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Aula 4: Os estágios do Ciclo Vital da Família: crenças e valores; ritos de passagem. Enfermagem da Família Profª Mª Mari Calabro Ciclo Vital Familiar Ciclo Vital Familiar :“é um conjunto de etapas ou fases definidas sob alguns critérios pelos quais as famílias passam, desde o início da sua constituição em uma geração até a morte do ou dos indivíduos que a iniciaram”. • Representa as várias etapas pelas quais as famílias passam e os desafios/ tarefas a cumprir em cada etapa, desde a sua constituição em uma geração até a morte dos indivíduos que a iniciaram. O Ciclo Vital Familiar Representa as várias etapas pelas quais as famílias passam e os desafios/ tarefas a cumprir em cada etapa, desde a sua constituição em uma geração até a morte dos indivíduos que a iniciaram. As etapas do Ciclo de Vida familiar são permeadas por crises que podem ser previsíveis ou imprevisíveis Por que o foco na família? Ao se focar a atuação na família, amplia-se a noção de atendimento integral à saúde, em que, a partir de um paciente, as ações são desdobradas para o grupo, com a organização de práticas preventivas coletivas e de promoção de saúde. Trabalhando com a família Atenção Primária Visam estreitar as relações entre profissionais e famílias, promovendo a compreensão em profundidade do funcionamento do indivíduo e de suas relações com a família e a comunidade OBJETIVOS ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Ciclo de vida das famílias Esta ferramenta divide a história da família em estágios de desenvolvimento Caracterizando papéis e tarefas específicas a cada um desses estágios Compreensão desses ciclos visa entender a maneira como eles interferem no processo saúde-doença e possibilita à equipe de saúde prever quando e como as doenças podem ocorrer “cada família constrói sua história e este processo de construção da realidade se dá no dia-a-dia, ao longo do ciclo vital”. A família é uma unidade dinâmica que atravessa diferentes estágios ao longo do tempo, passando por transformações estruturais, emocionais e relacionais. A Teoria do Ciclo Vital da Família, proposta por Evelyn Duvall e posteriormente expandida por outros estudiosos, descreve os estágios previsíveis que as famílias enfrentam ao longo da vida. Esses estágios influenciam a saúde, o bem-estar e a dinâmica dos indivíduos que compõem a família, sendo fundamentais para a prática da enfermagem familiar. CICLO FAMILIAR O ciclo de vida familiar tem várias etapas pelas quais as famílias passam desde a sua constituição em uma geração até a morte dos indivíduos que a iniciaram. Elas podem ter impactos sociais, culturais, biológicos ou econômicos. Algumas mudanças são esperadas enquanto outras não, e o comportamento da família diante disso precisa ser conhecido, demandando avaliação e intervenção quando não são vistas como algo bom. 1. Adulto Jovem Independente Essa fase corresponde à saída do jovem da casa dos pais e ao início da vida independente. O foco está no desenvolvimento da identidade individual, na conquista da autonomia financeira e na construção de um estilo de vida próprio. Tarefas principais: - Separação emocional dos pais sem romper os vínculos; - Estabelecimento da própria identidade e independência financeira; - Construção de relações sociais e afetivas significativas; - Desenvolvimento de uma carreira profissional. - Síndrome dos filhos canguru (permanência na casa dos pais na vida profissional) 1. Adulto Jovem Independente Exemplo: Ana, de 25 anos, recém-formada em enfermagem, sai da casa dos pais para morar sozinha e começa seu primeiro emprego em um hospital. Ela precisa aprender a administrar suas finanças, equilibrar vida profissional e pessoal e construir novos relacionamentos fora da estrutura familiar original. 2. Casamento (ou União Conjugal) O novo casal inicia a vida a dois Comprometimento com um novo sistema familiar com seus pais e amigos novos 2. Casamento (ou União Conjugal) Nessa fase, duas pessoas se unem e formam um novo núcleo familiar. O casal deve aprender a equilibrar diferenças, desenvolver habilidades de comunicação e estabelecer projetos em comum. Tarefas principais: - Ajuste entre os parceiros e suas famílias de origem; - Definição de papéis e divisão de responsabilidades; - Estabelecimento de planos de vida, incluindo carreira e moradia; - Decisão sobre ter ou não filhos. 2. Casamento (ou União Conjugal) Exemplo: João e Maria se casam e enfrentam desafios como a divisão das tarefas domésticas, a administração das finanças e a adaptação ao estilo de vida um do outro. Ambos precisam equilibrar o tempo entre o trabalho, o lazer e a convivência familiar. 3. Nascimento do 1° filho Gravidez: profundas transformações e novos acordos. A relação altera: ela sensível e introspectiva, requer apoio e atenção. Ele pode não entender e afastar- se. Nascimento: função materna Nova alteração: a mãe sente-se sobrecarregada e o pai pode afastar-se mais. 3. Nascimento do Primeiro Filho A chegada do primeiro filho transforma radicalmente a dinâmica do casal, exigindo adaptação às novas responsabilidades e redefinição de papéis. Tarefas principais: - Ajuste ao papel de pai/mãe; - Equilíbrio entre vida profissional e familiar; - Manutenção da relação conjugal; - Construção de uma rede de apoio para lidar com as demandas do bebê. 3. Nascimento do Primeiro Filho Exemplo: Carla e Pedro, casados há dois anos, têm seu primeiro filho, Lucas. Eles enfrentam desafios como as noites mal dormidas, a necessidade de revezar cuidados e a reorganização da vida financeira para atender às novas despesas. 4.Famílias com filhos pequenos Outros filhos: preparar o sistema para a aceitação dos novos membros, Antecipação de possíveis dificuldades entre os irmãos, novos contatos externos, cada vez mais íntimos com a sociedade, crescente autonomia dos filhos Famílias com Filhos Pequenos Nessa fase, os pais devem ajudar no desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos, ao mesmo tempo em que mantêm a estabilidade conjugal e profissional. Tarefas principais: Educação e socialização da criança; Organização das rotinas familiares; Desenvolvimento da carreira profissional dos pais; Equilíbrio entre trabalho, casamento e parentalidade. 4.Famílias com filhos pequenos 4.Famílias com filhos pequenos Exemplo: Juliana e Marcos têm duas filhas, de 3 e 6 anos. Eles precisam lidar com a rotina escolar, consultas médicas, atividades extracurriculares e, ao mesmo tempo, encontrar tempo para manter o relacionamento conjugal e crescer profissionalmente. 5. Famílias com filhos adolescentes Filhos adolescentes/ pais na meia idade/ avós na velhice. Toda família vive uma crise: Mãe sobrecarregada/ Pai autorizador. Papel dos avós flexibilidade de suas regras; Limites mais permeáveis ao exterior, permitir que o adolescente exerça autonomia Filhos adolescentes/ pais na meia idade/ avós na velhice. Toda família vive uma crise: Mãe sobrecarregada/ Pai dentro e fora 5. Famílias com Filhos Adolescentes A adolescência é uma fase de transformações para os filhos e desafios para os pais, pois há mudanças na comunicação, nos valores e na autonomia dos jovens. Tarefas principais: - Apoiar a independência dos filhos sem perder a autoridade; - Ajustar regras e limites à nova fase; - Lidar com desafios emocionais e conflitos familiares; - Preparar os filhos para a vida adulta. 5. Famílias com Filhos Adolescentes Exemplo: Carlos e Patrícia têm um filho de 15 anos que começa a questionar regras e busca mais liberdade. Eles precisam encontrar um equilíbrio entre dar autonomia e manter os limites necessários, além de apoiar o filho em suas escolhas acadêmicas e profissionais. 6. Lançando os Filhos e Seguindo em Frente (Ninho Vazio) Os filhos começam a sair de casa e deixam para trás os pais novamente sozinhos, um com o outro, vivendo a crise da meia- idadee a perspectiva da incapacidade e morte dos próprios pais. 6. Lançando os Filhos e Seguindo em Frente (Ninho Vazio) Quando os filhos saem de casa, os pais enfrentam a transição para uma nova fase da vida, muitas vezes experimentando o "síndrome do ninho vazio". Tarefas principais: - Redefinição da identidade e dos papéis do casal; - Reorganização da rotina sem os filhos; - Ajustes na vida profissional e pessoal; - Planejamento para o envelhecimento. 6. Lançando os Filhos e Seguindo em Frente (Ninho Vazio) Exemplo: Marta e Roberto veem sua última filha sair de casa para estudar em outra cidade. Inicialmente, sentem um vazio e certa tristeza, mas depois percebem que podem redescobrir interesses, viajar e fortalecer o casamento. 7. Aposentadoria Novas relações com seus filhos; Tornam-se avós realinhamento do convívio mais intenso pelo maior tempo disponível, porém com objetivos diferenciados 7. Aposentadoria Com a aposentadoria, surgem novas questões relacionadas à identidade pessoal, à ocupação do tempo e à organização financeira. Tarefas principais: - Ajuste à nova rotina sem o trabalho formal; - Manutenção da saúde física e mental; - Fortalecimento dos laços sociais e familiares; - Planejamento financeiro para o futuro. 7. Aposentadoria Exemplo: José se aposenta após 40 anos de trabalho como professor. Inicialmente, sente-se perdido sem a rotina de trabalho, mas decide se envolver em voluntariado e inicia um hobby que sempre quis explorar: a fotografia. 8. Famílias no Estágio Tardio: A Velhice Nessa fase, a família lida com questões relacionadas à saúde, à dependência funcional e à perda de entes queridos. Tarefas principais: - Aceitação do envelhecimento e das limitações físicas; - Preparação para eventuais dependências ou necessidade de cuidados; - Manutenção da qualidade de vida e dos vínculos sociais; - Preparação emocional para perdas. 8. Famílias no Estágio Tardio: A Velhice Exemplo: Dona Lúcia, viúva e com 80 anos, vive sozinha, mas recebe apoio dos filhos. Ela participa de atividades comunitárias e mantém uma rotina ativa, mas começa a precisar de mais ajuda para tarefas diárias devido a problemas de mobilidade. 8. Famílias no estágio tardio: a velhice Aceitação da mudança dos papéis em cada geração Papel mais central nas gerações Abrir espaço no sistema para a sabedoria e experiência dos idosos Apoiando a geração mais velha, sem superfuncionar por ela. Conclusão O ciclo vital familiar é dinâmico e cada fase traz desafios únicos que exigem adaptação e resiliência. As famílias que conseguem enfrentar essas transições de maneira flexível e equilibrada tendem a ter relações mais saudáveis e satisfatórias ao longo da vida. A partir da estrutura familiar levantam-se dados relevantes para compreender a funcionalidade familiar quais os pontos “fortes” e “fracos” da família para o cuidado domiciliar, onde a família pode cooperar e onde o profissional deverá trabalhar com a família para a melhor assistência. Intervenção de enfermagem A intervenção de enfermagem é a ação do enfermeiro perante o modo como a própria família o estimulou a pensar e agir. A resposta dessa interposição será uma resposta da família, eficaz ou não, determinada também pelo seu funcionamento usual e/ou adaptável. As famílias têm a capacidade de solucionar os próprios problemas, e a nossa tarefa, cmo enfermeiros, é facilitar e ajudá -las a encontrar as próprias soluções (WRIGHT, 2002). ENFERMEIRO E A FAMILIA atender a família como um todo também os indivíduos que fazem parte dela. ter flexibilidade conforme o processo for acontecendo e trazendo resultados. É preciso traçar um plano de cuidados e reavaliar cada ação, ou seja, se esta atinge o objetivo individual e/ou grupal. ENFERMEIRO E A FAMILIA ENFERMEIRO: 01 Tenha a visão crítica da necessidade de intervenção da sua prática com a família; 02 Inicie o processo de raciocínio crítico e clínico visando à melhor prática, dependendo da influência externa ou interna que essa família poderá sofrer. 03 CICLO VITAL DA FAMÍLIA De acordo com Carter e McGoldrick (1995), contextualizar a família em seu ciclo vital é de grande valia para entendermos a problemática apresentada, assim como para nos orientar no trabalho com a família, tendo-se em vista as indicações sobre as tarefas sociais e afetivas da família em cada fase. Referências Brasil. Melhor em casa: A Segurança do Hospital no Conforto do seu Lar. Caderno de Atenção Domiciliar. Volume 2; 2012. Ditterich RG, Gabardo MCLG, Moysés SJ. As ferramentas de trabalho com famílias utilizadas pelas equipes de saúde da família de Curitiba, PR. Saúde Soc. São Paulo. 2009; 18(3): 515-524. Ronchi JP, Avellar LZ. Família e o ciclo vital: a fase de aquisição. Psicologia em Revista, Belo Horizonte. 2011, 17(2): 211-225. Aula 4: CRENÇAS E VALORES Enfermagem da Família Profª Mª Mari Calabro Crenças As crenças são o alicerce do nosso comportamento e a essência dos nossos sentimentos. Através delas, construímos nossas vidas e nos relacionamos com outras pessoas, concordando ou não com suas crenças. É determinada por uma estrutura biopsicossocio-espiritual. Nós formamos nossa identidade na nossa família, comunidade e profissão, com base no sistema de crenças que compartilhamos ou não com os outros. Crenças e Valores na Família As famílias possuem crenças e valores que orientam comportamentos e decisões ao longo do ciclo vital. Esses elementos são transmitidos de geração para geração e moldam aspectos como: - Educação dos filhos - Relação com a saúde e o bem-estar - Práticas espirituais e religiosas - Papel de gênero e responsabilidades sociais Na enfermagem, é essencial compreender as crenças familiares para promover um cuidado sensível e culturalmente adequado. Crenças É um julgamento subjetivo, deve ser considerado o contexto em que ela se encontra. Facilitadoras no enfrentamento de uma situação Limitadoras no enfrentamento de uma situação CERTA ERRADA Crenças em saúde e doença A forma com que indivíduos e famílias se adaptam, manejam, reagem e enfrentam a doença são consequência das crenças que possuem acerca da doença. Crenças em saúde e doença Crenças da pessoa doente Crenças da família Crenças do profissional Wright; Watson; Bell (1996) “Crenças centrais” São as que mais importam para o indivíduo, ou seja, aquelas que influenciam grandemente o seu modo de ser e agir em eventos importantes da vida, como a doença. Boas filhas cuidam de seus pais. Uma boa pessoa não incomoda os outros com seus problemas. Devo fazer o bem para alcançar o céu. Crenças dos profissionais sobre família Nossas crenças como profissionais determinam como vemos a família e, consequentemente, como vamos cuidar dela. Alcoolismo Problema congênito DST Crenças dos enfermeiros “As crenças dos profissionais de saúde influenciam no modo como este vêem, avaliam e o mais importante, como cuidam e intervém sobre as famílias” (WRIGHT; WATSON; BELL, 1996) “As crenças formam a maneira como adaptam à determinada situação determinadas unidades” os enfermeiros se dentro de sua Concluindo Os membros da família são os experts em suas experiências de doença; Nós podemos oferecer nossa competência para o manejo da doença; A relação entre essas duas competências favorece o contexto para mudança. Nossas crenças influenciam nosso cuidado! Aula 4: Ritos de passagem. Enfermagem da Família Profª Mª Mari Calabro Ritos de Passagem Os ritos de passagem são rituais que marcam transições significativas na vida familiar. Eles possuem três fases principais (Van Gennep, 1909): Separacão: O indivíduo se afasta de seu estado anterior. Transição: Momento de transformação e aprendizado. Reintegração: Nova identidade é estabelecida. Exemplos de ritos de passagem incluem: - Nascimento de um filho - Casamento - Adolescênciae maioridade - Aposentadoria - Luto e morte Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC Ritos de Passagem & Conceito Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade. O termo foi popularizado pelo antropólogo alemão Arnold van Gennep no início do século vinte. Outras teorias foram desenvolvidas por Mary Douglas e Victor Turner na década de 1960. Os ritos de passagem são realizados de diversas formas, dependendo da situação celebrada Desde rituais místicos ou religiosos até assinatura de papéis (ou ainda os dois juntos). Todos os rituais de passagem apresentam três fases: separação, limiar e agregação. Separação: abrange o comportamento simbólico que significa o afastamento do indivíduo, quer de um ponto fixo anterior na estrutura social, quer de um conjunto de condições sociais ou ambos. Limiar é uma etapa transitória, um estar no meio entre posições. Agregação finaliza a passagem. Rituais de passagem apresentam três fases Separação: abrange o comportamento simbólico que significa o afastamento do indivíduo, quer de um ponto fixo anterior na estrutura social, quer de um conjunto de condições sociais ou ambos. Limiar: é uma etapa transitória, um estar no meio entre posições. Agregação: finaliza a passagem. Histórico Em todas as sociedades primitivas, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, conhecidas como ritos de iniciação ou de passagem. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição particular para o indivíduo, representava igualmente a sua progressiva aceitação e participação na sociedade na qual estava inserido, tendo, portanto tanto o cunho individual quanto o coletivo. Histórico Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene. Alguns anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia. Histórico Mulheres: Primeira menstruação, marcando o fato que, entrando no seu período fértil, estava apta a preparar-se para o casamento. Rapazes: Cerimônia geralmente se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro animal. Significam: “Integração daquela pessoa como membro produtivo da tribo” Atualidade Muitos desses ritos subsistiram embora muitos deles esvaziados do seu conteúdo simbólico. Batismo e festas de aniversário de 15 anos hoje representam muito mais um compromisso social do que a marcação do início de uma nova fase na vida do indivíduo. No entanto, a troca do símbolo pela ostentação pura e simples, acaba criando a desestruturação do padrão social. REFLEXÃO Família A família é o lugar onde se ouvem as primeiras falas, com as quais se constrói a auto-imagem e a imagem do mundo exterior. É fundamentalmente como lugar de aquisição de linguagem que a família define seu caráter social. Nela, aprende-se a falar e, por meio da linguagem, a ordenar e dar sentido às experiências vividas. A família, seja como for composta, vivida e organizada, é o filtro através do qual se começa a ver e a significar o mundo. Esse processo que se inicia ao nascer estende-se ao longo de toda a vida, a partir dos diferentes lugares que se ocupa na família. BASE PARA A VIDA! CRIANÇA A fase de separação se iniciaria no final do ensino médio, quando os estudantes começam a ser afastados do convívio social para se dedicarem ao estudo para o vestibular. A limiaridade seria o período que vai do final do ensino médio até a divulgação do resultado do exame vestibular, finalizando com a fase da agregação, que vai da matrícula na universidade até os primeiros meses de aula (isto para os que passam no vestibular). Adolescência outros referenciais para Os jovens caracterizam-se precisamente pela busca de a construção de sua identidade fora da família, como parte de seu processo de afirmação individual e social. Adolescência Necessitam falar de si no plural, recriando "famílias" (como construção de "nós"), fora de seu âmbito familiar de origem, através dos vários grupos de pares (peer groups), seja em torno de música (rock, rap), outras atividades culturais, esportivas ou outras formas de expressão dos jovens no espaço público. A escolha da profissão Caráter punitivo “Ganharas teu dinheiro com o suor do teu rosto” Caráter estruturador “O trabalho dignifica o homem” Casamento Os rituais ou cerimônias que celebram a formação de um novo casal são praticamente universais Papéis de marido e mulher presumem claramente demarcarem o início de um novo núcleo familiar, a passagem para a adultez e a potencial transição para a parentalidade. Filhos Deixar de ser filho para ser mãe/pai No passado os casais tinham maior consciência da iminência da parentalidade, uma vez que a gravidez ocorria logo após o casamento e o início da vida sexual. Atualidade: controle da natalidade e planejamento familiar. Morte Luta contra a idéia de finitude Morte do outro como lembrança da própria morte Ritos: Passagem para um outro estágio Fazer o morto completar a viagem para o seu território definitivo protegendo, dessa forma, a comunidade contra o seu retorno Dor da perda A compreensão dos estágios do ciclo vital da família, suas crenças, valores e ritos de passagem é essencial para a prática da enfermagem familiar. Ao reconhecer esses aspectos, os enfermeiros podem oferecer um cuidado mais humanizado e eficaz. OBRIGADA Referências Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Família [on line]. Aprox 1 pag. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php Sarti, C A. A família como ordem simbólica. Psicol. USP , São Paulo, v. 15, n. 3, 2004. Disponível em: . Acesso em: 30 Out 2009. Silva A L P; Soares D H P. A orientação profissional como rito preliminar de passagem: sua importância clínica. Psicol. estud., Maringá, v. 6, n. 2, Dec. 2001 . Available from . access on 30 Oct. 2009. doi: 10.1590/S1413-73722001000200016. Lopes R C S et al . Ritual de casamento e planejamento do primeiro filho. Psicol. estud., Maringá, v. 11, n. 1, Apr. 2006 . Available from . access on 30 Oct. 2009. doi: 10.1590/S1413- 73722006000100007. Bellato R, Carvalho E C. O jogo existencial e a ritualização da morte. Rev. Latino-Am. Enfermagem [serial on the Internet]. 2005 Feb [cited 2009 Oct 30] ; 13(1): 99-104. 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