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O que é Viés? • Qualquer desvio na coleta, análise, interpretação, publicação ou revisão de dados que pode levar a conclusões que são sistematicamente diferentes das verdadeiras (Last, 2001) • Um processo em qualquer momento da inferência que produz resultados que se desviam sistematicamente dos valores (Fletcher et al, 1988) • Erro sistemático no planejamento ou na condução de um estudo (Szklo et al, 2000) Viés é um erro sistemático • Erros podem ser diferenciais (sistemáticos) ou não- diferenciais (aleatórios) – Erro Aleatório: uso de medida do desfecho que classifica erradamente tanto casos como controles – – Erro Diferencial: uso de medidas inválidas que classificam casos ema direação e controles na outra. • O termo ‘viés' deveria ser reservado para o erro sistemático ou diferencial Erro Aleatório 0 2 4 6 8 10 12 14 0 5 10 15 20 25 30 35 Erro Sistemático 0 2 4 6 8 10 12 14 0 5 10 15 20 25 30 Viés de Seleção Natureza não representativa da amostra Viés de Informação (erro de classificação) Erros nas medidas de exposição da doença Confundimento Distorção da associação exposição - doença por algum outro fator A interação (modifcação de efeito) não é um viés. Miettinen & Cook, 1981 (www) Tipos de Viés Viés de Seleção Diferenças seletivas entre grupos de comparação que impactam a associação entre exposição e desfecho Usualmente resulta de grupos de comparação que não provêm da mesma população base do estudo, E portanto não são representativos Viés de Informação/Aferição/ Erro de Classificação Método para reunião de informação é inadequado e produz erros sistemáticos na aferição da exposição ou dos desfechos; Se o erro de classificação da exposição (ou doença) não está relacionado com a doença (ou exposição) então o erro de classificação é não-diferencial Se o erro de classificação da exposição (ou doença) está relacionado com a doença (ou exposição) então o erro de classificação é diferencial Distorce a verdadeira força de associação. Viés de Informação/Aferição/ Erro de Classificação Fontes de viés de informação: Variação Individual Variação entre observadores Deficiência dos instrumentos Erros técnicos de aferição Confundimento Um terceiro fator que está associado tanto com a exposição quanto com o desfecho, mas não se encontra no elo causal entre os dois Exemplos: Idade na associação entre Câncer de pulmão e fumo Fumo Câncer de pulmão Idade Confundimento A Idade está associada com o fumo e é fator de risco para Câncer de pulmão mesmo entre os que não fumam Testes de Hipótese Hipótese, em estatística, é uma suposição formulada a respeito dos parâmetros de uma distribuição de probabilidade de uma ou mais populações. Estes testes permitem testar hipóteses sobre uma população a partir de dados amostrais Testes de Hipótese Há dois tipos de hipóteses Ha a hipótese alternativa: ≠ < > Ho a hipótese nula: = ≥ ≤ Ha é a hipótese a ser testada (complementar de Ho). O teste pode levar a aceitação ou rejeição de Ho que corresponde, respectivamente à negação ou afirmação de Ha. Passos para realizar um Teste de Hipótese • Unilateral à esquerda: • Ho: = 50 • H1:: > 50 • Unilateral à direita: • Ho: : = 50 • H1: : <50 • Bilateral: • Ho: : = 50 • H1:: 50 Passos para realizar um Teste de Hipótese Regra de Decisão: • Se o valor da estatística do teste cair na região crítica, rejeita-se Ho. Ao rejeitar a hipótese nula (Ho) existe uma forte evidência de sua falsidade. • Ao contrário, quando aceitamos, dizemos que não houve evidência amostral significativa no sentido de permitir a rejeição de Ho. A região crítica é a região onde Ho é rejeitada Testes de Hipótese Escolher o nível de significância (α) O intervalo de confiança de 99% é mais amplo que o de 95% e o de 90% mais estreito RESUMINDO TIPOS DE HIPÓTESES Designa-se por Ho, chamada hipótese nula, a hipótese estatística a ser testada, e por H1, a hipótese alternativa. A HIPÓTESE NULA É UMA ASSERTIVA DE COMO O MUNDO DEVERIA SER, SE NOSSA SUPOSIÇÃO ESTIVESSE ERRADA. A hipótese nula expressa uma igualdade, enquanto a hipótese alternativa é dada por uma desigualdade. Ex: Ho - = 1,65 m H1 - 1,65 m TIPOS DE ERRO DE HIPÓTESE EXISTEM DOIS TIPOS DE ERRO DE HIPÓTESE. Erro tipo 1 - rejeição de uma hipótese verdadeira; Erro tipo 2 – aceitação de uma hipótese falsa. As probabilidades desses dois tipos de erros são designadas e . A probabilidade do erro tipo I é denominada “nível de significância” do teste. BIOESTATÍSTICA INTERPRETAÇÃO P> 0,05 deve aceitar H0 p< 0,05 deve rejeitar H0 e aceitar H1 18 Teste de Hipóteses – Iremos analisar algumas hipóteses, afirmações ou alegações sobre um determinado problema. E a partir de alguns cálculos poderemos decidir sobre a veracidade ou não dessas hipóteses, com um determinado nível de confiança. Exemplo: Em uma determinada empresa os funcionários afirmam que permanecem mais de 15 minutos na fila do almoço, o gerente garante que não passa de 10 minutos, como estabelecer mecanismos para tirarmos essa dúvida? Ao tomarmos qualquer decisão poderemos estar cometendo dois tipos de erros: Erro tipo 1 – abandonar uma hipótese verdadeira devido as análises através da amostra indicarem a hipótese como falsa. Erro tipo 2 – aceitar uma hipótese como verdadeira devido as análises da amostra, porém, ela é falsa. x σ 2σ 3σ- σ- 2σ- 3σ 68,26 % 95,44 % 99,74 % Distribuição Normal – É uma distribuição contínua: X pode assumir quaisquer valores do campo real desde - até + . Uma forma abreviada de indicar que a variável X se distribui normalmente (ou tem distribuição normal) é escrever X N ( x; σ² ). Iremos estabelecer uma comparação com Z da distribuição amostral, e através dessa comparação iremos decidir sobre a veracidade ou não de nossa hipótese. Para isso, iremos calcular o “novo” Z através da seguinte fórmula: Z = X – x σ / n Onde: X – Média encontrada na amostragem, após a hipótese; x – Média anterior; σ – Desvio-padrão; n – quantidade da amostragem. Exemplo: Usuários de um setor de digitação reclamam da enorme ineficiência do setor, devido às altas taxas de erro, em média, 10 erros por 200 números digitados em seqüência. Para identificarmos se é procedente a reclamação, encontramos uma média de 8 erros, com desvio padrão de 3 em uma amostra de 100 conjuntos de 200 digitações. Assim, para podermos ter uma confiança de 99%, iremos proceder: 1º Passo: estabelecer as hipóteses: H0 – A média é igual ou superior a 10 erros; H1 – A média é inferior a 10 erros. 2º Passo: Com α = 0,01, isto é, confiança de 99%; e n superior a 30 (n=100), identificaremos na tabela que o valor 2,3263, com isso: Iremos abandonar a H0 caso o valor encontrado seja maior que 2,3263. Caso contrário, aceitaremos H0. 3º Passo: Análise dos dados: X = 8 x = 10 σ = 3 n = 100 Z = 8 – 10 Z = - 6,667 3 / 100 Ignorando os sinais teremos que 6,667 > 2,3263, com isso, rejeitamos a hipótese da nulidade H0 de que o número médio de erros por 200 digitações é 10. CONCLUSÃO: A RECLAMAÇÃO NÃO PROCEDE, EM UMA CONFIANÇA DE 99%. AMOSTRAS 01 02 independentes 02 dependentes N independentes N dependentes NOMINAL Binomial Teste G Qui quadrado Binominal Exato de Fischer (n<10) Qui quadrado Qui quadrado com yates (20<n<40) Kappa Qui quadrado Teste G Cochran ORDINAL Kolmogorov- Smirnov Kolmogorov Smirnov Mann- Whitney Mc Nemar WilcoxonKruskal Wallis Friedman INTERVALAR Teste T Teste Z Teste T de student Teste Z Teste T de student ANOVA ANOVA BIOESTATÍSTICA 24 BIOESTATÍSTICA • TESTE t DE STUDENT • Compara a média amostral com a da população; • Estima-se a variância da população pela variância amostral; • Usado para um pequeno número de amostras (n<30) • Variáveis em escala INTERVALAR 25 BIOESTATÍSTICA • Determinou-se a fosfatase sérica de 12 crianças com malária, comparando-se os valores obtidos com a média da população. • u = 2.45 ug/ dL. • H0 = a fosfatase não é alterada durante a infecção malárica • H1 = a fosfatase é alterada durante a infecção malárica • α=0.01 - bilateral FOSFATASE SÉRICA ug/dL FOSFATASE SÉRICA ug/dL 3.7 3.4 2.8 2.8 2.9 3.2 2.3 1.9 3 2.4 2.2 3.2 RESULTADOS T= 3.45 P(unilateral) = 0.0011 P(bilateral)= 0.0022 REJEITA-SE H0 26
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