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SENSAÇÃO 2 PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS I Prof. Danielle Campos Vaz Aluno Ronaldo Pacheco SENSAÇÃO 2 1 Ciência Psicológica Raízes históricas; o desenvolvimento da psicologia como ciência: conceituação, objeto de estudo e campos de atuação. 2 Sensação e Percepção: princípios 3 Aprendizagem Condicionamento respondente (clássico): histórico, princípios e aspectos atuais do condicionamento respondente. Condicionamento operante: histórico, princípios e aspectos atuais do condicionamento operante. 4 Motivação e Emoção: Teorias motivacionais e das emoções 5 Memória: aquisição, armazenamento, recuperação, memória de curto e longo prazo Percepção não é apenas sensação ou detecção. Uma pessoa pode se sentir com frio, com fome ou em sofrimento, mas não percebe o frio, a fome ou o sofrimento. Sentir ou captar é detectar de modo imediato: é o que fazem os sensores ou captadores. Perceber, por outro lado, é decifrar ou reconhecer a mensagem sensorial. Operações Sensoriais O processo perceptivo depende dos sistemas sensoriais e do cérebro. Sistemas de coleta de informações Sentidos ou Sistemas sensoriais = Registram as mudanças de energia ao nosso redor. As sensações são processos cognitivos mais simples que consistem em refletir as propriedades isoladas dos objetos e fenômenos do mundo material, assim como o estado interno do organismo, por meio da ação direta dos estímulos materiais nos receptores correspondentes, (Petrovski 1985:207). A sensação é o fenômeno psíquico elementar, que resulta da ação da luz, do som, do calor, da ação mecânica sobre os órgãos dos sentidos. Papéis dos Sentidos na Percepção Detecção Transdução Transmissão Processamentos de informações Detecção = Receptor Existente em cada sentido. Única célula ou conjunto de células especificamente responsivas a um determinado tipo de energia. Certas células do ouvido respondem a vibração de ar, energia mecânica que experienciamos como sons. Certas células dos olhos são sensíveis a uma forma de energia eletromagnética que experienciamos como visões. Sensíveis a uma estreita faixa de estímulos. Nos olhos reagem principalmente à luz visível pequena fração do espectro de energia eletromagnética (ondas de rádio e raios gama, infravermelhos e ultravioleta) As pessoas não enxergam radiação eletromagnética fora do espectro visível Nos ouvidos respondem a vibrações de ar na faixa de aproximada de 20 a 20.000 hertz (ciclos por segundo). Vibrações acima e abaixo desta faixa ocorrem frequentemente, porém não conseguimos ouví-las. Os receptores transduzem ou convertem energia de uma forma para outra Os impulsos trafegam por fibras nervosas específicas até determinadas regiões do cérebro Transdução: A energia do ambiente é codificada em sinais elétricos e vai ativar as áreas sensoriais do córtex, gerando sensações. Processamento de Informações: Receptores e cérebro processam informações sensoriais. Domínios das sensações Domínio cognitivo Domínio afetivo Domínio ativo Domínio cognitivo - todas as sensações dão-nos a conhecer uma realidade ou aspecto da realidade. Exemplo. Água quente ou fria, sabor amargo ou azedo. Domínio afetivo - existência de uma tonalidade agradável ou desagradável. Exemplo. Sensação de relaxamento após uma massagem ou as dores dos músculos. Domínio ativo - toda sensação determina uma reação adaptativa do sujeito. Exemplo. atenção, repulsão, secreção e desejo. Sentidos Químicos PALADAR E OLFATO Intimamente ligados – o sabor da comida está ligado ao olfato. Resfriados / alergias – congestionamento nasal – ausência de cheiro – a comida perde o sabor. Muito daquilo que chamamos paladar é, na verdade olfato (ENGEN, 1982 apud. DAVIDOFF, 2001) O paladar - fornece informações sobre as substâncias que os animais podem, ou não desejar comer. O olfato – fornece informação sobre as substâncias química suspensas no ar e solúveis em agua e gordura. PALADAR Considera-se que existem quatro sensações primárias do paladar - doce, salgado, amargo e azedo – a que correspondem receptores específicos situados em diferentes regiões da língua. PALADAR Interação sensorial: o princípio de que um sentido pode influenciar outro. O olfato e a visão também auxiliam na sensação do gosto O olfato não apenas aumenta nossa percepção de gosto, mas também a modifica. Ex. o odor do morango realça sua doçura Sabor: olfato + textura + gosto OLFATO Todos os dias inalamos e exalamos cerca de 20 mil vezes impregnando as narinas de moléculas de cheiro Moléculas de uma substância trazidas pelo ar alcançam 5 milhões de células receptoras no alto de cada cavidade nasal Essas células alertam o cérebro por meio de suas fibras de axônio Bebês em fase de amamentação e suas mães têm literalmente uma química em sua relação e aprendem a reconhecer os odores um do outro. A foca mãe encontra seu filhotes entre milhares na praia Cerca de 1% dos nossos genes projeta as cerca de mil proteínas receptores que reconhecem moléculas de odor específicas Mas tudo indica que não temos um receptor diferente para cada odor detectável O olfato está ligado à parte primitiva do cérebro ligada à memória e à emoção: Informações das papilas gustativas viajam para uma região do lobo temporal próxima daquela onde a informação olfativa é recebida. O circuito do cérebro para o olfato também se conecta com áreas envolvidas no armazenamento da memória, que ajuda a explicar por que o odor pode desencadear uma explosão de memória. Sentidos de posição Sentido Cinestésico: informa-nos do posicionamento das partes do corpo durante os movimentos. Consciência do movimento. Equilíbrio da tensão muscular pelo corpo inteiro. Movimentar-se com eficiência. Vários tipos de receptores juntas, músculos, tendões. Mensagens eletroquímicas trafegam até o córtex somatossensorial nos lobos parietais do cérebro. Lobos Parietais Contém áreas que registram e analisam mensagens provenientes da superfície (exterior e interior) do corpo. Lidam com informações relativas a tato, pressão, temperatura, movimento e posição muscular. Funções sensitivas do corpo ou somatossensoriais. Lobos Frontais – Os dados integrados são passados dos lobos parietais para os lobos frontais para análise e tomada de decisão Lobos temporais – acima do ouvido interconectado com o lobos frontais. Tarefa: decisão do que registrar e armazenar do ambiente que nos cerca. Lobos ocipitais – processar informações visuais Sentido Vestibular Informações sobre o movimento e a orientação da cabeça e do corpo em relação à terra conforme as pessoas movimentam-se sozinhas ou em veículos. Postura ereta durante os movimentos. Ajustar postura durante os movimentos. Depende dos órgãos vestibulares compostos de três ductos semicirculares e dois órgãos otólitos, localizados nas partes ósseas do crânio em ambos os ouvidos internos. As mensagens dos órgãos vestibulares trafegam por várias áreas do cérebro. Cérebro: informações dos sentidos visual , vestibular e cinestésico orientar o corpo no espaço Sentido cutâneo: Tato Sentidos da pele: pressão, calor, frio e dor Outras sensações (variações destas): Afagar pontos de pressão adjacentes cria cócegas Afago suave repetido em um ponto de dor cria uma sensação de coceira Tocar pontos adjacentes de frio e pressão desencadeia uma sensação de umidade, que você pode experimentar ao tocar um metal seco e frio Um comichão autoproduzido gera menos ativação somatossensorial do córtex que um produzido por outra pessoa ou coisa (Blackemore e cols., 1998). DOR A dor avisa que algo está errado e diz para mudar comportamentos, atraindo sua atenção para uma fratura, queimadura ou ruptura. Pessoas que nascem sem a capacidade de sentir dor não são alertadas pelos sinais de perigo da dor e geralmente morrem cedo, no inícioda vida adulta. Sem o desconforto que nos faz de vez em quando mudar de posição, suas juntas falham por tensão excessiva. Sem os avisos da dor os efeitos de infecções e ferimentos não verificados se acumulam (Neese, 1991). Propriedade tanto dos sentidos quanto do cérebro sensação de membro fantasma: 70% das pessoas podem sentir dor ou movimento no membro amputado (Melzack, 1992, 1993); mesmo aqueles que nasceram sem algum membro às vezes percebem sensações deste Há mais em nossas lembranças de dor do que a dor que vivenciamos É melhor diminuir gradualmente um procedimento médico doloroso do que desligá-lo abruptamente “A dor é intensificada ao darmos atenção a ela”. Charles Darwin, Expressão das Emoções nos homens e nos animais. VISÃO Nossos olhos recebem energia luminosa e fazem a transformação em mensagens neurais que o cérebro processa naquilo que vemos Energia luminosa: o que atinge nossos olhos não é a cor, mas pulsos de energia eletromagnética (sensação) que nosso sistema visual experimenta como cor (percepção) O que vemos como luz visível é apenas uma estreita faixa de todo o espectro de radiação eletromagnética Retina: Uma das membranas do seguimento posterior do olho, cuja função é transformar o estímulo luminoso em um estímulo nervoso; Pedaço do cérebro que migra para o olho durante o início do desenvolvimento fetal Processa a informação antes de direcioná-la para o córtex; Bastonetes e Cones: Bastonetes são mais sensíveis à luz do que os cones que, por sua vez, são mais sensíveis à cor. Alguns animais (rato, sapo, morcego) têm a retina quase inteiramente composta por bastonetes, capacitando-os para viverem em ambientes escuros. Provavelmente apresentam visão precária para a cor. Nervo óptico é responsável por conduzir a informação ao cérebro. Processamento da informação visual As camadas neurais da retina não estão apenas passando adiante impulsos elétricos, mas também codificando e analisando a informação sensorial Detectores de características: neurônios corticais que recebem a informação visual e respondem a características específicas da cena: bordas, linhas, ângulos e movimentos particulares. A partir desses elementos o cérebro monta a imagem perceptiva (Hubel e Wiesel, 1979). Percepções surgem da interação de muitos sistemas neurais, cada qual executando uma tarefa simples. AUDIÇÃO Escutamos uma ampla faixa de sons Ouvimos melhor as frequências na faixa de extensão da voz humana. Sensibilidade para sons fracos Sensibilidade para diferenciar sons e reconhecer a voz das pessoas que conhecemos Ondas sonoras: o input dos estímulos: Energia do encontro das moléculas de ar As ondas resultantes do ar comprimido e expandido são como ondulações em um lago em cuja superfície se formam círculos a partir do ponto em que tocou uma pedra lançada O movimento das moléculas de ar as transformam em impulsos, que nosso cérebro decodifica como sons Frequência: quanto mais longas as ondas (baixa frequência), mais baixo o tom; quanto mais curtas as ondas (alta frequência), mais alto o tom. Ex. flauta baixa e tuba alta. Ouvido: Externo: canaliza ondas sonoras pelo canal auditivo para o tímpano Médio: transmite as vibrações do tímpano por um pistão comporto de três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo) por um tubo em forma de espiral denominado de cóclea Interno: as vibrações fazem a membrana da cóclea vibras o líquido que enche o tubo, provocando ondulações na membrana basilar, que está alinhada com células pilosas (fios) que disparam impulsos Sons de alta frequência como britadeira ou fones de ouvido destroem as células pilosas fazendo-as murchar ou derreter Regra geral: se não conseguir falar devido ao ruído é porque ele é potencialmente nocivo, principalmente se for prolongado Com a industrialização, a proporção de americanos com dificuldade de ouvir e entender a fala normal aumentou em 87% Zumbido: equivalente no ouvido ao sangramento
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