Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS - EaD AULA ____ DATA: ______/______/______ VERSÃO:01 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: HEMATOLOGIA BÁSICA DADOS DO(A) ALUNO(A): NOME:MONIQUE CRISTIANE RODRIGUES SANTOS MATRÍCULA:01549535 CURSO:BIOMEDICINA POLO:PAULISTA PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): ORIENTAÇÕES GERAIS: · O relatório deve ser elaborado individualmente e deve ser escrito de forma clara e · concisa; · O relatório deve conter apenas 01 (uma) lauda por tema; · Fonte: Arial ou Times New Roman (Normal e Justificado); · Tamanho: 12; Margens: Superior 3 cm; Inferior: 2 cm; Esquerda: 3 cm; Direita: 2 cm; · Espaçamento entre linhas: simples; · Título: Arial ou Times New Roman (Negrito e Centralizado). RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 01: TEMA DE AULA: TÉCNICAS HEMATOLÓGICAS 1, 2 E 3 RELATÓRIO: 1. Após a observação no microscópio. Descrever os elementos figurados do sangue. Os elementos figurados do sangue são as células e fragmentos celulares visíveis ao microscópio óptico, sendo componentes essenciais da parte sólida do sangue. Após a observação microscópica, podem ser descritos três principais tipos 1. Hemácias (Eritrócitos) · Forma: Disco bicôncavo, sem núcleo em humanos. · Cor: Cor rosada clara com centro mais claro (pela coloração com Giemsa ou May-Grünwald-Giemsa). · Função: Transporte de oxigênio e dióxido de carbono, graças à hemoglobina. · Quantidade normal: Cerca de 4,5 a 6 milhões por mm³ de sangue. 2. Leucócitos (Glóbulos brancos) · Função: Defesa do organismo (sistema imunológico). · Classificação: São divididos em dois grandes grupos, com base na presença ou ausência de grânulos no citoplasma: a) Granulócitos · Neutrófilos: Núcleo multilobulado (3–5 lóbulos); grânulos finos. Fagocitose de bactérias. · Eosinófilos: Núcleo bilobado; grânulos grandes cor de laranja. Ação contra parasitas e em reações alérgicas. · Basófilos: Núcleo irregular ou bilobado; grânulos grandes roxos. Envolvidos em reações alérgicas (liberação de histamina). b) Agranulócitos · Linfócitos: Núcleo redondo e grande, pouco citoplasma. Participam da resposta imune específica (produção de anticorpos ou ação citotóxica). · Monócitos: Maior célula do sangue; núcleo em forma de rim ou ferradura. Diferenciam-se em macrófagos nos tecidos, com função fagocitária 3. Plaquetas (Trombócitos) · Forma: Fragmentos citoplasmáticos ovais ou arredondados, sem núcleo. · Tamanho: Menores que hemácias e leucócitos. · Função: Coagulação sanguínea – formação de tampões plaquetários. · Quantidade normal: Cerca de 150.000 a 400.000 por mm³ de sangue. 2. Quais são as diferenças morfológicas das estruturas observadas em microscópio? Diferenças morfológicas das estruturas observadas ao microscópio As principais diferenças morfológicas observáveis são: Tipo celular Tamanho relativo Presença de núcleo Forma do núcleo Cor/Aspecto ao microscópio Função principal Hemácias Pequenas Não — Rosa claro, forma bicôncava Transporte de gases Neutrófilos Médios Sim Multilobulado Citoplasma levemente granular Fagocitose de bactérias Eosinófilos Médios Sim Bilobado Grânulos vermelhos Defesa contra parasitas e alergias Basófilos Médios Sim Pouco visível Grânulos roxos escuros Inflamação e alergias Linfócitos Pequenos a médios Sim Redondo Citoplasma escasso Resposta imune específica Monócitos Grandes Sim Ferradura Citoplasma abundante Fagocitose, precursor de macrófagos Plaquetas Muito pequenas Não — Pequenos pontos roxos Coagulação sanguínea 3. Como ocorre a técnica de VSH? Quais foram os resultados observados nas técnicas de tempo de protrombina e atividade enzimática e tempo de tromboplastina parcial ativada? A técnica de VSH refere-se à Velocidade de Sedimentação das Hemácias (também conhecida como VHS - Velocidade de Hemossedimentação). Essa técnica é um exame laboratorial utilizado para medir a velocidade com que os glóbulos vermelhos (hemácias) se depositam no fundo de um tubo de ensaio com sangue anticoagulado, em um período de uma hora. É um teste inespecífico que ajuda a detectar inflamações, infecções ou doenças autoimunes. Como ocorre a técnica de VSH: 1. Coleta do sangue: O sangue é coletado com anticoagulante (geralmente citrato de sódio). 2. Preenchimento do tubo de Westergren: O sangue é colocado em um tubo vertical padronizado (tubo de Westergren). 3. Leitura: Após uma hora, mede-se a altura (em mm) da coluna de plasma formada acima das hemácias sedimentadas. 4. Resultado: A velocidade de sedimentação é registrada em mm/h. Resultados observados nas técnicas relacionadas: Esses resultados podem ser parte de estudos para avaliar o estado de coagulação e inflamação de um paciente. 1. Tempo de Protrombina (TP): · Mede o tempo que o plasma leva para coagular após a adição de tromboplastina e cálcio. · Alterações no TP indicam disfunções na via extrínseca da coagulação. · Resultados observados em alguns estudos: aumento do TP pode indicar deficiência de fatores de coagulação ou uso de anticoagulantes. 2. Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa ou aPTT): · Avalia a via intrínseca da coagulação. · Prolongamento do TTPa pode indicar deficiência de fatores como VIII, IX, XI, ou uso de heparina. · Resultados observados: em inflamações ou distúrbios de coagulação, o TTPa pode estar alterado. 3. Atividade enzimática: · Pode referir-se à atividade de enzimas envolvidas na coagulação ou no metabolismo inflamatório. · Pode incluir enzimas como fosfatases, proteases, ou enzimas antioxidantes. · Resultados observados: inflamações geralmente aumentam a atividade de algumas enzimas específicas, enquanto outras podem diminuir, dependendo do contexto patológico. RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 02: TEMA DE AULA: TÉCNICAS HEMATOLÓGICAS 4, 5 E 6 RELATÓRIO: 4. Descreva como é realizada a contagem manual de leucócitos utilizando a câmara de newbauer A contagem manual de leucócitos (glóbulos brancos) com a câmara de Neubauer é um método laboratorial tradicional utilizado para quantificar o número de leucócitos em uma amostra de sangue. Abaixo está o passo a passo do procedimento: 1. Preparação da amostra · Diluição do sangue: O sangue total (geralmente venoso) é diluído com um líquido específico chamado fluido de Turk ou outro diluente que: · Lise as hemácias (glóbulos vermelhos), · Preserve e cora levemente os leucócitos para facilitar sua visualização. · A diluição mais comum é de 1:20 (1 parte de sangue para 19 partes de diluente). 2. Carregamento da câmara de Neubauer · A câmara de Neubauer é um dispositivo com uma rede de quadrantes gravada em vidro. · Após a diluição, a amostra é colocada sob uma lamínula especial, cuidadosamente posicionada sobre a câmara para formar um volume fixo. · Com o auxílio de uma pipeta de contagem, a suspensão é colocada nos canais da câmara, que por capilaridade preenche os quadrantes. 3. Contagem ao microscópio · A câmara é colocada no microscópio com aumento geralmente de 10x ou 40x. · A contagem dos leucócitos é feita nos quatro quadrantes grandes dos cantos da malha central da câmara de Neubauer (cada um de 1 mm²). · Conta-se todos os leucócitos visíveis dentro desses quadrantes. 4. Cálculo do número total de leucócitos Após a contagem dos leucócitos nos quadrantes, o número total de leucócitos por milímetro cúbico (mm³) ou microlitro (µL) de sangue é calculado com a seguinte fórmula: Leucoˊcitos/mm3=N×FA×P\text{Leucócitos/mm}^3 = \frac{N \times F}{A \times P}Leucoˊcitos/mm3=A×PN×F Onde: · N = número total de leucócitos contados, · F = fator de diluição (ex: 20), · A = área total contada (ex: 4 mm²), · P = profundidade da câmara (0,1 mm). Exemplo:Se forem contados 100 leucoˊcitos nos 4 quadrantes:Leucoˊcitos/mm3=100×204×0,1=20000,4=5000 leucoˊcitos/µL\text{Exemplo}: \text{Se forem contados 100 leucócitos nos 4 quadrantes}: \text{Leucócitos/mm}^3 = \frac{100 \times 20}{4 \times 0,1} = \frac{2000}{0,4} = 5000 \, \text{leucócitos/µL}Exemplo:Se forem contados 100 leucoˊcitos nos 4 quadrantes:Leucoˊcitos/mm3=4×0,1100×20=0,42000=5000leucoˊcitos/µL5. Cuidados importantes · A câmara deve estar limpa e sem bolhas de ar. · A amostra deve estar bem misturada. · Deve-se respeitar os limites dos quadrantes durante a contagem. 5. Demonstre quais foram os valores encontrados após a contagem diferencial dos leucócitos (apresentação de resultados conforme a liberação de um laudo) Laudo Laboratorial – Hemograma Contagem Diferencial de Leucócitos Tipo de Leucócito Resultado (%) Valores de Referência (%) Neutrófilos Segmentados 60% 40 – 70% Neutrófilos Bastonetes 3% 0 – 5% Eosinófilos 2% 1 – 4% Basófilos 0% 0 – 1% Linfócitos 30% 20 – 45% Monócitos 5% 2 – 10% Conclusão: Dentro dos parâmetros de referência, sem alterações significativas na série branca. 6. Como é realizada a contagem de plaquetas pelo método de Fônio? Quais foram os resultados encontrados? (apresentação de resultados conforme a liberação de um laudo) A contagem de plaquetas pelo método de Fônio é uma técnica manual utilizada principalmente em laboratórios que não dispõem de equipamentos automatizados, ou como método de conferência. A seguir, apresento um resumo do procedimento, seguido por um exemplo de laudo laboratorial com resultados: Contagem de Plaquetas pelo Método de Fônio – Procedimento 1. Coleta de Sangue: Realiza-se a coleta de sangue venoso com anticoagulante EDTA. 2. Diluição: O sangue é diluído geralmente em solução de ácido oxálico a 1% (que lisa as hemácias, preservando as plaquetas). 3. Câmara de Neubauer: A solução diluída é carregada em uma câmara de Neubauer (hemocitômetro). 4. Contagem: Após repouso de 10–15 minutos para sedimentação, as plaquetas são contadas ao microscópio óptico, geralmente na objetiva de 40x. 5. Cálculo: O número de plaquetas é calculado com base na diluição e no volume da câmara, fornecendo o resultado em plaquetas por mm³ (ou μL). Exemplo de Laudo – Contagem de Plaquetas (Método de Fônio) Paciente: João da Silva Data da coleta: 28/04/2025 Método: Contagem manual – Técnica de Fônio Amostra: Sangue total com EDTA Parâmetro Resultado Valores de Referência Plaquetas 210.000 / mm³ 150.000 – 400.000 / mm³ Observações: Contagem de plaquetas realizada por método manual. Morfologia plaquetária preservada. Ausência de agregados plaquetários. Responsável técnico: Dra. Maria Fernanda Oliveira – CRBM 00000 Referências sobre o Método de Fônio Rodrigues, M. A. M. Hematologia: Fundamentos e Práticas – 2ª ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. Capítulo sobre métodos manuais de contagem celular, incluindo a técnica de Fônio.Hoffbrand, A. V.; Moss, P. A. H. Hematologia Essencial – 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. Discute contagens manuais e automáticas, com ênfase na padronização dos métodos.Neves, R. P.Hematologia Clínica – 1ª ed. São Paulo: Sarvier, 2015. Apresenta passo a passo do método de Fônio e os princípios da contagem com câmara de Neubauer. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Hematologia: Procedimentos Básicos em Hematologia – 2010. Documento técnico que descreve normas e procedimentos laboratoriais manuais, disponível no site do Ministério da Saúde. image1.emf