiperemia associada a inflamação ou febre.
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Áreas de pressão potencial: base do nariz (cateter), meato urinário (cateter), locais punção venosa, locais de tubos de drenagem. 
 
MATERIAL
Iluminação adequada, luvas de procedimento, swab, lupa, material pontiagudo, gaze, tubos de ensaio com água morna e fria. 
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Inspecionar a pele, observando: coloração, pigmentação, manchas ou áreas do corpo com variação de cor, se há locais de injeção, condições da pele exposta a pressão, ao sol e pressão potencial, eritema.
Inspecionar qualquer lesão quanto a: cor, localização, textura, tamanho, formato, agrupamento (aglomerada ou agrupada), distribuição (localizada ou generalizada), cor, odor, quantidade de exsudato. 
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Palpar as superfícies cutâneas para: sentir a umidade da pele e observar as mucosas, temperatura, locais de pressão, textura (lisa, macia, uniforme, flexível) não é uniforme em todo o corpo (palmar e plantar são mais espessas), sensibilidade, firmeza e profundidade de lesões superficiais (altura, largura, profundidade), avaliar turgor e elasticidade, 
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edema obs. localização, cor, forma e palpar para avaliar mobilidade, consistência e sensibilidade;
avaliar edema com cacifo pressionar com firmeza com o polegar por 5” e liberar, resultado: 
+ = 0,2 mm,
 ++ = 0,4 mm, 
+++ = 0,6 mm, 
++++ = 0,8 mm), 
 endurecimento (IM ou SC repetidas); mobilidade, contorno (plano, elevado, deprimido);
 consistência (dura, mole).
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Avaliação das unhas.
Inspecionar: cor do leito ungueal, higiene, espessura, forma da placa ungueal (se há cristas, sulcos, repressão e afundamento), textura, condições do tecido em volta da unha, ângulo entre a unha e o leito ungueal (160º) acima de 180º - cutícula fica alta (hipoxemia), cutículas roídas.
Palpar a base da unha avaliando se é firme, avaliar o enchimento capilar periférico. 
Inspecionar superfícies laterais e fundos dos artelhos. 
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CABELOS E COURO CABELUDO
Explicar a necessidade do exame para detectar problemas. O cliente pode ser sensível ao exame do cabelo.
Perguntar ao cliente: uso de peruca, aplique e solicitar que o retire; se notou alterações no crescimento do cabelo, perda, lesões no couro cabeludo, traumatismo recente, quimioterapia, acampamento (carrapato), se modificou a dieta. 
Usar luvas se houver suspeita de pediculose e lesões.
Inspecionar: cor, distribuição, textura, lubrificação. 
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CABEÇA E PESCOÇO
 
Observação do aspecto geral e, posteriormente das estruturas do pescoço, músculos, linfonodos, artérias carótidas e veias jugulares, glândulas tireóide e traquéia.
 
Material : estetoscópio, copo com água.
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Informar sobre: traumatismo recente (caso afirmativo, avaliar o estado de consciência após a lesão), crise convulsiva, cefaléia, sintomas neurológicos, historia ocupacional (capacetes), pratica de esporte de contato (ciclismo, patinação, skate), lactente avaliar a historia do parto e forma de liberação da cabeça, resfriado ou infecção recente, exposição a irradiação química, problemas da tireóide.
 
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Avaliar posição da cabeça (com relação aos ombros e tronco).
Inspecionar: características faciais (simetria, forma, movimentos e expressão), tamanho, forma e contorno.
Palpar o crânio (massa, nódulos, fontanelas – tamanho, forma e textura), 
artérias (elasticidade, amplitude da pulsação, ritmo e freqüência, sensibilidade).
 
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Pescoço – inspecionar: posição anatômica habitual, simetria dos músculos, alinhamento da traquéia, distensão de artérias e jugulares (pedir ao cliente para tomar água), pedir para fazer movimentos de extensão,
flexão, rotação, avaliar rigidez de nuca.
 - palpar: lifonodos (localização, tamanho, sensibilidade, calor, consistência, mobilidade, nitidez); mobilidade da traquéia; glândula tereóide (> da glândula causa > do fluxo arterial causando vibração fina auscultada como um sopro suave); glândulas parótidas.
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Olhos – abrange a avaliação da acuidade visual, compôs visuais, movimentos extra-oculares e estruturas externas. Alterações visuais podem alterar de maneira significativa a capacidade do cliente de deambular com segurança e manter sua independência na realização das atividades de cuidados pessoais.
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Material: jornal, cartão plástico protetor para os olhos, cotonetes, lanterna clinica, luvas de procedimento, algodão.
Orientar o cliente, posição sentado. 
Investigar: doença/cirurgia/traumatismo ocular, diabetes, hipertensão, dor nos olhos, fotofobia, queimação, prurido, ardência, secreção, lacrimejamento, visão turva, escotomas (pequenos pontos negros que parecem cruzar o campo visual), diplopia, historia familiar de glaucoma ou retinite, avaliar historia ocupacional,uso de óculos lente de contato, uso de medicamentos.
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Inspecionar: posição dos olhos, sobrancelhas (tamanho, alinhamento, textura do pelos) pedir para elevar as sobrancelhas, área orbitária à procura de edema, posição das pálpebras, margens palpebrais, observar o reflexo de piscar, posição e direção dos cílios, integridade, glândula lacrimal (parte externa superior da órbita), ducto lacrimal (canto interno), avaliar umidade, coloração, edema, petéquias, corpo estranho nas mucosas e conjuntivas (pode inverter a pálpebra), tamanho forma e igualdade das pupilas (de 2 a 9 mm) avaliar reflexo da pupila (ambiente na penumbra) e reflexo de acomodação (olhar para um objeto distante parede com o dedo ou lápis a 10 cm da ponte nasal). 
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Palpar: área da glândula lacrimal, avaliar a força palpebral, testar a sensibilidade da córnea com pequeno pedaço de algodão.
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Ouvidos – é avaliado para detectar integridade das estruturas e condições da audição. Os distúrbios do ouvido podem resultar de disfunção mecânica (cerume, corpo estranho), traumatismo, distúrbio neurológico, doenças agudas, efeitos tóxicos de medicamentos.
 A audição é essencial para a pessoa interagir com êxito em seu ambiente.
Falar com o cliente no tom de voz natural. 
Material: luvas de procedimento, lanterna clinica.
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Investigar: otalgia, prurido, secreção, zumbido, vertigem, alteração da audição inicio e duração avaliar riscos de problema auditivo: crianças (hipoxia, meningite, baixo peso ao nascimento, historia familiar de perda auditiva), anomalias congênitas (crânio, face, rubéola, herpes, uso de drogas, infecção uterina não bacteriana, bilirrubina excessivamente alta, traumatismo craniano). 
 Adulto: exposição a ruídos, doença genética, distúrbios neurovegetativos, uso de medicamentos (aspirina, aminoglicosídeos, furosemida, estreptomicina).
Perguntar ao cliente como normalmente limpa as orelhas. 
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Inspeção: posição da orelha, cor, forma, tamanho, cicatriz, abertura do canal auditivo (integridade, secreção, tamanho, cor, descamação, corpo estranho, cerume). 
Palpar: avaliando textura, sensibilidade, tumefação, nódulo, lesão. 
Testar a acuidade auditiva. No lactente observando seu comportamento e suas respostas ao som.
 
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Nariz e seios nasais: detectar simetria das estruturas, traumatismo, inflamação ou infecção, lesão (uso de descongestionantes, cocaína, opióides)
Material: luvas procedimento, lanterna clinica, especulo nasal.
Cliente pode ficar sentado
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Inspecionar: formato, tamanho, pele, coloração, deformidades, inflamação, inspecionar a mucosa (coloração, umidade, secreção, edema, epistaxe, lesão, pólipo).
Avaliar permeabilidade das narinas.
Palpação dos seios paranasais: frontal, áreas faciais e maxilares.
 
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Cavidade oral : material - luvas de procedimentos, espátula, swab, gaze, lanterna clinica. Cliente sentado ou deitado, se fuma, mastiga tabaco, uso de álcool, freqüência de escovação, escova língua, uso fio dental, freqüência do dentista. 
Inspecionar: lábios (simetria, umidade, coloração, integridade), higiene, integridade, coloração (mucosas e dentes), umidade, uso de prótese, carie, gengivas (retirar próteses), edema. Na língua e sublingual observar: desvio, tremor, movimentos limitados, protusão, textura, revestimento, nódulos, cisto 
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Palpar (gengivas, bochechas, língua,) com a mão enluvada para sensibilidade, úlceração, tamanho e consistência.

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