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ARTIGO GUERRA FRIA PRONTA ENTREGA

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GUERRA FRIA: A HISTÓRIA DE UMA PAZ CONFRONTANTE[1: Artigo acadêmico usado como obtenção de nota na disciplina de História contemporânea II, do curso de licenciatura plena em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, campus Professor Possidônio Queiroz.]
Amine Mariane Leite[2: Acadêmica do VII bloco do curso de licenciatura plena em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, campus Professor Possidônio Queiroz. ]
Raquel da Costa Santos[3: Acadêmica do VII bloco do curso de licenciatura plena em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, campus Professor Possidônio Queiroz.]
RESUMO: O presente artigo que aqui se inicia, visa investigar os discursos historiográficos sobre o cenário da guerra fria. Sendo sabido que Após a segunda Guerra mundial, Estados Unidos e União Soviética buscavam cada vez mais aumentar e defender sua áreas de influência, o mundo estava dividido em dois sistemas totalmente opostos. Seguimos o pensamento de historiadores como Hobsbawm, René Rémond, Anderson, e outros mais. Buscamos entender as causas deste conflito, que mais ameaçava do que conflitava. partimos da metodologia de pesquisa qualitativa, que traz consigo, uma carga de valores, preferências, interesses e princípios que orientam a pesquisa. De modo concluímos que a guerrafria foi na foi na verdade uma paz fria como falou hobsbawn. 
PALAVRAS-CHAVE: Guerra fria, EUA, e URSS.
INTRODUÇÃO
Chamamos de Guerra Fria um conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial e a extinção da União Soviética.
É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo conflito mundial por se tratarem de duas potências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.
A guerra fria foi uma guerra de ameaças, não de confrontos. Jamais houve um confronto direto entre EUA e URSS durante os 43 anos de guerra fria. Se não houve uma “guerra quente”, talvez tenha havido, como diz HOBSBAWN, um “paz fria”.
A Guerra Fria basicamente se iniciou com o final da Segunda Guerra Mundial, que foi quando os Estados Unidos e URSS acirraram a disputa pela hegemonia no Globo. Podemos dizer que este foi um dos períodos mais tensos da história, que se estendeu do imediato pós-guerra até o final da década de 1980. A situação era de tal como René Remond chamava, um mundo bipolar, onde dois blocos dominavam, ou os países seguiam a linha ou sistema dos Estados Unidos ou se alinhavam à União Soviética.
O mundo da Guerra Fria é descrito exatamente no temor do que pode acontecer, na dúvida maior: sobreviveremos a um combate nuclear? E se sobrevivermos, o que será de nós? Como ficará o mundo que conhecemos? Quem seremos nós nesse novo mundo?
OS PERCALÇOS DO CONFRONTO. 
Nosso trabalho se apropria de um período longo de aproximadamente cinco décadas de disputas, onde surgiram arsenais Bélicos e nucleares atormentando a vida da população mundial. A Guerra Fria foi um fenômeno que determinou grande parte das relações mundiais pós Segunda Guerra Mundial até 1989, com a queda do Muro de Berlim.
OS ANTECEDENTES DO FATO
 O final da Segunda Guerra apresentou as características da Guerra Fria desenhada nos encontros realizados entre as superpotências onde ficaram claras as divergências entre Estados Unidos/Inglaterra e a URSS. Essa bipolarização, com risco de guerra iminente, mas que felizmente não alcançou concretude traduziu-se em fatos que ficaram marcados no decorrer da segunda metade do Século XX, motivando guerras e movimentos revolucionários por todo o mundo e alterando consideravelmente a estrutura das nações em nome dos interesses dominantes.
 Durante todo este período, o regime socialista viveu uma fase de expansão iniciada com mais vigor a partir de 1947, por meio de revoluções e ação direta da influência da URSS em vários países como a China - que concluiu sua famosa Revolução dois anos depois (1949), dessa forma, deixando a Europa Oriental de ser capitalista. A influência, no entanto, não se limitou ao continente europeu: brados revolucionários varreram a América Central com a Revolução Cubana (1959) e a Ásia com a Guerra da Coréia (1950-53) e a Guerra do Vietnã (1960-1970). Para além dessas fronteiras, a Àfrica também foi alvo, após o processo de descolonização iniciado na década de 1950, de muitos governos socialistas como foi o caso de Moçambique e Angola.
Muitos consideram que a Guerra Fria tem seu ponto de tensão no discurso do primeiro ministro inglês Winston Churchill, onde este convocava os norte-americanos e seus aliados na Europa para uma cruzada anticomunista, assim rompendo a aliança de sucesso que havia sido formada na Segunda Guerra Mundial. Depois de denominar a Europa Ocidental como ―mundo livre‖, o chanceler britânico solicitou ajuda do presidente dos EUA, Henry Truman, no combate à expansão socialista soviética a qual ele chamou de ―países da cortina de ferro‖. Assim, o próximo passo foi ajudar economicamente e militarmente nações como a Grécia e a Turquia, evitando assim uma propagação do socialismo para o centro da Europa.
A GUERRA FRIA PROPRIAMENTE DITA
Grandes discussões historiográficas foram realizadas sobre a guerra, elas costumavam assumir duas posturas distintas. A primeira postura seria que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) buscava expandir o comunismo pelo mundo. Bem como podemos ver nas colocações de DEUTSCHER (1969) pela URSS, em seu texto Mitos da Guerra Fria, abria uma nova perspectiva, afirmando que os americanos saíram da Segunda Guerra Mundial fortalecidos. Já os soviéticos, acabaram sendo destruídos e, assim, não necessitavam entrar em outra guerra. O lado soviético era defendido por pensadores europeus.
Já a segunda, seria uma construção norte-americana que buscava justificar suas ações nas nações que estivessem fora do domínio soviético. Muitos pensadores ocidentais que estavam engajados na luta contra a expansão do comunismo resolveram culpar os soviéticos pelo surgimento da Guerra Fria. Isso fica claro, ao observarmos o pensamento de WESSON (1978), o autor coloca que, após o fim da Segunda Guerra Mundial, os americanos se retiraram da Europa, consentindo que ela ficasse sob a hegemonia da União Soviética que seria uma potência antagônica, abertamente dedicada à destruição da sociedade burguesa tradicional e da ordem internacional. 
Outro ponto observado pelos historiadores é que esta época foi marcada pelo embate entre capitalismo versus socialismo. Tal como vemos em ANDERSON (1998):
Nos Estados Unidos, onde quase não existia um Estado de bem-estar do tipo europeu, a prioridade neoliberal era mais a competição militar com a União Soviética... Concebida como uma estratégia para quebrar a economia soviética e, por esta via, derrubar o regime comunista na Rússia. (ANDERSON, 1998: 12).
Durante a Guerra fria não aconteceu confrontos diretos, trata-se de uma Guerra não declarada, e teve como característica principal a bipolaridade, a competição de duas superpotências demostrando forças e superioridade até fins da década de 80. Os Estados Unidos se apresentava como superior através de progressos científicos e tecnológicos, baseados na corrida espacial e armamentista. Mas em tal época o medo de um conflito nuclear assombrava o mundo.
Em resposta, o bloco socialista liderado pela URSS tratou de criar organizações militares e econômicas que serviram como resistência, demonstração de força e uma resposta à Doutrina Truman, que era um conjunto de práticas do governo dos Estados Unidos. Em resposta a doutrinaTruman, a URSS criou Kominform, Comitê de Informação dos Partidos Comunistas e Operários, que unificou ainda mais o leste europeu.
 “A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência – a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra – e não tentava ampliá-la com o uso de força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais.” (HOBSBAWM, 1995: p. 224)
Com essa situação, onde as duas superpotências, capitalista e socialista, almejavam o domínio territorial, participaram de guerras regionais que marcaram a história mundial. Período de 1950- 1953 a Guerra da Coréia, que hoje encontramos dividida em Coréia do norte com um sistema socialista e Coréia do sul com um sistema capitalista, outra Guerra foi a do Vietnã no período de 1960-1976, que se uniu após a vitória do socialismo.
De maneira quase que reacionária, existe uma reação da direita ideológica mundial que consegue chegar ao poder em vários países aliados dos EUA. Dentre os quais na Inglaterra, assume o governo a primeira-ministra Margaret Thatcher (1979-1990). Ou seja, começava ali, uma política econômica diferente pautada em um egoísmo comercial e no fim das práticas assistencialistas do Estado (típicas das décadas de 50 e 60). Tal como nos mostra HOBSBAWM (1995):
“A Guerra Fria reaganista era dirigida não contra o “Império do Mal” no exterior, mas contra as lembranças de F. D. Roosevelt em casa: contra o estado de Bem-estar Social, e contra qualquer outro Estado interventor. Seu inimigo era tanto o liberalismo [...] quanto o comunismo.” (HOBSBAWM, 1995: p. 245)
Dessa forma, a parte do globo conhecida como “Terceiro Mundo” tornou-se o palco da Guerra Fria e formava, nas palavras de Eric Hobsbawm, uma zona mundial de revolução. E era exatamente no lado dos EUA as contradições do capitalismo eram maiores, existindo enormes desigualdades e injustiças sociais, além de um histórico de desrespeito aos direitos humanos e autoritarismo político. Esses e outros elementos tornariam o Terceiro Mundo propício para o surgimento de movimentos revolucionários. Para a historiadora Maria Paula Araujo, “a crença no potencial revolucionário do Terceiro Mundo – mais que isso: a crença em sua tarefa revolucionária - impulsionou a luta armada na América Latina.
Por outro lado, sabemos que os EUA, que tinham essa região do globo em sua zona de influência, adotaram uma política agressiva para impedir o avanço do comunismo nessa região. A instabilidade do “Terceiro Mundo” seria na ótica dos EUA de responsabilidade da URSS, cabendo ao país intervir para impedir o avanço dos soviéticos nessa parte do globo. Como afirma Hobsbawm, durante a Guerra Fria os EUA utilizaram de todos os meios para combater essa ameaça: desde a ajuda econômica e a propaganda ideológica até a guerra maior, passando pelo apoio às Forças Armadas locais na realização de golpes de estado.
A Guerra Fria, para além de sua dinâmica de luta por áreas de influência, apresenta um momento ímpar da história, no qual as provocações, as ameaças, ou supostas ameaças foram mais importantes que os atos em si. Tendo sido um período marcado por uma nebulosa de medo, apreensão essa, característica da escatologia.
Na época, criou-se o “mito” do botão vermelho, que iniciaria as detonações nucleares em cadeia, relegando o mundo apenas às baratas.
O historiador britânico Eric Hobsbawm afirma que a Guerra Fria é produto de uma “intenção” oficial do governo dos EUA. Um curta análise oferece diversos presidentes eleitos, democratas e republicanos, segurando a bandeira do anti-comunismo. O medo do fim gerava votos, a insegurança gerava apoio e a manutenção desse pensamento mantinha-os no poder. O lado soviético e a ditadura do proletariado, em contrapartida, não precisavam adotar posturas carismáticas, estimular divergências ou se apropriar de um clima de medo para se manterem no comando:
“Os febris roteiros de ataque nuclear que vinham da publicidade governamental e dos mobilizados adeptos da Guerra Fria ocidentais, no início da década de 80, eram gerados por eles mesmos. Na verdade tiveram efeito de convencer os soviéticos de que um ataque nuclear preceptivo do Ocidente à URSS era possível, como em momentos de 1983 – eminente.” (HOBSBAWM, 1993: p.244)
Um episódio que talvez tenha sido o momento mais tenso da Guerra Fria, foi o Crise dos Mísseis , quee por muito pouco não ocasionou uma guerra atômica, uma vez que as bombas de plutônio haviam sido substituídas pelas de hidrogênio, o potencial armamentista havia aumentado consideravelmente. Em 1962, foi descoberta pelos norte-americanos a instalação de mísseis soviéticos em Cuba, na Baía dos Porcos. Imediatamente, os EUA ameaçaram retaliar com um ataque nuclear e abordaram navios soviéticos na região do Caribe. Frente à situação, a URSS recuou e retirou os mísseis do território cubano, pacificando a tensão.
CONFLITO ECONOMICO
Durante a guerra fria, o capitalismo e o socialismo foram os representantes dos dois grandes polos que conflitante. Os dois regimes econômicos lutavam, por um lado, o capitalismo com os Estados Unidos e por outro, a União Soviética e os demais países comunistas. O sistema econômico representado pelo EUA visava o lucro. As propriedades privadas são detentoras dos meios de produção e distribuição e trabalham com a lei da oferta e procura.
Segundo os americanos, o capitalismo simbolizava a liberdade, uma vez que cada indivíduo poderia ser dono do seu próprio negócio, pagar seus funcionários e investir onde bem entendesse. O regime capitalista já tinha tomado suas proporções.
Já o socialismo pregava a economia em poder do estado. A distribuição dos recursos de forma justa, executada pelo governo vigente, bem como a remuneração dada a cada trabalhador, segundo sua produção e qualidade do exercício formam algumas das características do sistema de economia planejada ou planificada. O capitalismo e o socialismo são totalmente opostos em seus ideias.
De modo que, os Estados Unidos eram bem superiores que a URSS e os demais países socialistas. Os norte-americanos detinham mais da metade da riqueza mundial através de suas reservas auríferas, indústrias, material bélico, petróleo e etc. Além disso, as tropas do exército americano estavam instaladas em muitos países europeus e no Japão.
A URSS, em contrapartida dominava a Europa; porém, ocupava a parte do leste – o continente era dividido em oriental e ocidental – e uma enorme faixa, na parte norte, do território asiático. Nada comparado ao domínio norte americano, uma vez que os locais ocupados pelo exército vermelho (URSS) eram de regiões agrícolas, ou seja, não contavam com muitos recursos.
Após anos de batalha entre os dois sistemas econômicos, é possível destacar que o capitalismo impera desde o fim da guerra, em 1989. A maioria dos países adotou tal sistema político-econômico e as heranças deixadas por ele são visíveis nos dias de hoje. 
AS DUAS ALEMANHAS
Sabemos que o resultado da segunda guerra não foi favorável para a Alemanha, isso resultou na divisão do país, que se tornou o marco de dois blocos político-econômicos antagônicos. A Alemanha permaneceu dividida até 1989.
A Alemanha Ocidental, apoiada pelo Plano Marshall, destacava-se em termos de desenvolvimento industrial e tecnológico, assim como na geração de empregos, educação, saúde e transportes, o oposto do que ocorria na Alemanha Oriental, marcada por um socialismo sem alguma planificação e uma economia bastante deficitária, contando com uma rejeição maciça daqueles que estiveram do lado Leste de Berlim. Logo, muitas pessoas desejavam passar para o outro lado do Muro, conhecido vulgarmente como ― muro da vergonha, mas eram impedidas através da agressão dos soldados alemães ou pela estrutura do próprio muro que foi construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele fazendo parte66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de atravessá-lo.
O FIM DO “NÃO CONFRONTO”
A década de 1980 revelou mudanças de cunho político, econômico e sociais bastante significativos para inaugurar uma nova etapa na Guerra Fria em busca de uma definição de qual dos dois blocos teria realmente a hegemonia mundial neste período. Marcados de formas diferentes, os governos soviético e americano enfrentaram, respectivamente, crises com a burocracia estatal e os escândalos de governo constantes, mas procuraram, nesta nova década, pontos de apoio para a construção de governos sólidos e capazes de manter seus aliados confiantes em suas políticas de Estado.
No Governo George Bush, as guerras passam a ser a verdadeira tônica da nação americana, que enfrenta um grande conflito: a Guerra do Golfo, de onde sai vencedor usando um arsenal armamentista impressionantemente eficiente, não dando chances de vitória aos inimigos, como antes aconteceu no Vietnã.
A política soviética neste período passa por uma instabilidade enorme, sobretudo ao aceitar estabelecer com os EUA uma coexistência pacífica ainda nos anos 1960. Essa fraqueza soviética também pode ser explicada pela rígida postura adotada frente aos seus aliados de bloco enquanto, do outro lado, a tônica do Estado de Bem Estar Social permitia uma maior liberdade para a adoção de políticas que buscassem os ideais democráticos.
Dessa forma, o fim da Guerra Fria se aproximava de forma bastante rápida. Uma nova era de mudanças estaria vindo pela frente, colocando a nação americana então como grande detentora das condições de decisão e mudança da política e economia internacionais, apesar da resistência de algumas nações em ainda estabelecer um momento voltado ao comunismo, como era o caso de Cuba, Coréia do Norte, Albânia, entre outros. A Era Neoliberal mostraria, ainda, que os Estados Unidos seriam os grandes vencedores dos grandes embates realizados ao longo do século XX, preparando o mundo, segundo sua ideologia, para a entrada no Século XXI de forma a privilegiar o Capitalismo como a maior das necessidades de estabelecimento de políticas e práticas consistentes da Democracia no mundo.
REFERENCIAS
ANDERSON, P. Balanço do Neoliberalismo. In: SADER, E.; GENTILI, P. (Org). Pósneoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
DEUTSCHER, I. Mitos da Guerra Fria. In HOROWITZ, D. (org.). Revolução e Repressão. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969.
HOBSBAWM, Eric. Era do Extremos – O breve século XX 1914 - 1991.São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
RÉMOND, René. O século XX: de 1914 aos nossos dias. cajado. São Paulo: Cultrix, 1987.
VISENTINI, Paulo Fagundes. A guerra fria. In Reis Filho, Daniel Aarão(org), Ferreira, Jorge(org), Zenha Celeste(org). O Século XX – O tempo das Crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
WESSON, R. G. A Nova Política Externa dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

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