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Aula de Zootenia 1 2015

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INTRODUÇÃO À ZOOTÉCNICA 
Profa.Gecilda keila dos Santos Diniz
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ZOOTECNIA GERAL
 CONCEITO ZOOTECNIA
É a CIÊNCIA aplicada que trata da adaptação dos ANIMAIS DOMÉSTICOS ao ambiente criatório e deste aos animais com fins econômicos. 
É também a arte de criar animais.
Pode-se definir zootecnia como produção animal e seu objetivo como "produzir o máximo, no menor tempo possível, sempre visando lucro, tendo em conta o bem estar animal".
	Como ciência deriva diretamente da BIOLOGIA como uma ZOOLOGIA aplicada, pois ao conhecimento biológico do animal se aplicam os princípios da ECONOMIA.
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Zootecnia como arte
Segundo Domingues (1981), uma das primeiras realizações do homem primitivo foi criar animais, concomitante ao cultivo dos vegetais, quando deixou de ser nômade (caçador e pescador) e se tornou sedentário, passando a ser pastor e agricultor. Isto na idade da Pedra Polida, cerca de 7.000 anos a.C. 
Inicialmente, o homem criou animais para satisfazer seu totemismo (zoolatria), em seguida, com a indisponibilidade de alimentos espontâneos próximos às aldeias, passou a utilizá- los como alimento e, por último, com os rigores climáticos ou intempéries, para proteção.
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ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ZOOTECNIA
1843 no Cours d'Agriculture de Adrien Étienne Pierre, o Conde de Gasparin, que o fez derivar dos radicais gregos ζωον, zoon (animal) e τέχνη, techne (tratado sobre uma arte). 
	O Conde foi o primeiro a reconhecer na arte de criar animais um objeto próprio da ciência e independente da AGRICULTURA, criando para ela uma cátedra desde a fundação do Instituto Agronômico de Versalhes em 1848. 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ZOOTECNIA
A seguir esta palavra passou a ser adotada por outros povos latinos influenciados pela cultura francesa.Todavia, nesta época, a “Cyclopedia of American Agriculture” vol III, p. 273 de Bailey, registrava o vocábulo “Zootechny” para designar: – a prática; – o conhecimento; – as indústrias ligadas à produção animal. 
Desta forma, o objeto da zootecnia é o animal doméstico, ou seja, o animal que pertence a uma espécie criada e reproduzida pelo homem, dotada de mansidão hereditária e que proporciona algum proveito ao homem. 
ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA
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1849 o naturalista (BIÓLOGO) Emile Baudement ocupou a nova cátedra e começou a formular o corpo de doutrinas com base científica e a ensinar a Zootecnia.
	
	Nesta tese, foi estabelecido o princípio teórico que consiste em considerar o animal doméstico como uma máquina viva transformadora e valorizadora dos alimentos, constituindo-se no fundamento de todos os conhecimentos zootécnicos. 
	Assim, constata-se que a arte de criar é remota, enquanto a ciência de criar surgiu há um pouco mais de um século e meio. 
ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA
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Segundo Domingues (1998), a Zootecnia, para a cultura latina, como ciência, nasceu em 1848, na França, no “Instituto Versailles” com a criação de uma disciplina destinada ao estudo da criação de animais domésticos. O primeiro mestre de Zootecnia é considerado o Professor Emile Vandement.
A nova ciência evoluiu, adaptando-se as peculiaridades da Velha Europa e da Nova América, acarretando, em determinado momento, a unificação de currículos. 
ZOOTECNIA COMO CIÊNCIA
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ZOOTECNIA - BRASIL
O Brasil usufruiu do embasamento teórico inicial, além da vinda de alguns professores europeus para ministrar aulas em Instituições brasileiras. 
No BRASIL a zootecnia foi ensinada como disciplina especial nos cursos de AGRONOMIA até 1966 quando foi criado, na PUC de URUGUAIANA, RS, o primeiro curso de GRADUAÇÃO em Zootecnia.
Por volta de 1907 chega ao Brasil o professor Nicolau Athanassof, graduado na Bélgica, para atuar como professor de Zootecnia na Escola Agrícola Luiz de Queiroz, em Piracicaba, Estado de São Paulo, onde lançou livros e escreveu folhetos relacionados à área.
No ano de 1929, o Professor Octávio Domingues definiu Zootecnia da seguinte forma: “É a ciência aplicada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório, e deste àquele”. 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ZOOTECNIA
A PROFISSÃO foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela lei federal nº 5.550.
Quem se forma no curso de zootecnia recebe o título acadêmico-profissional de zootecnista.
Segundo esta lei, podem exercer a Zootecnia,o graduado em Zootecnia, MEDICINA VETERINÁRIA e o graduado em AGRONOMIA, "sendo estes 2 últimos apenas conhecedores dos processos de uma criação real de animais não oferecendo de fato conhecimentos aplicados na área de zootecnia", conforme trasncrito a seguir:
"Art. 2º Só é permitido o exercício da profissão de zootecnista:
ao portador de diploma expedido por escola de zootecnista oficial ou reconhecida e registrado na Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura;
b) 	ao profissional diplomado no estrangeiro, que haja revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislação em vigor; c) graduados em agronomia e medicina veterinária
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A Zootecnia tem como objeto de estudo o animal doméstico e visa o perfeito conhecimento deste e dos demais fatores envolvidos no seu processo produtivo, sempre visando ALTO GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO
O animal mais produtivo não é o mais aperfeiçoado no sentido geral ou o mais especializado em determinada função produtiva. 
A "máquina viva" mais perfeita, capaz de oferecer maior retorno econômico, é aquela que está adaptada às condições de criação e exploração.
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ALTO GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO
A especialização não deve acarretar desequilíbrio fisiológico no animal; 
O animal adaptado às condições de criação e exploração não deve sofrer comprometimento das características adaptativas. 
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DIVISÕES DA ZOOTECNIA
Zootecnia geral
Nutrição;
Produção animal;
Melhoramento genético;
Anatomia;
Fisiologia;
Genética;
Climatologia;
Higiene e profilaxia;
Etologia. 
2. Zootecnia especial
Bovinocultura;
Avicultura;
Suinocultura;
Ovinocultura;
Equinocultura;
Caprinocultura;
Apicultura;
Aquacultura;
Sericicultura;
Cunicultura;
Além de estudar também os animais silvestres, visando tanto criação como conservação de espécies
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Principais Atividades
  
De modo geral, as tarefas dos zootecnistas incluem: 
 • estudar processos e regimes de criação; 
 • avaliar geneticamente o rebanho; 
 • selecionar os animais para formação do rebanho matriz para reprodução; 
 • determinar o sistema e as técnicas a serem usados em cruzamentos;
 • determinar o sistema e as técnicas a serem usados no pasto; 
 • pesquisar as necessidades nutricionais do rebanho e estabelecer a dieta adequada aos animais; 
 • planejar e avaliar as instalações utilizadas para a criação de animais; 
 • verificar as condições de higiene e da alimentação dos animais; 
 • supervisionar a vacinação, a medicação e inseminação dos animais; 
 • determinar e acompanhar formas padronizadas de abate, preparação e armazenamento. 
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Os que se dedicam à administração têm de: 
 • organizar a produção animal da fazenda; 
 • planejar as instalações; 
 • estabelecer programas de qualidade; 
 • desenvolver novos métodos de exploração; 
 • acompanhar preços; 
 • comprar e vender animais. 
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As atividades no campo de estudos e pesquisa são:
 • fazer pesquisa genética em laboratório, para conseguir espécies de melhor qualidade, mais resistentes e mais férteis; 
 • estudar sistemas de cruzamento; 
 • estudar o aperfeiçoamento dos métodos de abate; 
 • pesquisar novos produtos de origem animal para os quais existe demanda; 
 • estudar novos tipos de alimento e complementos alimentares para os animais; 
 • aperfeiçoar métodos de armazenagem; 
 • aperfeiçoar métodos de tratamento e despejo de resíduos, para preservação do meio ambiente. O zootecnista exerce ainda a supervisão técnica das exposições oficiais
de animais.
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O objeto da zootecnia é o animal doméstico, ou seja, o animal que pertence a uma espécie criada e reproduzida pelo homem, dotada de mansidão hereditária e que proporciona algum proveito ao homem.
Para atingir o estado de domesticação, a espécie animal deve possuir os atributos de:
 
 fecundidade em cativeiro, de modo que os indivíduos não precisem ser continuamente aprisionados para serem utilizados pelo homem; 
 
ter tendência hereditária a mansidão, atributo pelo qual os animais que nascem no cativeiro aceitam facilmente o convívio com o homem e com outras espécies; 
sociabilidade, característica das espécies dotadas de hábitos gregários, que permite a vida em bando, próprias dos animais em domesticidade.
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As espécies que não possuem estes atributos permanecem selvagens, mesmo aquelas cuja domesticação foi tentada pelo homem, ou seria resultado do seu convívio com o homem, como é o caso da zebra, do chacal, do leão, do bisão Americano, do falcão e do papagaio.
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As espécies domésticas passaram a viver sob seleção artificial, isto é, uma seleção em que a luta pela vida foi substituída pela escolha feita pelo homem dos indivíduos que melhor atendem os objetivos da criação. 
Efeitos da domesticação:
modificações do temperamento - maior mansidão e docilidade;
diminuição dos órgãos de ataque - chifres dos bovinos, nos dentes dos suínos, nas garras das aves;
variação da cor dos pêlos e penas;
porte dos animais;
além do aumento na produtividade de carne, leite, ovos, etc.
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NOÇÕES DE RAÇAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DOMÉSTICAS
A maioria das espécies domésticas apresenta vários grupos distintos, de grande interesse para a Zootecnia, chamados de raças. 
A raça é uma subdivisão da espécie, estabelecida e mantida pela ação do homem. 
DEFINIÇÃO: 
Um conjunto de indivíduos da mesma espécie, com origem comum e caracteres particulares semelhantes, sob as mesmas condições de ambiente, produzindo descendentes com os mesmos caracteres.
- É uma subdivisão da espécie. É uma porção de indivíduos, pertencentes à mesma espécie, que possui certos caracteres, ditos étnicos, transmissíveis por herança à descendência quando acasalados entre si, caracteres esses que permitem distingui-los dos animais de outras raças.
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Esses caracteres étnicos ou raciais, são MORFOLÓGICOS quando são visíveis, palpáveis ou mensuráveis, tais como:
Formas das diversas partes do corpo,;
Untuosidade;
Cor dos pelos e sua textura;
Cor das mucosa;
Grossura, posição, forma e direção
	dos chifres e orelhas;
Peso;
Estatura do animal
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São FISIOLÓGICOS os caracteres relacionados com:
Vigor;
Rusticidade;
Capacidade de adaptação;
Prolificidade;
Qualidades maternas;
Precocidade;
São PSICOLÓGICOS os caracteres relacionados com o sistema nervoso:
Vivacidade;
Disposição;
Caráter;
Instintos;
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A DOMESTICAÇÃO E A RELAÇÃO HOMEM-ANIMAL
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FUNÇÕES DOS ANIMAIS
ALIMENTO PARA O HOMEM (OVOS, LEITE, CARNE)
ALIMENTO PARA ANIMAIS (FARINHAS DE CARNE, OSSOS, PENAS, SANGUE, ETC)
PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES (ESTERCO, FARINHA DE OSSOS, COMPOSTOS ORGÂNICOS)
PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL (BIODIGESTORES)
TRABALHO E TRANSPORTE (CÃES, CAVALOS, BOVINOS).
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MATÉRIA PRIMA (COURO, PELE, PENAS, CHIFRES, SEDA, PÉROLAS)
MANUTENÇÃO DA CADEIA ALIMENTAR (ESPÉCIES SILVESTRES)
EQUILÍBRIO AMBIENTAL (BIODIVERSIDADE)
COMPANHIA (PÁSSAROS, CÃES, GATOS, ETC)
ESPORTE E LAZER (CAVALOS, CÃES, ANIMAIS DE CAÇA)
MEDICINA E PESQUISA (COBAIAS, AVES, SUÍNOS, ETC).
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DOMESTICAÇÃO - DEFINIÇÃO
AMANSAR
“RECUPERAR” DO ESTADO SELVAGEM
DOMINAR A REPRODUÇÃO E PROPAGAÇÃO
DOMINAR A NUTRIÇÃO
USÁ-LOS COM PROPÓSITO DE SERVIR AO HOMEM
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HISTÓRICO DA DOMESTICAÇÃO
É POSSÍVEL DOMESTICAR TODAS AS ESPÉCIES?
PORQUE DOMESTICAR ALGUMAS ESPÉCIES?
SERÁ QUE FOI AO ACASO A ESCOLHA?
EXISTEM RELATOS DE ESPÉCIES INDOMESTICADAS.
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MILHARES DE ANOS – CAÇA E PESCA
ÚLTIMOS 500 ANOS – AUMENTO DA POPULAÇÃO
		EXPLORAÇÃO DAS ESPÉCIES 
SELVAGENS
				EXTINÇÃO DE ESPÉCIES
						
COMPREENSÃO DA NECESSIDADE DE CONSERVAÇÃO.
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DOMESTICAÇÃO – PARTE DO DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
				
 INÍCIO EM 15.000 a.c.
HOMEM DAS CAVERNAS  AGRICULTOR
NÔMADE OU NÃO.
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EM 8.000 a.c  CULTIVO
EM 6.000 a.c.  ATIVIDADES MISTAS
EM 3.000 a.c.  AGRICULTURA E PECUÁRIA
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ANIMAIS DOMÉSTICOS
Selecionados para convívio do ser humano
Dependente da ação humana para reprodução e sobrevivência
Sem papel no ecossistema
Geralmente pode causar desequilíbrio ambiental.
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ANIMAIS SILVESTRES
Vivem soltos na natureza 
Procriam na natureza
Independe do ser humano
Desempenham um papel no ecossistema 
Ex: tatu, queixada, jaguatirica, lagarto, cobras, saguis, elefante, anta, urso, jacarés, tucanos, golfinhos, insetos, etc. 
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INFLUÊNCIA DO HOMEM
AÇÃO DO HOMEM:
Modificação ambiental constante
Alterações climáticas
						
 Adaptação		 Extinção
Predador natural
Competidor.

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