Buscar

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DIREITOS FUNDAMENTAIS_ATIVIDADE 1 (A1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disserte sobre a possibilidade de ponderar o princípio da proibição do retrocesso social quando estiver em colisão com outros princípios fundamentais.
Conhecer as diferenças entre princípios e normas é uma tarefa indispensável para contextualizar, já que o mesmo tem por fundamento um princípio protetor de normas sociais fundamentais. As normas são exteriorizadas através de princípios e regras. O campo de incidência dos princípios é mais amplo que o das regras. Enquanto que entre regras pode se falar em “conflito”, levanto em conta que para elas (as regras) prevalece à dialética do tudo ou nada (Dworkin), ou seja, uma regra deixará de existir na aplicação ao caso concreto em um possível conflito de regras, entre os princípios se fala em “colisão”, pois um princípio em colisão não excluirá o outro, estes serão aplicados como “mandados de otimização”, podendo inclusive ser aplicado ao caso concreto concomitantemente dois ou mais deles.
O referido princípio apresenta-se no ordenamento jurídico pátrio como um mecanismo de defesa dos direitos fundamentais, ditos cláusulas pétreas, ante as constantes mudanças legislativas. É meio hábil a blindar o núcleo essencial dos direitos fundamentais, todavia não é absoluto, comporta alterações de cunho ampliativo, progressivo, atendendo à demanda cada vez mais latente de que o estado democrático de direito não retroceda, e que suas normas alcancem cada dia mais a finalidade proposta do bem-estar e a justiça social.
Diante do exposto, evidencia-se que o sistema jurídico brasileiro não adotou a ponderação de princípios nos moldes propostos por Roberty Alexy. Diante de diversas decisões vemos que não existe um critério ou fórmula que norteia os fundamentos das decisões senão os próprios princípios, grosso modo.
Neste diapasão, discute-se nos dias atuais acerca da liberdade de julgamento que o juiz tem quando no convencimento fundamentado em princípios. Assim, se se ponderar o princípio do retrocesso social em detrimento de outros princípios basilares do ordenamento jurídico pátrio, representa ou não um retrocesso, a meu ver não é a melhor forma de solucionar o conflito. Nesse sentido, a teoria de Alexy se apresenta como uma ferramenta eficaz, a fim de proporcionar às partes no processo a maior satisfação possível, tendo em vista os princípios serem mandamentos de otimização.
Por fim, não obstante as vertentes apresentadas são necessários estudos mais aprofundados acerca das decisões dos Tribunais Brasileiros para melhor entendermos as razões pelas quais não se adota a máxima efetividade e proporcionalidade em sentido estrito (teoria do sopesamento) tão bem discorrida por Robert Alexy.

Continue navegando