Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL
CURSO GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
WESLEY DE OLIVEIRA DUTRA – UL21207726
IMPACTO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES
 CRUZEIRO DO SUL
 2025
WESLEY DE OLIVEIRA DUTRA – UL21207726
IMPACTO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para a Banca de Defesa do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN, como requisito obrigatório para obtenção do título de graduação.
Orientadora: Prof. Brenda de Moraes Souza.
CRUZEIRO DO SUL
2025
WESLEY DE OLIVEIRA DUTRA – UL21207726
IMPACTO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES
Aprovado em: __/__/__
BANCA EXAMINADORA
Prof. _______________________________________________
Brenda de Moraes Souza
Prof. _______________________________________________
Membro 2
Prof. _______________________________________________
Membro 3
AGRADECIMENTOS
Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.
Agradeço primeiramente à minha orientadora Brenda de Moraes Souza, por sua paciência, orientação e apoio incondicional durante todo o processo. Sua sabedoria e comprometimento foram essenciais para o desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus colegas e amigos, que sempre ofereceram palavras de incentivo, apoio emocional e intelectuais, meu muito obrigado. O convívio com vocês foi fundamental para superar os desafios dessa jornada.
Agradeço à minha família, por sua compreensão, amor e apoio constante, especialmente nos momentos mais difíceis. Sem o suporte e a confiança de vocês, este trabalho não seria possível.
Também não poderia deixar de agradecer a todos os profissionais e pesquisadores que, com seu conhecimento e generosidade, contribuíram para o meu aprendizado e para o aprofundamento deste estudo.
Por fim, agradeço a todos que, de alguma forma, fizeram parte dessa trajetória, contribuindo para que este trabalho fosse realizado com tanto empenho e dedicação.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	7
REFERENCIAL TEÓRICO	9
Breve histórico de infecção hospitalar....................................................9
Classificação das infecções..................................................................11
OBJETIVOS	12
Objetivo geral	12
Objetivos Específicos	12
METODOLOGIA	13
RESULTADOS E DISCUSSÃO	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
RESUMO
As infecções hospitalares representam um desafio significativo para a segurança do paciente e a qualidade da assistência à saúde, com impactos diretos na morbimortalidade e nos custos hospitalares. Este estudo tem como objetivo analisar o impacto das práticas de enfermagem na prevenção dessas infecções, destacando a importância da atuação dos enfermeiros como agentes fundamentais no controle e na redução de riscos. Por meio de uma revisão bibliográfica qualitativa, exploratória e descritiva, foram identificadas as principais estratégias adotadas pela enfermagem, como higienização das mãos, uso correto de EPIs, capacitação contínua e participação em Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Os resultados evidenciam que, embora os profissionais reconheçam a relevância dessas medidas, fatores como sobrecarga de trabalho e falhas na adesão às práticas recomendadas ainda comprometem sua eficácia. Conclui-se que investimentos em educação permanente, reforço ético e estrutural são essenciais para otimizar a prevenção, reduzindo danos aos pacientes e promovendo ambientes hospitalares mais seguros.
Palavras-chave: Infecção hospitalar; Enfermagem; Prevenção; Segurança do paciente; CCIH.
ABSTRACT
Hospital-acquired infections (HAIs) pose a significant challenge to patient safety and healthcare quality, directly impacting morbidity, mortality, and hospital costs. This study aims to analyze the impact of nursing practices on HAI prevention, emphasizing the pivotal role of nurses as key agents in risk reduction and control. Through a qualitative, exploratory, and descriptive literature review, the main nursing strategies were identified, including hand hygiene, proper use of PPE, continuous training, and participation in Hospital Infection Control Committees (CCIH). Results show that while professionals acknowledge the importance of these measures, factors such as workload and inconsistent adherence to protocols still hinder their effectiveness. The study concludes that investments in ongoing education, ethical reinforcement, and structural improvements are critical to enhancing prevention, minimizing patient harm, and fostering safer hospital environments.
Keywords: Hospital-acquired infection; Nursing; Prevention; Patient safety; CCIH.
1. INTRODUÇÃO
 A infecção hospitalar é um dos maiores desafios enfrentados pela assistência à saúde, impactando diretamente a morbidade e mortalidade de pacientes internados, especialmente daqueles em estado grave. Sendo o hospital local de tratamento e de atendimento daqueles que possuem alguma necessidade de saúde, deveria propor uma assistência humanizada e segura perante suas ações assistenciais. Entretanto, essas ações não são umas das realidades enfrentadas atualmente. Possuímos ainda, altos índices de infecções hospitalares (IH), comprometendo a assistência prestada nesses locais e levando a uma reflexão sobre a não concretização de práticas seguras e eficazes de controle epidemiológico (COELHO; SILVA; SIMÕES, 2011). 
 A enfermagem, por sua proximidade com os pacientes e pela natureza de seu trabalho, desempenha um papel crucial na implementação de medidas de prevenção, evitando que essas infecções ocorram. Os principais fatores que influenciam a aquisição de uma infecção de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2005) são: status imunológicos, uso abusivo de antibióticos, procedimentos invasivos, imunossupressão e falhas nos procedimentos de controle de infecção, o que torna a Infecção Hospitalar um problema de saúde pública. Sendo assim a formação profissional de qualidade e educação continuada são de grande relevância na atuação profissional (GIROTI; GARANHANI, 2015). 
Diferentes microrganismos como bactérias, fungos, e vírus causam infecções hospitalares, os agentes etiológicos responsáveis pelas infecções hospitalares podem ser de duas fontes: a endógena e a exógena. As endógenas, responsáveis por cerca de 70% das infecções hospitalares, são provenientes da própria microbiana do indivíduo, enquanto as exógenas resultam da transmissão de microrganismos de outras fontes, que não o paciente (AGUIAR, SILVA e SANTOS, 2008). 
Pensando em atuar de forma a aperfeiçoar os resultados e a desenvolver planos de ação para a melhoria da prática, a ANVISA estabelece a importância da avaliação de processo por meio de indicadores e estabelece que indicadores de processo podem ser compreendidos como a avaliação de intervenções e/ou ações que levam a um bom ou mal resultado. 
Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à Saúde (IRAS) através do Manual: Inclui Infecção Primária de Corrente Sanguínea (IPCS) em pacientes em uso de Cateter Venoso Central (CVC) como de vigilância e notificação obrigatória no âmbito nacional para todos os estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, com unidades de terapia intensiva neonatal, pediátrica e adultos que totalizem ou isoladamente possuam 10 (dez) ou mais leitos. Recomenda ainda vigilância de outros indicadores como: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM) e Infecção do Trato Urinário (ITU) associado a Cateter Vesical de Demora (CVD). 
Os profissionais, por sua vez, devem constantemente aprimorar seus conhecimentos, habilidades e atitudes em relação ao tema, a fim de garantir que seu trabalho seja cada vez mais reconhecido e essencial nas instituições de saúde. Dessa forma, será possível ofereceruma assistência de qualidade, promovendo o controle e a prevenção das infecções hospitalares (SILVA, 2005).
Estudar indicadores epidemiológicos, avaliar condutas, intervir, sistematizar ações de prevenção de infecções permite antecipar danos assim como oferecer uma assistência igualitária e justa àquele que está sob cuidados (FONTANA, 2006). Visto que, ações de prevenção e controle das infecções hospitalares precisam estar presentes no cotidiano de todos os trabalhadores da área da saúde, pois não se faz prevenção sem a participação de todos. 
A higiene das mãos (HM) deve fazer parte de todas as campanhas educativas tanto fortalecendo os conceitos da periodicidade como da técnica. A utilização de álcool 70% para as mãos deve ser estimulada em todos os setores do serviço de saúde, principalmente no ponto de assistência/tratamento.
Contudo, o presente estudo tem como objetivo identificar na literatura existente, as ações e/ou intervenções de enfermagem para prevenção de infecções hospitalares.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Breve histórico da infecção hospitalar
A história da infecção hospitalar teve início no século XVIII. Nessa época as condições sanitárias eram precárias, não havia separação de indivíduos que estavam contaminados patologicamente daqueles que estavam somente em período de recuperação, transmitindo assim as doenças com maior facilidade (DUTRA, et al., 2016).
A função da enfermagem no controle de infecções teve início com Florence Nightingale, século XIX, que por meio de suas ações junto aos hospitais de campanha na guerra da Criméia, que ocorreu entre 1854 e 1856, reduziu drasticamente a mortalidade dos soldados feridos. Ela utilizou-se de medidas de higiene e controle ambiental, revolucionando as formas de prestação de cuidados e afirmando a necessidade da enfermagem adotar novos hábitos para um cuidado mais efetivo (RABELO; SOUZA, 2009). 
Essa demanda foi impulsionada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), com a colaboração de profissionais que já pesquisavam e lidavam com esse problema. Esses profissionais fundaram as primeiras Comissões de Controle e Prevenção de IH (CCIH) nos hospitais em que atuavam. A demanda foi amplificada pela mudança na política de saúde durante o regime militar, quando a assistência curativa se tornou predominante, resultando na expansão de hospitais e no aumento de práticas interventivas voltadas ao corpo humano (OLIVEIRA; SILVA; LACERDA, 2016).
As Comissões de Controle e Prevenção de IH (CCIHs) tornaram-se essenciais para o desenvolvimento de estratégias de controle, como a implementação de protocolos de higiene, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e a conscientização dos profissionais de saúde e dos pacientes sobre a importância das medidas de prevenção. A partir dessa década, a regulamentação da atuação dessas comissões também começou a se expandir, e, com o tempo, as CCIHs passaram a ser obrigatórias em todas as instituições hospitalares no Brasil (Oliveira, L. F., & Silva, P. T. 2018).
No final do século XX e início do século XXI, houve grandes avanços no controle das infecções hospitalares, impulsionados pelo desenvolvimento de novos antibióticos e pela implementação de tecnologias de esterilização mais eficazes. No entanto, também surgiram novos desafios, como a crescente resistência bacteriana aos antibióticos, com o aumento de infecções por organismos multirresistentes (Silva, F. et al. 2020).
Segundo Machado e França (2011) ambiente hospitalar é considerado contaminado por si próprio, por possuir um grande número de agentes infecciosos e microbianos expostos, além de um grande número de pessoas que circula por esse local, uma série de pessoas de diferentes locais de procedência, e cada um com uma característica individual, tornando-os suscetíveis ou não a doenças.
De acordo com Barros et al, (2016), as infecções hospitalares matam mais de 50.000 pessoas por ano no Brasil. Além de provocar sofrimento físico e emocional aos pacientes e seus familiares. Essas infecções afetam na maioria dos pacientes de faixas etárias mais vulneráveis, como os idosos e os recém-nascidos, estão particularmente suscetíveis a esses processos infecciosos. 
O ambiente hospitalar, incluindo quartos, banheiros e privadas compartilhadas com outros pacientes e visitantes, serve como meio de transporte para microrganismos, aumentando o risco de contaminação, o grande número de pessoas que trabalham no hospital (equipe) que entram em contato com cada paciente, também é responsável pela disseminação de micróbios (Martins 2013).
Outra causa de infecções hospitalares é a contaminação cruzada através das pessoas que cuidam dos pacientes. Se uma enfermeira trocar curativos de uma incisão cirúrgica infectada e, depois, cuida de um segundo paciente sem lavar convenientemente as mãos, ela pode levar os patógenos para este segundo paciente. A contaminação significa que os microrganismos são introduzidos numa área onde não se encontrados normalmente. Suprimentos, equipamentos e medicamentos podem se contaminados da mesma forma.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SÃO PAULO, 2015), as precauções de contato devem ser aplicadas em todos os pacientes, isolados ou não. Seu objetivo é a prevenção da disseminação de doenças e infecções transmissíveis por contato.
Como medida preventiva, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2013) também recomenda que o quarto do paciente permaneça com a porta fechada durante todo o tempo, sendo essencial a instalação de um sistema de ventilação com pressão negativa e filtros de alta eficiência. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras individuais para qualquer pessoa que entre no quarto, e o paciente deverá usar máscara ao deixar o ambiente (BRASIL, 2013).
2.2 Classificação das infecções 
As infecções relacionadas à assistência à saúde são classificadas em dois grupos (SANTOS, 2010): 
- Infecção Exógena (Externa): adquirida pela contaminação por micro-organismos externos que não fazem parte da microbiota normal do indivíduo internado. Ex: Ambiente hospitalar, equipamentos e profissionais da saúde.
- Infecção Endógena (Interna): Adquirida pela contaminação por micro-organismos que alteram parte da microbiota do indivíduo, apresentando crescimento e proliferação acima do esperado. Sendo, portanto, uma autoinfecção.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70% das bactérias que causam infecções hospitalares são resistentes a pelo menos um dos antimicrobianos comumente utilizados para o tratamento dos pacientes. Ainda, pessoas infectadas com esses patógenos apresentam maior permanência hospitalar e requerem tratamento com outros tipos de fármacos, que podem ser menos efetivos, mais tóxicos ou mais caros (STUBE et al., 2013).
O conhecimento dos fatores de riscos é de grande relevância, pois permite que os profissionais de enfermagem envolvidos na assistência elaborem um plano de cuidado diferenciado e específico para cada condição apresentada pelo paciente, os quais devem ser continuamente revistas, no sentido de promover a diminuição da colonização (JORGE; PEREIRA, 2013).
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral:
Analisar o impacto das práticas de enfermagem na prevenção de infecções hospitalares, avaliando a eficácia das estratégias adotadas para controlar a disseminação de microrganismos nosocomiais e promover a segurança do paciente dentro do ambiente hospitalar.
2.2 Objetivos Específicos:
· Identificar as principais práticas de enfermagem adotadas para a prevenção de infecções hospitalares.
· Analisar os desafios enfrentados pelos enfermeiros na implementação das estratégias de controle e prevenção de infecções hospitalares.
· Propor melhorias nas estratégias de controle de infecções hospitalares com base nos achados da pesquisa.
3. METODOLOGIA
A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com o objetivo de analisar as práticas de enfermagem na prevenção de infecções hospitalares. Inicialmente, será realizada uma revisão bibliográficapara levantar informações sobre as estratégias de controle de infecções hospitalares e as práticas de enfermagem relacionadas, com foco em artigos acadêmicos, livros, relatórios institucionais e diretrizes oficiais. A revisão fornecerá uma base teórica sólida para a análise e contextualização das práticas adotadas no Brasil. Esse método traz como principal ponto de desenvolvimento a Prática Baseada em Evidências e tem como pressuposto um processo de síntese da realidade pesquisada (MENDES; SILVEIRA E GALVÂO, 2008).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da revisão bibliográfica realizada, observou-se que as práticas de enfermagem são fundamentais na prevenção de infecções hospitalares, contribuindo de maneira significativa para a segurança do paciente e a melhoria dos cuidados prestados. A maioria dos profissionais de enfermagem tem conhecimento de como se evitar infecções relacionadas à assistência à saúde, reconhecem que estão ligados direta e indiretamente aos cuidados com o paciente e tudo o que o envolve, desde a higienização das mãos, paramentação adequada, qualidade do material escolhido até o mais completo plano de cuidado para o paciente internado. 
Porém, mesmo diante deste conhecimento, muitos profissionais são negligentes e imprudentes com a prática, alegando não dar tempo de realizar a técnica correta devido ao número reduzido de colaboradores, ou seja; até reconhecem a necessidade de medidas preventivas, entretanto não as adotam na proporção necessária. Além disso, até reconhecem os direitos dos usuários, mas não realizam ou realizam poucas atividades para garantir tais direitos. 
 Algumas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) podem ser prevenidas, enquanto outras não. As infecções preveníveis são aquelas em que é possível interromper a cadeia de transmissão de microrganismos. Essa interrupção pode ser realizada por meio de medidas eficazes adotadas por profissionais comprometidos e conscientes.
 Por outro lado, as infecções não preveníveis ocorrem independentemente da implementação de precauções, como no caso de pacientes imunodeprimidos. A existência de infecções que podem ser prevenidas impõe à equipe de saúde e às instituições uma grande responsabilidade técnica e social, com o compromisso de fornecer as condições necessárias para a prevenção, que é parte essencial do processo de cuidado (FÉLIX, 2014).
Diversos estudos destacam a importância de incluir o tema das infecções hospitalares nas grades curriculares, com o objetivo de formar profissionais competentes, éticos e responsáveis. No entanto, em muitos casos, o conteúdo abordado nas formações acadêmicas é insuficiente para garantir uma atuação eficaz, refletindo a falta de conhecimento adequado, clareza e uma visão abrangente sobre prevenção. Portanto, é essencial que as instituições de ensino disponham de um corpo docente comprometido com essas questões, que siga os princípios do exercício profissional e promova a prática de condutas corretas no enfrentamento das IRAS (SALAMA et al., 2013).
Visto que, a infecção hospitalar é um problema global, que afeta hospitais em todo o mundo. Trata-se de uma questão social de grande relevância, o que torna a infecção hospitalar uma preocupação que deve envolver não apenas os governos e as administrações hospitalares, mas também cientistas, docentes, profissionais de saúde (como enfermeiros, médicos, cirurgiões-dentistas, farmacêuticos, bioquímicos, nutricionistas, entre outros), pacientes, suas famílias e, em última instância, toda a comunidade (SANTOS, 2004).
Nesse contexto, para melhorar o cuidado de enfermagem ao paciente, pode-se pensar em uma formação com maior ênfase no tema Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, constante capacitação/conscientização dos profissionais frente à prevenção e controle de infecções, além da ética que envolve a questão e cada categoria profissional, com a ciência de que todos devem prezar pela vida do paciente, executando ações com responsabilidade, livre de danos decorrentes de negligência, imperícia e imprudência (CAMPOS; JESUS, 2015).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa buscou compreender o papel do enfermeiro na prevenção e controle das infecções hospitalares, tendo como hipótese inicial, a concepção de que grande parte dos casos de infecção hospitalar pode ser evitada e o enfermeiro tem um papel primordial neste trabalho, através do reforço cotidiano das práticas de prevenção e controle. A mudança de comportamento no sentido de racionalizar procedimentos e aprimorar normas e rotinas, expressa condição indispensável ao controle de infecção, sendo necessária a motivação dos profissionais, bem como sua educação permanente em saúde.
Os hospitais, por sua vez, devem contar com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para diagnosticar casos de infecção, padronizar técnicas de assepsia, capacitar profissionais, planejar o espaço físico e monitorar o uso de antibióticos, evitando resistências. Diante disso, medidas simples no cotidiano hospitalar, quando adotadas rigorosamente, podem reduzir significativamente os riscos, visto que cuidados inseguros aumentam danos desnecessários aos pacientes e comprometem os resultados assistenciais. 
Nesse sentido, este estudo abre caminho para discussões mais aprofundadas sobre infecções relacionadas à assistência à saúde, principalmente no que diz respeito à atuação da enfermagem, uma vez que esses profissionais estão na linha de frente dos cuidados, realizando a maioria dos procedimentos e, portanto, desempenham um papel crucial na prevenção, detecção e controle dessas infecções.
Portanto, como estratégia para melhorar o cuidado de enfermagem ao paciente, pode-se pensar em uma formação com maior ênfase no tema IH, constante capacitação e conscientização dos profissionais frente a prevenção e controle de infecções, além da ética que envolve a questão e cada categoria profissional, com a ciência de que todos devem prezar pela vida do paciente, executando as ações com responsabilidade, livre de danos decorrentes de negligência, imprudência e imperícia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: ANVISA, 2017.
AGUIAR, D. F.; LIMA, A. B.; SANTOS, R. B. Uso das precauções-padrão na assistência de enfermagem: um estudo retrospectivo. Rev Enferm, set; 12(3):571-75, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Segurança do Paciente: Prevenção de Infecções. Brasília: MS, 2013.
CAMPOS, A. C.; JESUS, M. C. P. Ética e prevenção de infecções: desafios para a enfermagem. Revista Enfermagem Atual, v. 35, p. 12-20, 2015.
COELHO, M. S.; SILVA, R. A.; SIMÕES, A. L. Infecções hospitalares: epidemiologia e custos. São Paulo: Atheneu, 2011.
DUTRA, G. G. et al. Nosocomial infection control: role of the nurse. J. Rev. Fundam.
Care, v. 7, n. 1, p. 2159-2168, jan./mar. 2015. Disponível em:
. Acesso em: 20 abr. 2025.
FONTANA, T.R.. A prevenção e o controle de infecções: um estudo de caso com enfermeiras. Rev Bras Enferm 2006 maio-jun; 59(3): 257-61
FÉLIX, L. G. Prevenção de infecções na prática de enfermagem: teoria e aplicação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
GIROTI, A. L. B.; GARANHANI, M. L. Educação permanente em enfermagem e controle de infecções. Curitiba: CRV, 2015.
MACHADO, R. C.; FRANÇA, E. V. Infecções hospitalares: resistência bacteriana e desafios contemporâneos. São Paulo: Manole, 2011.
MARTINS, M. A. Aspectos históricos da infecção hospitalar. In: OLIVEIRA, Adriana Cristina (Org). Infecções hospitalares: epidemiologia, prevenção e controle. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
MENDES, K. D. S; SILVEIRA, R. C. C. P; GALVÂO, C.M. Revisão Integrativa: método de pesquisa para incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto e Contexto Enfermagem, Florianópolis, v.17, n.4, 2008. P.758-764.
OLIVEIRA, L. F.; SILVA, P. T. História das CCIHs no Brasil: avançose perspectivas. Revista Saúde Pública, v. 52, p. 45-53, 2018.
RABELO, A. H. S.; SOUZA, T. V. O conhecimento do familiar/acompanhante acerca da preocupação de contato: contribuições para a enfermagem. Rev Enferm., abr-jun; 13(2):271-78, 2009.
SANTOS, R. C. Infecções hospitalares: uma abordagem multidisciplinar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
SILVA, F. et al. Resistência antimicrobiana: impactos nas infecções hospitalares. Porto Alegre: Artmed, 2020.
SILVA, A.C. et al. A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da enfermagem. Rev Bras Enferm. Goias, 2005.
OLIVEIRA, A. C.; SILVA, R. S. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência
bacteriana: uma revisão. Revista eletrônica de enfermagem, v. 10, n. 1, p. 189-197,
2008. Disponível em: . Acesso
em: 20 abr. 2025.
STUBE, M. et al. O enfermeiro na prevenção de infecções em terapia intensiva. Rev.
enferm. UFPE online, Recife, v. 7, n. esp., p. 6989-97, dez. 2013. Disponível em:
. Acesso em: 20 abr. 2025.
SALAMA, M. F. et al. The effect of hand hygiene compliance on hospital-acquired
infections in an ICU setting in a Kuwaiti teaching hospital. J Infect Public Health, v. 6,
n. 1, p. 27-34, fev. 2013. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2025.
JORGE, J.; PEREIRA, H. C. V. A atuação da equipe de enfermagem da unidade de
terapia intensiva neonatal na prevenção e controle de infecção hospitalar. Revista
Interfaces: saúde, humanas e tecnologia, v. 1, n. 3, jun. 2013.
2
image1.png
image2.png

Mais conteúdos dessa disciplina