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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
 
Contemporânea 
Contemporary Journal 
Vol. 4 N°. 7: p. 01-19, 2024 
ISSN: 2447-0961 
 
Artigo 
 
CORRELAÇÃO PATOLÓGICA ENTRE O TRANSTORNO DO 
DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) E O 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR (TDM): UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA DE LITERATURA 
 
PATHOLOGICAL CORRELATION BETWEEN ATTENTION DEFICIT 
HYPERACTIVITY DISORDER (ADHD) AND MAJOR DEPRESSIVE 
DISORDER (MDD): A SYSTEMATIC LITERATURE REVIEW 
 
CORRELACIÓN PATOLÓGICA ENTRE EL TRASTORNO POR DÉFICIT 
DE ATENCIÓN CON HIPERACTIVIDAD (TDAH) Y EL TRASTORNO 
DEPRESIVO MAYOR (TDM): UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA DE LA 
LITERATURA 
 
DOI: 10.56083/RCV4N7-132 
Receipt of originals: 06/11/2024 
Acceptance for publication: 07/01/2024 
 
Diogo Uechi Fukuda Okoti 
Graduado em Medicina 
Instituição: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) - campus de Botucatu 
Endereço: Botucatu, São Paulo, Brasil 
E-mail: diogookoti@gmail.com 
 
Julia Portugal Maia 
Graduada em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: julia.portugal23@gmail.com 
 
Victória Barbosa Carréra de Oliveira 
Graduada em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: vvcarrera@hotmail.com 
 
 
mailto:vvcarrera@hotmail.com
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
Jasley Siqueira Gonçalves 
Graduando em Medicina 
Instituição: Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) 
Endereço: Araguaia, Tocantins, Brasil 
E-mail: jasley.goncalves@ufnt.edu.br 
 
Arthur Gregório Valério 
Graduando em Medicina 
Instituição: Universidade de Araraquara (UNIARA) 
Endereço: Araraquara, São Paulo, Brasil 
E-mail: gregoriovalerioarthur@gmail.com 
 
Lara Dillela Micali 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Universidade de Araraquara (UNIARA) 
Endereço: Araraquara, São Paulo, Brasil 
E-mail: lara.dmicali@gmail.com 
 
Luíza Beatriz de Freitas Costa 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Centro Universitário Barão de Mauá (CBM) 
Endereço: Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil 
E-mail: lufcosta1@gmail.com 
 
Vitória Karoliny Hackbart Pereira 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Multivix - Vitória 
Endereço: Vitória, Espírito Santo, Brasil 
E-mail: vitoriakaroliny@hotmail.com.br 
 
José Rafael Comper 
Graduando em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: contatorafaelcomper@gmail.com 
 
Letícia Gusmão Alves 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: gusmaoleticia45@gmail.com 
 
Arthur Santos Remonato 
Graduando em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: arthursgpes@hotmail.com 
 
André Vinicius Silva do Carmo 
Graduando em Medicina 
Instituição: Centro Universitário do Espirito Santo (UNESC) 
Endereço: Colatina, Espirito Santo, Brasil 
E-mail: andrevinicius13@hotmail.com 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
Ângelo Felipe da Rocha Cardoso Oka Lôbo 
Graduando em Medicina 
Instituição: FAHESP/IESVAP 
Endereço: Parnaíba, Piauí, Brasil 
E-mail: angelofelipelobo@gmail.com 
 
Fernanda Vasconcelos Barroso 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Centro Universitário de Pato Branco (UNIDEP) 
Endereço: Pato Branco, Paraná, Brasil 
E-mail: vasconcelosnaanda@gmail.com 
 
Micaella Mendes Carrara Barbosa 
Graduanda em Medicina 
Instituição: Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) 
Endereço: Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil 
E-mail: micaellacarrara@gmail.com 
 
RESUMO: O texto discute a relação complexa entre o Transtorno do Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno Depressivo Maior (TDM), 
destacando a importância de uma adequada compreensão à cerca da 
interação entre essas patologias com o intuito de aprimorar os diagnósticos 
e tratamentos que, idealmente, devem ser personalizados. A coexistência 
desses transtornos é capaz de levar a uma maior gravidade dos sintomas e 
disfunção na vida diária dos pacientes, ressaltando a necessidade de 
abordagens terapêuticas integradas. Além disso, o texto enfatiza a relevância 
de estudar as conexões neurobiológicas e psicossociais entre TDAH e TDM, 
a fim de desenvolver intervenções mais eficazes. Isso pode resultar em uma 
redução da carga de ambas as doenças, promoção do prognóstico, melhoria 
dos desfechos clínicos e aumento da qualidade de vida dos pacientes 
afetados. Os tratamentos mencionados para TDAH e TDM incluem o uso de 
psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetaminas, e não estimulantes, 
como atomoxetina e guanfacina. A individualização do tratamento e o 
monitoramento contínuo da resposta do paciente são enfatizados como 
cruciais para garantir a eficácia e a segurança a longo prazo. Além disso, há 
incertezas em relação à duração ideal do tratamento e ao momento 
adequado para interrompê-lo, principalmente devido à persistência do TDAH 
na vida adulta. A compreensão aprofundada da relação entre TDAH e TDM é 
essencial para aprimorar os cuidados e reduzir a carga de doença associada 
a esses transtornos comórbidos, ressaltando a importância de pesquisas 
contínuas inerentes a esse âmbito. O estudo foi realizado por meio da revisão 
de pesquisas e artigos científicos nos últimos 10 anos, obtidos em bases de 
dados como PubMed e LILACS. O artigo focou na coexistência dessas 
condições, abordando aspectos diagnósticos, epidemiológicos e terapêuticos. 
Após um processo rigoroso de seleção, 11 artigos foram escolhidos entre 240 
inicialmente identificados, fornecendo uma visão global e minuciosa sobre a 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
inter-relação entre TDAH e TDM, incluindo estratégias terapêuticas para 
pacientes com essas comorbidades. 
 
PALAVRAS-CHAVE: transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, 
depressão, patologia, diagnóstico, tratamento. 
 
ABSTRACT: The text discusses the complex relationship between Attention 
Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) and Major Depressive Disorder (MDD), 
highlighting the importance of understanding the interaction between these 
conditions to improve personalized diagnoses and treatments. He points out 
that the coexistence of these disorders can lead to greater severity of 
symptoms and dysfunction in patients' daily lives, highlighting the need for 
integrated therapeutic approaches. Furthermore, the text emphasizes the 
relevance of studying the neurobiological and psychosocial connections 
between ADHD and MDD in order to develop more effective and personalized 
interventions. This can result in a reduction in disease burden, improved 
clinical outcomes and increased quality of life for affected patients. Mentioned 
treatments for ADHD and MDD include the use of psychostimulants, such as 
methylphenidate and amphetamines, and non-stimulants, such as 
atomoxetine and guanfacine. Individualization of treatment and continuous 
monitoring of patient response are emphasized as crucial to ensuring long-
term efficacy and safety. Furthermore, there is uncertainty regarding the 
ideal duration of treatment and the appropriate time to discontinue it, mainly 
due to the persistence of ADHD into adulthood. An in-depth understanding 
of the relationship between ADHD and MDD is essential to improving care 
and reducing the burden of disease associated with these comorbid 
disorders, highlighting the importance of continued research in this field. The 
study was carried out by reviewing research and scientific articles over the 
last 10 years, obtained from databases such as PubMed and LILACS. The 
article focused on the coexistence of these conditions, addressing aspectsof 
diagnosis, prevalence and treatment. After a rigorous selection process, 11 
articles were chosen from 240 initially identified, providing a detailed insight 
into the interrelationship between ADHD and MDD, including therapeutic 
strategies for patients with these comorbidities. 
 
KEYWORDS: attention deficit/hyperactivity disorder, depression, pathology, 
diagnosis, treatment. 
 
RESUMEN: El texto analiza la compleja relación entre el Trastorno por Déficit 
de Atención e Hiperactividad (TDAH) y el Trastorno Depresivo Mayor (TDM), 
destacando la importancia de comprender la interacción entre estas 
condiciones para mejorar los diagnósticos y tratamientos personalizados. 
Señala que la coexistencia de estos trastornos puede provocar una mayor 
gravedad de los síntomas y disfunciones en la vida diaria de los pacientes, 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
destacando la necesidad de enfoques terapéuticos integrados. Además, el 
texto enfatiza la relevancia de estudiar las conexiones neurobiológicas y 
psicosociales entre el TDAH y el TDM para desarrollar intervenciones más 
efectivas y personalizadas. Esto puede resultar en una reducción de la carga 
de morbilidad, mejores resultados clínicos y una mayor calidad de vida de 
los pacientes afectados. Los tratamientos mencionados para el TDAH y el 
TDM incluyen el uso de psicoestimulantes, como metilfenidato y anfetaminas, 
y no estimulantes, como atomoxetina y guanfacina. Se destaca que la 
individualización del tratamiento y la monitorización continua de la respuesta 
del paciente son cruciales para garantizar la eficacia y seguridad a largo 
plazo. Además, existe incertidumbre sobre la duración ideal del tratamiento 
y el momento adecuado para suspenderlo, principalmente debido a la 
persistencia del TDAH hasta la edad adulta. Una comprensión profunda de la 
relación entre el TDAH y el TDM es esencial para mejorar la atención y reducir 
la carga de enfermedad asociada con estos trastornos comórbidos, lo que 
destaca la importancia de continuar la investigación en este campo. El 
estudio se realizó mediante la revisión de investigaciones y artículos 
científicos de los últimos 10 años, obtenidos de bases de datos como PubMed 
y LILACS. El artículo se centró en la coexistencia de estas condiciones, 
abordando aspectos de diagnóstico, prevalencia y tratamiento. Después de 
un riguroso proceso de selección, se eligieron 11 artículos de 240 
identificados inicialmente, que brindan una visión detallada de la 
interrelación entre el TDAH y el TDM, incluidas las estrategias terapéuticas 
para pacientes con estas comorbilidades. 
 
PALABRAS CLAVE: trastorno por déficit de atención/hiperactividad, 
depresión, patología, diagnóstico, tratamiento. 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
Os transtornos do humor, também conhecidos como transtornos 
afetivos, caracterizam-se por perturbações significativas nas emoções, 
manifestando-se como depressão (baixa acentuada) ou hipomania e mania 
(alta acentuada). Estes são distúrbios psiquiátricos comuns que aumentam 
a morbidade e a mortalidade. O Manual Estatístico de Diagnóstico de 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana, Quinta Edição 
(DSM-5), define o Transtorno Depressivo Maior (TDM) pela presença de pelo 
menos cinco dos nove sintomas principais: humor deprimido, anedonia, 
alterações no peso ou apetite, distúrbios do sono, agitação ou retardo 
psicomotor, fadiga, sentimento de culpa ou inutilidade, indecisão ou 
dificuldades de concentração e pensamentos de morte, presentes por pelo 
menos duas semanas. O TDM tem uma prevalência global de 
aproximadamente 264 milhões de pessoas, sendo duas vezes mais comum 
em mulheres do que em homens, possivelmente devido a fatores hormonais, 
genéticos e sociais. A idade média de início é em torno dos 40 anos, mas 
tem aumentado entre os jovens, especialmente aqueles com estilo de vida 
marcado pelo consumo de álcool e drogas. O TDM é mais frequente em 
pessoas divorciadas e viúvas e é um fator de risco significativo para o 
suicídio. A incidência do transtorno não varia significativamente entre 
diferentes grupos socioeconômicos ou étnicos. O diagnóstico de TDM é 
clínico, baseado em uma avaliação detalhada dos hábitos de vida, história 
familiar, saúde física e contexto social, utilizando critérios como os do DSM-
5. Exames laboratoriais são realizados para excluir outras condições médicas 
com sintomas semelhantes, como hipotireoidismo, epilepsia e Parkinson. 
Outras condições psiquiátricas, como o transtorno bipolar, e certos 
medicamentos, especialmente quando usados a longo prazo, também podem 
causar sintomas depressivos (Sekhon, 2023). 
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por sua 
vez, é uma condição psiquiátrica relacionada ao neurodesenvolvimento, 
caracterizada por alterações comportamentais, e afeta mais de 5% da 
população, sendo particularmente comum entre crianças e adolescentes. De 
acordo com o DSM-5, os sintomas são classificados em duas categorias: 
hiperatividade e desatenção. Para o diagnóstico, os sintomas devem se 
manifestar antes dos 12 anos de idade em pelo menos dois ambientes 
diferentes, por um período mínimo de seis meses. Entre os sintomas de 
 
 
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desatenção, destacam-se a dificuldade de focar em atividades escolares, no 
trabalho ou em tarefas diárias, bem como a falta de concentração em 
atividades recreativas, conversas ou leitura prolongada. Já os sintomas de 
hiperatividade incluem movimentos constantes, dificuldade em brincar de 
forma silenciosa, falar excessivamente, agir impulsivamente, impaciência e 
inquietação contínua. A prevalência do TDAH varia de acordo com a região, 
com uma taxa global de 5,8% entre crianças e adolescentes. Nos Estados 
Unidos, a taxa de diagnóstico subiu de 6,1% em 1997 para 10,2% em 2016, 
com uma maior incidência em meninos, apresentando uma proporção de 3:1 
entre crianças e 1,6:1 entre adolescentes. O TDAH frequentemente está 
associado a outras condições psiquiátricas, como outros transtornos do 
neurodesenvolvimento, incluindo dificuldades de aprendizagem, transtorno 
do espectro autista (TEA) e TDM. Também há uma maior tendência ao uso 
de substâncias na adolescência e a distúrbios alimentares em crianças e 
adolescentes com TDAH. Na prática clínica, é crucial uma compreensão 
detalhada do diagnóstico diferencial do TDAH, que envolve a identificação de 
condições médicas e psiquiátricas com sintomas similares, como epilepsia, 
problemas na tireoide e transtorno bipolar. É importante distinguir entre 
TDAH primário e secundário, este último podendo surgir após lesões 
cerebrais, além de diferenciar entre os aspectos fenotípicos e genotípicos do 
TDAH, o que requer uma abordagem mais precisa para entender as várias 
causas envolvidas (Drechsler et al., 2020). 
A relação entre TDM e TDAH envolve uma interação complexa entre 
fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Estudos genéticos, como 
o Genome-Wide Association Study (GWAS), identificaram uma extensa 
correlação genética entre TDAH e depressão, sugerindo que os mesmos 
alelos podem contribuir para o desenvolvimento de ambos os transtornos em 
diferentes momentos da vida ou em diferentes indivíduos. Além disso, a 
sobreposição de sintomas, como problemas de concentração, pode contribuir 
para a manifestação de ambos os fenótipos. A causalidade entre TDAH e 
 
 
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depressão também é explorada, com evidências sugerindo que o TDAH na 
infância pode aumentar o risco de depressão na idade adulta jovem. 
Exposições ambientais estressantes desencadeadas pelo TDAH, como 
dificuldades nos relacionamentos e baixo desempenho acadêmico,podem 
contribuir para o desenvolvimento de sintomas depressivos. Estudos de 
randomização mendeliana foram utilizados para investigar a relação genética 
entre TDAH e depressão, fornecendo insights sobre a possível causalidade 
da responsabilidade genética do TDAH na depressão. A compreensão dessas 
interações entre TDAH e depressão é crucial para o desenvolvimento de 
estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, visando abordar não 
apenas os sintomas individuais, mas também as interações complexas entre 
esses transtornos comórbidos (Riglin et al., 2020). 
É sabido que existe uma relação intrínseca entre TDAH e TDM e faixa 
etária em que ocorre: o público infantil. O tratamento do TDAH em crianças 
e adolescentes com comorbidade de depressão é uma área complexa que 
exige uma abordagem abrangente e individualizada. No que diz respeito às 
intervenções farmacológicas, é comum considerar o uso de medicamentos, 
como estimulantes para tratar os sintomas do TDAH e antidepressivos para 
abordar a depressão. É crucial que esses medicamentos sejam prescritos e 
monitorados por profissionais de saúde qualificados, levando em conta os 
potenciais efeitos colaterais e a eficácia para cada paciente em particular. 
Além disso, as intervenções não farmacológicas desempenham um papel 
significativo no tratamento. Terapias psicológicas, como a terapia cognitivo-
comportamental (TCC), podem ajudar a criança ou adolescente a 
desenvolver habilidades de enfrentamento, melhorar a regulação emocional 
e lidar com os desafios do TDAH e da depressão. Estratégias de manejo do 
estresse, apoio psicossocial e educação sobre a condição também são 
componentes importantes do tratamento. É essencial adotar uma abordagem 
individualizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente, 
seus contextos familiares e sociais, bem como possíveis fatores biológicos. 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
O monitoramento contínuo do progresso, a avaliação dos sintomas e a 
prontidão para ajustar o plano de tratamento conforme necessário são 
fundamentais para garantir a eficácia e segurança do tratamento a longo 
prazo (Bryant et al., 2022). 
O tratamento do TDM e do TDAH relacionam abordagens 
farmacológicas específicas e cuidadosas. Para o TDM, os Inibidores Seletivos 
da Recaptação de Serotonina (ISRS) são a primeira linha de tratamento, 
comumente representados por medicamentos como Fluoxetina, Sertralina, 
Paroxetina e Escitalopram. Esses medicamentos aumentam a disponibilidade 
de serotonina no cérebro, com baixa incidência de efeitos colaterais e boa 
tolerância. Outra classe de antidepressivos são os Inibidores da Recaptação 
de Serotonina e Noradrenalina (IRSN), como Venlafaxina e Duloxetina, que 
inibem a recaptação desses neurotransmissores, mas podem ter um espectro 
maior de efeitos colaterais, incluindo náuseas, cefaleia e insônia. 
Antidepressivos atípicos, como Bupropiona e Mirtazapina, são usados em 
casos específicos, como redução da libido ou tratamento do tabagismo. Os 
antidepressivos tricíclicos, como Amitriptilina, Nortriptilina e Imipramina, 
embora eficazes, apresentam maior risco de interações medicamentosas e 
efeitos colaterais, como sedação e ganho de peso, exigindo cautela em sua 
utilização. Apesar da variedade de opções terapêuticas, aproximadamente 
50% dos pacientes não alcançam remissão completa e muitos necessitam de 
múltiplos ensaios de tratamento (Cui, 2024; Rybay et al., 2021). 
O tratamento farmacológico do TDAH deve ser supervisionado por um 
profissional médico, considerando o histórico médico do paciente, incluindo 
avaliação cardiovascular e possíveis efeitos colaterais. Para crianças menores 
de 5 anos, recomenda-se inicialmente programas de exercícios e 
intervenções comportamentais. Para crianças mais velhas e adultos jovens, 
se os sintomas persistirem, a medicação pode ser considerada. As opções 
incluem psicoestimulantes como metilfenidato e anfetaminas, com 
metilfenidato sendo a primeira escolha na Europa, bem como não 
 
 
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estimulantes como atomoxetina e guanfacina. Após iniciar o tratamento, é 
crucial monitorar a resposta do paciente e ajustar a dosagem conforme 
necessário, avaliando anualmente a necessidade de continuar o tratamento. 
Embora psicoestimulantes sejam geralmente os mais eficazes, não 
estimulantes também são eficazes na redução dos sintomas do TDAH. No 
entanto, ainda há incertezas sobre a duração ideal do tratamento e o 
momento adequado para considerar a interrupção, especialmente devido à 
persistência do TDAH na vida adulta (Velarde, Cárdenas, 2022). 
A importância de estudar a interrelação entre o TDAH e o TDM reside 
na potencial melhoria do diagnóstico e tratamento de indivíduos que sofrem 
de ambas as condições. Com uma significativa porcentagem de comorbidade, 
a coexistência desses transtornos pode levar a um aumento da gravidade 
dos sintomas e a uma maior disfunção na vida diária dos pacientes. 
Compreender as conexões neurobiológicas e psicossociais entre TDAH e TDM 
permite o desenvolvimento de abordagens terapêuticas integradas, 
possibilitando intervenções mais eficazes e personalizadas. Além disso, esse 
conhecimento pode reduzir a carga de doença, melhorar os desfechos clínicos 
e a qualidade de vida dos pacientes, destacando a relevância de 
investigações aprofundadas nesse campo. 
 
2. Referencial Teórico 
 
Este estudo sistemático da literatura examina a relação entre 
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Transtorno 
Depressivo Maior (TDM). Foram analisadas pesquisas e artigos científicos 
publicados nos últimos 10 anos, coletados através de buscas nas bases de 
dados eletrônicas PubMed e LILACS. Os termos utilizados para a busca 
incluíram "Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade", "Depressão", 
"Patologia", “Diagnóstico” e “Tratamento”. 
 
 
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Somente foram incluídos estudos que abordassem especificamente a 
coexistência de TDAH e TDM, incluindo aspectos de diagnóstico, prevalência, 
impacto clínico e abordagens terapêuticas. Foram excluídos artigos 
publicados há mais de cinco anos e aqueles que não fossem diretamente 
relevantes para o tema, como estudos focados em outras condições 
psiquiátricas ou que não tratassem especificamente da relação entre TDAH 
e TDM. Além disso, foram excluídas pesquisas que não avaliavam a eficácia 
das práticas de diagnóstico e tratamento na melhoria dos resultados para 
pacientes com ambas as condições. 
A pesquisa inicial resultou em 240 artigos. O processo de seleção foi 
realizado em duas fases: triagem de títulos e resumos, seguida pela leitura 
completa dos artigos selecionados. Na primeira fase, todos os títulos e 
resumos foram revisados, resultando na exclusão de 205 artigos que não 
atendiam aos critérios de inclusão. Na segunda fase, foram lidos 
integralmente os 35 artigos restantes, dos quais 11 foram selecionados por 
estarem alinhados com os objetivos principais da revisão. 
Este processo sistemático permitiu a identificação e análise de estudos 
relevantes que investigam a inter-relação entre TDAH e TDM, 
proporcionando uma compreensão detalhada sobre a prevalência, 
diagnóstico e estratégias de tratamento para indivíduos que enfrentam essas 
comorbidades. 
 
3. Resultados e Discussões 
 
Os parágrafos seguintes destacam os principais achados relacionados 
a correlação entre o TDAH e o TDM, após leitura completa de cada um dos 
artigos abordados nesta secção. 
A relação entre o TDAH e o TDM é complexa e profundamente 
interconectada, refletindo uma confluência de fatores genéticos, 
neurobiológicos e ambientais que contribuem para a alta taxa de 
 
 
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comorbidade observada. Indivíduos com TDAH, particularmente crianças e 
adolescentes, enfrentam desafios significativos em contextos acadêmicos, 
sociais e familiares, o que pode levar a um aumento do estresse, baixa 
autoestima e sentimento de inadequação. Essas experiências negativas 
acumuladas podem predispor esses indivíduos ao desenvolvimento de TDM. 
Do ponto de vista neurobiológico, ambos os transtornos compartilham 
anormalidades em sistemas de neurotransmissores como a dopamina e a 
serotonina, que estão envolvidos na regulação do humor e do 
comportamento. Alterações estruturais e funcionais em regiões cerebrais 
como o córtex pré-frontal, que é crucial para o funcionamento executivo e 
controle emocional, também são comuns em ambos os transtornos, 
sugerindo uma base neurobiológica compartilhada. Geneticamente, estudos 
de hereditariedade indicam que há uma sobreposição significativa de genes 
de susceptibilidade entre TDAH e TDM, aumentando a probabilidade de 
ocorrência conjunta. Além disso, fatores ambientais, como exposição a 
eventos adversos na infância, como abuso, negligência ou instabilidade 
familiar, podem exacerbar a vulnerabilidade genética a esses transtornos. O 
impacto funcional desta comorbidade é substancial. Crianças e adolescentes 
com TDAH e TDM tendem a apresentar maiores dificuldades acadêmicas, 
maior risco de abandono escolar e dificuldades significativas nas interações 
sociais. Esses indivíduos também estão em maior risco de desenvolver 
comportamentos de risco, incluindo abuso de substâncias e comportamento 
suicida (Fenesy; Lee, 2017). 
O estudo publicado no PMC, intitulado "Estresse dependente medeia a 
relação entre sintomas de TDAH e depressão", realizado por Natali Rychik, 
Alyssa Fassett-Carman e Hannah R. Snyder, examina a complexa interação 
entre os sintomas de TDAH, a depressão e o papel mediador do estresse 
dependente. O estresse dependente refere-se a estressores que são 
autogerados ou resultam do comportamento do indivíduo. Por exemplo, 
problemas acadêmicos ou interpessoais que podem ser exacerbados por 
 
 
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Revista Contemporânea, vol. 4, n°. 7, 2024. ISSN: 2447-0961 
sintomas de TDAH, como dificuldade de concentração ou impulsividade. O 
estudo sugere que esses estressores dependentes podem ser um elo entre 
os sintomas de TDAH e o desenvolvimento de sintomas depressivos. Os 
resultados do estudo mostraram que os estudantes universitários com 
sintomas de TDAH tendem a gerar mais estressores dependentes, como 
problemas acadêmicos e interpessoais, devido a suas características ou 
comportamentos. Esses estressores, por sua vez, predizem um aumento nos 
sintomas depressivos. O estudo não encontrou diferenças significativas entre 
os sintomas de TDAH desatento e hiperativo/impulsivo em relação à geração 
de estresse e sintomas depressivos. A conclusão do estudo é que a geração 
de estresse é um mecanismo importante que conecta os sintomas de TDAH 
e a depressão. Isso implica que intervenções que visem reduzir a geração de 
estresse e melhorar a capacidade de lidar com estressores autogerados 
podem ser benéficas para prevenir ou tratar a depressão em indivíduos com 
sintomas de TDAH. O estudo também destaca a importância de entender 
como diferentes tipos de estressores podem mediar a relação entre TDAH e 
depressão, o que pode levar a estratégias de tratamento mais eficazes. 
O estudo realizado por Yanmei Shen e colaboradores, publicado em 
2020 na revista BMC Psychiatry, investigou a prevalência e os fatores de 
risco associados a transtornos de ansiedade, bem como a associação entre 
sintomas de TDAH, depressão e comportamentos suicidas em estudantes de 
medicina na China continental. A amostra do estudo incluiu 4882 estudantes, 
e a prevalência de ansiedade foi de 19,9%. Os resultados mostraram que 
estudantes com sintomas de ansiedade eram mais propensos a ter uma 
relação pobre com os pais, ser da etnia Han, ter hábitos de fumar ou beber, 
ter um histórico de distúrbios físicos e ter engajado em comportamentos 
suicidas. Além disso, a pesquisa identificou uma associação significativa 
entre a ansiedade e a depressão, com aproximadamente 85% dos indivíduos 
com depressão também apresentando um transtorno de ansiedade 
comórbido, e até 90% dos indivíduos com ansiedade experimentando 
 
 
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depressão. A comorbidade de TDAH e sintomas de ansiedade foi alta 
(50,8%), o que está em linha com evidências anteriores. O estudo também 
encontrou que tanto a inatenção quanto a hiperatividade foram fatores de 
risco independentes para a ansiedade, com a hiperatividade apresentando 
uma Odds Ratio (OR) mais alta do que a inatenção. Isso sugere que os 
sintomas de hiperatividade podem ter um impacto mais significativo na 
ansiedade do que os sintomas de inatenção. A relação entre TDAH e TDM foi 
explorada, e o estudo revelou que os sintomas de TDAH estavam fortemente 
associados à depressão. Isso indica que a presença de sintomas de TDAH 
pode aumentar o risco de desenvolver sintomas de depressão e vice-versa. 
A comorbidade entre TDAH e TDM é um tema clínico significativo, pois esses 
transtornos podem se agravar mutuamente e afetar negativamente o 
desempenho acadêmico e a qualidade de vida dos estudantes. Os autores 
enfatizam a necessidade de triagem e intervenção para transtornos de 
ansiedade e depressão entre estudantes de medicina. 
O estudo "Ansiedade e depressão dos 3 aos 8 anos em crianças com e 
sem sintomas de TDAH" de autoria de Ingeborgrud et al., investiga a 
comorbidade entre TDAH e sintomas de ansiedade e depressão em crianças, 
destacando a prevalência e a natureza dessa relação desde a pré-escola até 
a idade escolar. A pesquisa revela que sintomas de TDAH em crianças 
pequenas frequentemente precedem o desenvolvimento de ansiedade e 
depressão, sendo uma coexistência comum, mas subdiagnosticada e 
subtratada. Crianças com TDAH e sintomas de depressão ou ansiedade 
enfrentam maiores dificuldades acadêmicas, sociais e emocionais, com os 
transtornos exacerbando-se mutuamente. Por exemplo, dificuldades de 
atenção e hiperatividade podem agravar sintomas depressivos devido à 
frustração e ao fracasso escolar, enquanto a ansiedade pode intensificar a 
desatenção e a impulsividade. O estudo recomenda avaliações padronizadas 
e diagnósticos precisos para identificar e tratar adequadamente essas 
crianças, sugerindo tratamentos personalizados que incluem programas de 
 
 
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treinamento para pais e terapias cognitivo-comportamentais adaptadas. Os 
autores enfatizam que o treinamento para pais pode ajudar a melhorar o 
manejo dos sintomas de TDAH em casa, enquanto as terapias cognitivas 
podem abordar a ansiedade e a depressão diretamente, ajudando as crianças 
a desenvolverem habilidades de enfrentamento e a regular melhor suas 
emoções. Além disso, destaca-se a necessidade de mais estudos 
longitudinais que acompanhem crianças desde a pré-escola até a idade 
escolar para entender melhor o desenvolvimento e a interação entre TDAH, 
ansiedade e depressão. Estudos futuros poderiam investigar como fatores 
ambientais, genéticos e sociais contribuem para a comorbidade desses 
transtornos. A pesquisa enfatiza a importância de intervenções precoces, 
argumentando que um diagnóstico e tratamento rápidos podem prevenir o 
agravamento dos sintomas e melhorar significativamente os resultados a 
longo prazo. Uma abordagem integrada que considere todos os aspectos do 
desenvolvimento da criança é fundamental para promover um melhor bem-
estar emocional e social. A pesquisa sublinha, ainda, a necessidade de 
conscientização entre pais, educadores e profissionais de saúde sobre a 
interligação entre TDAH e transtornos de humor, visando um suporte maiseficaz e abrangente para as crianças afetadas. 
O estudo "TDAH em adultos com depressão recorrente" publicado na 
ScienceDirect examina a relação entre Transtorno de Déficit de 
Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Depressivo Maior (TDM) em 
uma amostra de mulheres na meia-idade com histórico de depressão 
recorrente. A pesquisa revela que 12,8% das participantes com depressão 
recorrente apresentavam sintomas elevados de TDAH, enquanto 3,4% 
preenchiam os critérios diagnósticos do DSM-5 para TDAH, sem que tivessem 
sido diagnosticadas anteriormente por profissionais de saúde. Os sintomas 
de TDAH foram significativamente associados a uma série de características 
e complicações adicionais, incluindo uma idade mais precoce de início da 
depressão (geralmente aos 25 anos ou menos), maior comprometimento da 
 
 
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depressão conforme indicado por uma pontuação mais baixa na Escala de 
Funcionamento Global (GAF ≤ 50), maior recorrência de episódios 
depressivos e persistência de sintomas depressivos subliminares. A pesquisa 
encontrou níveis elevados de irritabilidade e um aumento do risco de 
automutilação ou tentativas de suicídio entre as participantes com sintomas 
de TDAH, destacando a gravidade adicional que o TDAH pode adicionar ao 
quadro depressivo. Além disso, essas mulheres apresentaram maior 
probabilidade de hospitalização e eram mais propensas a usar 
antidepressivos que não são de primeira linha, indicando a complexidade 
adicional no tratamento dessas pacientes, que pode não responder bem aos 
tratamentos convencionais. Os achados sugerem que o TDAH em mulheres 
com depressão de início precoce, incapacitante e recorrente pode 
frequentemente passar despercebido, mascarado pelos sintomas da 
depressão. A identificação e o tratamento do TDAH podem ser cruciais para 
melhorar os resultados terapêuticos nessas pacientes, destacando a 
necessidade de uma avaliação abrangente e cuidadosa de sintomas de TDAH 
em adultos que apresentam depressão recorrente, especialmente aqueles 
com início precoce e dificuldades significativas de manejo dos sintomas 
depressivos. 
 
4. Conclusão 
 
A interação entre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade 
(TDAH) e o Transtorno Depressivo Maior (TDM) revela uma complexidade 
profunda, enraizada em fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais. 
Ambos os transtornos compartilham não apenas sintomas sobrepostos, como 
dificuldades acadêmicas e sociais, mas também bases neurobiológicas 
comuns, incluindo alterações em neurotransmissores e áreas cerebrais 
relevantes para o controle emocional e comportamental. A alta comorbidade 
entre TDAH e TDM sugere uma necessidade crítica de intervenções que 
 
 
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considerem não apenas os sintomas individuais, mas também os estressores 
gerados pelo próprio indivíduo, que podem perpetuar ou intensificar os 
quadros depressivos. A compreensão dessas interações é fundamental para 
desenvolver estratégias de tratamento mais eficazes e para mitigar o 
impacto adverso desses transtornos ao longo da vida. 
A dificuldade reside na identificação de intervenções terapêuticas 
eficazes que possam não apenas tratar sintomas individuais, mas também 
abordar a interação complexa entre o TDAH e o TDM. Estratégias de 
tratamento personalizadas são necessárias para mitigar o impacto negativo 
na qualidade de vida e no funcionamento diário dos pacientes, especialmente 
considerando o aumento do risco de comportamentos de risco, como abuso 
de substâncias e suicídio, associados a essas comorbidades. 
Portanto, novos estudos são cruciais não apenas para aprimorar o 
diagnóstico precoce e preciso, mas também para informar políticas de saúde 
pública e práticas clínicas que possam melhorar significativamente os 
resultados a longo prazo para indivíduos com TDAH e TDM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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