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Tudo sobre a Doença de Alzheimer

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Saiba tudo sobre Alzheimer
A doença causa morte de neurônios e perda de massa cerebral – nos casos mais severos, o cérebro reduz de tamanho mesmo.
 
A doença de Alzheimer é um tipo de demência. No Brasil, é a segunda principal causa de demência – só perde para problemas vasculares no cérebro (quando lesões nos vasos sanguíneos do cérebro impedem a chegada de nutrientes e oxigênio no cérebro e causam a morte dos neurônios).
 
Pessoas com Alzheimer vivem em média por oito anos. Mas algumas podem chegar a viver por 20 anos.
 
Como ocorre a doença
 • Sinais que formam as lembranças e os pensamentos se movimentam através dos neurônios
 • Os neurônios estão conectados entre si por sinapses nervosas. Quando as informações chegam à sinapse, ocorre a liberação de neurotransmissores, que transmitem esses dados a outros neurônios e outras células do corpo
 • A doença de Alzheimer causa lesões no cérebro por emaranhados neurofibrilares e placas senis
 • Pedaços de uma proteína chamada de beta-amiloide (uma substância gordurosa que existe em volta das membranas neurônios) se depositam entre os neurônios e impedem a transmissão das informações – formam as placas senis
 • Os emaranhados neurofibrilares são formados pela proteína Tau. No cérebro saudável, a Tau tem o papel de ajudar na construção do neurônio. Quando ela se emaranha, o neurônio “entope” e morre.
 • Ocorre truncamento das informações e das atividades dos neurotransmissores, perda da massa cerebral - principalmente no córtex cerebral, área relacionada ao pensamento, planejamento e lembranças
 • O hipocampo é a área mais afetada (e é justamente a área do cérebro mais importante para a memória)
 
Fases da doença
 
Inicial
As mudanças no cérebro podem começar até 20 anos antes do diagnóstico – placas e emaranhados começam a se formar nas áreas responsáveis por aprendizado, memória, pensamento e planejamento
 
Leve a moderada (dura de 2 a 10 anos)
Alem das áreas acima, as placas e emaranhados atingem áreas do cérebro responsáveis pela fala e compreensão e senso de espaço do seu corpo com relação a outros objetos. É nessa fase que a doença geralmente passa a ser diagnosticada. Os problemas de memória começam a interferir no dia a dia (confusão ao usar dinheiro, se expressar, organizar pensamentos).
 
Severa (dura de 1 a 5 anos)
Á medida que a doença avança, ocorrem mudanças de personalidade e comportamento, dificuldade de reconhecer amigos e familiares. O cérebro perde muita massa e a pessoa perde a habilidade de se comunicar, reconhecer pessoas queridas e se preocupar com elas.
 
Os dez principais sinais de alerta da doença
Perda de memória que atrapalha o dia a dia
Esquecer dadas importantes, perguntar a mesma coisa várias vezes. A memória que é mais afetada é a recente: muitas vezes a pessoa se esquece do que comeu no café da manhã, de que viu um parente duas horas atrás etc.
Mas é normal da velhice: esquecer o nome de alguém ou um compromisso de vez em quando, mas se lembrar depois
 
Dificuldades de planejar ou resolver problemas
Achar mais difícil do que antes organizar alguma atividade ou lidar com cálculos. Pode apresentar problemas em fazer uma receita conhecida, organizar as contas do mês e ter uma dificuldade enorme de se concentrar em uma atividade (demorando muito mais tempo para realizá-la do que antes)
É normal: cometer pequenos erros ao fazer as contas do extrato bancário, por exemplo
 
Confusão de data ou lugar
Perder-se nos dias ou meses, estações do ano e não calcular direito a passagem do tempo. Dificuldade de compreender uma história que não está acontecendo naquele momento. Esquecer onde está ou como chegou a um lugar.
É normal: esquecer em que dia da semana está, mas descobrir depois
 
Problemas com vocabulário
Não conseguir acompanhar ou entrar numa conversa – às vezes para o que está falando no meio e não consegue continuar o papo. Dificuldade de encontrar a palavra exata para definir um objeto ou usar nomes errados para as coisas
É normal: Esquecer de vez em quando o nome de algum objeto
 
Dificuldade de ponderar atitudes
Mudanças nos padrões sobre tomada de decisões: gastar muito dinheiro com bobagens, por exemplo, não se preocupar em fazer a barba ou tomar banho todos os dias
É normal: tomar uma decisão equivocada muito esporadicamente
 
Mudanças de humor e personalidade
O idoso fica confuso, medroso, depressivo ou ansioso... Fica triste com mais facilidade quando sai de sua zona de conforto (no trabalho, num evento social etc.).É normal: tornar-se mais sistemático ao longo dos anos e ficar irritado quando sai da rotina
 
Problemas para cumprir tarefas conhecidas
Dificuldade de chegar a um lugar conhecido (dirigindo ou a pé), de se lembrar das regras de um jogo.
É normal: não conseguir programar o micro-ondas ou o DVD de vez em quando.
 
Problemas visuais
Dificuldades para ler, saber a distância ou determinar a cor ou o contraste de uma imagem. Pode passar por um espelho e achar que tem mais alguém em casa (pode achar que a pessoa do espelho é outra).
É normal: problemas visuais decorrentes de doenças oftalmológicas comuns na velhice (degeneração macular ou catarata).
 
Perder ou guardar coisas no lugar errado
Por o sabão em pó na geladeira ou guardar o livro na gaveta de CDs, por exemplo. Isso faz com que a pessoa não consiga reencontrar o objeto.
É normal: guardar alguma coisa num lugar pouco comum muito de vez em quando (como enfiar os óculos numa gaveta sem perceber).
 
Parar de trabalhar sem motivo ou se afastar das atividades sociais
Deixar de praticar um esporte ou outro hobby ou de freqüentar atividades sociais de que gostava, por exemplo.
É normal: às vezes se sentir cansado do trabalho ou das obrigações sociais
 
Prevenção
Não dá para prevenir a doença, mas alguns fatores atuam como protetores:
 • Exercícios físicos regulares
 • Manter o cérebro ativo a vida toda (fazer cálculos de cabeça, palavras cruzadas, exercícios de lógica)
 • Níveis mais altos de escolaridade
 • Ter um trabalho que exija muito do cérebro
 
Diagnóstico
Para detectar a doença, o médico faz testes específicos (usa memorização de palavras, capacidade de escrever frases, desenhar um objeto, contar de trás pra frente etc.) e exame de ressonância magnética (para excluir outras causas que podem levar à demência, como derrame ou um tumor).
O índice de acerto é de 80% (certeza plena só depois da morte, com a avaliação anatômica do cérebro do paciente)
 
Tratamento
Nenhum remédio vai bloquear o avanço da doença nem recuperar o que o cérebro já perdeu. As drogas atuam na melhora dos sintomas (na memória, contra a agressividade etc.). Em geral, atuam por um tempo curto e trazem efeitos colaterais.
 
Remédios são fornecidos pelo governo federal: no Brasil, são usados rivastigmina, galantamina, cloridrato de donepezila, cloridrato de memantina. Alguns medicamentos coadjuvantes também podem ser usados, como os psiquiátricos, para tratar problemas associados (ansiedade, depressão etc.)
Além dos remédios, a capacidade de o cuidador lidar com o paciente é superimportante. Os médicos dizem que as drogas são responsáveis por 40% do tratamento e as pessoas que cuidam, por 60%.
Os cuidadores devem estimular o paciente a exercitar o cérebro fazendo coisas diferentes (passeios culturais, ler revistas e livros, participar das atividades da casa etc.), para que novas conexões neuronais sejam feitas no cérebro. Isso não recupera o que já foi perdido, mas pode estimular outras regiões do cérebro para que permaneçam ativas (o que ajuda no dia a dia do paciente, para que ele se mantenha um pouco autônomo).
 
Cinco dicas para manter a saúde do cérebro
 
 Diminua alimentos que aumentam a glicose no sangue. Isso aumenta a inflamação. Evite grãos refinados e coma mais vegetais do que frutas.
 
Exercite-se. As pesquisas mostram uma redução no risco de Alzheimer entre os que praticam exercícios aeróbicos regularmente. Recomendo 20 minutos de aeróbicos, de 6 a 7 dias por semana.Os novos estudos associam o exercício a uma melhor ativação do centro da memória.
 
Durma pelo menos 8 horas por noite. A qualidade do sono é fortemente associada ao risco de Alzheimer.
 
Aumente o consumo de ômega-3 :
 Pesquisadores americanos sugeriram que comer grandes quantidades de alimentos ricos em ômega-3, como peixes, linhaça, nozes, castanhas e azeite, ajuda a evitar o Alzheimer. Isso acontece, segundo os especialistas, porque o nutriente pode reduzir os níveis da proteína beta-amiloide no sangue. Grandes quantidades do composto podem desencadear o aparecimento da doença,
 
Altere a rotina para estimular o cérebro.
 Algumas dicas de exercícios cerebrais:
- use o relógio de pulso no braço direito;
- escove os dentes com a mão contrária da de costume;
- ande pela casa de trás para frente;
- vista-se de olhos fechados;
- estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- veja fotos de cabeça para baixo;
- veja as horas num espelho
DESAFIO DA MEMÓRIA
 
1 - Repetir e se lembrar desses nomes no final desta lista: maçã, mesa, moeda.
2- Soletrar a palavra "mundo" de trás pra frente
3- Seguir o comando: coloco o indicador da mão direita no nariz e, em seguida, na orelha esquerda
4 - Listar quatro coisas que comecem com a letra S
5 - Fazer as contas de cabeça: 20-4=,16+17=, 8x6=, 4+15-17= ?
 
Vacina contra Alzheimer
Uma molécula chamada (1-11) E2, que está sendo desenvolvida na Itália, pode ser o próximo passo na luta para criar uma vacina contra o mal de Alzheimer, uma doença que afeta pelo menos 12 milhões de pessoas no mundo. As informações são da agência Ansa. A molécula, utilizada como vacina, é capaz de desencadear uma resposta imunológica contra o beta-amiloide, um peptídeo que se acumula no cérebro daqueles que sofrem de Alzheimer, causando danos à memória e às capacidades cognitivas.
A (1-11) E2, que acaba de receber uma patente italiana e está à espera de uma certificação internacional, é uma proteína obtida por meio da fusão de outras proteínas, sendo que a substância é capaz de formar uma estrutura semelhante à de um vírus por sua forma e dimensão. A coordenadora da investigação, Antonella Prisco, explicou que a equipe buscou "minimizar os riscos para o organismo e otimizar a eficácia terapêutica da molécula".

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