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Resenha - Klain - Trash a Esperança Vem do Lixo

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
RESENHA: “TRASH, A ESPERANÇA VEM DO LIXO”
Julio Cesar Pereira Ramos Filho - B8757J-5
Sorocaba
2015
Resenha do Filme: “Trash, a Esperança vem do Lixo”
O filme é contextualizado em um lixão, uma carteira é encontrada e dentro desta carteira está um segredo envolvendo a corrupção cometida por um político. Neste mesmo lixão, apesar das condições de vida serem extremamente precárias, há ali um ar de felicidade, de cumplicidade, de sonhos, de desejos, que estará sempre sendo posto em jogo pelo crime oculto que permanece em vigor no filme, como se estivéssemos assistindo a dinâmica do consciente e do inconsciente neste cenário. 
Os crimes que vinham sendo cometidos pelo político ocorre de maneira inconsciente, ocultos aos olhos públicos, de modo que a medida em que no inconsciente estão as pulsões de vida e de morte, essas duas forças aparecem durante o filme. Podemos compreender a pulsão de vida retratada por Wagner Moura como em dualidade com a pulsão de morte personificada por Selton Mello. Ambas as pulsões irão se manifestar, e ambas as pulsões entrarão em contato com as estruturas organizadas da personalidade desenvolvida por Freud, sendo elas o ID, o EGO e o SUPEREGO. 
A figura do ID é manifestada na interpretação de Rato (Gabriel Weinstein) representados por características mais primitivas, marcado por estruturas agressivas voltado para si mesmo, é o submundo da estrutura da personalidade, o próprio ID. O EGO representado por Raphael (Rickson Tevez) sempre caracterizado pelo mediador dessa estrutura, como por exemplo na cena onde é questionado sobre em dar continuidade na investigação ele apenas afirma: “Porque é o certo!”, porém antes dessa afirmação já havia existido um diálogo entre Raphael, Rato e Gardo (Eduardo Luís) no qual representa a estrutura do SUPEREGO durante o filme, contendo sempre em si um juízo moral do que é “bom” ou “ruim”, “certo” ou “errado”, e influencia diretamente nas decisões tomadas por Raphael (o EGO). O EGO dará continuidade na relação com o mundo exterior além dos muros que separam o princípio de prazer com o princípio da realidade manifestadas no filme, como por exemplo a dicotomia social: a corrupção que gera riqueza também gera a pobreza. As investidas do ID no EGO permanecem como que perfeitamente idênticas das representações feitas por Freud no exemplo do ICEBERG, o ID vive nas profundezas (Rato vive nas profundezas do lixão) e dali emergem as forças que farão do EGO o agente condutor dessa investigação, sempre caracterizado também pelas forças oriundas do SUPEREGO que darão o equilíbrio necessário para que o EGO permaneça íntegro ao entrar em contato com a realidade que a carteira encontrada carrega consigo.

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