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DERMATOLOGIA (DIVERSOS) 01 O QUE CAI? PSORIASE HARDTOPICS Avaliação do diagnóstico diferencial entre as principais dermatites. - Resultado da hiperproliferação celular e vasodilatação que provoca descamação da camada córnea da pele formando placas eritematodescamativas classicamente envolvendo couro cabeludo, joelhos, cotovelos e região sacral. Ocorre também acometimento ungueal e, por vezes, associada a acometimento articular. - Diagnóstico pela curetagem de Brocq com os sinal da vela, saída de escamas estratificadas, e sinal do orvalho sangrante (Auspitz), pequenos pontos hemorrágicos após remoção das escamas. - Tratamento de casos graves envolve o uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos. LEITE MATERNO VS LEITE DE VACA NÃO MODIFICADO (INTEGRAL) - Diferencial das lesões bolhosas de pele - resultado da clivagem de camadas da pele, principalmente da epiderme, resultando na formação de bolhas e, dependendo do local de clivagem, com aspectos diferentes da doença. - Entre outros fatores, resultado da resposta imunológica contra os desmossomos – anticorpo contra a desmogleína 1 (pienfigo foliáceo) e contra a desmogleína 3 (pênfigo vulgar). - Pênfigo foliáceo: comprometimento cutâneo sem lesões em mucosas e a clivagem ocorre na camada superficial da epiderme (camada granular) – erosões cutâneas escamosas e crostosas sem acometimento de mucosa (resultado do rompimento de vesículas superficiais e frágeis) – sinal de Nikolsky positivo (descolamento das camadas superiores da pele com leve pressão). - Pênfigo vulgar: bolhas na camada mais profunda da epiderme (um pouco acima de células basais) – erosões dolorosas em mucosa oral + erosões cutâneas disseminadas + bolhas flácidas com paredes finais e fáceis de romper (bolhas intactas são raras) – sinal de Nikolsky positivo (descolamento das camadas superiores da pele com leve pressão). - Tratamento geralmente com imunossupressor – corticosteroides, imussupressores sistêmicos e terapias biológicas. pênfigo ERITEMA NODOSO - Lesões nodulares, eritematosas, com edema associado e escurecidas classicamente em regiões extensoras dos membros que desaparecem sem deixar cicatriz (comum em região pré-tibial) – forma de paniculite mais comum resultado de uma hipersensibilidade tardia que se apresenta em surtos e pode recorrer. - Ocasionada por diversas etiologias: principais são infecções estreptocócicas e fármacos. Outras causas envolvem a sarcoidose, doenças inflamatórias intestinais e hanseníase. DERMATOLOGIA (DIVERSOS) 02 STEVENS-JOHNSON (SSJ) X NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET) HARDTOPICS - Lesões dermatológicas associadas ao uso de fármacos (farmacodermias) - doença bolhosa com clivagem dermoepidérmica (espectro de uma mesma doença) - ocasionada por reações adversas a medicamentos (ex. anticonvulsivantes, antibióticos e outros), infecções ou reações autoimunes. - Variedade de apresentação: lesões em mucosa e máculas eritemato-acizentadas e bolhas que evoluem com necrose de espessura completa e desprendimento da pele resultando em erosões e crostas hemáticas disseminadas. - SSJ: Considerada uma forma mais leve da condição e afeta até 10% da superfície corporal – descolamento parcial da epiderme. - NET: Forma mais grave da síndrome, caracterizada pelo descolamento da pele em uma área maior (mais de 30% da superfície corporal) – descolamento completo da epiderme (grande áreas) – pode haver envolvimento sistêmico por resposta inflamatória (olhos ardentes, febre e dor ao engolir). - Sinal de Nikolsky positivo – resultado da clivagem dermoepidérmica; - Tratamento envolve interrupção da medicação gatilho, suporte, desbridamento e imunossupressão (dependendo do acometimento). - Lesões variadas, geralmente, ocasionada por reação a medicação ou infecções (herpes vírus). - Início abrupto de lesões papulares em alvo com a maioria aparecendo em 24h após exposição ao fator desencadeante – autolimitada. ERITEMA MULTIFORME (OU POLIMORFO) - Doença viral (Poxviridae) altamente contagiosa através do contato direto com a pele contaminada ou objetos contaminados – crianças e imunossupressão possuem maior risco – autolimitada mas a resolução pode ser demorada. - Lesões pequenas, firmes, elevadas e arredondadas, geralmente, com umbilicação central e podem aparecer em qualquer parte do corpo. - Tratamento pode ser feito com curetagem, expressão manual, crioterapia, quimiovesicantes e agentes tópicos. MOLUSCO CONTAGIOSO DERMATOLOGIA (DIVERSOS) 03 PTIRIASE VERSICOLOR HARDTOPICS - Infecção fúngica superficial da pele causada pelo fungo do gênero Malassezia – fatores predisponentes como clima quente e úmido, sudorese excessiva (áreas oleosas da pele) e uso de óleos ou cremes. - Manchas hipopigmentadas ou hiperpigmentadas na pele com superfície finamente escamosa com descamação furfurácea (sinal de Zileri) - resultado de uma resposta inflamatória localizada e da interferência do fungo na produção de melanina. - Tratamento envolve agentes antifúngicos tópicos (cetoconazol) e em casos graves antifúngicos orais. - Micose subcutânea causada pelo fungo dimórfico do gênero Sporothrix - transmissão geralmente ocorre através de contato direto com material vegetal contaminado. - Manifestações diversas, incluindo lesões cutâneas localizadas (ulceradas, nodulares ou vegetantes), forma linfangítica (linha de lesões ao longo dos vasos linfáticos), disseminada e formas extra cutâneas, como osteoarticular e pulmonar. - Lesões cutâneas frequentemente começam como nódulos subcutâneos, que podem ulcerar e formar feridas. - Diagnóstico envolve a avaliação clínica das lesões, exames micológicos (como culturas fúngicas) e, em alguns casos, técnicas moleculares. - Tratamento depende da forma clínica e da gravidade da doença - forma cutânea geralmente é tratada com antifúngicos (itraconazol ou o cetoconazol por via oral) - forma disseminada ou envolvimento sistêmico pode requerer terapia mais prolongada e cuidadosa, possivelmente com antifúngicos injetáveis. ESPOROTRICOSE - Doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania - transmitida pela picada de flebotomíneos (mosquito-palha) infectados – forte relação geográfica em regiões tropicais e subtropicais – diversas manifestações. - Lesões cutâneas simples até formas mais graves e desfigurantes em regiões expostas do membro - lesões na pele e nas mucosas, que podem ser únicas ou múltiplas, ulceradas e dolorosas – lesão clássica vegetante, de bordos elevados e indolor. - Diagnóstico da leishmaniose tegumentar é baseado na avaliação clínica das lesões, exames laboratoriais como raspados da pele para detecção do parasita (formas amastigotas), testes sorológicos e métodos moleculares. - Tratamento da leishmaniose tegumentar envolve o uso de medicamentos antiparasitários, como antimonial pentavalente, pentamidina, anfotericina B e azóis. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR DERMATOLOGIA (DIVERSOS) 04 DERMATITE ATÓPICA OU ECZEMA ATÓPICO HARDTOPICS - Doença de pele crônica e inflamatória que afeta principalmente crianças e pode persistir até a idade adulta - faz parte das doenças atópicas (asma, rinite alérgica e dermatite atópica) – causa multifatorial (fatores genéticos, imunológicos e ambientais). - Episódios de inflamação da pele que levam a sintomas que evoluem com eritema intenso e prurido que evoluem com liquenificação da pele - as áreas mais comuns de afetação são o rosto, o pescoço, os cotovelos, os joelhos e os punhos. - Diagnóstico clínico, baseado nos sintomas e na aparência da pele – testes alérgicos podem ser úteis para identificar possíveis gatilhos. - Tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar - manutenção da hidratação da pele, o uso de emolientes e a evitar irritantes - em casos moderados a graves, podem ser necessários corticosteroides tópicos ou outros medicamentos imunomoduladores. - Condição dermatológica comum que resulta da exposição da pele a substâncias irritantes (pele entra em contato direto com substâncias que causam danos diretosàs células da epiderme, como produtos químicos agressivos) ou alérgicas (reação imunológica específica a alérgenos). - Inflamação aguda da pele – eritema, prurido, edema e, em casos mais graves, formação de bolhas e erosões. - Diagnóstico envolve a avaliação clínica das lesões, juntamente com o histórico de exposição a substâncias irritantes ou alérgicas - testes de contato, como o teste de patch, podem ser usados para identificar alérgenos específicos que desencadeiam a reação. - Tratamento depende da causa subjacente – afastar gatilhos, evitar a exposição à substância desencadeante, manter a pele bem hidratada e usar emolientes para reduzir o desconforto – pode-se usar corticosteroides em casos de inflamação aguda. DERMATITE DE CONTATO - Infecção fúngica causada pelo fungo Candida, comumente Candida albicans - afeta as mucosas e a pele, podendo ocorrer em diversas partes do corpo, incluindo a boca, genitais, unhas e dobras cutâneas – possui várias formas clínicas (candidíase oral, intertrigo candidiásico, candidíase genital e onicomicose). - Resultado de um desequilíbrio na flora microbiana normal da pele e mucosas, permitindo que a Candida prolifere e cause sintomas - fatores predisponentes incluem imunossupressão, uso de antibióticos de amplo espectro, diabetes não controlado, uso prolongado de corticosteroides, gravidez e condições que causam umidade excessiva na pele. - Presença de lesões satélites hiperemiadas com prurido em áreas de dobra de pele (axilar e região genital) - diagnóstico é frequentemente clínico, com base nos sintomas e na aparência das lesões - exames de raspagem da pele ou culturas podem ser usados para confirmar a presença do fungo. - Tratamento envolve o uso de antifúngicos, que podem ser aplicados topicamente ou administrados por via oral, dependendo da gravidade da infecção. CANDIDIASE MUCOCUTANEA DERMATOLOGIA (DIVERSOS) 05 HERPES-ZOSTER CUTANEO HARDTOPICS - Infecção viral aguda causada pelo vírus varicela-zóster, que é o mesmo vírus responsável pela catapora (varicela) - após a infecção inicial por varicela, o vírus permanece latente nos gânglios nervosos, e o herpes-zóster ocorre quando o vírus é reativado (geralmente no contexto de sistema imunológico enfraquecido). - Lesões na forma de erupção vesicular que segue o trajeto de um ou mais nervos sensoriais, geralmente no tronco – lesões altamente dolorosas acompanhada de prurido, parestesias e ardência - evoluem para pústulas, crostas e, eventualmente, cicatrizam. - Diagnóstico é muitas vezes clínico, baseado na aparência característica das lesões e no padrão de distribuição ao longo de um nervo específico - testes de laboratório, como cultura viral ou reação em cadeia da polimerase (PCR), podem ser usados em casos atípicos. - Tratamento visa reduzir a dor, promover a cicatrização das lesões e prevenir complicações - antivirais orais (aciclovir, o valaciclovir ou o famciclovir), são frequentemente prescritos para encurtar a duração da erupção e reduzir a gravidade dos sintomas – analgésicos e e medicamentos para controlar a dor neuropática também podem ser utilizados. - Infecção parasitária da pele causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei - altamente contagiosa e afeta pessoas de todas as idades. - O ácaro fêmea escava túneis na camada mais superficial da pele, depositando seus ovos ao longo desses túneis - formação de lesões caracteristicamente pruriginosas, que podem ser mais visíveis nas áreas onde a pele é mais fina, como os espaços entre os dedos, pulsos, cotovelos, axilas e genitais. - Sintomas incluem prurido intenso, que tende a piorar à noite, erupções cutâneas, pápulas e lesões de escavação. - Diagnóstico geralmente é clínico, baseado nos sintomas e na aparência das lesões - em alguns casos, um exame de raspagem da pele pode ser realizado para identificar o ácaro, seus ovos ou seus resíduos. - Tratamento envolve a aplicação de medicamentos tópicos antiparasitários, como a permetrina (com repetição em uma semana) ou enxofre - pode ser utilizado antiparasitários orais como a ivermectina (lesões difusas) - além disso, a higiene pessoal, lavagem cuidadosa de roupas, roupas de cama e objetos pessoais, e a desinfestação do ambiente são medidas importantes para evitar a reinfestação. ESCABIOSE (OU SARNA) - Erisipela: Causada principalmente pelo Streptococcus pyogenes – camadas mais superficiais da pele (bem delimitada) – quadro marcadamente agudo – sintomas mais pronunciados (febre alta, calafrios e adinamia) – afeta mais crianças e idosos – tratamento com amoxicilina-clavulonato, penicilinas e ceftriaxona. - Celulite: Geralmente é causada pelo Staphylococcus aureus e o Streptococcus pyogenes – camadas mais profundas da pele e tecido subcutâneo (mal delimitada) – quadro insidioso (sintomas mais inespecíficos) – afeta mais adultos – tratamento com cefalosporinas de 1º geração, oxacilina e clindamicina . CELULITE X ERISIPELA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5