Buscar

Dentinogênese Imperfeita tipo dois

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Dentinogênese imperfeita do tipo 2
Amanda Néres de Almeida Silva
<número>
Introdução
Dent = dentina, gênese (grego) =origem; imperfeita= falha;
Também chamada de: Dentina opalescente hereditária;
 As dentinogêneses podem apresentar alteraçoes de fratura e cor do esmalte, obliteração da câmara pulpar,
Existem 3 ou 4 tipos;
Esmalte se perde por falta de união com a dentina defeituosa
<número>
Histórico
Descoberta em 1887, paciente 18 anos, dentes opalescentes e desgastados. Pesquisador Nayar +colaboradores;
1939, descrita a primeira família com dentes anômalos;
1943, descrita uma família 40 membros, 22 afetados;
Posteriormente descritos os tipos
<número>
A dentinogênese imperfeita
Defeitos na dentina
Afeta a dentição decídua e permanente. 
É dividida em três ou quatro tipos, no tipo II só há anomalias dentárias e não ósseas
Ocasiona opalescência e descoloração dos dentes, raízes atrofiadas;
Há uma mineralização disfuncional da dentina e obliteração da polpa deixa evidentemente vasos sanguíneos na dentina
<número>
Padrão de herança, gene envolvido
É uma doença genética autossômica dominante; 
Está no loco 4q21;
Afeta tanto homens quanto mulheres;
Só pessoas afetadas tem filhos afetados
 "A priori a ocorrência da doença foi localizada no cromossomo 4, na região 4q13-21, atualmente dá-se o intervalo desse locus entre D4S2691 até D4S2692"
 (REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA – UPF,2003)
<número>
<número>
Frequências
A dentinogênese imperfeita atinge ambos os sexos, com incidência de 1:8000 pessoas 
Frequência gênica : 1/8000;
Frequência alélica :~ 0,01 
<número>
Diagnóstico
Observa-se se o paciente não tem nenhuma doença sistêmica;
Observa-se dentes fracos, amarelados(as vezes até amarronzados), opalescentes;
Casos na família (filhos afetados tem pai e/ou mãe afetado);
Faz microscopia de luz polarizada (que revela estruturas tubulares da dentina)
<número>
Características radiográficas
Coroas com aspecto bulboso(forma arredondada);
Raízes curtas;
Pouca polpa, obliteradas por excesso de dentina;
A dentina tem menos túbulos, mas esses são maiores e irregulares ( tem menos mineralização) 
Prognóstico
A partir da instalação das próteses ou facetas o paciente terá uma vida normal
 Retorno ao dentista para manutenção a cada 3 meses.
<número>
Tratamento 
Basicamente faz-se a manutenção dos dentes afetados pelo maior tempo possível, usando resinas e adesivos;
Visa diretamente proteger o tecido dentário contra desgaste;
Instala-se coroas protéticas ou facetas pois as raízes naturais certamente se fraturariam;
Mas por volta de 30 anos, grande parte dos pacientes são submetidos a colocar próteses dentais ou implantes;
Tratamento precisa de uma abordagem multidisciplinar para prevenir a morbidade psicológica ao paciente; 
Limitações no tratamento: algumas doenças sistêmicas e periodontais
<número>
RELATO DE UM CASO
Uma paciente de 7 anos de idade, do sexo feminino, compareceu à clinica de Especialização em Odontopediatria da Universidade Veiga de Almeida (RJ), onde a principal queixa era o fato de seus dentes estarem fraturados e escuros. Além disso, segundo sua responsável, a paciente já havia se submetido a vários tipos de tratamento, porém sem sucesso.
Após ter constatado que a criança não apresentava nenhuma doença sistêmica, e seu pediatra também havia informado que a paciente nunca tinha sofrido nenhum tipo de fratura óssea, foi descartado que a menina poderia ter osteogênese imperfeita. 
Ao exame clínico, pode-se ver que a paciente encontrava-se dentição mista e que todos os dentes presentes, com exceção dos incisivos permanentes superiores e todos os molares permanentes possuíam coloração cinza-acastanhado, comprometendo a estética. No entanto, a criança não apresentava dor nem sensibilidade dentária, possuindo uma ótima saúde periodontal.
Ao exame radiográfico, pôde-se constatar obliteração das câmaras pulpares e canais radiculares dos molares decíduos sem, no entanto, apresentar exposição pulpar confirmando o diagnóstico de dentinogênese imperfeita tipo ll.
TRATAMENTO
Portanto, o tratamento realizado incluiu a cimentação de coroas metálicas pré-fabricadas nos molares decíduos para restabelecimento da dimensão vertical e restaurações diretas com resinas fotopolimerizáveis nos elementos 53, 63, 31 e 32. Vale acrescentar que os caninos decíduos inferiores esfoliaram durante o tratamento, não necessitando de reabilitação. Durante o tratamento a paciente obteve constantes orientações sobre higiene bucal e controle da dieta. Além disto, programou-se o retorno para consultas de 3 em 3 meses, a fim de acompanhar o desenvolvimento dentário e manutenção da saúde bucal.
ANTES DO TRATAMENTO
Desgaste das superfícies oclusais dos molares decíduos e das superfícies incisais dos elementos 53, 63, 73, 83, 31 e 32.
APÓS O TRATAMENTO
Vista frontal e oclusal após o término do tratamento da criança.
Comparação com outras doenças
<número>
Amelogênese imperfeita
Dentinogênese imperfeita
Displasia dentária
CONCLUSÃO
A dentinogênese imperfeita não tem cura e quando antes diagnosticada, mais favorável é o prognóstico. Desta forma, o profissional deve estar apto a realizar o diagnóstico o mais precoce possível, associando as informações coletadas na anamnese com os dados clínicos e radiográficos para determinar o plano de tratamento mais adequado e conscientizar o paciente da necessidade de preservação a longo prazo.
 
Referências
FLINT, Stephen R.; PORTER, Stephen R.; SCULLY, Crispian. Atlas colorido de DOENÇAS DA BOCA: Diagnóstico Tratamento. Segunda Edição. Local: Londres Editora Revinter, 1997. p171-172
CAWSON. Roderich. A. Fundamentos básicos de patologia e medicina oral. Oitava Edição. São Paulo: Santos, 2013.
REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA - UPF. Aspectos genéticos de dentinogênese imperfeita do tipo II e relato de caso. Disponível em: <www.upf.br/seer/index.php/rfo/article/view/1137/658>. Acesso em: 07 out. 2015.
Revista Odonto • Ano 16, n. 32, jul. dez. 2008, São Bernardo do Campo, SP, Metodista. Dísponivel em: file:///C:/Users/user/Downloads/564-565-1-PB.pdf
REVISTA ELSEVIER. Dentinogenese imperfeita: breve revisão. Revista portuguesa de estomatologia medicina dentaria e cirurgia maxilofacial. Disponível em: < http://www.elsevier.pt/pt/revistas/revista-portuguesa-estomatologia-medicina-dentaria-e-cirurgia-maxilofacial-330/artigo/dentinogenese-imperfeita-breve-revisao-90002117 >. Acesso em: 07 out. 2015
HEBERT, Sizínio. Ortopedia e Traumatologia: princípios e práticas. Quarta Edilão.Artmed
 
<número>

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes