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APESENTAÇÃO HCT (2)

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A CLASSIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO: CURRICULOS, BIBLIOTECASE ENCICLOPÉDIA
Alunos: Laís & Vanderson
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“As categorias do pensamento humano nunca são fixadas de forma definitiva; elas se fazem, desfazem e refazem incessantemente: mudam com o lugar e com o tempo.”
DURKHEIM
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Durkheim em diante os antropólogos desenvolveram uma tradição de levar a sério as categorias ou classificações de outras pessoas, investigando os contextos sociais
A antropologia do conhecimento
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A tradição incluiu Clássicos como:
O pensamento Chinês (1934) de Marcel Granet
O pensamento selvagem (1962) de Claude Lévi-Strauss
A antropologia do conhecimento
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Granet apresentou as categorias chinesas yin e yang como exemplos de pensamento concreto ou pré-lógico.
Levi-Strauss rejeitou a idéia do pré-lógico, mas também destacou as categorias concretas dos chamados povos primitivos.
 Como: índios americanos- distinção análoga entre “natureza” e “cultura” e categorias do “cru” e “cozido”.
A antropologia do conhecimento
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Os sistemas ocidentais de categorias de princípios do período moderno são muito diferentes dos nossos próprios sistemas.
Michel Foucault na década de 1960 fez uma abordagem antropológica.
Termologias como “magia” ou “filosofia” por exemplo, mudaram de significado à medida que mudava o sistema intelectual.
A antropologia do conhecimento
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Foucault fez observações da categorias européias sendo tão estranhas como as categorias chinesas.
E também a uma fábula tomada por Jorge Luis Borges sobre categorias de animais encontradas numa enciclopédia chinesa.
A antropologia do conhecimento
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Na última geração alguns historiadores culturais se voltaram para o estudo dos sistemas e classificações.
A Europa no início da era moderna, foi de grande interesse para a taxonomia de estudiosos.
A antropologia do conhecimento
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O suíço como Conrad Gesner e o bolonhês Ulisse Aldrovandi (1551) – em sua história natural dos animais.
O sueco Carl Linnaeus – botânico, pode ter sido o maior e mais sistemático taxonomista.
A antropologia do conhecimento
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O conhecimento era classificado por diferentes grupos e diferentes maneiras, sendo que algumas categorias mudaram ao longo do tempo.
Distinção era feita entre o conhecimento teórico e prático.
Variedades de conhecimento
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Conhecimento dos filósofos e empíricos ou como alguns diziam “ciência” e “arte”.
Um exemplo do emprego dessas categorias vem da construção da catedral de Milão por volta de 1400.
No curso da construção desenvolveu uma disputa entre o arquiteto francês e o mestres de obras.
Variedades de conhecimento
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Os mestres de obras argumentavam que “a ciência é uma coisa e arte outra coisa”
No entanto o arquiteto francês argumentou “a arte sem a ciência não é nada”
Variedades de conhecimento
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Outra distinção se dava entre o conhecimento público e o privado.
O conhecimento privado incluía segredos de Estado e também segredos da natureza, conhecido como “filosofia oculta ou ocultista”
Variedades de conhecimento
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Exemplos como:
Segredos alquímicos – transmitidos às vezes de maneira cifrada, por redes informais de amigos e colegas ou no seio da sociedade secreta.
Segredos técnicos – compartilhados nas guildas de artesãos.
Variedades de conhecimento
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A questão era que tipo de conhecimento deveria se tornar público, porém era vista de diferentes maneiras em diferentes gerações em diferentes parte da Europa.
A Reforma – um debate sobre conhecimento religioso em que Lutero e outros afirmavam que deveriam se tornar público
Variedades de conhecimento
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Itália, Inglaterra e outras terras argumentavam que deveriam ser traduzidas a fim de libertar pessoas comuns da “tirania dos advogados”.
Algumas sociedade como Royal Society de Londres se interessavam em tornar o conhecimento público.
Variedades de conhecimento
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A distinção era mantida em conhecimento legítimo e o conhecimento proibido, que deveria ser mantido não só do público, mas de toda humanidade.
O reformador João Calvino seguia santo Agostinho na condenação de curiosidade, mas no século XVII “curioso” era utilizado para designar estudioso.
Variedades de conhecimento
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O dominicano Giovanni Maria Tolosani década de 1540 fez a distinção do alto e baixo do conhecimento serviu para lembrar a importância da hierarquia da organização intelectual do conhecimento.
Variedades de conhecimento
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O conhecimento “liberal” como o clássicos gregos e latinos foi elevado em 1450 e 1550.
O conhecimento “útil” tinha menos status sendo visto pelo comércio ou processos de produção, pois mercadores e artesões o detinham.
Variedades de conhecimento
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John Wallis – matemático inglês lembra em sua autobiografia que no início do século XVII seu objeto de estudo não era “acadêmico” mas sim “mecânico”.
Alguns intelectuais da denominação do Antigo Regime pelo que Veblen chamava de “classe ociosa”.
Variedades de conhecimento
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O conhecimento especializado era contrastado
como conhecimento geral ou universal.
Na Itália no século XV o ideal do “homem universal” era levado a serio em certo círculos.
Matteo Palmieri – testemunho a Vida Civil segundo o qual “um homem é capaz de aprender e tornar-se universal em muitas artes”.
Variedades de conhecimento
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Angelo Poliziano – poeta e estudioso florentino, aceitava o ideal, como mostra seu trabalho sobre o conhecimento universal, o Panepistemon.
Giovanni Pico della Mirandola – humanista, pode ter visto na lista de 900 teses se propunha a defender num debate público em Roma em 1487
Variedades de conhecimento
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Jan Amos Comenius – reformador educacional tcheco e seus seguidores defendiam a “cultura geral”.
Cambridge Issac Barrow no tratado Da indústria.
Variedades de conhecimento
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Conhecimentos gerais necessários pela conexão entre as coisas e a interdependência das noções.
Nicolas de Peiresc – magistrado francês, enteses em direito, história, matemática e egiptologia.
OlausRudbeck – acadêmico sueco, ativo nos campos de anatomia, botânica, medicina e história.
Variedades de conhecimento
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Athanasius Kircher – jesuíta alemão, escrever entre outras coisas, sobre magnetismo, matemática, mineração, música e filologia.
Daniel Morhof – livro Polyhistor (1688), incentivou o uso do termo para designar o ideal do conhecimento geral.
Variedades de conhecimento
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Richard Baxter – escritor religioso, em seu Holy Commonwealth (1659) observava com tristeza q crescente fragmentação do conhecimento.
Variedades de conhecimento
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O conhecimento dos livros era distinguido, mesmo por letrados, do conhecimento das coisas.
Comenius, destacava a importância de estudar coisas e não as palavras.
O conhecimento quantitativo era distinguido do qualitativo.
Variedades de conhecimento
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O mais importante de todos esse fatores é o conhecimento acadêmico e seus vários campos.
“Campo” é uma metáfora reveladora para o conhecimento que remonta
Variedades de conhecimento
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No verbete da Enciclopédia, citado em gens de lettres são aconselhadas a se envolver em diferentes campos, mesmo senão puderem cultivar todos.
No termo empregado terrain, invoca a imagem de estudiosos camponeses, defendendo seu território intelectual da invasão de visinhos disciplinares.
Variedades de conhecimento
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O “imperativo territorial” era e continua sendo importante para o mundo intelectual, domínios da política e economia.
Variedades de conhecimento
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 No século XVI e da Idade Média havia uma metáfora-chave para visualizar o sistema de conhecimento, sendo a de uma árvore com seus galhos.
Além da árvore do conhecimento como a Arbor scientiae de Raimundo Lúlio, escrita por volta de 1300.
Variedades de conhecimento
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Árvore do conhecimento
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Porém essa árvore foi reformulada muitas vezes como:
Árvores da lógica, chamada “Árvore de Porfírio”
Árvores da consanguinidade
Árvores da gramática
Árvores do amor 
Árvore das batalhas
Árvore dos jesuítas
Variedades de conhecimento
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O que poderia ser chamado de “organograma” do governo francês, foi apresentado em 1579 como “a árvore do patrimônio e repartições francesas”.
Assim ao passo que o advogado alemão Ludwig Gilhausen publicava em 1612, se tornou um tratado chamado de Arbor Judiciaria.
Variedades de conhecimento
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A distinção dos termos da árvore seguia em:
Dominante Tronco
Subordinado Galhos
Lúlio e Gilhausen seguiram a metáfora até as raízes e brotos, flores e frutos.
Variedades de conhecimento
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A imagem da árvore ilustra um fenômeno central em:
História cultural
Naturalização do convencional
Variedades de conhecimento
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Apresentação da cultura como se fosse natureza
Invenção como se fosse descoberta.
Esses termos correspondem a negar que os grupos sociais sejam responsáveis pelas classificações.
Variedades de conhecimento
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 No século XVII em lugar do termo “árvore” que designava a organização do conhecimento, foi implantado o termo “sistema” que era aplicado para disciplinas específicas e conhecimentos como um todo e também “sistemas de sistemas” formulado por Bartholomaeus Keckermann e John Heinrich Alsted.
Variedades de conhecimento
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Alsted utilizou a metáfora “arqueologia” em 1612, trezentos e cinquenta anos antes de Foucault para nomear análise dos sistemas de disciplinas.
Disciplina e ensino
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Assim para examinar na prática cotidiana das universidades europeias, foram analisadas três subsistemas, uma espécie de tripé intelectual composto de currículos, bibliotecas e enciclopédias.
 
Disciplina e ensino
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O currículo das universidades européias, uma rede estendida de Coimbra à Cracóvia (1450)
Permitindo que os estudantes se transferissem com facilidade de instituições peregrinatio academica
A organização dos currículos
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O primeiro grau era o bacharelado, divididas em duas partes: 
Trivium – lidava com a linguagem
Quadrivium – lidava com números
Na prática havia “três filosofias”
Ética
Metafísica
Filosofia natural
A organização dos currículos
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Na Idade Média, só podia ser seguido em uma das três faculdades:
Teologia 
Direito
Medicina
No sistema Medieval, começou a compartilhar mais duas faculdades:
História
Química
A organização dos currículos
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A “ordem dos livros”era de que reproduzisse a ordem do currículo na universidade.
Os catálogos públicos e privados e a organização das bibliografias Bibliotheca seguiam a mesma ordem.
A ordem das bibliotecas
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O catálogo da Biblioteca Bodleain (1605) separava os livros em categorias:
Artes 
Teologia
Direito
Medicina
Também separados em índices gerais de autores e de comentadores de Aristóteles e da Bíblia.
A ordem das bibliotecas
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A obra de Conrad Gesner foi a primeira bibliografia impressa (1545), interessado em classificar tanto livros como animais.
O segundo volume as Pandectas (1548), classificação de temas “ordens gerais e particulares”
A ordem das bibliotecas
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Na China a classificação dos livros no século VII ao XIX, era dividida em quatro grupos:
Clássicos
História 
Filosofia
Literatura
Ibn Jama’a – jurista islâmico, recomendava uma organização hierárquica diferente da cristã.
A ordem das bibliotecas
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Termo grego encyclopaedia – “circulo de aprendizado”, foi aplicado a livros que estavam organizados da mesma maneira que o sistema educacional.
Professor universitário Giorgio Valla – ensinava em Pavia e Veneza
Professor universitário Johann Heinrich Alsted – ensinava em Hebron na Alemanha.
A estrutura das enciclopédias
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As enciclopédias Medievais continuaram a ser usadas no início do período moderno, porém ocasionalmente modificadas.
Vincent de Beauvais, teve sua enciclopédia O Speculum ou “Espelho” reeditada em Veneza (1590) e outra vez em Douai (1624), dividida em quatro partes:
Mundos da natureza, doutrina,moralidade e história.
A estrutura das enciclopédias
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Gregor Reisch teve sua enciclopédia publicada pela primeira vez em 1502 e foi muito reimpressa no século XVI, sendo dividida em 12 livros.
A estrutura das enciclopédias
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A organização intelectual do conhecimento são separados por categorias gerais.
Aristóteles elaborou um sistema de 10 categorias gerais.
Rudolf Agrícola – humanista holandês no século XV, elaborou 24 tópicos.
Lugares comuns
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Phillipp Melanchton , publicou manual de teologia conhecido como Lugares-comuns (1521), dividindo temas “lugares” e “cabeças”
Melchor Cano – dominicano espanhol, tratado sobre Tópicos Teológicos (1563)
Francisco Labata – jesuíta espanhol, tratado Instrumento dos pregadores (1614)
Lugares comuns
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Theodor Zwinger – médico suíço, o Teatro da vida humana (1565), a segunda edição publicada entre 1586 e 1587, foi expandida em quatro volumes.
Zwinger – protestante, no século seguinte foi revista e ampliada e recebeu um verniz religioso diferente por Laurentius Beyerlinck – católico flamengo, publicado em oito volumes em Louvain em 1656.
Lugares comuns
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Obrigado a todos pela atenção!
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