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Resumo Regras e Princípios

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Regras e Princípios
Ronald Dworkin: 
É o primeiro a fazer distinções qualitativas entre regras e princípios. Regras e princípios são normas jurídicas, possuem estruturas lógicas distintas. O direito é muito mais baseado em princípios. O grande erro de Hart seria dizer que o ordenamento jurídico é composto apenas de regras. Regras "tudo ou nada", ou é valida e deve ser aplicada, ou invalida e não deve ser aplicada. Existem também exceções à regra. Caso ocorra o que está previsto no enunciado da regra, se dá o que tem no texto como consequência jurídica. Regras tem aplicabilidade mais dura que os princípios.
Os princípios não são validados ou invalidados, mas pesados, balanceados, para saber qual princípio é mais importante no caso concreto. Dimensão valorativa. Os princípios não conduzem a uma única decisão jurídica, mas a várias a depender do caso concreto. 
Robert Alexy:
As regras são razões definitivas e os princípios são mandamentos de otimização (ordem com função de cumprir os interesses dos princípios). 
Princípios: Mandamentos são ordens, comandos que devem ser obedecidos presente em todas as ordens éticas (como o direito), e se não obedecidos há sanções jurídicas. Otimização é um conjunto de técnicas para solução da melhor alternativa para alcançar fins estabelecidos. Os princípios podem ser satisfeitos em graus variados, não integralmente necessariamente. Princípios servem como parâmetros, dizendo quais são os valores daquele ordenamento e daquela sociedade. Vai servir para nortear as interpretações e as decisões. Por causa das divergências na doutrina, os princípios servem de parâmetro pela lógica de exclusão, de incompatibilidade com o princípio.
Circunstâncias que possibilitam a satisfação de princípios: de ordens fáticas (problemas reais, sociológicos e empíricos que impedem) ou de ordens jurídicas (colisão de outras normas - princípios ou regras). Na colisão de princípios a solução não se situa no plano da validade, como com as regras, mas no plano dos pesos (ponderação de bens). O grau de satisfação do princípio não é determinado pelo próprio princípio, é estabelecido de forma contextualizada, apenas no caso concreto. 
Princípios e valores se distinguem na medida em que os princípios pertencem ao âmbito deontológico (ordem, proibição, permissão) e os valores ao âmbito axiológico (conceito de bom). Efetivamente não existe ordem hierárquica de valores por meio da qual possa a priori dizer que valores terão precedência sobre outros, o que não impede a existência de preferências prima facie em favor de determinados valores ou princípios. A solução de colisão entre princípios é produzida apenas no caso concreto, de acordo com as condições apresentadas em cada hipótese. 
Lei da Ponderação: "Quanto maior for o grau da não satisfação ou da afetação de um princípio tanto maior tem de ser a importância da satisfação de outro."
Na teoria exposta por Alexy é fundamental a possibilidade da fundamentação racional das decisões de ponderação, sendo a argumentação jurídica composta por 3 níveis: princípios, regras e procedimentos.
Alexy defende que as valorações não implicam campo livre (de puro arbítrio) para a manifestação das convicções morais subjetivas do aplicados do direito, visto que toda decisão deve ser fundamentada, argumentada com base nos princípios e nas regras, e é tarefa da teoria do discurso propor regras que por um lado sejam tão fracas, ou seja, tenham tão pouco conteúdo normativo que pessoas com concepções normativas totalmente diferentes possam participar do debate, por estarem de acordo com as mesmas e que por outro, sejam tão fortes que uma discussão realizada de acordo com elas, possa ser qualificada como racional. Um juiz que aplica uma regra tem que estar seguro de que sua aplicação estrita não infringe nenhum direito fundamental. Os princípios e valores presentes na Constituição exercem efeito de irradiação sobre todo o direito ordinário, com amplas consequências. Deverá o juiz em cada caso realizar uma ponderação entre os princípios em conflito. Segundo Alexy não existe e nem pode existir possibilidade de se estabelecer catálogo de direitos fundamentais sem que haja colisão entre esses direitos.
Regras: As regras são normas que só podem ser cumpridas ou não de forma integral. O conflito de regras tem como solução para Alexy a introdução de uma cláusula de exceção. A regra já possui seu conteúdo, e não abre espaço para muitas dúvidas.

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