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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DESENHO TÉCNICO / ICA 221 1. DESENHO TÉCNICO - A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS TÉCNICAS O desenho é a principal forma de comunicação e transmissão das idéias do engenheiro/arquiteto, sendo assim, é necessário que os outros profissionais envolvidos possam compreender perfeitamente o que está representado em seus projetos. Da mesma forma, é necessário que o engenheiro/arquiteto consiga ler qualquer outro projeto complementar ao arquitetônico, para possibilitar a compatibilização entre estes. A normatização para desenhos de arquitetura tem a função de estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como uma simbologia específica e pré-determinada, possibilitando ao desenho técnico atingir o objetivo de representar o que se quer tornar real. Assim, é necessário que todos os envolvidos “falem a mesma língua”, nesse caso, o mesmo deve ser elaborado de tal forma que torne possível a leitura por qualquer engenheiro ou arquiteto. Isso só é possível quando submetido a uma linguagem padrão, ISO - International Organization for Standardization. No Brasil, percebemos algumas adaptações editadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas e Técnicas. De modo específico, para Desenho Técnico, a norma é a NBR 6492 – Representação de Projetos de Arquitetura. 2. O INSTRUMENTAL DE DESENHO TÉCNICO: equipamentos e materiais Recomendam-se os materiais e equipamentos que proporcionem resultados esperados dentro da norma técnica e ainda, facilitem a elaboração do desenho sem grandes transtornos. 2.1 LÁPIS OU LAPISEIRAS Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros, mas as pontas serão rombudas. Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da preferência pessoal de cada um. Classificação por letras: A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária. Classificações dos Grafites: É interessante trabalhar com grafites de durezas opostas nas diferentes etapas de construção do desenho. A escolha por lápis ou lapiseira é do desenhista. Não use da força para obtenção de um traço mais escuro, isso provoca sulcos no papel, o que impede de ser apagado com facilidade. Grafites da Série H, duros/densos e de risco leve - indicado para lay-outs precisos; não indicado para desenhos finais; não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de apagar; usados na etapa inicial, pois permite ser apagado sem deixar sujeira e/ou danificar o papel. Grafites da Série B, macios e de risco denso – facilmente apagável; copia bem; tende a borrar com muito manuseio; são mais porosos, portanto “sujam” mais, recomendados na etapa de finalização e diferenciação dos traços no desenho. Não use da força para obtenção de um traço mais escuro, isso provoca sulcos no papel, o que impede de ser apagado com facilidade. Atualmente é mais prático o uso de lapiseira, sendo assim recomenda-se a de 0,5mm e a de 0,7 ou 0,9mm, com grafite HB. Todos os tipos de instrumentos são capazes de produzir desenhos de qualidade. Sua preferência pessoal é uma questão de OPÇÃO e de HABILIDADE PESSOAL. 2.2 Borracha Devem ser macias, e precisam estar limpas, garantindo que os desenhos sejam apagados sem sujar. Deve ser compatível com o trabalho para evitar danificar a superfície do desenho. Evitar o uso de borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas e podem danificar o papel. 2.3 Jogo de Esquadros Os esquadros, usados em conjunto com a Régua T, ou a Régua Paralela, favorecem o máximo de precisão no traçado de linhas verticais e inclinadas. São em formato triângulo-retangular, com ângulos de 45° e ângulos de 30°, 60° e reto. São denominados Jogo de Esquadros quando são de dimensões compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro de 30° /60° tem a mesma dimensão da hipotenusa do esquadro de 45°. ESQUADROS DE ÂNGULO DE 45° E DE ÂNGULOS DE 30°, 60° E RETO. Os esquadros devem preferencialmente ser de acrílico e sem marcação de sua gradação. OBSERVAÇÕES: Aspectos de qualidade dos esquadros e cuidados: Materiais de desenho de acrílico não amarelam rapidamente com o tempo; Maior resistência a arranhões; Facilidade de manuseio; Retenção da linearidade da borda. Não usar o esquadro com marcadores coloridos; Manter os esquadros limpos com uma solução diluída de sabão neutro e água ( álcool não deve ser utilizado na limpeza, pois o danifica e deixa-o esbranquiçado). Ainda com a combinação destes esquadros torna-se possível traçar linhas com outros ângulos conhecidos. 2.4 Régua Paralela Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do comprimento da prancheta, e a servir de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas verticais ou inclinadas. O comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da prancheta. A régua paralela, de certo modo, substituiu a régua “T”, que era utilizada com a mesma função. 2.5 Transferidor Utilizado para conferência de abertura de ângulos, graduado de 0° a 180°, ou de 0° a 360°. 2.6 Compasso Permite traçar circunferências, ou arcos de circunferências, de qualquer raio. 2.7 Escalímetro Destinado a marcar as medidas do desenho de forma rápida segundo leitura correta de escala especificada em suas faces. Possui graduação padronizada confiável. O escalímetro recomendado para desenho arquitetônico contém as seguintes escalas: 1:20 1:25 1:50 1:75 1:100 1:125 2.8 Prancheta Em madeira e com formato retangular com superfície lisa e sem sujeiras. Acompanhada de um banco, possui regulagem de inclinação do tampo. Deve ser ajustada de modo a oferecer postura adequada ao desenhista. 2.9 Fita adesiva Usada para fixar o papel na prancheta, de modo que o uso da Régua T e do Jogo de Esquadros seja eficaz. Se uma fixação adequada do papel na prancheta, e uso da Régua T, o desenho se submete a erros graves de perpendicularidade e de angulação. Obs.: as fitas adesivas devem ser fixadas nos cantos superiores e inferiores. Fitas nas laterais, esquerda e direita, são contratempo à movimentação da Régua T. 2.10 Tecido em flanela Recomendado a fim de manter a prancheta sempre limpa e secar o suor das mãos, observações relevantes que comprometem a integridade do desenho e a qualidade do mesmo. PONTA- SECA GRAFITE
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