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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
(arts. 1022 ao 1026 do CPC/2015)
Os embargos de declaração são o recurso (art. 994, IV, do CPC/2015) que tem por finalidade aclarar ou integrar qualquer tipo de decisão judicial, que padeça dos vícios de erro material, obscuridade, contradição ou omissão (art. 1022, incisos I a III do CPC/2015).
Cabem embargos de declaração contra todo tipo de decisão judicial: interlocutórias, sentenças e acórdãos, proferidos em qualquer grau de jurisdição. Cabem ainda, em todo tipo de processo, de conhecimento, execução, de jurisdição contenciosa ou voluntária.
Podem dizer respeito à conclusão ou aos fundamentos da decisão judicial, uma vez que todas elas devem ser fundamentadas (art. 93, IX, da CF).
Ao apresentar o recurso, o embargante deverá apontar em que consiste o vício que ele queira ver corrigido. Mas não haverá problema se ele errar na classificação, chamando, por exemplo, de obscuridade o que é contradição, até porque inexistem lindes precisos entre um vício e outro.
Segundo o parágrafo único do art. 1022, do CPC/2015, considera-se omissa a decisão que:
Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
“DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 947.  É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
§ 1o Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.
§ 2o O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3o O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal”.
Exemplificando: O relator propõe que o recurso seja julgado por outro órgão colegiado, que não aquele que ele compõe. Por exemplo: o relator é da 1ª Turma do STJ. O “normal” é que o REsp seja julgado ou monocraticamente pelo próprio relator, ou pelo “seu” colegiado, a 1ª Turma... Então esse instituto – também chamado de afetação – permite que o relator leve o REsp para a 1ª Seção (formada pela reunião da 1ª com a 2ª Turma, que são de direito público) ou para a Corte Especial. Qual a razão desse “deslocamento da competência”? Prevenir ou compor divergências jurisprudenciais internas. Prevenir antes que surjam as divergências, e compor depois que elas já existem. Assim espera-se que, após o julgamento desse REsp, não tenhamos mais a divergência, ainda que o julgamento não tenha sido tomado por unanimidade.
Isso se mantém no novo CPC, com outro nome: assunção de competência. O relator continua propondo o deslocamento, agora também podendo ser provocado pela “parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública”, para “que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.” (§ 1º). O órgão colegiado para o qual a competência para julgar o recurso, a remessa ou o processo precisa reconhecer o interesse público e, assim, assumir a competência, que não era dele (§ 2º).
A razão desse deslocamento continua sendo o mesmo do CPC/73 (§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal) http://patriciadantasadvogada.jusbrasil.com.br/noticias/205538450/incidente-de-assuncao-de-competencia-no-novo-cpc.
II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, parágrafo 1º do CPC/2015 – 
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 - NCPC
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Haverá OMISSÃO ainda, se o juiz deixar de se pronunciar sobre um ponto que exigia sua manifestação. Não se constitui omissão, todavia, a falta de pronunciamento sobre questão irrelevante ou que não tenha relação com o processo.
CONTRADIÇÃO é a falta de coerência da decisão, que se manifesta pela incompatibilidade entre duas ou mais partes do dispositivo, duas ou mais partes da fundamentação, ou entre esta e aquele. O juiz exprime, na mesma decisão, idéias que não são compatíveis, conciliáveis entre si.
OBSCURIDADE é a falta de clareza do ato. A decisão judicial deve ser compreensível ao leitor, devendo lhe restar claro o que ficou decidido e os seus fundamentos. Decisões existem ininteligíveis, incompreensíveis e ambíguas, hipóteses em que os embargos de declaração servirão para que o juiz promova os esclarecimentos necessários.
Aplica-se aos Embargos de Declaração o que dispõe o art. 229 do CPC/2015:
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
 
Caso o acolhimento dos embargos implique a modificação da decisão embargada, o juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 dias, sobre os embargos.
A interposição dos Embargos de Declaração interrompe o prazo para apresentação de outros recursos, tanto para quem os interpôs, como para os demais litigantes. Os Embargos de Declaração não possuem efeito suspensivo (art. 1026 do CPC/2015).
Porém, segundo o parágrafo 1º do art. 1026, a eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Os embargos de declaração têm efeito devolutivo, porque devolvem ao conhecimento do juízo ou tribunal prolator da decisão o conhecimento daquilo que é objeto do recurso. Têm também efeito translativo, pois, ao examiná-los, o julgador poderá conhecer de ofício de matérias de ordem pública, ainda que estas não sejam objeto dos embargos.
Os embargos devem ser julgados em 5 dias, ou, nos tribunais, na sessão subsequente.
 Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. (art. 1024 – parágrafo 2º)
Há possibilidade de conversão dos embargos de declaraçãoem agravo interno, caso o órgão julgador entenda ser este o recurso cabível, hipótese em que deverá determinar previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, já estudado (art. 1024, parágrafo 3º).
Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração (art. 1024, parágrafo 4º). Isso acontece quando, diante de uma decisão parcial, uma das partes interpõe embargos de declaração e a outra, apelação, por exemplo, sem saber dos Embargos de Declaração interpostos.
Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação (art. 1024, parágrafo 5º).
Poderá ser imposta multa ao embargante, não excedente a 2% sobre o valor atualizado da causa, caso os embargos sejam manifestamente protelatórios.
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