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STRESS CALORICO EM MATRIZES, POEDEIRAS E FRANGOS DE CORTE ADRIANO WEBER, TAYLOR ZANIN Prof. Dr.: Walter Lucca Introdução Avicultura é uma das atividades agropecuárias com maior evolução nas últimas décadas. Esta evolução teve como suporte a melhoria constante no desempenho das linhagens, pela seleção genética e pelo melhoramento nas condições de alimentação, manejo, instalações, sanidade, etc. Introdução A susceptibilidade das aves ao estresse calórico aumenta à medida que o binômio umidade relativa e temperatura ambiente ultrapassa a zona de conforto térmico. Sob estresse calórico, a ave tem dificuldade de dissipar calor, incrementando a temperatura corporal com efeito negativo sobre o desempenho. Introdução O desenvolvimento e avaliação de sistemas de criação de aves que aperfeiçoem a produção de corte, custo de instalação e energia, ainda são desafios para a ampla extensão de condições existentes na produção comercial. O QUE É O ESTRESSE? A reação de estresse maximiza o gasto de energia, o qual ajuda a preparar o corpo para encarar uma situação ameaçadora ou desafiadora e o indivíduo tende a mobilizar enormes esforços para lidar com o evento estressante (Bernard & Krupat 1994 apud Cordon, 1997). Ave e o ambiente As aves são animais homeotérmicos, isto é, mantém a temperatura corporal dentro de certos limites, independente da flutuação da temperatura ambiente (YAHAV, 2000). Ave e o ambiente Os fatores ambientais que mais influenciam as aves são a temperatura do ar, umidade, radiação e movimentação do ar, podendo alterar o bem estar animal e a produtividade. Ave e o ambiente A temperatura dos tecidos profundos do corpo permanece quase constante, enquanto a temperatura cutânea, ao contrário da temperatura central, aumenta ou diminui em função da temperatura ambiente (MOUNT, 1968, SIMON et al., 1986, GUITON & HALL, 1997). Tabela 1 . Temperatura do corpo e pele de frangos expostos a temperatura constante ou cíclicas. Temperatura ambiente ºC 15ºC 25ºC 35ºC 15:35ºC Temperatura do corpo 40,73 40,70 41,05 40,55 Temperatura da pele 39,31 39,55 40,48 38,61 Adaptado de Yahav (1999a) Ave e o ambiente A primeira fase é o momento em que nascem e que perdura até aproximadamente duas ou três semanas de vida, quando a ave é extremamente sensível às temperaturas abaixo de 32,0 ºC, 30,0 ºC e 28,0 ºC respectivamente, devido ao sistema termorregulador não estar totalmente desenvolvido. Ave e o ambiente Quando as aves tornarem adultas, diminuem sua exigência térmica. A partir da sexta semana de vida em diante a temperatura deve ficar igual ou abaixo dos 22 C, que se encontra próxima ao limite superior a faixa de conforto térmico. RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE Vasodilatação periférica, com perda de calor não evaporativo, e aumento na taxa respiratória, com perda excessiva de CO2 acarretando a diminuição da pressão parcial de CO2 e consequentemente à queda na concentração de ácido carbônico (H2CO3) e H+. TEM Q VER PRA EXPLICAR 12 RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE A hiperventilação pulmonar, ocasionada pelo aumento dos movimentos respiratórios, leva à perdas significativas de CO2 fazendo com que ocorram perturbações no equilíbrio acido base sanguíneo das aves que, dependendo do tempo de exposição, podem levá-las a óbito. TEM Q VER PRA EXPLICAR 13 Alcalose Respiratória O aumento na taxa respiratória, resulta em perdas excessivas de dióxido de carbono (CO2). Assim, a pressão parcial de CO2 (pCO2) diminui, levando à queda na concentração de ácido carbônico (H2CO3) e hidrogênio (H+). Em resposta, os rins aumentam a excreção de HCO3- e reduzem a excreção de H+ na tentativa de manter o equilíbrio ácido-base da ave. RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE Devido a insuficiente oxigenação, o ritmo cardíaco aumenta na tentativa de suprir mais oxigênio para para o metabolismo oxidativo dos tecidos em rápido crescimento, causando uma hipertensão pulmonar. TEM Q VER PRA EXPLICAR 16 RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE As aves podem aumentar a frequência respiratória em até dez vezes o seu ritmo normal. TEM Q VER PRA EXPLICAR 17 RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE Uma ave que sofreu um desafio imunológico, por exemplo, produz diversas citoquinas que podem aumentar a taxa metabólica, diminuir o apetite e talvez até redirecionar os nutrientes para atender às necessidades energéticas da resposta imune, ao invés do crescimento do músculo esquelético (Ferket, 1999). RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE Acima de 27ºC as aves começam a utilizar a energia para se manterem resfriadas. Alguns vasos sanguíneos se dilatam para levar mais sangue para crista, pés e asa na tentativa de resfriamento. Em poedeiras é observado o avermelhamento da pele da asa em consequência ao dilatamento das veias. RESPOSTAS E PROBLEMAS PERANTE O ESTRESSE O principal interesse dentro do clima quente é a habilidade da ave em ingerir alimento. A temperatura dentro do galpão aumenta e menos calor é exigido para manter a temperatura corporal, as aves então comem menos alimento. Efeito da alcalose sobre o nível de cálcio no sangue e consequências na formação da casca do ovo A queda no pH sanguíneo acarreta um decréscimo no nível total de Ca no sangue durante a calcificação da casca. Os ácidos orgânicos produzidos durante a ofegação térmica das aves, aumentariam o nível de Cálcio complexado com ácidos, restringindo ainda mais a disponibilidade de Cálcio para a formação da casca. Efeito da alcalose sobre o nível de cálcio no sangue e consequências na formação da casca do ovo O Cálcio aparece de três formas; Ca ligado a proteínas; Ca complexado com ácidos orgânicos; Ca livre ou ionizado (Ca++), (usada na glândula formadora da casca do ovo); Consequências do stress calórico em poedeiras Queda no consumo de alimentos, menor taxa de crescimento, aumento na conversão alimentar, queda na produção de ovos, maior incidência de ovos de casca mole, desidratação, aumento na mortalidade. MECANISMOS DE CONTROLE Durante o estresse calórico, as aves tentam compensar sua reduzida capacidade de dissipar o calor aumentando seus processos fisiológicos responsáveis pela dissipação de calor, assim como reduzindo os dirigidos para a produção de calor. MECANISMOS DE CONTROLE A ave também aumenta drasticamente sua frequência respiratória para perder água e consequentemente calor pelas vias respiratórias. O aumento da frequência respiratória é o principal mecanismo de dissipação do calor. frequência respiratória 25 movimentos por minuto; 250 por minuto. Altas temperaturas e umidade Como a evaporação é dependente da pressão de vapor d’água, a medida em que aumenta a umidade do ar, a perda por evaporação diminui. Com temperatura e umidade do ar elevadas, as perdas de calor latente são prejudicadas e a condição de estresse é acentuada. Consumo de água A temperatura da água bebida é um importante fator na regulação da temperatura corporal. Inclusão de sais na água (bicarbonato de sódio), levando a uma menor mortalidade. Pode causar aumento na umidade da cama. Dieta Diminuição no consumo de ração. Diminuição significativa na ingestão de energia, vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais limitantes. Energia A inclusão de óleos vegetais nas rações de aves mantidas sob altas temperaturas reduz o efeito depressivo da temperatura sobre o desempenho. As gorduras e óleos possuem baixo incremento calórico e elevado conteúdo energético. Proteína A variação da temperatura não aumenta nem diminui as exigências de proteína e aminoácidos, Com nutriente é alterado pela temperatura, a queda no desempenho pode ser evitada ajustando os níveis nutricionais às alterações no consumo. Modificações no balanço eletrolítico da dieta Cloreto de potássio Vitaminas Alumínio (silicatos na dieta) Jejum Cloreto de potássio Observou-se, aumento no peso de frangos de corte pelo aumento do consumo de água bebida, que funciona como receptor de calor possibilitando que as aves aumentem o consumo de ração e diminuir a temperatura corporal. Cloreto de potássio A adição desses aditivos esta relacionada com aumento no consumo de água que atua como receptor de calor e reduzindo a temperatura corporal, aumentado o conforto fisiológico dos animais. Vitaminas O consumo de ração regula o consumo de vitaminas, como ele é reduzido durante o stress calórico, reduz o consumo de vitaminas Vitaminas Vitamina A: o calor causa aumentos marcantes nos requerimentos de vitamina A Vitamina C: as aves sob stress calórico, são incapazes de sintetizar quantidades suficientes de vitamina C (acido ascórbico), para cobrir as perdas drásticas ocorridas sob calor intenso. Vitaminas Vitamina D: não interfere na conversão de vitamina D3, mas interfere no metabolismo de Cálcio. Alumínio (silicatos na dieta) Conhecidos como agentes melhoradores da fluidez da deita de alimentos, evitando o empelotamento da mistura. Em poedeiras apresenta grandes melhorias na qualidade da casca do ovo, melhor eficiência alimentar e aves mais calmas, divido a capacidade de troca de íons do SAS. Alumínio (silicatos na dieta) Íons de sódio são trocados por íons de cálcio no intestino, que são liberados de forma lenta e continua ao longo do dia, durante a formação da casca do ovo. Uma grama de SAS absorvem 250 mg de Cálcio no trato intestinal. Nível de inclusão 0,75% de SAS na dieta, não sendo necessária a correção do sódio. Jejum A redução na disponibilidade de ração para poedeiras é negativa para a qualidade da casca do ovo. Devemos usar na pratica de manejo que visam o aumento o consumo de ração sob estresse pelo calor. FATORES PREDISPONENTES AOS STRESS CALÓRICO Instalações inadequadas, aves de genética apurada e alto desempenho, alimentação altamente energética, manejo inadequado: lotação e qualidade da água, temperatura e umidade relativa do ar alta. TÉCNICAS PARA EVITAR/MINIMIZAR O ESTRESSE Algumas práticas podem ser utilizadas: Minimizar a ocorrência de hipotermia em pintinhos, como o uso de cortinas e aquecedors elétricos. TÉCNICAS PARA EVITAR/MINIMIZAR O ESTRESSE Aves adultas as técnicas são desenvolvidas para reduzir a temperatura como ventiladores e/ou nebulizadores, exaustores, placas evaporativas construção dos galpões adequados. TÉCNICAS PARA EVITAR/MINIMIZAR O ESTRESSE Segundo Rodrigues (2006);Abreu e Abreu, (2011), outra técnicas desenvolvidas para diminuir o estresse térmico é retirar a alimentação nos horários mais quentes e fornercer a alimentação no período mais fresco; TÉCNICAS PARA EVITAR/MINIMIZAR O ESTRESSE Fazer o flushing (jateamento) dos bebedouros para renovação da água; quando possível, adicionar gelo na caixa de d’água. Em aviários climatizados é permitido o abaixamento das cortinas. TÉCNICAS PARA EVITAR/MINIMIZAR O ESTRESSE Dark house (casa escura): Essa medida pode gerar maior estresse nas aves causando mortalidade; Que medida ? 48 Nível de instalações Orientação do galpão, barreiras suficientes para impedir o sol direto nas aves, altura do pé direito, lanternins, telhado (com maior reflexão de calor), áreas externas gramadas, eliminar barreiras externas de ventilação, ventilação forçada no galpão, spray de agua no galpão, resfriamento do telhado com água, poleiros frios. http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/lanternim-funcao-construcao-t639/124-p0.htm 50 CONCLUSÃO O estresse térmico causa grande prejuízo na avicultura comercial, elevando os custos da produção com equipamentos e instalações, além de proporcionar maior ocorrência de patologias devido à queda da imunidade podendo ocasionar consequentemente alta mortalidade. CONCLUSÃO Medidas que diminuam e melhorem o conforto térmico das aves devem ser adotadas para que sejam evitadas perdas desnecessárias e assim aumentando a produtividade da granja.
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