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Porto Velho-RO 
2024.1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA 
MEDICINA 
CLINICAS INTEGRADAS III 
 
 
 
JEMILLE VICTÓRIA PIRES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIC´S SEMANA 04: TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO 
Porto Velho-RO 
2024.1 
 
 
JEMILLE VICTÓRIA PIRES DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIC´S SEMANA 04: TRANSTORNO OBSESSIVO-
COMPULSIVO 
 
Atividade apresentada a Clínica Integrada III do curso de 
Medicina do Centro Universitário São Lucas como 
requisito parcial a obtenção de nota para compor a 
modalidade de TIC’S conforme a semana vigente. 
 
Docente: Profª. Marlei Novaes 
 
 
S04- TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO 
 
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) afeta aproximadamente 2 a 3% da população global, 
uma taxa bastante relevante. Portanto, o olhar clínico do profissional de Saúde, mesmo sem 
especialização em Psiquiatria, deve ser abrangente, visto que o diagnóstico é exclusivamente clínico, não 
existindo exames laboratoriais ou de imagem que confirmem a presença do TOC. As atualizações 
estabelecidas pelo DSM devem ser acompanhadas pelo profissional, sendo que, além do TOC, outros 
Transtornos do Espectro Ansioso são frequentemente observados na prática médica. A integração entre 
teoria e prática é essencial, pois, enquanto a teoria define os critérios do DSM para o diagnóstico de 
TOC, é na prática que esses critérios são observados para realizar tal diagnóstico. É fundamental 
reconhecer as manifestações clínicas típicas para o diagnóstico do Transtorno Obsessivo-Compulsivo, 
uma vez que existem diagnósticos diferenciais que podem dificultar a identificação precisa. 
Transtornos de Ansiedade e seus sintomas autonômicos também podem se manifestar no TOC. 
O Transtorno de Ansiedade de Separação em crianças, que sentem medo de ficar sozinhas com os pais 
ausentes e começam a se preocupar com eventos negativos durante a viagem, pode gerar manifestações 
semelhantes ao TOC. 
Dessa forma, o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais V) buscou 
estabelecer critérios diagnósticos padronizados, que são detalhados na tabela a seguir. 
 
Critérios Definidos pelo DSM-5: 
 
Presença de obsessões, compulsões ou ambas: 
 
Obsessões são caracterizadas por (1) e (2): 
 
1- Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a 
condição, são percebidos como intrusivos e indesejados, gerando na maioria das pessoas uma ansiedade 
ou desconforto significativo. 
 
2-O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens, ou neutralizá-los com 
outros pensamentos ou ações 
 
Compulsões são definidas por (1) e (2): 
 
1-Comportamentos repetitivos (como lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (como orar, 
contar ou repetir palavras em silêncio) que a pessoa sente necessidade de realizar em resposta a uma 
obsessão ou conforme regras rígidas. 
 
2-Esses comportamentos ou atos mentais têm como objetivo prevenir ou diminuir a ansiedade ou 
desconforto, ou evitar um evento ou situação temida; contudo, eles não têm uma relação realista com o 
que tentam neutralizar ou evitar, ou são claramente excessivos. 
 
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de explicar os objetivos desses comportamentos ou atos 
mentais. 
 
B- As obsessões ou compulsões consomem tempo (por exemplo, mais de uma hora por dia) ou 
causam sofrimento clinicamente significativo ou prejudicam o funcionamento social, profissional 
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
C- Os sintomas obsessivo-compulsivos não são causados pelos efeitos fisiológicos de substâncias 
(como drogas de abuso ou medicamentos) ou de outra condição médica. 
 
 
D- A condição não é melhor explicada pelos sintomas de outro transtorno mental (por exemplo, 
preocupações excessivas, como no transtorno de ansiedade generalizada; preocupação com a 
aparência, como no transtorno dismórfico corporal; dificuldade em descartar ou se desfazer de 
pertences, como no transtorno de acumulação; arrancar os cabelos, como na tricotilomania; 
beliscar a pele, como no transtorno de escoriação; estereotipias, como no transtorno de 
movimento estereotipado; comportamentos alimentares ritualizados, como nos transtornos 
alimentares; preocupação com substâncias ou jogos, como nos transtornos relacionados a 
substâncias e transtornos aditivos; preocupação com ter uma doença, como no transtorno de 
ansiedade de doença; impulsos ou fantasias sexuais, como nos transtornos parafílicos; impulsos, 
como nos transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta; ruminações de culpa, 
como no transtorno depressivo maior; inserção de pensamentos ou preocupações delirantes, 
como nos transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; ou padrões 
repetitivos de comportamento, como no transtorno do espectro autista). 
Com bom ou razoável insight: O indivíduo reconhece que as crenças associadas ao 
transtorno obsessivo-compulsivo são provavelmente falsas ou podem ser verdadeiras, mas não 
com certeza. 
Com insight limitado: O indivíduo acredita que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo 
são provavelmente verdadeiras. Com insight ausente/crenças delirantes: O indivíduo está 
completamente convencido de que as crenças do transtorno obsessivo-compulsivo são 
verdadeiras. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIÁTRICA et. al. DSM-5: Manual diagnóstico e 
estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014. 
 
SADOCK, Benjamin J. SADOCK, Virginia A., RUIZ, Pedro. Compêndio de psiquiatria: 
ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

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