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INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
O PENSAMENTO CRIATIVO - PARTE 1
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Profa. Me. Heloiza Reis
heloizareis@hotmail.com
ESCOLA DE PALO ALTO
AULA 08
Escola de Palo Alto
PESQUISA NORTE AMERICANA
 
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
O PENSAMENTO CRIATIVO - PARTE 1
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Profa. Me. Heloiza Reis
heloizareis@hotmail.com
ESCOLA DE PALO ALTO
AULA 08
A pesquisa norteA pesquisa norte-- americanaamericana
ERA DO RÁDIO
(20-40)
Escola de Escola de PaloPalo AltoAlto
(Anos 40(Anos 40--60)60)
Escola de Chicago
(1915-1935)
M
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M
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n
 
C
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arch
25
Primeira Guerra
1914 - 1918
Teoria MatemTeoria Matemáática (1949)tica (1949)
Segunda Guerra
1939 – 1945
20
60
30
40
50
35
45
55
ERA DA TVERA DA TV
(EM 50 EM DIANTE NO BRASIL)(EM 50 EM DIANTE NO BRASIL)
Anos 30:
Surgimento do conceito de 
“sociedade de massa” e 
“sociedade de consumo”
 
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AULA 08
Estudou os processos de interação humana, a partir de 1942. 
Os pesquisadores de Palo Alto ficaram conhecidos como integrantes do Colégio 
Invisível, por se tratar de pesquisadores de áreas teóricas distintas que deram 
início à formulação de uma pragmática da comunicação.
Em nossa vida escolar, aprendemos as normas gramaticais da língua que falamos. 
Essas regras são dadas e vão reger a comunicação, porque elas são o código
comum a partir do qual nos comunicamos. 
Porém, aprendemos uma série de outras formas de interagir com o outro, que não
estão escritas em lugar nenhum, cujas regras não estão em um livro. 
A Escola de Palo Alto busca quais são esses códigos invisíveis que regem as 
interações humanas em determinados contextos, em contextos específicos, e que
são comunicação. 
ENTENDER A INTERAÇÃO HUMANA COMO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 
É ENTENDER QUE PARTE DO INVISÍVEL REGE A COMUNICAÇÃO.
ESCOLA DE PALO ALTO – COLEGIO INVISIVEL
 
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PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO
A Pragmática prevê o estudo do uso da linguagem atendendo ao contexto em
que é produzida, onde interagem fatores linguísticos (domínio do sentido e 
estrutura das frases e enunciados) e extra-linguísticos (comportamentos, gestos, 
tom, intenção comunicativa, conhecimentos partilhados).
A Pragmática encara-as como instrumentos de ação e comportamento, também
eles regidos por regras, dando conta da relação existente entre as línguas
enquanto sistemas formais e a sua atualização em situações de uso. 
Quais os aspectos centrais para a comunicação que poderemos definir como
pragmáticos? 
Uma série de fatores linguísticos e não linguísticos que inclui o que é dito, o modo
como é dito e a intenção com que é dito, o posicionamento físico, os papéis
sociais, as identidades, as atitudes, os comportamentos e crenças dos 
participantes, a relação entre eles e a localização espacial e temporal: estes
fatores constituem, quando do momento da produção linguística, o contexto
situacional ou contexto, diferente do contexto linguístico ou co-texto.
ESCOLA DE PALO ALTO – COLEGIO INVISIVEL
 
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Gregory Bateson –
Precursor (1904-1980)
ESCOLA DE PALO ALTO – AUTORES PRINCIPAIS
Paul Watzlawick (1921- 2007)
Erving Goffman (1922-1982)
 
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ESCOLA DE PALO ALTO E A COMUNICAÇÃO
ANOS 40 - um grupo interdisciplinar de pesquisadores (antropologia, matemática, 
sociologia, linguística, psiquiatria e outros) - decidem tomar um rumo contrário ao da 
Teoria Matemática (Mass Communication Research).
Os pesquisadores de Palo Alto consideram o esquema de comunicação linear (emissor, 
receptor, código e canal), proposto por Claude Shannon, é rígido e demasiado estático 
para dar conta da dinâmica da comunicação humana. 
A principal crítica à teoria matemática está no fato do modelo linear: 
• Não considerar a comunicação como interação e desprezar os contextos sociais 
de produção, circulação e recepção da informação.
• Não considerar o papel ativo dos emissores e receptores das mensagens.
• Não reduzir a comunicação a duas ou mais variáveis do ponto de vista linear.
Através das ciências humanas, consideram as análises dos níveis de complexidade e 
de contextos múltiplos.
Ou seja, a aceitação de que a comunicação é uma espécie de matriz social (Social 
Matrix), onde se refletem todas as atividades humanas. 
 
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ESCOLA DE PALO ALTO E A COMUNICACAO 
 
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A COMUNICAÇÃO É ESSENCIALMENTE 
UM FENÔMENO DE INTERAÇÃO SOCIAL QUE SE DÁ OU SE INSERE EM 
CONTEXTOS SOCIAIS DETERMINADOS. 
METÁFORA DA ORQUESTRA – Os pesquisadores da Escola de Palo Alto usaram 
esta metáfora para entender a comunicação como um processo essencialmente 
circular, no qual os indivíduos participam a todo momento como sujeitos de cultura 
através dos seus gestos, da sua visão de mundo e até do seu silêncio, assim como os 
músicos em uma grande orquestra. 
Os indivíduos são considerados como sujeitos ativos dos processos de 
comunicação, produzindo, fazendo circular, incorporando ativamente as 
mensagem a partir dos seus contextos culturais.
A Escola de Palo Alto aproxima-se, teoricamente, de uma outra escola norte-
americana, a Escola de Chicago, dialogando com o interacionismo simbólico
desenvolvido por seus autores. 
ESCOLA DE PALO ALTO E A COMUNICACAO 
 
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ESCOLA DE PALO ALTO – CIRCULARIDADE
TEORIA DA CIRCULARIDADE - a informação deve poder circular e a sociedade da 
informação só pode existir sob a condição de troca sem barreiras. O receptor passa a 
ter um papel tão importante quanto o emissor das mensagens.
O modelo circular proposto por Nobert Weiner (1894 – 1964), criador do campo de 
estudo da cibernética. 
Cibernética é o estudo dos autocontroles encontrados em sistemas 
estáveis, sejam eles mecânicos, elétricos ou biológicos. Foi Wiener quem 
visualizou que a informação como uma quantidade era tão importante 
quanto a energia ou a matéria. O fio de Cobre, por exemplo, pode ser 
estudado pela energia que ele é capaz de transmitir, ou pela informação 
que pode comunicar. A revolução trazida pelo computador é em parte 
baseada nessa ideia: uma transferência da fonte de poder do proprietário 
de uma terra, indústria ou empresa para o controle de informação. A 
contribuição de Wiener não foi uma simples peça de hardware, mas a 
criação de um ambiente intelectual em que computadores e autômatos 
pudessem ser desenvolvidos. A palavra cibernética deriva de um termo 
grego que significa "timoneiro, piloto".
 
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TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
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INTERACIONISMO SIMBÓLICO (CHICAGO) X PALO ALTO
As duas correntes concebem as interações sociais como algo em permanente 
construção e, não, como mera atribuição.
Ambas as escolas inauguram uma nova forma de compreensão da comunicação, 
centrada na comunicação, na comunicação interpessoal, como fundamento de todas 
as relações sociais.
ESCOLA DE PALO ALTO – INTERACOES SOCIAIS
 
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SEGUINDO A IDEIA DE INTERACOES SOCIAIS:
Cada indivíduo tende, ao máximo, procurar entender/discernir o “outro” para, então, 
se moldar de modo a que as expectativas que o “outro” tem de si não saiam 
distorcidas. 
Neste contexto, entramos no campo das ideias defendidas por Erving Goffman
(1922-1982), teórico de Palo Alto de grande expressão. 
TEORIA DA DRAMATURGIA – Goffman procura exprimir a ideia de que a vida 
humana se assemelhava a um “palco”. Traz a exemplo que, na Antiga Grécia, o 
termo personna significava a máscara usada pelos atores de teatro; daí a 
proximidade encontrada por Goffman entre as pessoas (persona) e os atores, 
porque a vida está repleta de cenas, nas quais cada indivíduo toma a postura 
(mascara ou persona) que considera mais adequada e conveniente. Deste modo, 
resguarda-se o mais que pode, procurando moldar-se àquilo que pensa que o “outro”
pensa de si.
ESCOLA DE PALO ALTO – INTERACOES SOCIAIS
 
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ESCOLA DE PALO ALTO - AXIOMAS DE COMUNICAÇÃO (WATZLAWICK)
Recuperando a ancoragem psicológica e social do fenômeno da comunicação, os 
autores da escola de Palo Alto definiram os axiomas de comunicação:
1. Não se pode não comunicar – a impossibilidade de não comunicar;
2. Toda a comunicação tem um aspecto de conteúdo e um aspecto de relação, 
sendo que o segundo classifica o primeiro, constituindo, portanto, uma 
metacomunicação;
3. A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das 
sequências comunicacionais entre os agentes comunicantes;
4. Os seres humanos comunicam digital e analogicamente. 
5. Todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, 
segundo se baseiam na igualdade ou na diferença.
 
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Numa situação de interação, todo o comportamento humano tem valor de mensagem.
A unidade da comunicação é, assim, o comportamento, o qual constitui uma mensagem. 
Uma série de comportamentos (mensagens) interpessoais é uma interação. Os padrões de 
interação constituem unidades de comunicação de nível superior.
Dado que todo o comportamento é comunicação, a mensagem não pode ser monofônica, mas é
constituída de um complexo ou conjunto fluido e multifacetado de numerosos modos de 
comportamento:
• Verbais �Tonais
• Gestuais � Posturais
• Contextuais � …
Estes comportamentos, no seu conjunto, condicionam reciprocamente os seus significados.
Uma propriedade básica do comportamento humano é que ele não tem oposto -- não existe um 
não comportamento, pois um indivíduo não pode não se comportar.
Logo, é impossível ao indivíduo não comunicar.
Escola de Palo Alto – 1o axioma: Não se pode não comunicar
 
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Os autores de Palo Alto consideram, portanto, que…
… «todo o comportamento é comunicação e toda a comunicação afeta o 
comportamento»…
… defendendo a «impossibilidade de não comunicar».
Naturalmente, a comunicação não tem de ser obrigatoriamente:
intencional,
consciente 
ou bem-sucedida.
Para uma teoria comportamental da comunicação,
o fato da mensagem recebida não igualar a mensagem enviada,
embora tenha importância, não é impeditivo de existir comunicação,
pois tal fato depende sobretudo de uma avaliação subjetiva dos sujeitos.
Escola de Palo Alto – 1o axioma: Não se pode não comunicar
 
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Um ato comunicativo não se limita a transmitir informação (“dados”) – conteúdo – mas, 
simultaneamente, também, impõe um comportamento ao destinatário – relação.
O conteúdo de uma mensagem pode consistir em qualquer coisa que é comunicável, 
independentemente de a informação ser…
… verdadeira ou falsa…
... válida, inválida ou indeterminável.
A relação refere-se à espécie de mensagem e como deve ela ser considerada, portanto, em 
última instância, refere-se às relações entre os agentes comunicantes.
Assim, o conteúdo transmite os "dados" da comunicação…
… ao passo que a relação indica a forma como a mensagem deve ser entendida.
Escola de Palo Alto – 2º Axioma: A comunicação tem um conteúdo e 
uma relação, sendo esta uma metacomunicação
 
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A relação pode surgir:
• Explícita, sendo expressa:
• verbalmente (Estou mentindo!);
• não verbalmente (através de gestos, expressões faciais, entoações, etc.);
• Implícita, sendo entendida com base no contexto da comunicação.
O aspecto relacional de uma mensagem, sendo uma comunicação sobre uma comunicação, 
constitui uma metacomunicação e é indispensável a uma comunicação bem sucedida.
A relação de uma mensagem raramente é definida de modo deliberado e plenamente consciente, 
pelo que:
• quanto mais espontânea e "saudável" é a relação entre os agentes, mais o aspecto 
relacional da comunicação recua para um plano secundário, valorizando-se o conteúdo;
• inversamente, as relações comunicacionais "problemáticas" caracterizam-se por um 
constante conflito sobre a natureza da relação, tornando-se cada vez menos importante o 
conteúdo da comunicação.
Escola de Palo Alto – 2º Axioma: A comunicação tem um conteúdo e 
uma relação, sendo esta uma metacomunicação
 
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METACOMUNICAÇÃO - processo pelo qual um emissor tenta passar em sua mensagem a 
maneira como ela deve ser interpretada. Isto se faz necessário quando temos necessidade de que
o receptor de fato receba a mensagem em seu sentido mais claro e original possível. 
A técnica é utilizada em geral quando queremos expressar algum sentimento humano, mas de 
forma não invasiva à uma pessoa, de uma forma menos brusca de se transmitir uma mensagem, 
uma forma de preparação para que a pessoa receba a mensagem sem constrangimento ou
espanto. 
Por exemplo: ao noticiar fatos ruins, ao pedir atenção, ao dar alguma advertência, algo que faça
um prelúdio daquilo que se quer comunicar. 
A metacomunicação não se restringe apenas a linguagem, mas gestos, olhares, expressões
corporais e faciais para dar mais ênfase ao que queremos comunicar e ao modo como queremos
ser interpretados. 
A distância e o ruído podem influenciar o modo como a mensagem chegará ao destinatário, 
alterando a percepção do conteúdo. 
Eventualmente, é preciso tomar certa precaução em usar metacomunicação. 
Exemplos:
“Preste bastante atenção, porque o assunto é sério...”
“Eu preciso lhe dizer uma coisa mas não sei por onde começar...”
“Não me entenda mal, mas é que...”
“Eu não queria lhe dar esta triste notícia...”
Escola de Palo Alto – 2º Axioma
 
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Para um observador externo, uma interação entre agentes comunicantes pode ser vista como 
uma sequência ininterrupta de mensagens.
Contudo, cada participante da interação introduz sempre uma "pontuação da sequência de 
eventos", que nem sempre é coincidente com a do outro participante.
A "pontuação" organiza os eventos comportamentais (logo, comunicacionais) e, portanto, é vital 
para as interações em curso (definindo as contribuições de cada participante ou como Estímulo
ou como Resposta, unidadescomportamentais definidas no âmbito da Psicologia behaviourista).
Em consequência, a discordância sobre como pontuar a sequência de eventos provoca 
conflitos quanto às relações.
Por norma, o erro dos parceiros advém da própria crença de que todas as interações têm de fato 
um começo e de que a pontuação da sequência é sempre possível.
Escola de Palo Alto – 3º Axioma: A natureza de uma relação depende da 
pontuação das sequências comunicacionais
 
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Na comunicação humana podemos representar as realidades de duas maneiras:
• através de um símbolo que tenha com a realidade que representa uma relação de 
analogia, mantendo um resquício de semelhança com ela – comunicação 
analógica;
• através de um signo linguístico (ou não), instituído de forma convencional, que, 
portanto, mantém com a realidade que representa uma relação totalmente arbitrária -
comunicação digital. 
A principal diferença entre ambas consiste, portanto, na analogia vs. arbitrariedade:
• quando usamos um símbolo (comunicação analógica) para referir uma realidade, a 
relação entre esse símbolo e o seu referente é analógica;
• quando usamos um signo linguístico (comunicação digital) para referir uma 
realidade, a relação entre a palavra e o seu referente é arbitrária.
Escola de Palo Alto – 4º Axioma: Os seres humanos comunicam digital 
e analogicamente
 
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O modo digital é a forma de comunicação que possa ser representada por
dígitos convencionados: a escrita, a fala, os nomes que atribuímos às coisas. 
Por exemplo: gato é um nome atribuído, por todos os nativos da língua portuguesa,
a um animal específico, mamífero, etc.
Já no modo analógico, o mesmo gato seria representado por um desenho ou por
uma mímica, ou por qualquer outra analogia. 
Para Watzlawick, a comunicação analógica é toda a comunicação não-verbal, que
envolve sintomas, “[...] postura, gestos, expressão facial, inflexão de voz,
seqüência, ritmo e cadência das próprias palavras, e qualquer outra manifestação
não-verbal de que o organismo seja capaz”. 
É o modo analógico que aborda o campo das relações.
Não se pode desprezar, no ato da comunicação, gestos, suspiros, sorrisos, pois
todo o “corpo fala”. Dotada de conteúdo e estabelecendo relações, a comunicação
é fruto da coexistência e interação dos modos digital e analógico. 
Escola de Palo Alto – 4º Axioma: Os seres humanos comunicam digital 
e analogicamente
 
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As interações humanas podem caracterizar-se pela:
• simetria;
• complementaridade;
… conforme a relação entre os agentes se baseie na igualdade ou na diferença.
Na interação simétrica, os agentes tendem a refletir o comportamento um do outro; a 
interação caracteriza-se pela igualdade e minimização da diferença.
Na interação complementar, o comportamento de um parceiro complementa o do outro, 
maximizando-se a diferença.
A relação complementar admite, assim, duas posições:
• uma posição superior, detentora de poder;
• outra posição inferior, de subordinação.
Qualquer uma destas posições pode ser:
• imposta pelo contexto social ou cultural;
• objeto de negociação por parte dos agentes.
Escola de Palo Alto – 5º Axioma: As permutas comunicacionais ou são 
simétricas ou complementares
 
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HOHFELDT, Antônio. MARTINO Luiz C., FRANÇA, Vera Veiga. (org.). 
Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. 
Petrópolis: Vozes, 2002.
Watzlawick, P., Beavin, J. H. & Jackson, D. D. (1981 [1967]). 
Pragmática da comunicação humana: um estudo dos padrões, 
patologias e paradoxos da interacção. São Paulo: Cultrix.
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 
1995. 
Referências bibliogrReferências bibliográáficasficas
Escola de Escola de PaloPalo AltoAlto

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