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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Sílvia Eidt Monteiro Instrumentos de representação gráfica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os instrumentos de representação gráfica. � Descrever a utilização dos instrumentos para os desenhos. � Praticar a representação gráfica com o uso dos instrumentos. Introdução Embora os avanços tecnológicos tenham alterado significativamente o processo de desenho, os padrões para representar graficamente projetos seguem as mesmas diretrizes do processo manual. Por isso, é fundamental você conhecer o desenho à mão antes de utilizar as ferramentas digitais. Para desenvolver um desenho técnico manual, você precisa conhecer as ferramentas existentes. Assim, vai conseguir representar graficamente uma ideia por meio de plantas, cortes, vistas, perspectivas, detalhamento, etc. A correta representação gráfica de um projeto é importante para a sua legibilidade, bem como para a compreensão do cliente e de quem vai executar o que foi planejado. Neste capítulo, você vai conhecer os materiais utilizados para traçar linhas, os instrumentos existentes para guiá-las e as superfícies adequa- das para receber o desenho. Também vai aprender a manusear esses instrumentos para produzir elementos gráficos em superfícies de papel e ver como praticar a representação. Instrumentos de representação gráfica Para começar o estudo deste capítulo, é recomendável que você se faça uma pergunta: o que é representação gráfica? Para Ching e Juroszek (2001), re- presentação gráfica é o ato de desenhar como processo ou técnica de representação de algo — um objeto, uma cena ou uma ideia — por meio de linhas em uma superfície. Podem ser desenhos de apresentação, utilizados para persuadir o observador quanto aos méritos de uma proposta, ou ainda podem ser desenhos construtivos ou de detalhamento, que geram instruções gráficas para a execução de projetos. Partindo dessa definição, você pode perceber que a linha é o elemento inerente a todo tipo de desenho. A representação gráfica se baseia no poder de uma composição de linhas para transmitir uma ideia. Embora as ferramen- tas digitais possam aprimorar as técnicas tradicionais, o processo tátil de se desenhar no papel é o meio mais sensível para você aprender a linguagem gráfica (CHING, 2017). Por isso, você vai ver inicialmente os instrumentos utilizados para traçar linhas e composições. Depois, vai conhecer os instrumentos de apoio ao desenho e os papéis mais adequados a cada caso. Instrumentos para o desenho — traço e composição O lápis é um ótimo aliado para o desenho à mão livre, pois a espessura da mina do grafite varia durante o uso e o traço se modifica conforme a pressão aplicada. O lápis precisa ser apontado, é relativamente barato e indicado para croquis. Já a lapiseira é indicada para o desenho técnico. Cada lapiseira aceita uma espessura de mina de grafite que varia de 0,3 mm a 2 mm. As minas de grafite de até 0,9 mm não precisam ser apontadas e mantêm uma precisão maior quanto à espessura do traço, conferindo uniformidade à linha. No desenho técnico, são utilizadas lapiseiras com espessuras variadas para representar os diferentes elementos do projeto (CHING, 2017). Tanto nos lápis como nas lapiseiras, as minas de grafite variam entre 9H (extremamente duras) a 6B (extremamente macias). Para traços mais fortes e grossos, utilize minas mais macias. Já para traços mais leves e finos, utilize minas mais duras. Instrumentos de representação gráfica2 A caneta bico de pena é a precursora de todas as canetas. Possui ponta metálica com um orifício ligado à ponta por um recorte, que serve de canaleta para a tinta escorrer aos poucos, conforme o uso. Você deve mergulhar a caneta na tinta nanquim para usá-la. A evolução dessa caneta é a caneta-tinteiro. Ela possui um reservatório interno para uma tinta à base de água, alimentada por uma ponta de metal, por capilaridade. Ambas são muito interessantes para a caligrafia artística, já que o traço varia conforme a pressão exercida (CHING, 2017). A caneta nanquim possui uma ponta tubular e é ideal para a representação de projetos, pois produz uma linha precisa e uniforme, sem a necessidade de aplicar pressão. A caneta nanquim clássica é recarregável, utiliza tinta à base de água e possui espessuras que variam entre 0,1 mm e 2 mm. Já existem no mercado várias marcas de canetas nanquim descartáveis, que não precisam ser recarregadas e limpas após o uso, com as mais variadas espessuras. O traço dessas canetas pode ser apagado em papel vegetal (CHING, 2017). Há outras canetas mais conhecidas e amplamente utilizadas no dia a dia. A caneta esferográfica é hoje a mais popular para a escrita cotidiana. Ela desliza facilmente devido à sua tinta à base de óleo, sendo ideal para uso prolongado. A evolução da esferográfica é a caneta roller-ball. Sua tinta líquida à base de água tem melhor absorção pelo papel. A caneta à gel, como o próprio nome diz, possui uma tinta espessa e opaca, com pigmento suspenso em um gel à base de água. Já a caneta hidrográfica possui a ponta de feltro com os mais variados formatos para trabalhos artísticos (CHING, 2017). Inúmeras são as maneiras de colorir um desenho. Entre elas: lápis de cor, caneta hidrográfica, aquarela e giz pastel. O lápis de cor mais adequado é o aquarelável, que confere homogeneidade maior à superfície da pintura. Existem canetas hidrográficas coloridas com várias pontas que se adequam a cada necessidade: ponta chanfrada, em pincel, etc. A aquarela é a maneira mais tradicional de pintura com o uso de pincel. O giz pastel pode ser utilizado direto no papel ou espalhado com os dedos (DOYLE, 2007). Instrumentos de apoio ao desenho A régua T e a régua paralela são utilizadas juntamente à mesa de desenho — que deve ser de material liso e bem-acabado — para traços paralelos e para apoiar os esquadros e demais instrumentos. Ambas possuem funcionamento semelhante. A régua T, embora de grande dimensão, é portátil. Ela possui uma barra transversal que desliza ao longo de um apoio encaixado na borda 3Instrumentos de representação gráfica da mesa. Já a régua paralela é fixa à mesa por meio de um sistema de cabos e roldanas, que permite a ela deslizar livre e paralelamente à superfície (CHING, 2017). Os esquadros, assim como as réguas, são instrumentos fundamentais para o desenho técnico. São utilizados para apoiar o traçado de linhas verticais e linhas em ângulos específicos. Recomenda-se a utilização de um jogo composto por dois esquadros, de material transparente, um de 45°–45° e outro de 30º–60º. Existe também um tipo de esquadro que é regulável por meio de um braço móvel, porém ele não é tão utilizado quanto os clássicos (CHING, 2017). O escalímetro é essencial para você fazer medições com precisão e deixar o desenho em escala. O mais conhecido tem o formato triangular e seis lados com seis escalas. O escalímetro de arquitetura possui as seguintes escalas: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. Serve somente para marcações e não para apoiar o traçado, como os esquadros e réguas. O transferidor é normalmente composto de material transparente e também serve somente para marcação, porém de ângulos (CHING, 2017). Para círculos, formas geométricas e curvas, você pode utilizar o compasso, os gabaritos e a curva francesa. O compasso é fundamental para desenhar círculos. Ele possui uma ponta metálica que marca o centro do círculo e, na outra extremidade, possui um local para fixar o grafite, a lapiseira ou a caneta, dependendo do modelo. Os gabaritos são compostos de material transparente com aberturas vazadas para guiar o traçado de formas predeterminadas, como círculos e outras formas geométricas. Já a curva francesa é um instrumento utilizado para guiar o traço de curvas irregulares (CHING, 2017). Outros materiais muito utilizados são a borracha, para apagar os erros, e os pincéis ou escovas, para “varrer”os restos de grafite e borracha de cima do desenho sem esfregar e borrar. Para apagar a tinta nanquim do papel vegetal, há um líquido especial que deve ser usado em pouca quantidade para não amolecer o papel demasiadamente. Superfícies de desenho — tipos de papel Os papéis transparentes são ideais para sobreposições e permitem fazer cópias e correspondências entre desenhos. Para o desenho técnico, os mais utilizados são o papel vegetal e o papel manteiga, que possuem variações na transpa- rência e na qualidade de acabamento. Você deve escolhê-los de acordo com a finalidade de uso. Instrumentos de representação gráfica4 O papel manteiga é mais barato, mas rasga mais facilmente com minas de grafite mais duras. Assim, é mais utilizado para croquis e estudos simples. O papel vegetal possui uma transparência mais nítida, é mais espesso, mais resistente, permite raspagens e correções. Por isso, é utilizado para entregas finais de projeto. O papel pode, ainda, ser fabricado com fibras de algodão ou com fibras de madeira, ambas com boa durabilidade. São comercializados por diferentes marcas comerciais e em diferentes gramaturas — que significa o peso de uma folha de 1 m² expresso em gramas —, com superfícies lisas ou rugosas (CHING, 2017). Para o desenho técnico, prefira papéis lisos com gramatura média, de maneira a permitir que o papel seja enrolado ou dobrado. Todos esses papéis podem ser encontrados em bloco, folha avulsa e rolo. A textura e a porosidade do papel afetam a sensação de dureza ou maciez de um grafite. As superfícies porosas absorvem melhor o desenho do que as extremamente lisas e densas, borrando menos. Já as superfícies mais ásperas, com texturas, tendem a fazer grafites mais macios borrarem mais. Como utilizar os instrumentos de desenho Você sabe como adquirir ou desenvolver sua técnica para utilizar os instru- mentos de desenho? A habilidade de utilizar esses instrumentos só é adquirida com a prática contínua. A boa execução vem com muito treino. Por isso, é fundamental você trabalhar corretamente desde o começo. Aqui, você vai conhecer as técnicas fundamentais para a representação gráfica por meio dos instrumentos descritos na seção anterior. Inicialmente, preste atenção na superfície que vai receber o desenho. O papel deve estar sempre fixado à mesa de desenho ou à prancheta com fita- -crepe, fita mágica ou tachas. Não utilize fitas com a cola muito forte ou de baixa qualidade, pois elas deixam resíduos no papel. Você deve fixar a folha pensando em não danificá-la na hora da sua retirada. Além disso, a folha deve 5Instrumentos de representação gráfica estar alinhada com a régua T ou a régua paralela. Caso contrário, o desenho ficará torto. Uma boa maneira de evitar isso é sempre iniciar o desenho traçando primeiro uma margem para a folha, o que obriga você a observar as arestas. Lembre-se de que a linha é o elemento principal do desenho. Por isso, o modo como você a desenha merece uma atenção especial. Utilize as lapiseiras ou as canetas nanquim — que são os instrumentos adequados para o desenho técnico — da maneira mais reta possível, para assim respeitar sua espessura, o que não acontecerá se os planos forem demasiadamente inclinados. Você deve desenhar a linha em um único traço, com paciência, sem pressa, em ritmo constante, exercendo a mesma pressão na quase totalidade de sua extensão, exceto no início e no fim, em que pode aplicar uma pressão levemente maior. Assim, evite redesenhar traços sobre os anteriores e apagá-los. Sempre puxe a caneta ou a lapiseira ao longo do esquadro ou régua, nunca a empurre de maneira arrastada. O ponto a se visualizar durante o traçado é o ponto de chegada e não o de partida. As canetas e lapiseiras possuem uma longa ponta revestida de metal justamente para vencer a espessura do esquadro e da régua sem manchá-los e deslizar sobre eles (CHING, 2017). A marcação de uma distância é realizada com o escalímetro apoiado na régua T ou na régua paralela para as medidas horizontais, e no esquadro para as medidas verticais. A marcação de uma medida de raio no compasso também é feita com base no escalímetro apoiado, ou você pode realizar previamente a marcação do raio no papel. Fixe a ponta metálica do compasso no centro do raio e gire a outra haste, exercendo certa pressão para desenhar o círculo. O compasso, os gabaritos e a curva francesa são os instrumentos utilizados para traçar círculos ou curvas. Já o transferidor não serve para essa finalidade; serve somente para marcar ângulos (CHING, 2017). Os esquadros também são apoiados sobre a régua T ou a régua paralela, deslizando sobre ela. Evite arrastá-los sobre traços recém-feitos para não borrar — é necessário planejar o desenho. O esquadro deve ser segurado de maneira firme durante o traçado da linha. Na Figura 1, observe uma forma de utilização dos esquadros, a sobreposição para compor diferentes ângulos (CHING, 2017). Instrumentos de representação gráfica6 Figura 1. Sobreposição dos esquadros comuns de 45°–45° e 30°–60° para formar ângulos de 15° e 75°. Fonte: Ching (2017, p. 26). Todos os instrumentos devem ser levantados, e não arrastados, para evitar que borrem o desenho. Pelo mesmo motivo, mantenha as mãos e os equipa- mentos sempre limpos. Você pode proteger parte da superfície do desenho com papel manteiga, deixando visível somente a parte em que está trabalhando, evitando danificá-la. Para aumentar a vida útil dos instrumentos, os manuseie com o máximo cuidado possível e os armazene sempre em seus estojos após a limpeza. Nunca utilize o escalímetro como régua para traçar linhas, pois a ponta metálica da lapiseira e da caneta estragam o equipamento. Tampouco utilize a borda dos esquadros e do escalímetro para cortar papel com estilete. Para isso, utilize uma régua metálica própria para corte. Você deve considerar ainda a correta iluminação. Ela é fundamental para evitar o sombreamento causado pela mão do projetista. Seja a ilumi- nação natural ou artificial, ela deve estar localizada no topo, ou no lado contrário da mão utilizada para desenho — no caso de destros, deve estar localizada à esquerda. Luminárias articuladas fixadas à mesa de desenho permitem posicionar a luz da maneira mais favorável, de acordo com a necessidade. 7Instrumentos de representação gráfica Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo sobre o posicionamento do papel na mesa, o uso correto da régua T, de esquadros, escalímetro e lapiseiras. https://goo.gl/CfNyJH Representação gráfica com o uso dos instrumentos Agora que você já sabe quais são os instrumentos de representação gráfica e a forma de utilização de cada um, que tal colocar em prática o que aprendeu? Aqui, você vai estudar a linguagem do desenho técnico, iniciando por linhas paralelas e perpendiculares, figuras geométricas e ângulos, linhas curvas e, por último, desenhos em perspectiva e croqui. Segundo Ching (2017, p. 6), “[...] o desenho não é simplesmente uma questão de técnica; é também um ato cognitivo que envolve percepção visual, avaliação e raciocínio de dimensões e relacionamentos espaciais”. Ou seja, é o desenho e todo o processo intelectual nele envolvido que levam ao ato projetual. Linhas paralelas e perpendiculares Para sugerir profundidade nos desenhos técnicos, as linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano em que se encontram. As linhas em primeiro plano, mais próximas do observador, são sempre mais grossas e escuras. Já as do segundo plano, mais afastadas do observador, são mais finas e claras. Pratique conforme a Figura 2. Com lapiseira 0,9 mm, utilize uma mina de grafite mais macia (a 2B, por exemplo) para traçar a linha de cima. Troque o grafite para o HB e H para notar a diferença. Para as demais linhas, vá utilizando lapiseiras 0,7 mm, 0,5 mm e 0,3 mm, alternando entre grafites mais e menos macios. Instrumentos de representação gráfica8 No caso da utilização de caneta nanquim, você pode utilizara 0,9 mm com tinta de cor preta para desenhar a linha de cima. Vá alternando a espessura das canetas nanquim utilizadas até a 0,05 para a última linha. Caso deseje o traço mais fino ainda mais claro, utilize a caneta com tinta cinza. Figura 2. Gradação no traçado, linhas mais grossas e mais escuras no topo até linhas mais finas e mais claras. Fonte: Ching (2017, p. 20). Pratique também o encontro de duas linhas perpendiculares com lapiseira e caneta nanquim de diferentes espessuras e durezas de grafite. Essas linhas devem sempre se tocar no seu encontro, porém sem se passarem demais, mantendo uma relação lógica do início ao fim do desenho. Lembre-se: as linhas horizontais são traçadas com régua T ou régua paralela, e as verticais, com esquadros. 9Instrumentos de representação gráfica Figuras geométricas e ângulos Agora que você já sabe como fazer linhas de diferentes espessuras e tonalidades, veja, a seguir, uma aplicação dessa diferenciação. Na Figura 3, as linhas mais claras são chamadas de linhas guias. Elas são essenciais para a construção de desenhos mais complexos, como o pentágono. Pratique conforme a Figura 3, utilizando os instrumentos já conhecidos. Com o esca- límetro, defina uma medida para as laterais do quadrado e trace a linha com o apoio do esquadro e da régua. Utilize o esquadro de 30°–60° para desenhar o triângulo equilátero, com ângulos internos de 60°. Utilize o compasso para delimitar as arestas do pentágono. Não é necessária fórmula matemática para desenhá-lo. Observe que, para o desenho da figura geométrica, é utilizada uma espessura mais grossa e escura a fim de realçá-la bem. As linhas guias ficam quase imperceptíveis. Figura 3. Ilustração de três figuras geométricas comuns: um triângulo equilátero, um quadrado e um pentágono. Fonte: Ching (2017, p. 26). Instrumentos de representação gráfica10 Linhas curvas Agora, você vai praticar linhas em forma de arco ou circunferência e retas em um mesmo desenho. Utilize o mesmo peso na caneta ou lapiseira para as linhas curvas e as demais linhas que compõem o desenho, pois aqui as curvas não são somente guias. Para traçar uma tangente contínua a uma curva, conforme a Figura 4, desenhe primeiro a curva desejada com o compasso, marque onde a tangente deve encontrá-la e depois desenhe a linha reta. Isso é importante para evitar um desenho desencontrado (CHING, 2017). Para desenhar um arco entre tangentes, utilize linhas paralelas como guias para determinar o centro do arco, sendo que a distância entre as linhas é o raio desejado. Já para desenhar dois círculos que sejam tangentes entre si, trace uma linha que vai do centro de um círculo até o outro, ambos no mesmo eixo (CHING, 2017). Figura 4. Desenho de linha tangente ao arco, arco entre tangentes e círculos tangentes entre si. Fonte: Ching (2017, p. 28). 11Instrumentos de representação gráfica Desenho em perspectiva e croqui Até agora, você utilizou os conhecimentos que adquiriu em representação gráfica para desenhos em duas dimensões. Na Figura 5, você pode observar a evolução do desenho em projeção ortogonal — vista bidimensional — à projeção perspectiva, passando pela projeção oblíqua. Figura 5. Projeção ortogonal, projeção oblíqua e projeção perspectiva. Fonte: Ching (2017, p. 30). Instrumentos de representação gráfica12 Para praticar o desenho técnico de perspectiva isométrica de um prisma, com a utilização de prancheta, esquadro e caneta, assista ao vídeo disponível no link a seguir. https://goo.gl/AHGJpS Para finalizar este capítulo, mas não menos importante, que tal fazer uma composição tridimensional à mão livre, utilizando lápis ou lapiseira? Observe, na Figura 6, a evolução de um croqui em etapas: primeiro, es- tabeleça uma estrutura para a composição com linhas principais; depois, aplique textura com tonalidade e sombreamento; por último, adicione os detalhes significativos. 13Instrumentos de representação gráfica Figura 6. Evolução do desenho em croqui. Fonte: Ching (2001, p. 97). Instrumentos de representação gráfica14 1. Inúmeros são os instrumentos à venda no mercado para o traçado de linhas. O profissional deve saber identificar qual é o mais adequado para cada situação. Qual é a caneta ideal para a representação gráfica em um desenho técnico à mão e bidimensional? a) Esferográfica. b) Nanquim. c) Roller-ball. d) Hidrográfica. e) Tinteiro. 2. A representação gráfica se baseia no poder de uma composição de linhas para transmitir uma ideia, sendo a linha o item mais básico de um desenho. Quais instrumentos de apoio servem para traçar linhas paralelas e perpendiculares entre si? a) Esquadro e lapiseira. b) Régua T e escalímetro. c) Caneta e régua paralela. d) Transferidor e esquadro. e) Régua paralela e esquadro. 3. Por vezes, é necessário compor linhas em forma de arco ou circunferência e retas em um mesmo desenho. No caso do desenho de um arco entre tangentes, que recurso pode ser utilizado para determinar o centro do arco? a) Linhas perpendiculares às tangentes. b) Transferidor, para descobrir o ângulo mais aproximado do raio interno. c) Linhas paralelas às tangentes; o encontro delas será o centro do arco. d) Qualquer raio pode ser utilizado. e) Régua T e esquadro para definir o ponto. 4. As diferentes espessuras de linhas e intensidades de traço servem para diferenciar os objetos de acordo com a distância do observador e os materiais que representam. Quais são a espessura de mina de grafite e a dureza mais adequadas para traços grossos e marcados? a) 0,9 mm e 2B. b) 0,9 mm e HB. c) 0,9 mm e B. d) 0,7 mm e 2B. e) 0,7 mm e HB. 5. Na representação gráfica, há instrumentos que servem de apoio ao traçado de linhas retas, de linhas curvas e de circunferências. Por vezes, as linhas possuem inclinação, não são paralelas ou perpendiculares entre si. Quais dos instrumentos a seguir podem ser utilizados para precisar um ângulo? a) Esquadros e transferidor. b) Transferidor e gabaritos. c) Escalímetro e esquadros. d) Gabaritos e régua T. e) Transferidor e escalímetro. 15Instrumentos de representação gráfica CHING, F. D. K. Representação Gráfica em Arquitetura. 6. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2017. CHING, F. D. K.; JUROSZEK, S. P. Representação gráfica para desenho e projeto. Barcelona: Gustavo Gili, 2001. DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisagistas e designers de interiores. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. Leitura recomendada NEUFERT, P.; NEFF, L. Casa, apartamento, jardim. 2. ed. Barcelona: Gustavo Gili, 2008. Instrumentos de representação gráfica16 Conteúdo:
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